História Back To The Start - Newtmas - Chapter Two - You came back

“ – Não me olha assim Newt.- pedi enquanto ele lia o novo contrato.- Eu sei que você está com raiva. Eu tentei de tudo amor, ele não me deu escolha. A única coisa que eu consegui negociar foram os shows. Você só vai cantar no primeiro, depois cada um com a sua turner. 

- E se eu não quiser? Quer dizer, eu não quero Tommy. A Sônia é insuportável, só sabe falar de como ela fica maravilhosa na capa da Vogue. – reclamou jogando o contrato na cama. Suspirei derrotado, odiava vê-lo daquela forma. 

- Newt eu tentei o máximo, criei mil e uns motivos para esse feat não rolar. Mas a Sônia é filha do Janson, que é o dono da gravadora, você não pode recusar isso.- expliquei cabisbaixo. Newt ainda não me olhava, ele parecia entretido com a vista. 

- Qual é a música do feat? – perguntou se dando por vencido. 

- Closer, Janson já mandou ajustarem para o tom da Sônia.- ele desviou seu olhar da janela e me encarou. Sorri já imaginando a próxima pergunta. – Não, você não vai gravar nenhum vídeo  com ela, convenci Janson que seria mais marketing ser um vídeo lyrics. Que os fãs surtariam ao ver você cantando no palco com ela pela primeira vez. 

Newt abriu um sorriso e pulou no meu pescoço agradecendo. Ele puxou meu rosto ao encontro do seu. Me prendi nos seu olhos castanho, como dá primeira vez que o vi. Ele juntou nossos lábios em um beijo calmo, o que era raro entre nós. “ 

Toquei a campainha  me encolhendo debaixo do casaco preto. Fazia frio em Seattle, dias chuvosos com a brisa fria como acompanhante. Havia passado uns cinco minutos quando a porta se abriu.

Thomas? – perguntou confuso. Sorri para o asiático na minha frente. Seus cabelos estavam bagunçados, ele vestia uma blusa do mets com uma calça de moletom. Empurrei seu ombro de leve entrando no apartamento. 

Por incrível que pareça a casa estava arrumada, sem roupas jogadas, e nem copos de bebidas. Fiz uma cara confusa quando ele voltou para sala. Suspirou passando a mão no cabelo. 

- Eu não esperava visita, quer dizer, a sua visita. Tem algumas coisas que você precisa saber, você ficou um tempo distante... – o interrompi. 

- Minho o que você ‘tá me escondendo? – perguntei perdendo a paciência  e me arrependendo de ter saído de casa.

- Thomas eu to.... – ele foi mais uma vez interrompido, porém não por mim. 

- Minho quem era? – a garota apareceu no corredor, ela vestia uma blusa preta que batia no meio de suas coxas, provavelmente a blusa era de Minho. Demorei um tempo para reconhecer a garota. 

- Brenda? – ela pareceu surpresa ao me ver. Na verdade qualquer pessoa ficaria surpresa em me ver. Ela não parecia com a garota que eu me lembrava, seus longos e ondulados cabelos haviam sido cortados, sua pele mais bronzeada e ela havia ganhado mais corpo. 

- Oi Thomas, é bom te ver. – um silêncio incômodo se instalou pelo cômodo. Tentava formular algo para dizer. 

- Eu queria te contar antes, foi muito rápido. Foi quando você viajou para o Texas, você não ligava, raramente passava uma mensagem. Quando eu te visitei, nós ainda não tínhamos nada estável então achei melhor ficar quieto, você ainda estava mal por causa do Newt. – explicou de cabeça baixa. Brenda estava ao seu lado ouvindo cada palavra dita por ele. Demorou um pouco para se encaixar na linha do tempo.

- Nove meses. – Brenda respondeu como se soubesse o que eu estava pensando. 

- Wow! Parabéns, é algo que eu nunca imaginei. Espero que vocês sejam felizes. – falei depois de um tempo. Era verdadeiro nunca vi Minho com a mesma pessoa por mais de duas semanas, nove meses era um recorde. 

- Obrigada cara! Mas mudando de assunto, o que me dá a honra de sua visita? – perguntou rindo. Nós sentamos no sofá e Brenda foi para o quarto tomar banho. Respirei um pouco antes de dizer. 

- Eu não consigo Minho, faz dois anos e eu ainda não consigo. Ele ‘ta em tudo o que eu sou, cada lugar daquela casa; o cheiro dele ainda ‘ta empregado na minha cama, nas minhas roupas. Eu não sei mais o que fazer. – desabafei. Meu peito doía e eu estava cansado. Minho me encarou com compaixão.

- Viva. Você precisa viver. – falou me abraçando. – Sei que é difícil, mas faz dois anos Tom. O Newt não vai voltar. 

- Você falou como se tivesse me abandonado, eu sei que ele não vai voltar. Ele morreu. – falei soltando uma risada amarga. Minho ficou tenso ao meu lado. – Você ‘ta bem? 

- Claro. Que tal nós sairmos? Hoje vamos ao bar do Chris, você deveria vir conosco. – Mudou de assunto. Encarei a parede por alguns minutos pensando na proposta.

- Quem vai? 

- Eu, Brenda, Teresa e Ben. – respondeu. 

- Encontro de casais? -perguntei rindo. 

-Não, não. Teresa e Ben terminaram tem um tempinho. – respondeu rindo. A revelação me pegou de surpresa, nunca poderia imaginar que aqueles dois se separariam. 

- Por quanto tempo eu fiquei fora? – perguntei rindo. 

- Sentimos sua falta. – desviei meu olhar para Minho, seus olhos mostravam tristeza. Senti meu peito apertar, eu havia abandonado meu melhor amigo.

- Acho que está na hora de voltar não?  - um sorriso apareceu nos lábios de Minho, ele pulou em cima de mim rindo. – Que horas? 

-  Onze e meia. 

[....] 

A música preencheu meus ouvidos assim que entrei no bar, luzes de várias cores piscando conforme o ritmo. A casa estava lotada, pessoas dançando, outras sentadas nas mesas, outras bebendo no bar, também tinha a área externa que costumava – pelo o que eu me lembro- ficar vazia. Procurei por Minho no segundo andar, aonde ficava as mesas de sinuca. O encontrei jogando junto com Ben, enquanto as meninas bebiam na mesa. 

Teresa ficou surpresa ao me ver, largando seu copo e pulando no meu pescoço logo depois. Ela soltou um pequeno grito chamando a atenção dos demais. Brenda me cumprimentou com um aceno e Minho com um aperto de mão. Ben me abraçou  e comemorou minha volta  pedindo mais uma rodada.

Começamos um novo jogo.

Não sei quantas horas haviam se passado, Minho estava perdendo. Ben estava na minha frente por um ponto, o qual eu tentava buscar agora. As meninas estavam no primeiro andar dançando, isso que tirava a concentração de Minho. 

- Desce cara, você não tem chance de ganhar isso aqui mesmo. Cuida da sua garota. – Ben sugeriu para Minho que – para a minha surpresa- não discutiu. Ele desceu me deixando jogando com Ben. Cinco minutos depois eu virei o jogo ganhando.

- Você voltou mesmo. –  comentou enquanto descíamos para o bar. Concordei com um sorriso de lado. Não sei ao certo quantas bebidas e quais bebidas tomei. 

Estava na pista dançando junto com uma menina, cujo não me recordo o nome ou de como conheci. Ela tinha cabelos ruivos, e um corpo cheio de curvas que as minhas mãos estavam adorando explorar. 

-Querida vou pegar uma bebida, me espere aqui. – avisei afastando meu corpo do dela e indo em direção ao bar. Tomei sentado ali mesmo, me preparando para voltar para a ruiva. 

Então foi como um imã, meu olhar vagou pelo lugar até parar na parte externa, tinha alguém lá sentado de costas. Eu reconheceria aquele cabelo em qualquer lugar, o dourado que sempre em encantou. Levantei depressa tentando passar pela multidão a minha volta. Derrubei um cara que gritou desviando meu olhar para ele, sussurrei um ‘desculpe’ e voltei meu olhar para a mesa. Que agora estava vazia, somente um garçom recolhendo o copo. Corri até lá  o procurando, antes que o garçom fosse embora reparei que ele carregava nas mãos a conta do cliente assinada. 

- Hey! – o chamei ele olhou confuso, somente ignorei e continuei.- Você pode me dizer quem estava aqui? O nome do rapaz. 

- Ohh Claro. – ele pareceu confuso mas deu os ombros. – Ele não assinou com o nome, só o sobrenome. 

- Serve também. – respondi sentindo meu corpo tremer. 

- Okay, ele assinou como Sangster.