História Back to you - Capitulo 6

Capitulo 6.

     -Gajeel, Gray cuidem dele pra mim. – eu ainda estava paralisada, onde será que eu já ouvi isso? O Natsu estava vindo em minha direção com raiva e pressa. Muita pressa.

     -Vem loirinha. – ele pegou no meu braço com força e me puxou. Enquanto andava eu vi que o Loki tentava nos alcançar, mas era impedido por dois homens. No corpo deles estavam se formando escamas.  

     -O que? – eu sussurrei.  Quando olho a minha frente o corpo do Natsu estava em chamas. Ele também tinha escamas, mas parece que o fogo não o incomoda. –O que você é?

     -Pega a minha mão e feche os olhos. – ele estendeu uma das suas mãos em chamas.

     -Não.

   -Não tenho tempo para esses joguinhos agora. – ele se aproximou de mim, e encostou o seu dedo indicador na minha testa. O meu corpo começou a ficar mole. Eu estava desmaiando.

XxXx

Abri os meus olhos bem devagar. Eu tinha apagado. De novo. Quando eu não quero fazer alguma coisa, as pessoas me apagam. Isso é muito injusto. Eu estava em uma espécie de caverna, sei lá. Não. Era realmente uma caverna. Mas ela tinha uma cama, onde eu estou agora, tochas espalhadas por todo lugar, algumas peles de animais que estavam no chão como tapetes. Também tinha uma mesinha perto da cama, com um prato cheio de frutas, pão e um copo de água. Eu praticamente voei naquele prato. Nem me lembro de quando foi a ultima vez que eu comi alguma coisa.

     -Eu agradeceria se você não comesse o meu prato. Sabe? É herança de família. -Maldito seja Natsu Dragneel e tod... Eu acabei de me lembrar do Natsu todo em chamas e com escamas, como aqueles outros dois homens.

     -O... Que... Você é?- eu perguntei me afastando da figura que apareceu de repente na minha frente.

     -Bom isso depende muito do seu ponto de vista. Antigamente as pessoas se dirigiam a mim como Hades, mas...

    -Hades? Deus do mundo subterrâneo; rei do mundo dos mortos, um lugar onde só impera a tristeza?! Serio?! – eu o interrompi – Cadê o Cérbero, o seu cão de três cabeças e cauda de Dragão?! – debochei.

    -Na verdade agora ele se chama Happy. E ele prefere ficar na forma de um gatinho, pelo menos nesse mundo.

     -Muito esclarecedor! Obrigada!- debochei de novo.

    -Bom voltando a mim, antes da senhorita me interromper, vou resumir pra você. Eu praticamente sou um Deus, mas para todos os efeitos eu também sou um demônio...

     -Quê? Você é um pirata. Louco. Um pirata louco.

     -Também. Mas você senhorita, - ele se aproximava lentamente. – é muito mais do que eu esperava. Você está transformando essa situação em um problema. Eu não sabia que a senhora era tão poderosa assim.

   -Como assim? Você é idiota? A única coisa que eu fiz desde que conheci você foi desmaiar e ser sequestrada. E claro ter andar com um bando de piratas imundos.

     -Por que odeia tanto os piratas Luce? – ele já estava invadindo o meu espaço pessoal.

      -Não te interessa. – eu tive que virar o meu rosto, porque ele estava muito perto de mim!

      -E já vou te avisando, você acaba de se tornar a minha esposa.

       -Como é?!

     - Eu te dei uma Romã, que para mim como um deus, é o fruto do casamento. Como você é praticamente uma semideusa e comeu os grãos, não pode deixar mais seu marido, que no caso sou eu.

     -Quando foi que eu comi ess..... Aquelas frutas que estavam em cima da mesa... – ele assentiu com um sorriso convencido no rosto. –Isso é ridículo.

     -Não é. “E deste momento em diante, a cada vez que ela estava com seu marido virava inverno na terra, e quando estava no Olimpo chegava à primavera, o verde da natureza fazia brotar muitas flores e frutos”. Era algo assim que estava escrito em um lugar onde diz que, sim você é minha esposa. Você é a minha Perséfone. – ele escondia o seu rosto em meu pescoço.

      -Você é louco. Eu não sou deusa nem semideusa. Eu não faço a menor ideia do que você é, mas eu com certeza não faço parte desse negocio.

       -Luce, Luce. Você está mais envolvida nisso do que você imagina. – ele aproximou a sua boca do meu ouvido- Estou ansioso para a nossa lua de mel.

    -Você não tá sonhando muito alto não, senhor Dragneel?

   -Eu acho que não, senhora Dragneel. –Abusado, idiota, maldito seja esse rosado.

   -Natsu Dragneel, me diz que você não fez isso! – uma voz fina irritantemente familiar disse logo atrás de nós.

     -Fiz o que?

     -Se casou com essa...

    -Presta muita atenção no que você vai dizer Lisanna, eu odiaria ter que arrancar a sua língua. Sabe, sangue mancha.

Eu não sei a cara que eu fiz, mas com certeza eu estava adorando isso. Eu não tenho nada contra ela, mas parece que ela tem muita coisa contra mim. E ver a cara que ela está fazendo agora é impagável.

     -Você percebe o que fez?! Não é só porque não pode morrer que tem que colocar um preço na sua cabeça assim! Não é só o Loki que está atrás dela Natsu! Ele também a quer.

     -Desculpa interromper, mas quem é ele? – eu disse me aproximando dos dois.

     -Isso não é da sua conta, sua loira idiota ladra de homens! – isso foi um insulto?!

    -Pra falar a verdade é sim, já que o cara quer é a minha cabeça. E foi o “seu homem” que me obrigou a “casar” com ele. – fiz os sinais de aspas com as mãos. – Eu estou tão surpresa e feliz quanto você.

     -Garotas, não briguem por mim! – eu olhei pra ele e o folgado estava sentado na cama com um copo de vinho na mão, assistindo tudo.

     -Já vou avisando Lucy, se eu brigar com você vai ser pra matar. – eu voltei o meu olhar pra ela, ela estava com um sorrisinho um pouco... Diabólico?!

     -Querida, não vai ser necessário se você quer, pode pegar. – eu disse apontando para o Natsu que estava fingindo estar surpreso.

     -Lisanna, já está ficando tarde e agora eu sou um homem casado. Então eu tenho que pedir educadamente que se retire da minha residência.

Caverna agora é residência, essa é nova. Ela estava quase dando um chilique, quando o Natsu cuspiu fogo. ELE CUSPIU FOGO na Lisanna. Ela obviamente desapareceu, mas se está viva ou não, isso eu já não tenho certeza. Eu estava com os olhos arregalados e a minha boca formava um perfeito “O”.

     -Calma Luce, ela está viva. Eu acho.

     -Ah você acha?!

    -Para de reclamar e vem dormir. – eu olhei para ele como se dissesse “você esta falando sério?”. – E anda logo, o seu marido é um homem muito impaciente.

Eu não mereço isso.

Continua...