História Back on love: uma história Bethyl - Waiting for the worst

Depois daquele ataque, Maggie e a irmã seguiram de volta para casa, e Beth decidiu tomar um banho na tentativa de fazer aquele nó em sua a garganta e a sensação que se alojara em seu peito desaparecerem, porem não obteve sucesso. Ela lembrou-se então do teste de gravidez da irmã, porem Rick havia convocado uma reunião imediata apenas para a família, o que fez com que elas adiasse aquilo.

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Beth estava sentada em uma espécie de sofá próximo a janela na casa do ex xerife, os cabelos estavam molhados, e enquanto esperavam que todos chegassem, Beth olhava fixamente para as próprias mãos, que mesmo depois do banho rápido que havia tomado ainda possuíam um tom avermelhado devido ao sangue, tanto dos amigos quanto dos inimigos, que haviam caído durante aquele conflito. O sangue debaixo das unhas, e a pele avermelhada a lembravam de algumas coisas em um hospital, coisas brutais que havia lido em seu diário, e mesmo que ninguém soubesse, Grady Memorial ainda atormentava suas noites de sono.

Daryl estava parado próximo a parede oposta, os braços cruzados enquanto a fitava atentamente da mesma forma que fizera muitas veses  na prisão. Mesmo naquela época, Beth já intrigava o Dixon de diferentes formas. Agora, ele analizava a forma com que ela esfregavas as mãos finas e pequenas uma nas outas, como se algo a incomodasse, o olhar perdido mostrava que sua mente estava em algum lugar do seu passado, algum lugar obscuro,Daryl supunha.

Ele se aproximou da Greene por puro instinto, cruzando a sala sem que ninguém de fato reparasse e se sentando ao lado dela, foram longos segundos até que ele pensasse em algo para falar, algo que não fosse um grunhido qualquer.

- Você está bem? - perguntou, e Beth demorou algum tempo para assimilar a presença dele ali, já que estava tão compenetrada em sua mente, que nem mesmo havia notado sua aproximação.

- Você quase morreu hoje e está perguntando se EU estou bem? - ela repetiu com a voz monotona e um pequeno sorriso sorrateiro, exatamente como ele havia feito no dia anterior, fazendo com que o Dixon abrisse aquele típico sorriso de canto, que lhe era tão característico.

- É uma boa resposta. - ele fez uma pausa, escolhendo as próximas palavras com cuidado, na expectativa de soar o mais gentil possível. - Mas sou quase tão teimoso quanto você Greene, e está praticamente escrito na sua testa que tem algo errado.

- Estou com um pressentimento ruim, Dixon, sinto que algo está prestes a acontecer, algo pior do que tudo que já enfrentamos. - ela respondeu ainda esfregando as próprias mãos, enquanto Daryl ouvia atento.

- Vai ficar tudo bem. - Ele segurou as mãos dela por impulso, e aquele simples ato foi o suficiente para faze-la se acalmar, ao menos por hora. - Não vou deixar que nada separe a nossa família de novo. Eu prometo. - Ele afirmou com convicção, e ela entrelaçou os dedos nos dele. Não importava onde, ou em qual situação, Beth Greene acreditaria naquele homem até o fim dos seus dias, porem temia que aquilo não estivesse de fato ao alcance dele.

Os dois  permaneceram assim por certo tempo, apenas desfrutando da companhia um do outro, quando Abrahan e Sasha chegaram, e  Rick começou a reunião.

- Esse ataque de hoje serviu para abrir nossos olhos, - ele começou -  temos um bom lugar, e muitos aqui não estão preparados para o que há lá fora, não então preparados para os mortos.... e nem para os vivos - concluiu após uma pausa. - eles não passaram  pelas coisas das quais passamos, e nós não poderememos protege-los para sempre.

- Nós precisamos estar prontos - Maggie afirmou com força na voz. - aqui é nossa casa, precisamos estar prontos! - repetiu enérgica.

- Maggie tem razão, não podemos perder esse lugar. - O ruivo completou, fazendo Rick concordar com a cabeça.

- E nós não vamos, vamos reforçar as vigias, tomar mais cuidado durante as corridas, e lutaremos..... se necessário. - ele afirmou.

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Durante o resto da reunião, eles discutiram ajustes para melhorar a seguranças, medidas a serem tomadas, e outras coisas. Mesmo que tentasse a Greene mais nova não conseguia prestar atenção, ela tinha muitas coisas em sua mente para conseguir  se concentrar em algo a sua volta, de forma que foi preciso que Daryl a chamasse algumas veses antes de que ela finalmente despertasse.

Ela seguiu ao lado de Maggie, enquanto Gleen ficava para conversar algumas coisas com o ex sherife, e após chegarem em casa, ambas deduziram que aquela era a oportunidade perfeita para fazer o tal teste.

Maggie entrou no banheiro, enquanto a irmã se apoiou na parede ao lado da porta, ela estava quase tão ansiosa quanto a própria Maggie, e o tempo que se passou pareceu infinito, até a Greene mais velha abrir a porta lentamente, ela tinha algumas lagrimas nos olhos, enquanto segurava o teste que revelava o resultado.

- Eu estou gravida. - ela anunciou, abrindo um grande sorriso por entre as lagrimas, e sendo abraçada pela mais nova, que também acabou com algumas lagrimas de felicidade nos olhos.

- Eu vou ser tia! - ela exclamou animada, enquanto afagava os cabelos da irmã.

Aquilo fez a mais nova Greene refletir sobre o passado, Antes do fim do mundo, ambas tinham um contexto diferente de vida, e de planos para o futuro, Maggie era a irmã aventureira, tinha grandes planos, e um filho estava entre os últimos deles, enquanto tudo o que Beth queria era uma família simples e um trabalho como professora de musica no pequeno povoado perto da fazenda do pai. Agora, Maggie tinha uma família, uma família só dela, enquanto Beth ainda estava um tanto quanto perdida na realidade em que se encontrava.

Aquilo porem não diminuía em nada a felicidade que a loira sentia, agora eles tinham uma nova vida pela qual lutar, e como o pai costumava dizer, toda criança é uma centelha de esperança para esse novo mundo.

- Preciso contar ao Gleen! - ela disparou como se só então tivesse dado conta daquilo, despertando Beth de seus devaneios.

- Ele vai surtar de tanta felicidade! - a mais nova respondeu. - eu vou subir para meu quarto, certo? É melhor que estejam só vocês dois, isso é um momento único na vida de um casal. - ela sorriu e beijou a bochecha da irmã. - amanhã eu dou os parabéns.

- Beth, espera! - ela chamou, fazendo-a parar. - obrigada por ter se arriscado por mim... e por essa criança - ela completou pousando  a mão na barriga, como se ainda estivesse absorvendo a idéia.

- Eu sou sua irmã, - ela sorriu. - vou sempre me arriscar por você. - Beth deu uma piscadela para a irmã e seguiu escada a cima de volta ao quarto, enquanto Maggie aguardava o marido.

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Não demorou muito para que o coreâno entrasse pela porta, e encontrasse a esposa sentada no sofá, com uma expressão ansiosa.

- Aconteceu alguma coisa? - ele perguntou preocupado, ao notar o olhar que ela o lançou. - A Beth está bem? Você teve aqueles enjoos de novo?

- Não, está tudo bem com a Beth, ela foi dormir. - começou vacilante, tentando prever a reação dele. -  quanto aos enjoos.... eu meio que... descobri o motivo deles

- E qual é o motivo? você está doente? é algo serio? - ele começou, não deixando-a falar. já com um tom preocupado na voz.

- Não! Céus, Gleen! Me deixe falar - ela massageou as temporas, procurando em vão pela forma certa de dizer aquilo - Você... Nós... - ela fez uma longa pausa e respirou fundo. - Eu estou gravida. - Ela disparou de uma vez, e nos segundos que se seguram Gleen permaneceu estatico, até abrir um amplo sorriso, maior do que Maggie jamais havia visto.

- Você quer dizer que eu... eu vou ser pai?! - ele perguntou um tom mais alto, e Maggie sorriu aliviada, deixando que a felicidade tomasse conta de sua mente.

- Sim, Gleen. Nós vamos ter uma criança. - ela sorriu e ele a abraçou com lagrimas de felicidade enchendo seus olhos, beijando-a logo em seguida, demonstrando todo o amor e devoção que tinham um pelo outro. Aquela era a noite mais feliz de toda a vida de Gleen, ele seria pai, estava prestes a construir uma fámilia com a mulhér que amava, e ambos estavam em segurança... o que mais ele poderia pedir?

Para que aquilo durasse, talvez.

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Daryl estava em sua casa, deitado no chão da sala como de costume, os braços de baixo da cabeça enquanto fitava o teto e refletia sobre o que a Greene havia dito, "algo pior do que tudo que já enfrentamos" ela dissera, e para alguém que já havia perdido tantas pessoas, havia assistido impotente aquilo que chamaram de lar ser destruído, e lutou dia após dia pela própria vida como aquele grupo havia feito, o que poderia ser pior?

O que mais estaria reservado para eles?