Capitulo 4
300 anos atrás...
- Vamos fazer um trato Dragneel, eu a deixo ir se você fizer algo para mim.
- Qual o seu trato? – perguntou Natsu com desconfiança.
- Eu quero que você me dê uma garota. Mas não qualquer uma. Ela tem uma filha do mar, descendente direta da Afrodite, e também tem que ser pura, se é que me entende.
- Mas pra que você quer uma filha do mar, Loke?
-Afrodite, a deusa do amor, é uma das mais poderosas divindades. Deuses e mortais estão a ela submetidos, pois todos são suscetíveis à paixão, e às armadilhas do desejo. Quero que ela padeça. E eu posso atingi-la usando uma de suas filhas. Isso é tudo que você vai saber.
- Se eu não conseguir acha-la, você vai matar Serena?
- Se você não conseguir isso em dez anos eu vou matar a sua amada, porem se você demorar mais tempo eu irei atrás do seu clã. Fui claro? Além do mais você nos deve.
- Vocês são uns desgraçados, sabiam?- - disse Natsu tentado se manter firme.
- Boa sorte. –disse Loke com ironia. -O seu tempo está passando.
300 anos depois...
Lucy on:
Depois que aquele homem ruivo apareceu todo mundo ficou em silencio, até a Lisanna. Eles foram para um lugar onde nós não conseguiríamos escutar. De tanto tempo que eles demoraram, eu me sentei no chão, os outros marinheiro também voltaram aos seus afazeres, mas em silencio. Já a Lisanna ficava andando de um lado pro outro.
-Isso tudo é culpa sua, sua idiota! – ela disse andando mais rápido.
-Você vai abrir um buraco no chão. – eu disse para provoca-la.
Ela parou de andar e olhou fixamente para mim. Eu achei que ela iria me bater ou falar alguma coisa, mas ela não fez nada. Só ficou me olhando fixamente nos olhos, ela foi descendo o olhar até chegar ao colar que o Natsu havia me dado.
- Onde consegui isso? – ela perguntou enquanto se aproximava de mim.
-O seu capitão me deu isso, por quê?
- Odeio interromper as moças, mas nós temos que partir. Não é mesmo Lucynda. – disse o ruivo, que de novo apareceu do nada, seguido por Natsu que estava com uma cara nada boa.
-Come é? Partir pra onde? – eu me levantei. Como assim gente? que sequestro é esse?
Natsu passou na frente do ruivo e parou na minha frente.
- Nunca tire esse colar, entendeu? – ele disse olhando no fundo dos meus olhos.
Eu olhei pra ele com uma cara muito confusa. Eu não estava entendendo nada. O que esse ruivo tem haver com esse sequestro? Eu estava formulando uma pergunta na qual a resposta me tiraria todas essas duvidas, mas o ruivo pegou em seus braços e antes de pular do navio ele olhou para trás.
-É aqui que nos despedimos Dragneel, é ótimo fazer negócios com você. Dê adeus a Ares minha querida, é a ultima vez que você o vê.
- Hã?
Natsu apertava os punhos com tanta força, que os nós dos seus dedos estavam brancos.
O homem que me segurava simplesmente pulou do navio. A última coisa de que me lembro, é de sentir a fria agua do mar.
~Quebra de tempo~
Abro os olhos devagar. Eu estou deitada em uma cama, me sento devagar, estou com uma terrível dor de cabeça. Nunca senti tanta dor na minha vida! Eu esfregava as mãos no rosto na tentativa de amenizar a dor.
-Vejo que está com uma dor horrível, isso é bom sinal. – não consigo levantar a cabeça, ou abrir os olhos, mas sei que foi o ruivo que disse, conheço o som da sua voz.
- Como isso pode ser bom ruivo?
- Ruivo não, Loke. E isso é sinal que o Dragneel não me enganou.
- O quê?
- Eu fiz um trato com o Dragneel, ele tinha que me trazer uma descendente direta da Afrodite. E o fato de você ficar completamente desconfortável e consideravelmente com dor quando esta longe do mar, só comprova o fato.
- Mas... Argh! O que você quer comigo? Descendente direta de Afrodite, você está louco? Ela é uma lenda. Eu só estou com dor de cabeça porque provavelmente você me apagou.
Ele deu uma gargalhada longa e alta. O que era tão engraçado?
- Eu vou te usar para ter poder minha cara Lucynda. Com a sua morte Afrodite irá aparecer e quando ela fizer isso eu vou mata-la e tomarei posse de seus poderes, claro que eu estou interessado em seu lugar no olimpo, não tenho interesse nas suas habilidades sedutoras.
Esse homem é completamente louco. Sinto um enjoo muito forte, e com um pouco das forças que me restaram, eu vou para uma janela que tinha naquele quarto, e vomito. Quando eu já não tinha mais nada para vomitar percebo o quão alto, estou o oceano daqui, parecia um simples rio. Vê-lo realmente me acalmou.
- É incrível. Você só precisou olhar para o mar, para se sentir bem. –disse enquanto se aproximava de mim. – Nós já vamos começar.
-Começar o que?
- Eu já disse, quero o seu poder. E para isso você tem que morrer, mas antes tenho que fazer umas coisas, faz parte de um antigo ritual.
-Eu já disse que não tenho poder algum. – insisti.
Ele me olhou com um olhar de impaciência. Não disse nada. Dirigiu-se á um baú e de lá retirou uma saia longa branca, o tecido era incrivelmente lindo, e uma faixa do mesmo tecido.
- Vista. – ordenou. – Volto em cinco minutos, e tire esse colar.
Não iria tiara o colar, Natsu me disse de um jeito muito estranho para não tira-lo. Vesti a roupa, consegui colocar o colar dentro do cós da saia.
Loki voltou em exatos cinco minutos.
-Vejo que já esta pronta, siga-me. – fiz o que ele mandou, mas eu tinha que fugir.
Entramos em uma sala enorme e escura, as paredes eram feitas de pedra, assim como a porta. Não havia janelas. Na sala só havia um lago negro, bem no meio.
Loki me conduziu até a beira daquele estranho lago. Fiquei de costas para a porta.
- Primeiro minha querida Lucynda eu...
- É Lucy. – disse interrompendo a sua fala.
- Que seja. Primeiro eu vou tirar quase todo o seu sangue, e quando você estiver quase inconsciente irei tirar a sua pureza, logo após isso seu corpo será queimado e suas cinzas serão jogadas nesse lago negro.
Eu paralisei de medo. Como ele podia dizer aquilo tudo, como se estivesse lendo uma receita qualquer? Não conseguia mexer nem os olhos.
Ele aproximou uma adaga que parecia ser de prata. Quando o metal gelado encostou-se na minha pele, senti como se fosse o próprio sopro da morte. Medo e desespero. Era o que eu sentia agora e que não sentia á muitos anos.
- Não devia ter confiado tão facilmente naqueles piratas. – disse em meu ouvido.
“Não confiei”, queria dizer, mas quem disse que eu tinha forças?
Fechei os olhos. Não queria mais ver nada. Até que um barulho
- Se você encostar em um fio de cabelo dela, eu vou cortar as suas pernas Loki.
- Ora, ora veja só quem resolveu fazer parte da festa?
- Solte-a.
Eu não o via, ainda estava de costas. Mas sabia quem era o dono da voz. Mas, por que veio me salvar?
Continua...
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