1. Spirit Fanfics >
  2. Back to Black >
  3. Our Past

História Back to Black - Our Past


Escrita por: BREEHEARTEYES e Parrilla_Gomez

Notas do Autor


FELIZ NATAL!!
Não se iludam, as coisas não estão 100%
E perdoem os nomes, somos péssimas com isso kk

Capítulo 11 - Our Past


Fanfic / Fanfiction Back to Black - Our Past

REGINA

Sinto as mãos dele envolvendo minha cintura e prendo a respiração. O que ele está fazendo? Não sei, mas não consigo me afastar, deveria, mas não consigo.

Coloco minha mão em sua nuca ficando cada vez mais perto da boca dele.

Ele roça os lábios nos meus, e eu entreabro pronta para recebê-lo. Robin me beija tão delicadamente, como se eu fosse quebrar, fecho meus olhos desfrutando daquela sensação maravilhosa e inesquecível. O gosto dele, o cheiro, como sua língua explora cada canto da minha e vice-versa.

Sinto ele apertar minha cintura e paro o beijo. Não poderia fazer isso, não sem antes explicar tudo que aconteceu, não sem ele me explicar.

O loiro abaixa a cabeça e se afasta, ficando de costas para mim.

— Robin… — sussurro e engulo a seco. — Precisamos conversar.

— Achei que já tinha me falado tudo — ele diz ainda sem me olhar

— Você afirma não ter me abandonado, não acha que tem algo errado? — o questiono

Ele se vira e me encara — Acho! Acho muito errado você, por um minuto, ter acreditado em qualquer besteira que te falaram sobre mim.

Respiro fundo quase me arrependendo de ter começado essa conversa, mas já faz seis anos nessa angustia e agora temos contato todo dia, seria insuportável conviverem com essa mágoa.

— Não foi bem assim, eu apenas respeitei sua decisão, nunca te julguei, mas eu não aguento mais você nutrindo esse ódio por mim por algo tão pequeno comparado a uma criança.

Ele ri — Você sabe de tudo que eu passei com os meus pais e como eu precisava daquele emprego, mas não pensou duas vezes antes de pedir pro papaizinho me despedir. Então não, não é só por causa da sua traição que eu não tenho tanta empatia por você.

— Pedir pro meu pai te despedir?

O que ele estava falando? — Robin, eu liguei diversas vezes pro meu pai perguntando de você, até a Lua nascer, depois eu parei. Mas até isso, só ouvia que você estava muito bem sem nem perguntar sobre mim, sobre o bebê. E tudo bem, não tiro sua razão. Mas eu nunca, nunca desejei seu mal, então não. Eu não pedi pro meu pai te demitir.

— Seu pai, olhou em meus olhos e disse que não queria mais nada que tenha a ver comigo perto de você e que você queria viver sua vida com Daniel.

Sinto meus olhos encherem d’água sem acreditar no que meu pai fez, sem acreditar no que indiretamente eu fiz.

— Isso é mentira — quando falo as lágrimas rolam por meu rosto — Eu nem fiquei com Daniel. E nem pedi nada ao meu pai. Por favor — me aproximo olhando nos olhos dele que transbordavam mágoa — Por favor, acredita em mim. — peço

— Você o ama? — ele pergunta sem me olhar nos olhos

— Não. — afirmo com toda certeza do mundo

— Você acredita em mim quando eu falo que nunca soube do bebê?

— Eu sinto que você não está mentindo. Mas foi a minha mãe que disse. Por que ela iria querer meu mal? Mas… — respiro fundo pensando no que ele disse sobre meu pai — Agora sabendo do meu pai. Eu não sei de mais nada. — seco minhas lágrimas.

— Eu vou atrás dele! Descobrir a verdade sobre toda essa — ele para por alguns instantes — coisa.

— Espera. Eu quero ir junto, mas agora não dá.

— Não dá? — ele arqueia a sobrancelha.

— Roland não pode ficar aqui sozinho e você mesmo disse que está chovendo muito pra sair.

— Claro… — ele vai até à porta da cozinha e para, se virando para mim — Sinto muito por tudo que seus pais fizeram.

— Tá doendo imaginar que meus próprios pais fizeram isso contra mim — fecho os olhos respirando fundo.

— Eu não entendo, mas eles nunca gostaram de mim, eu sendo pobre e desviando você dos caminhos que eles queriam.

— Isso não justifica. Isso não da o direito da minha mãe esconder de você a minha gravidez, do meu pai te demitir dizendo que foi a mando meu. — já estava irritada com essa situação — Eu que devia ir ter ido te contar.

Ele respira fundo — Te culpei, por todos esses anos, mas a culpa não foi sua.

— Em partes foi, eu sinto muito por tudo que te causei. Eu nunca quis te magoar. — me aproximo e entrelaço os dedos nos dele.

— Está tudo bem. — Robin aperta minha mão devagar

— Ela tinha os seus olhos — fecho os olhos lembrando dela

— Não precisa falar sobre isso — abaixa a cabeça

— Você precisava saber — caminho até minha bolsa ainda sem soltar a mão dele, e com uma mão só vasculho até encontrar minha carteira. Tinha medo de soltá-lo e não conseguir recuperar tal contato, com um pouco de dificuldade finalmente encontro, uma foto da Lua quando tinha 1 mês, uns dias antes do acontecido — Eu nunca tiro da carteira ou da bolsa, sempre que troco eu coloco na nova. Faz seis anos que carrego comigo.

Ele pega a foto, um pouco gastada e sorri — Ela era linda. Parecia com você — fala emocionado

— Ah tá bom — rio — Só os cabelos, ela era você todinha. Não dava pra não lembrar de você ao olhá-la. — sorrio lembrando do sorriso sem dentes nenhum do meu amor. Me apertava o coração lembrar dela, era mistura de bom e ruim.

— Não parece tanto comigo, além dos olhos, mas não sou o único a ter olhos azuis — entrega a foto a mim e solta minha mão

— O que você quer dizer? — estranho a mudança de humor repentina dele

— Daniel. Pelo que eu me lembro você escolheu ele, os mesmos olhos azuis.

— Eu não escolhi nada, foi só um beijo. Errado, mas foi só isso. — suspiro — Eu tinha certeza, porque quando eu descobri que estava grávida, eu nunca havia transado outro homem.

— E um beijo desfez tudo que a gente tinha.

— Não queria que fosse daquele jeito.

— Então, por quê o fez? Por que beijou ele? Mentiu para mim?

— Ele me ligou, insistiu pra me ter de volta. Fui conversar com ele pra tirá-lo completamente da minha vida. Mas… — suspiro — Ele quis ser meu amigo, e Robin, lembra quando começamos? Eu tava com ele, ele não tinha me traído, o amor não tinha acabado, só tava chato. Eu me apaixonei completamente por você e esqueci dele. Mas quando ele voltou, eu fiquei mexida. Ele me beijou e eu acabei correspondendo, levei como uma despedida. — dei de ombros — Quando eu te perdi, eu notei que eu fiz uma besteira muito grande e que nenhuma despedida valia o nosso amor. Mas já era tarde.

Ele suspira, cansado — Uma despedida acabou em duas. Mas isso é passado, não tem mais motivo pra ficar desenterrando a mágoa — sorri fraco

— Amanhã iremos resolver as coisas com meus pais e eu sumo da sua vida.

Ele franze as sobrancelhas — É isso que você quer?

— É isso que você quer! — afirmo

— Nunca disse isso, Regina — ele se apoia na bancada — Roland criou um laço com você, e eu quero que continue.

Engulo a seco pensando no fato de ser por Roland, mas já é um começo.

— E Ashley? — mudo de assunto perguntando sobre a loira do restaurante

Ele ri — Ashley está namorando agora, minha irmã é amiga dela e quis que a gente se distraísse, ela virou uma boa amiga.

— Tinker me paga — resmungo

— Como? — ele pergunta curioso

Sinto meu rosto esquentar quando ele me questiona — Nada, pensei alto — sorrio sem graça

Ele ri — Você não muda — balança a cabeça em negação

— Se eu melhorar estrago — jogo o cabelo rindo

— Se acha mesmo! — ele coloca as mãos no bolso da calça — Vou tomar banho, fique a vontade para tomar o seu e se arrumar — sorri

— To precisando mesmo, devo estar fedendo — me cheiro brincando

— Está mesmo! — faz uma careta e sai da cozinha

[…]

Entro no banheiro, pego meu celular e já marcavam 22h, nem vi a hora passar. Tinham umas mensagens e ligações de Zelena, da minha mãe, do meu pai e Graham. Graham? Por que ele estava me ligando? Reviro os olhos só de pensar o motivo.

Tiro minha roupa e entro no chuveiro, conforme a água quente caía sobre o meu corpo, minha mente viajava pensando em tudo que aconteceu hoje, todas as verdades que foram ditas, as lágrimas derrabadas, o sentimento. O beijo.

Toco meus lábios pensando no beijo que trocamos, como ele beija bem, nossas respirações se misturando, os batimentos cardíacos, aquele cheiro que tanto amo.

Sou tirada do meu devaneio ao ouvir batidas na porta.

— Regina? Vim trazer uma roupa limpa pra você — ele diz por trás da porta

Me enrolo na toalha, e saio do box molhando todo o banheiro do loiro, abro uma frecha da porta.

— Achei que fosse precisar — ele diz sem graça e mostra uma blusa que ficaria como uma camisola em mim

— Muito obrigada! — sorrio com o quão ele é atencioso — Agora só falta uma calcinha, um sutiã, uma escova de dente — brinco

— Escova de dentes acho que tem, agora calcinha e sutiã vou ficar te devendo. — ele coça a cabeça

— Sem problemas, eu fico sem — provoco

— Não abusa, Regina — Ele diz calmo, mas como se me dissesse que ele ainda não estava cem por cento com toda a história.

— Eu estou só brincando — mostro a língua pra ele — Espera só um minutinho — fecho a porta e coloco a blusa que ele me deu

— Pronto — abro e saio deixando tudo bagunçado mesmo — Esta com fome? Porque eu estou. — rio

— Eu também! Você pode acordar o Roland? Passei lá e ele estava dormindo — ele passa a mão no cabelo o bagunçando um pouco — Eu vou lá na cozinha ver alguma coisa pra gente comer

— Ok

Vou pro quarto do Roland e ele estava deitado entre os brinquedos — Ei — me ajoelho ao lado dele o chamando — Roland? — o sacudo um pouquinho, aço carinho, distribuo beijinhos e nada desse menino acordar.

— Roland! — falo seu nome um pouco mais alto, o balançando um pouco mais rápido e ele acorda. — Graças a Deus — sorrio aliviada.

— Tia Gina? O que aconteceu? — ele pergunta coçando os olhinhos de sono

— Nada, meu amor. — acaricio o rostinho dele — Seu pai pediu pra eu te acordar pra você comer.

— Não quero comer, Gina — ele me olha com uma carinha de sono — Queria dormir

— Você vai voltar a dormir, e eu vou dormir com você — sorrio tentando animá-lo.

Vejo seus olhos brilharem — Você conta uma história também?

— Conto até mais de uma se você quiser. Agora vamos — levanto e o pego no colo indo pra cozinha.

Chego na cozinha e ele se agita ao ver o pai. Tenho percebido que Robin vem sendo mais carinhoso e presente na vida dele, o que me deixa feliz. E Roland parece estar ficando mais apegado a ele ainda.

— Papai, papai a Gina disse que vai dormir comigo e me contar uma historinha — Ele diz todo sorridente e Robin se vira para nos olhar — E você já sabe qual história vai pedir para ela ler, filho?

— Robin Hood é claro — dá de ombros e eu rio

Era óbvio que ele amava a história, só não sabia se era pelo herói ou por ter o mesmo nome que seu pai.

— Mas você já sabe a história de cor, meu filho. Não quer aprender outra? — Ele diz enquanto mexia algo no fogão

— A tia Gina escolhe então — ele sorri mostrando as covinhas.

[...]

Jantamos com muita interação diferente do almoço. Ao acabar levo Roland pra escovar os dentes, o coloco na cama e conto umas histórias. Logo ele volta a dormir. Faço carinho nele admirando cada traço que ele tem, tão parecido com o pai.

Volto pra cozinha, tinha que lavar a louça afinal detesto deixar as coisas sujas. Mas quando chego encontro Robin já fazendo isso.

— Acho que isso era parte do meu trabalho, não? — falo apoiada na bancada

— Seu expediente já acabou, Regina. — ele coloca mais um prato no escorredor — E eu já acabei — sorri

— Obrigada então — encosto no batente da porta

— De nada — ele sorri e se aproxima, encostando do outro lado do batente.

— Quero fazer alguma coisa. — peço fazendo bico. Não estava com sono e pelo visto ele também não, espero.

— O que você sugere? — arqueia a sobrancelha

— Não faço ideia — rio — O que tem pra fazer nessa casa enorme?

Ele ri — Jogo de tabuleiro, se você for um amiguinho do Roland — ele pensa um pouco — Karaokê e vídeo game. E o netflix.

— Eu sou uma amiguinha do Roland — ri — Mas, vamos ver um filme, você escolhe a casa é sua.

— Ainda é cagona para terror? — ri e indo para a sala

— Sim, mas eu gosto.

— Vou colocar um de boa pra você, então — ele se joga no sofá e liga a televisão.

Me sento ao lado dele.

— O Chamado! Vai ser esse mesmo — Ele seleciona o filme e cruza os braços.

Abraço minhas pernas já me preparando pro medo que sentiria.

— Já tá com medo? — Ele ri

Mostro a língua pra ele e volto a me concentrar no filme. Os minutos passam e as coisas ficam piores, meu medo intensifica e quando percebo estou abraçada a Robin escondendo a cabeça no pescoço dele.

Ele fica imóvel, não sabia o que fazer — Regina..?

— Hm — resmungo ainda com medo. Olhava por cima dos ombros dele, mas logo me escondia novamente.

Sempre foi assim, mas, respiro fundo e me lembro da infeliz diferença. Antigamente éramos namorados e agora. Eu não podia mais fazer isso. Me afasto encostando no outro lado do sofá — Desculpa — falo baixinho e continuo abraçada a minhas pernas, repetindo o mesmo processo de olhar e esconder, só que agora em mim mesma.

— Tudo bem — ele diz no mesmo tom — Acho que já deu de filme for hoje, você continua a mesma cagona de sempre.

— Eu não sou cagona, mas olha essa menina, dá medo — faço bico

Ele revira os olhos e ri — Acho que a gente deveria ter ficado com a opção, jogos de tabuleiros dos amiguinhos do Roland.

— Eu gosto também — desligo a tv.

Ele se levanta — Vai ficar aí? — desliga a luz

— Robin? Robin, não faz isso comigo. — reclamo. Eu morro de medo e ele sabe disso, engulo a seco repetindo na minha cabeça que eu sou adulta e que não tenho que ter medo de filme.

Escuto o telefone da casa tocar e dou um pulo, gritando o nome dele.

— Robin para com essa brincadeira! — O telefone para de tocar e fica um silêncio por uns minutos até que ele acende a luz e gargalha

Me aproximo dele e começo a bater em seus braços e peito, com raiva.

Ele segura meus pulsos sem força, ainda rindo — Você precisava ver como você tava se cagando de medo.

— Você é um palhaço — resmungo e tento bater nele novamente

— Sem agressividade, Mills — ele volta a pegar em meus braços e agora percebe a pouca distância que nos separava

— Não pensou nisso quando resolveu me assustar.

— Foi uma ótima ideia, admite — ele diz ainda me segurando

— Ótima pra quem? Que vontade de te socar — meu coração estava acelerado, pelo susto e pela proximidade.

Ele faz uma careta — Para de ser chata. Foi só um susto.

Não me dou o trabalho de responder, apenas me solto dele e pego meu celular no sofá pra me retirar

— Vai ficar brava, Mills? — ele só pode estar de brincadeira me provocando assim.

— Vou.

— Foi só uma brincadeira, por favor.

— Brincadeira hilária — reviro os olhos

— Quando você ficou tão careta assim?

— Quando você ficou tão insuportável assim? — rebato ainda de costas

— Eu vou dormir. Fica a vontade — ele fecha a cara novamente e se vira

— Chato — reviro os olhos e vou pro meu quarto

— Grande ofensa — Ouço a porta do quarto dele bater.


Notas Finais




Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...