Regina pula do sofá, assustada por conta do escândalo de Robin, levando Roland a acordar também.
— Vamos, estou esperando! Por que mexeu lá? — o loiro fala impaciente
— Mexi aonde, Robin? — ainda sonolenta
— Na cozinha! E ainda fez aquela maldita torta — fala com desdém
— Ah isso — respira fundo — Eu estava com fome e seu filho também.
— Não te pago para isso! Te pago apenas pra cuidar do meu filho. — fala ainda alterado.
— Como? — sai de perto do Roland se aproximando do loiro — Primeiro que você não me paga pra nada — seu tom de voz também se encontrava elevado — E segundo que pra cuidar de uma criança é necessário alimentá-la — põe as mãos na cintura
— Eu combinei com a Tinker que ia te pagar! Não quero que faça nada por pena! — passa a mão nos cabelos
— Eu não quero seu dinheiro — revira os olhos — Eu não estou aqui por pena, e nem por você, e eu adoro o Roland.
Ele sorri irônico — E você espera que eu acredite? Depois de tudo que vocês fizeram?
— Pouco me importa se você acredita ou não, eu vou continuar cuidando dele — ela se aproxima da criança — Meu amor, amanhã a tia volta, ta bom? - dá um beijo na testa dele
O menino estende o braço para abraçá-la e sussurra no ouvido dela — Tia Gina, ele só está assim, porque essa torta era a favorita da minha mamãe, tia Tinker me contou.
Marian Cazarotti era uma mulher muito simples, morava no interior e não era rica, e nem ligava pra riqueza, Robin se apaixonou assim que a conheceu, achava a simplicidade dela fascinante, ela também se apaixonou e logo se casaram, mas ela morreu no parto do Roland.
O amor dos dois era lindo e todos que os olhavam tinham a certeza de que era pra sempre. Quando Marian morreu, Robin passou por uma das piores épocas de sua vida. Ele se afundou e não se importava mais com nada e com ninguém.
Maça era a fruta favorita de Marian, torta de maça a sobremesa de todo domingo, perfume de maça era usado todos os dias.
E o pior de tudo pra Robin é que ele sabia que Regina tinha a mesma paixão por maças que a falecida esposa.
— Você não vai embora! Estou falando com você, Regina — a puxa pelo braço virando pra ele
— Me … — a diretora se cala ao encarar os olhos azuis do empresário, olhos que exalavam tristeza diferente de quando se conheceram a tempos atrás — … Solta — sai de seu transe e puxa o braço
Ele também paralisa olhando os olhos dela, por um momento desvia seu olhar pra boca da morena, aquela cicatriz, o cheiro, tão perto…
É tirado de seu devaneio por ela puxando o braço — Minha irmã é ingênua de acreditar que você mudou! Continua a mesma arrogante de sempre. Não sei o que eu estava pensando quando aceitei isso.
— Qual seu problema comigo, Robin? — estava indignada
— Você sabe muito bem o que você fez! Não se faça de sonsa.
— Isso foi anos atrás. — tenta manter a calma
— Isso não muda o que você fez! E muito menos o que eu passei.
— Somos pessoas diferentes agora, por que não esquece isso?
Ele balança a cabeça negativamente — Você não entende
— Você que quer ficar remoendo essa história, o que importa agora é o Roland e não o nosso passado.
Robin respira fundo e a encara — Certo! Já deu o seu horário, você pode ir.
Regina vai embora transtornada. Assim que entra em seu carro, pega seu celular e liga para Tinker. Após quatro toques a loira atende
— Regina?
— Tinker, sou eu! Eu encontrei com o seu irmão e…
— O que ele fez, Regina?
— Deu crise, falou tanto, me julgou, por que seu irmão simplesmente não esquece tudo que aconteceu? — sua voz revelava seu cansaço
A loira suspira — Regina, me desculpe por ele… Mas depois do que aconteceu Robin mudou e a única pessoa que o fez voltar a ser doce foi Marian.
— Eu não quero que ele seja doce, Tinker Bell, apenas… educado — suspira — Eu só quero o bem do Roland e ele me trata como se eu fosse uma bruxa
Tinker deixa uma risada escapar ao lembrar que Robin a chama de bruxa — Eu vou falar com ele e te prometo que a partir de agora, ele vai ser no mínimo educado
— Ok, e olha, penso que o problema do Roland é mais sério do que você pensa — de fato se preocupou bastante com o pequeno
A loira fica séria — Como assim, Regina?
— Ele tava dizendo que as pessoas não gostam dele porque ele não tem mãe e isso me deixou muito preocupada
A mais nova xinga baixinho — Regina, o que eu vou fazer? Esse menino é um filho pra mim e eu não percebi nem isso — fala triste
— Não fica assim, nós vamos resolver isso. Ele é muito inteligente, só precisa de carinho e atenção — tenta acalmar a amiga
Suspira triste — Espero que sim! E sobre o Robin, não vai mais acontecer, ok?
— Espero, porque ele querendo ou não, eu vou cuidar do Roland — ri
Sorri — Não desista dele por causa da arrogância de Robin, ele só precisa de um tempo e de uma conversa comigo — ri
A morena ri e fica mais alguns minutos falando com a Tinker.
Ela chega em casa e toma um banho relaxante de banheira e come uma pizza que havia pedido no dia anterior. Liga para Zelena, e conta sobre o encontro com Locksley.
A diretora deita pra dormir, mas só consegue pensar no par de olhos azuis que a encararam tão profundamente mais cedo
“E eu que pensava que jamais me domaria por quaisquer olhos azuis.”
_Ana Carolina
Robin estava deitado em sua cama enorme de casal e em seus pensamentos passam a conversa com a morena.
Robin sempre sentiu repulsa e raiva de Regina. Ela o transformou e nunca pensou em vê-la novamente, muito menos cuidando de seu filho.
Ele não acreditava que aquela bruxa estaria fazendo isso apenas porque gosta de Roland, porém, Tinker confia nela e ele confia na irmã. Ele aguentaria Regina Mills, por seu filho. Que por mais que ele parecesse culpar o filho pela morte da amada, ele não o queria mal e o amava muito.
No intuito de evitar pensar em Regina, o empresário pega um livro na cabeceira de sua cama. Depois de ler um pouco, Robin adormece.
Depois de tanto rolar na cama e se repreender por não parar de pensar em Robin, a morena finalmente adormece.
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