Robin está no meio de uma reunião quando seu celular toca, ele ignora uma, duas, três vezes até que resolve atender
— Senhor Locksley?
— Sim, quem é? — pergunta impaciente
— É da escola do seu filho, Roland.
— O que aconteceu com ele?
— Ele está trancado no banheiro a horas. — Robin suspira e pede licença, saindo da sala de reunião — Eu não posso sair agora, mas vou pedir para minha irmã buscá-lo.
— Tudo bem, senhor.
— Obrigado! — ele desliga e logo digita outro número em seu celular. No terceiro toque ela atende — Tinker?
— Oi, Robin. O que foi dessa vez?
— Roland! Ele está no banheiro a horas e eu não posso ir buscá-lo agora, estou em uma reunião importantíssima — fala apressado
— Ok, Robin. Eu vou, mas depois eu e você iremos conversar — fala séria e um pouco desapontada
— Tudo bem! — desliga e volta para a reunião.
Tinker é mais nova, porém, sempre foi a mais madura, inteligente e com um coração enorme! Robin era totalmente diferente, antipático, fechado e não confia em ninguém além da irmã e a mãe.
Tinker fala com seu chefe e sai de seu trabalho correndo, pois, sempre se importou com o sobrinho. Ela chega à escola e vai direto para a sala de Roland conversar com a professora
— Senhorita? — pergunta a professora quando vê a loira
— Oi, professora! Onde está o Roland?
— Ele está no banheiro, eu tentei de tudo, mas ele não sai de lá
— Eu vou falar com ele, obrigada! — ela se retira e vai para o banheiro. Ela entra e o chama — Roland? Querido, é a tia Tinker
O menino não diz nada, mas é possível ouvir seus soluços de choro.
Ela segue os soluços e acha o menino sentado no chão, chorando — Roland, me conta o que aconteceu?
— Nada — balança a cabeça em negação e funga
— Querido, alguém te fez mal? — agacha perto dele
Ele levanta a cabeça e tenta secar as lágrimas — Não, tia
— Tudo bem — suspira — Quer vir para casa comigo e comer chocolate?
— Tá bom — fala ainda cabisbaixo.
— Vem cá, me dá um abraço — sorri, tentando animá-lo
Ele se levanta e a abraça forte. Era uma criança, precisava de carinho e ela era quem dava.
Ela o pega no colo e avisa a professora que já estava indo com o sobrinho, alegando que resolveria seja lá o que ele tenha.
Tinker leva o pequeno para a casa de Robin e manda mensagem avisando que estava o esperando. Ela fez bolo e Roland se animou, mas não quis falar o que aconteceu e ela não insistiu, pois sabia que quando ele quisesse, ele falaria.
Ao chegar em casa Robin encontra a irmã e o filho dormindo no sofá, uma lágrima cai de seus olhos ao imaginar aquela cena com a falecida esposa. Pra ele, nunca superaria essa perda.
Tinker acorda e percebe o irmão os observando. Ela olha para ele e o vê chorando, sabia que o irmão nunca havia superado a morte da esposa. — Robin?
— Sim? — é despertado de seu devaneio
— Eu acabei dormindo com Roland mas já estou indo — fala se levantando com cuidado para não acordar o menino. Ela decide não perguntar o por que dele estar chorando, pois ele não a contaria mesmo
— Dorme aqui, ele gosta de ficar contigo — tenta secar as lágrimas disfarçadamente, mas sabia que a irmã tinha notado.
— Robin, ele não quis me falar o que aconteceu na escola, mas penso que uma hora ele irá falar! — suspira — ele é um menino sozinho, e acho que precisa ficar com alguém…
— Ele tem você — diz ríspido
— Ele só tem a mim, Robin! Você não percebe que ele é sozinho? — fala irritada
— Ele estuda, tem as professoras, eu pago aquela escola cara pra darem atenção a ele — rebate
Ela balança a cabeça em negação — Você não entende! — olha para o Roland e volta seu olhar para o irmão — Deixe ele ir estudar na escola em que eu dou aula
— Não. Já disse que não gosto daquela escola.
— Por que, Rob? Lá ele vai estar perto de mim e se estiver acontecendo alguma coisa, eu vou saber!
— Não gosto nem que você trabalhe lá. Você é uma Locksley, era pra estar na empresa comigo.
Bufa — Você sabe que eu odeio aquela empresa! Por que você não engole esse seu orgulho e faz o que é melhor pro seu filho? — Pega suas coisas
— Ok, Tinker — suspira — A escola que ele esta é muito boa, não vou tirá-lo. O que você sugere?
— A escola pode ser a melhor em ensino, Robin, mas não é boa pro seu filho! Ele sofre lá, não tem amigos, e está sempre triste. Então eu sugiro que você reconsidere tudo que eu venho falando para você e o coloque onde eu possa cuidar dele do jeito que ele merece! — ela se retira e vai para a cozinha.
Ele a segue — Eu o coloquei na escola pra aprender, se o ensino é bom, ele vai continuar. — insiste
Ele suspira — Ok, Robin. Faça o que quiser, deixe ele lá, mas quero que deixe eu fazer uma coisa por ele.
— O que? — arqueia a sobrancelha
— Vou pedir para uma amiga minha ficar com ele! Como uma babá
— Que amiga?
— Você não conhece — pega um copo de água
— Então não vou deixar meu filho com uma estranha
— Ela não é estranha! Eu a conheço bem e confio muito
— Nome, Tinker Bell — revira os olhos
— Regina — fala baixo, pois sabia que o irmão tinha aversão a mesma
— Regina Mills? — ri debochadamente — Você só pode estar brincando
— Ela mesmo e não, não estou brincando. Ela é minha amiga e gosta muito de crianças — bebe a água
— Não vou deixar meu filho com uma Mills.
A loira revira os olhos — Não começa Robin! Ela é uma ótima pessoa
— Só você acha. Ela é de uma péssima índole, exibida. Daqui a pouco você está igual a ela, aquela metida — revira os olhos — Não gosto dela e você sabe muito bem.
— Você é o único que pensa isso dela, todo mundo a ama. Eu julgo que o senhor até gosta dela, mas fala isso porque tem medo. — ela fala para provocando o irmão.
— Tinker Bell me poupe — revira os olhos — Okay, ela pode cuidar de Roland, mas com uma condição.
— Lá vem! Qual sua condição, Sr. Locksley? — ela ri
— Que eu não precise encontrar com essa mulher.
Ela arregala os olhos — Como assim? Rob ela vai sair assim que você chegar, só vai ver ela por minutos!
— Então não — cruza os braços
Bufa — São minutos, Robin! Você não pode engolir seja lá o que for que você tem contra ela por cinco minutos?
Revira os olhos e respira fundo — Okay, Tinker, eu aceito essa bruxa aqui em casa.
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