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História Back to Black - Fault


Escrita por: BREEHEARTEYES e Parrilla_Gomez

Notas do Autor


Oi, gente!
Eu sei que eu demorei, mas é que eu tava enrolada kk

Capítulo 18 - Fault


Fanfic / Fanfiction Back to Black - Fault

REGINA

Acho que eu congelei uns cinco minutos ali na frente do Hospital, sou tirada dos meus pensamentos por Robin que me chamava.

— Vamos? — ele chama

— Pra onde? — arqueio a sobrancelha

— Casa, Regina!

Casa? Como ele pode pensar em ir pra casa logo agora que temos a confirmação que nossa Lua está viva? Eu quero é sair procurando por ela por toda a Espanha.

— Claro que não, eu quero minha filha.

— Regina, você precisa descansar — ele fala como se fosse óbvio

— Descansar? Qual parte do “quero minha filha” você não entendeu? Você acha que ela vai aparecer do nada em nossa porta?

— Não acho nada disso, mas você insistiu em trazer Roland e ele está em casa…

— Ele está com a Zelena — o interrompo

— Posso continuar? — fico em silêncio — E você precisa descansar a sua cabeça. Eu te conheço, você deve estar pensando em mil coisas, ao mesmo tempo. Nós precisamos saber onde fica um abrigo, nós não temos um carro, nós não conhecemos essa cidade. Você quer encontrar a nossa filha completamente cansada? Quer encontrá-la sem ter condições psicológicas pra explicar tudo a ela? Você é psicóloga, Regina. Pensa!

O pior de tudo é que ele está certo, mas faz tanto tempo que eu quero o meu amorzinho, que eu quero abraçá-la e dizer que eu a amo muito. Eu não quero esperar mais. Mas em concordância com ele, eu fico quieta e espero o nosso táxi.

[…]

Ao chegar em casa me deparo com meu mais novo bebê vendo televisão, sentadinho no sofá, não consigo conter meu sorriso.

— Mamãe! — ele pula do sofá quando me vê na porta e vem correndo me abraçar

— Oi, meu amor. — o pego no colo beijando seu rostinho — Tia Zel cuidou bem de você?

Ele afirma com a cabeça e a minha irmã estava na cozinha vendo tudo.

— Já almoçou? — pergunto já sentada no sofá com ele no meu colo.

— Não, quero comer com você. — sorri evidenciando as covinhas.

— Tá bom, vou lá tomar banho e quando voltar a gente almoça, pode ser? — ele afirma com a cabeça e eu beijo a bochecha dele.

Ao entrar no chuveiro despejo todas as lágrimas que eu tive que segurar enquanto estava com meu menino. Eu não sou forte o suficiente pra aguentar isso, pra fingir que está tudo bem. Eu perdi tudo que eu mais amei por culpa dos meus pais. A cada lágrima que escorre pelo meu rosto, acho que minha esperança se vai junto. Já faz seis anos. Talvez ela nem se chame mais Lua. Talvez ela esteja com uma família que a ama e eu não posso chegar lá e tirar isso dela. Talvez ela ache que eu a abandonei. O pior é que eu tenho a certeza de que ela nem sabe quem sou eu. Que todas às vezes que eu conversei com ela na minha barriga, que prometi protegê-la de tudo e todos, foi em vão.

A sensação de culpa permeava sobre mim como uma tempestade interminável, assim como as lágrimas quentes que ardiam meu rosto já habituado. Fechar os olhos e escutar a água quente vir ao encontro do meu corpo como um abraço de consolo já não era o suficiente, porque, na verdade jamais fora.

Minha mente voltou ao tempo supondo hipóteses que faziam minha alma sangrar, era como se eu não tivesse sido forte o suficiente para impedir que tudo acontecesse. Anos se passaram e voltar no tempo através de memórias, jamais preencheria o vazio que a criança tão amada que saíra de mim, preencheria com apenas um piscar de olhos inocente.

Saio do chuveiro, me enrolo na toalha e deito abraçada ao elefantinho dela. Eu não queria fazer nada, eu só queria que essa dor passasse logo e que em breve ela estivesse aqui comigo.

Ouço alguém bater na porta e mando entrar. Era ele!

— Como você está? — se senta ao meu lado

— Vou ficar bem — seco algumas lágrimas

— Vamos encontrá-la. Logo, logo ela estará aqui conosco.

Não me contento e deito a cabeça no colo dele. Ele acaricia meus cabelos. Por mais complicado que esteja sendo, por mais triste que seja essa situação. Ter ele por perto me faz sentir mais viva, ele me traz segurança.

Eu sei dos meus erros, e como sei. Mas eu nunca deixei de amá-lo e Lua, nossa, ela é nosso sangue. Seríamos tão felizes juntos.

Esse pensamento faz com que mais uma lágrima escorra, mas ele que seca dessa vez

— Não pensa em coisa triste — pede — Pensa que graças a Deus ela está viva.

— Estava pensando em nós. — revelo

Acho que ele ficou tão surpreso que engoliu a seco e prendeu a respiração por alguns segundos.

— Nós?

— Sim — levanto a cabeça olhando nos olhos dele — Eu não sei você, mas eu sinto tanto a sua falta. Você foi a melhor coisa que me aconteceu e eu sei dos meus erros, mas eu ainda te amo tanto. — acaricio o rosto dele e diferente de quando nos reencontramos, ele não sai ou desvia, pelo ao contrário fecha os olhos como se apreciasse o carinho.

— Regina, não faz isso… — ele segura minha mão

— Robin, eu estou cansada, cansada de perder quem eu amo. Cansada de fingir que não te quero, que não quero seu boca na minha, que…

— E se mais uma vez eu não for suficiente pra você, desculpa, mas eu não quero sofrer tudo que eu sofri por você. — ele me interrompe

— Você sempre foi suficiente. Naquele dia… — respiro fundo — Depois do maldito beijo eu fui dormir pensando em ir te ver no outro dia e contar tudo, porque mesmo que não restassem dúvidas, quando ele me beijou eu tive cem porcento de certeza que era, é, você que eu amo. Eu tive a certeza que não importava quem aparecesse do meu passado, você sempre seria o amor da minha vida. O homem que me ensinou a amar, o homem que me deu meu maior presente e que mesmo agora separados, com você me odiando, me presenteou com Roland, me presenteia com a sua presença mesmo que seja apenas pela nossa filha. — uma lágrima teimosa escorre pelo meu rosto e ele seca.

— Eu não te odeio — ele finalmente diz algo

Segura meu rosto em suas mãos, seu dedão passa pelo meu lábio inferior parando na minha cicatriz. Eu fecho meus olhos aproveitando cada segundo, cada toque.

Escutamos alguém bater na porta e suspiramos por sermos interrompidos

— Regina, você tem visita. — ouço a voz da minha irmã do outro lado

— Mas ninguém sabe o endereço daqui — estranho

— Já estou indo — falo um pouco mais alto pra minha irmã escutar

— Vou descendo enquanto você se arruma, aproveito e vejo como o Roland está. — Robin levanta da cama

— Robin…

— Depois a gente conversa — deposita um beijo em meus cabelos e sai

Movida pelo nervosismo e a curiosidade pra saber quem estaria ali, eu coloco uma roupa qualquer e desço correndo.

— O que você faz aqui? Sai da minha casa! — falo assim que a vejo

— Minha filha… — ela se aproximar

— Filha? Você perdeu esse direito quando me tirou a minha. Você é um monstro. Eu odeio você. SAI DA MINHA CASA.

— Regina, escuta — Zelena pede

— Escutar? — olho pra minha irmã — Foi ela que mandou sumir com a minha filha. Foi ela que me tirou o direito de ser mãe. Pra mim, ela morreu. Tá ouvindo? — olho pra Cora — Você me enoja, sai da minha casa. AGORA.

 

— EU VIM TE LEVAR ATÉ A LUA! — Cora grita


Notas Finais




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