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História Back to December - I wish I could go back to december


Escrita por: nunuseless

Notas do Autor


hoje eu tô que tô :p

oneshot de novo, porque eu sou a louca das oneshots mesmo... trouxe jeongcheol, porque né? meus nenéns
essa one é inspirada na música back to december, da swift
apop mesmo fazer o que manas, essa música é boa..

espero que gostem ♡

Capítulo 1 - I wish I could go back to december


Olhos de Jeonghan mal puderam acreditar quando viram o mais velho passar pela porta azul estreita do estabelecimento com cheiro de café tão nostálgico pra eles. Não conseguiu evitar um meio sorriso, tão bonito quanto da última vez que nos vimos, pensou o de cabelos compridos, e sem querer deixou escapar “estou feliz que arranjou tempo e pode me ver” assim que o outro se sentou a mesa. Os olhares se encontraram e os dedos pararam de tamborilar a mesa, e a tensão apenas foi aliviada quando Choi deixou um sorriso surgir em seus lábios bonitos e rosados.

Não sabiam sobre o que falar, Yoo que tinha planejado o reencontro, não imaginava a possibilidade de Seungcheol aceitar, então não havia se preparado pra falar. Perguntou como estava a vida do mais velho, também questionou sobre a família do mesmo. Eram boas pessoas, ele não os via a um bom tempo, sentia saudades. Conversaram se limitando a poucas palavras, poucos detalhes, mas se entregavam aos poucos. Falaram sobre trabalho – Choi andava bem e extremamente ocupado – e sobre o tempo: nublado, frio e sem graça.

Jeonghan nunca foi amante dos dias frios, nublados e sem cor. E esses, coincidentemente, eram os favoritos de Seungcheol.

O mais velho não estava muito a vontade, Yoo sabia o porquê. A última vez que se viram ainda estava em um canto escuro da mente do outro, queimando e queimando. Era inverno - tão frio e duro quanto esse -, andavam com uma das mãos interlaçadas e na outra tinham café, haviam deixado o pátio de patinação a alguns segundos e andavam jogando conversa fora, Seungcheol disse algo sobre viajar, alianças e ter um gatinho, também puxou de algum lugar um pequeno buque de perpétuas arroxeadas* e as entregou ao de cabelos longos, mas esse as largou no chão gélido daquela noite escura para morrer e correu.

Em um momento de silencio, enquanto Seungcheol olhava a neve começar a cair aos poucos do lado de fora, Jeonghan decidiu engolir todo seu orgulho e retirar o peso dos ombros.

- Eu sinto muito por aquela noite.

Sorriu fraco enquanto encarava a mesa, que agora parecia incrivelmente interessante, esperando uma reação do maior. Mas ele não disse nada, apenas se virou para encara-lo novamente, deixando de prestar atenção aos flocos brancos.

- Eu fico voltando pra dezembro o tempo inteiro, não se passa um dia sem que eu me lembre de quão idiota eu fui. Todo aquele papo sobre querer liberdade, não me rendeu nada além de saudades. Eu sinto tanta sua falta, Cheol. Eu desejo, todos os dias, que eu tivesse percebido o que eu tinha quando você era meu.  Gostaria de poder voltar a dezembro e fazer isso certo, e é por isso que eu continuo voltando meus pensamentos pra lá, tentando concertar algo que não posso.

Levou o olhar depois de suspirar fundo, o peso em seus ombros não era mais o mesmo, mas ainda estava lá. Conseguia sentir as lagrimas se formando em seus olhos, sabia que um mínimo movimento e elas começariam a rolar pelo seu rosto, então tentou se manter imóvel. Sentia-se fraco, sensível e sabia que estava mesmo.  Não vinha dormindo direito, ficava se remoendo, lembrando da cena em que deixava Seungcheol para trás; com isso, havia adquirido belas olheiras em baixo dos olhos castanhos.

Torturava-se lembrando dos momentos incrivelmente bonitos que tiveram no verão:  todas as fotos tiradas na polaroide azul clarinha do mais velho; todas as idas a praia; os piqueniques no parque e as tardes fazendo bolhas de sabão na sacada. Tinha uma vontade absurda de se esconder de baixo dos lençóis e chorar sempre que se lembrava das voltas de carro, quando cantavam um dueto em perfeita sincronia, cantando escandalosamente pelas ruas de Seul, com os vidros abaixados e sendo observados por toda a cidade. Ficava triste só de lembrar da cena maravilhosa que era ver Seungcheol dirigindo enquanto ria de alguma bobagem que ele mesmo havia dito, observar o mais velho sorrindo do banco do passageiro era seu passatempo favorito.

- Eu percebi que fui um tremendo infantil quando o inverno chegou novamente, porque eu achava que nosso amor outonal iria passar e que eu poderia seguir minha vida livre, quando o frio tocou minha pele e eu senti a brisa congelante, os dias escuros voltaram a me afetar e tudo que eu fazia era pensar o quão estúpido eu fui, enquanto chorava pensando em como mudar as coisas. Porque você me deu todo o seu amor e a única coisa que eu te dei em retribuição, foi adeus.

Era impossível continuar segurando as lagrimas, então, mesmo que estivessem num café um pouco cheio demais para o horário, Jeonghan deixou-as rolar, escorrer de seus olhos até que parassem em algum outro lugar.

- Eu tive que engolir todo aquele meu orgulho, que você sempre disse ser maior que o mundo, pra te falar todas essas coisas, eu me sinto um pouco melhor agora, eu estava me sufocando com tudo isso, eu realmente queria poder voltar a dezembro e arrumar tudo isso, Cheol.

O mais velho continuava sem proferir nenhuma palavra, o que deixava Yoo aflito. Entenderia se ele não quisesse voltar ou perdoa-lo, mas precisava ouvir alguma coisa, ao menos uma palavra. Suspirou e encarou Seungcheol, em busca de alguma resposta. Os lábios do maior se mexeram e formaram um sorriso de canto, ele tirou as mãos do casaco e levou ao rosto do menor, limpando as lagrimas que escorriam pela pele bonita e clarinha. Colocou os fios teimosos do cabelo meio azulado para trás da orelha do menino e encarou-o nos olhos.

Por mais que soubesse que o mais machucado ali era ele, pode sentir toda a dor que o outro sentia. E tinha certeza que, se ele continuasse a chorar, seriam dois bebês chorões na mesa de uma cafeteria.

Jeonghan julgou que não tinha mais nada a perder, então resolveu abrir seu coração e se livrar de todos os pensamentos que ocupavam sua mente por todo esse tempo.

- Eu sinto sua falta, sinto falta de cada pedacinho seu; da sua pele bronzeada, do seu sorriso meigo e apaixonante. Você sempre foi tão bom pra mim, tão certo. E eu lembro de como você me abraçou forte naquela noite de setembro, quando me viu chorar pela primeira vez. E eu juro, por todas as coisas mais sagradas, que se nos amassemos novamente, se você quiser começar de novo, eu irei te amar de  verdade, direitinho, do jeito que tem que ser.

Suspirou fundo antes de continuar.

- Eu queria poder voltar no tempo e mudar tudo, mas eu não posso. Então, se a sua porta estiver trancada, eu irei entender. Droga, eu queria tanto poder voltar a dezembro e mudar tudo, mudar minha cabeça e o que eu pensei, queria fazer tudo certo, Cheol. Eu sinto muito.

O mais velho se levantou e Yoo já podia sentir as lágrimas voltarem com mais intensidade, mas foi puxado para ficar de pé e em menos de milésimos já estava envolto pelos braços fortes de Seungcheol. Era o abraço que quisera sentir durante as ultimas três estações, era de onde queria nunca ter saído. Molhava todo o casaco escuro do mais alto e se apertava cada vez mais a ele, como se ele fosse escapar, como se fosse mais um de seus sonhos.

Mas dessa vez era real, os braços que rodeavam sua cintura num aperto forte comprovavam isso. Seungcheol afastou Jeonghan, apenas o suficiente para encarar seu rosto delicado de perto, uma de suas mãos foi em direção aos fios teimosos do cabelo, que insistiam em colar em seu rosto graças às lágrimas, os afastou e fez um pequeno carinho na bochecha do outro, que sorria incessantemente.

O fato de estarem em um local publico, não afetou nem um pouco os dois, que estavam dentro de sua própria bolha, eles não se importavam com o mundo exterior no momento, em um acordo mudo eles se tinham de volta e era tudo o que ligavam. Um beijo calmo, melancólico e carregado de saudade foi iniciado, ali mesmo, no meio do estabelecimento nostálgico com cheiro de café.

Quando se separaram, algo que não queriam fazer mas era necessário pela necessidade de ar, se retiraram do local e se juntaram aos flocos brancos e gélidos que caiam do céu. Caminharam de mãos dadas, parando algumas - muitas – vezes para trocar selos rápidos e darem risadas enquanto se encaravam. E naquela tarde de dezembro, eles fizeram todas as coisas que costumavam a fazer em novembro, outubro, setembro e em todos os meses que passaram juntos.

E mesmo que a ultima noite de dezembro, onde as perpétuas foram jogadas no chão e Seungcheol foi deixado para trás, tivesse deixado machucados, o amor deles poderia cicatriza-los. 


Notas Finais


errrbody say la la la

sobre a flor citada, perpétua, o significado dela é "amor para sempre" ou "laço eterno"

pois é, foi isso... espero que tenham gostado ♡

ah, estou postando uma fic texting!markson
link se vocês quiserem: https://spiritfanfics.com/historia/hey-remember-to-smile-6704792

okei, tchauzinho ♡


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