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História Back to you - Capitulo I


Escrita por: SuuhFranco

Notas do Autor


Gente!!!

Estou muito emocionada com todo o carinho que recebi logo no Prólogo!! Muito obrigada, mas muito obrigada mesmo!!!!

Fiquei muito feliz por cada comentário e agradeço de coração. Trago o capitulo I e espero que continuem me acompanhando nesta jornada.

Acabei a faculdade e acredito que agora as postagens serão mais frequentes.

Espero que gostem!!!

Capítulo 2 - Capitulo I


Fanfic / Fanfiction Back to you - Capitulo I

Capitulo I

 

1996 - Hogwarts

 

Hermione Granger andava apressada pelos corredores da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Com dificuldade, carregava os vários livros de todas as aulas que freqüentava. Eram tempos difíceis, o Lord das Trevas ganhava cada vez mais força. Precisava aprender o máximo que conseguisse. Precisava ser capaz de auxiliar Harry na batalha que certamente viria.

Já se acostumara com o solavanco que seu coração dava ao pensar no melhor amigo.

Amigo.

Era apenas assim que Harry a via... Era apenas assim que Harry a amava.

Perdera as contas de quantas vezes tentara parecer menos com uma nerd e mais com as garotas vaidosas de Hogwarts. Mas ela definitivamente não levava jeito para aquilo. Roupas e maquiagem nunca estariam acima de sua sede por conhecimento.

Após o fim traumático do quinto ano, eles estiveram mais unidos do que nunca. Ela fora seu apoio, seu alicerce para manter-se em pé após morte de Sirius. Porem fora ousada demais. Um dia antes de irem para A Toca confessara a ele seus sentimentos. Nunca mais queria ver o olhar que recebera de Harry... Naquele olhar continha surpresa pelo o que escura, apreensão pelo o que precisava responder e pena por não poder corresponder.

Hermione era orgulhosa demais para aceitar a pena de alguém. Escutara com cuidado as palavras gentis do amigo e a partir daquele dia não fez ou disse nada que o lembrasse dos sentimentos que possuía. O menino que sobreviveu rejeitara, mesmo que carinhosamente, os sentimentos da amiga, mas algo dentro dele mudou. Não queria admitir, mas passara a prestar mais atenção nos traços da amiga.... Hermione não era mais a criança de cabelos armados e dentes proeminentes. O castelo de Hogwarts fora testemunha da mudança física de sua melhor aluna.  

- Ei, Mione! – a voz estridente de Rony a fez parar abruptamente e quase a fez perder o equilíbrio de todos os livros. – Como  desceu tão rápido?

Harry pegou parte dos livros e recebeu um olhar agradecido por seu gesto gentil.  

- Como assim, Rony? – Hermione tentou soar o mais inocente possível.

- Há pouco encontramos a Luna no segundo andar e ela disse que você estava ajudando Madame Pomfrey com o estoque da Ala Hospitalar..... como chegou antes da gente? - Hermione olhou para trás dos amigos e viu a loira olhando sonhadoramente para o teto do castelo.

- Eu estava no quarto andar uma hora atrás, Rony. Luna deve ter perdido a noção do tempo.

Assustada, viu o moreno franzir a testa de modo desconfiado.

- Mas ela disse..... 

- Ronald, estou sem tempo. – com um pedido mudo, pediu a Harry para equilibrar os livros novamente em seus braços. – Depois conversamos. Preciso falar com a Professora Minerva.

Despediu-se dos amigos com um sorriso e voltou a andar rapidamente em direção a sala de Transfiguração.

- Em quantas matérias você está? – Rony gritou, mas ela já havia se misturado com a multidão. – Em quantas matérias ela está, Harry?

O moreno apenas balançou os ombros. Obviamente ele sabia o que ela estava fazendo, a mesma coisa que fizera no terceiro ano..... estava brincando novamente com tempo.

Horas mais tarde, ao chegar no salão comunal da Grifinória, Hermione deixou-se cair na sofá vermelho. Estava exausta... Não queria pensar nas quantidades de aulas que acompanhava ou na pilha de trabalhos que precisava fazer.

Merlin, queria dormir por horas interruptas. Sua cabeça parecia que explodiria a qualquer momento.

Aproveitando a tranqüilidade, aconchegou-se ao sofá e fitou a lareira. Sua mente e seu corpo pediam por descanso. Não percebeu a Mulher Gorda, menos tagarela do que de costume, dando passagem a alguém. Assustou-se com a mão tocando seu ombro.

- Harry? – Hermione olhou ao redor tentando localizar a presença de Rony. – Onde está Ron?

- Jantando.... como você deveria estar fazendo. – Hermione recolheu as pernas e sentou-se. – Você precisa comer, Hermione.  

- Não sinto fome.... desculpe, mas preciso fazer o dever de DCAT, Harry.

Com um suspiro, o moreno sentou-se e encarou as chamas. Era difícil conversar com ela depois de tudo. Achou que após conversarem, após rejeitar os sentimentos da amiga, tudo voltaria a ser como antes.... era mais fácil lidar com a Hermione amiga do que com a  Hermione garota.

- Sei o que está fazendo, Hermione.... e sei o  motivo. - Ambos se encaram, firmes. – Quero que você pare com isso. Agora!

O susto fez a morena levantar-se e olhar o amigo de cima.

- Não sei do que está falando, Harry. Não faço idéia do acha que sabe, mas....

- Eu estava lá com você, esqueceu? – Harry levantou-se e a encarou. Viu o medo passar por seus olhos. - Você me contou sobre o Vira-Tempo, disse que era assim que conseguia acompanhar todas as aulas no terceiro ano e tenho certeza que é isso que está fazendo agora!

Alterado, Harry não percebia que já estava gritando.

- Fale baixo! Alguém pode te ouvir!

- Todos estão no Salão Principal.... – o menino jogou-se no lugar em que estava anteriormente. Não gostava de brigar com seus amigos. Eles eram sua única família, eram as pessoas que tanto amava.... –  Há quanto tempo não tem uma noite de sono decente? Há quanto tempo não vai até o lago ou ao jardim? Há quanto tempo está enfurnada naquela biblioteca ou em alguma sala de aula?

Viu o olhar dela tornar-se ferido e aquilo doeu mais que cem Cruciatus. Sabia que estava sendo mal agradecido, mas que estava machucando-a uma vez mais, mas não podia permitir que aquilo continuasse.  Há dias desconfiava dos sumiços, acreditava ser por causa da conversa que tiveram, mas naquele dia descobrira o que ela estava fazendo. Estava, mais uma vez, se sacrificando por ele. Deixando de viver em prol a vitoria dele!

- Estou fazendo isso por todos nós, Harry! – com muito sacrifício, engoliu as lagrimas que queimaram em seus olhos.   – Não é apenas a sua vida que está em jogo. Os trouxas, os nascidos trouxa, os “traidores do sangue”.... todos morrerão! Eles são capazes de pendurarem nossos corpos nas entradas de Hogwarts e do Ministério para mostrar ao mundo que venceram. Não se trata de nós dois. Trata-se de todos que se opõe a Voldemort e de todos aqueles que não são bruxos. O mundo que conhecemos será destruído. Tudo se resumirá a trevas. Eu não quero viver nesse mundo, nem quero morrer para que ele seja “purificado”. Estou fazendo isso por mim, por você, por Ron, por todos os nossos outros amigos de Hogwarts, pelos Weasley, por meus pais..... por todo mundo!

Hermione virou-se desejando imensamente tranca-se no dormitório, mas Harry a impediu. Segurou seu pulso e a apertou junto a si. Lentamente, Hermione retribuiu o abraço, desejando apenas afundar o rosto e chorar. Foi isso que fez. Chorou ate sentir que toda agonia que queimava seu interior ficava momentaneamente adormecida. Ela voltaria, Hermione sabia, com força e de forma esmagadora. Mas naquele momento, não se importou.

Harry acariciou os cabelos e deixou que ela extravasasse tudo. Pôde sentir o doce perfume que vinha de seus cabelos..... era inebriante.

- Me prometa, Mione. – murmurou em seu ouvido.

Relutante, Hermione desprendeu-se do abraço. Tentou sorrir para amenizar a situação.

- Posso prometer que deixarei uma aula ou duas, mas devo continuar. A professora McGonagall e o professor Dumbledore também acreditam que preciso ter o máximo de conhecimento que puder adquirir.

- Isso é loucura, Hermione. Será que eles também não percebem que está definhando?

O olhar de Harry foi atraído para o brilho da fina corrente dourada no pescoço feminino.

- Me desculpe. – aproveitou aquela pequena visão e pegou a corrente, tentando puxa-la de seu pescoço.

- Harry?! – Hermione, sabendo de sua pretensão, lutou para tirar as mãos do garoto da delicada corrente. Nem toda a sua vontade fora capaz de impedir que Harry arrancasse o Vira-Tempo e o jogasse na parede.

- Você enlouqueceu?

- Não! Quem enlouqueceu foi você. Vou pedir a Dumbledore que pare de colocar idéias na sua cabeça. Você não vê que estou preocupado com você, Hermione? Você é minha melhor amiga. Não sei o que faria se alguma coisa acontecesse.

Amiga.... a palavra amargou o coração de Hermione. Com o resto do orgulho que possuía, enfrentou  o olhar obstinado de Harry.

- Não se atreva a se intrometer na minha vida. São as minhas escolhas, Harry...

Hermione andou ate o objeto e o verificou rapidamente. Fora o leve arranhado, parecia estar tudo bem.

- Você tem sorte. Caso tivesse acontecido alguma coisa, teríamos muito o que explicar a McGonagall.

- Não pense que esse assunto acabou.

- Boa noite, Harry.

Subiu para o dormitório onde Harry não poderia alcança-la. Sim, ele era um dos motivos pelo qual ela mergulhara naquela jornada, porem não o único. Os mundos mágico e trouxa estavam em jogo. Ambos possuíam uma grande responsabilidade em suas costas e Harry sabia disso. Ele era o eleito e ela nascera para fazer a diferença, sentia isso e Dumbledore também dissera. Apesar de toda a postura firme, tinha medo.... medo por ela, por seus amigos, por seus pais... Céus, seus pais seriam massacrados caso Voldemort vencesse, ele iria simplesmente destruir a todos que amava.

Desistindo de fazer o dever de DCAT, colocou o pijama e preparou-se para dormir. Seguiria um dos conselhos de Harry e dormiria bem. Amanha seria um longo dia....  

 No café da manha, a tensão entre os dois era perfeitamente visível. Todos sentiam, dos amigos de casa aos professores. Não se falavam ou se olhavam. A única vez que Harry olhara em sua direção foi para conferir se a corrente dourada ornava seu pescoço. Alem de enconta-la ali, constatou também o vergão que deixara ao puxá-la na noite anterior.

Rony, sempre tão impulsivo, negou-se a abrir a boca. Era amigo dos dois, mas era bom que resolvessem entre eles, não entraria no meio do fogo cruzado.

Desistindo de aproveitar o café, Hermione comeu apenas para conseguir manter o ritmo das aulas. Quando sentiu-se satisfeita, saiu a procura de um local seguro para usar o Vira-Tempo. Ao ver o corredor deserto, retirou o objeto de suas vestes. Vozes sussurradas a fizeram parar e esconder-se atrás de uma coluna. As vozes foram seguidas por vultos que por sua vez foram substituídos pelas figuras de Harry e Ginny.

A ruiva que até então segurava a mão do moreno, empurrou-o e o beijou, surpreendendo-o.  Apesar da surpresa, Harry deixou levar-se pela suavidade dos lábios da garota. Afinal, era um adolescente cheio de hormônios e com desejo de ser normal, sem todo o peso do mundo nos ombros. Ser beijado de forma tão ousado era tão tentador quanto fora sentir o corpo de Hermione junto ao seu. Ao afastarem-se devido a necessidade de respirar, Harry olhou para alem da garota a sua frente e seus olhos cruzaram-se com o olhar ferido de Hermione. Antes que pudesse fazer algo, sentiu os lábios de Ginny em seu pescoço.

Hermione, ciente de que ele a vira, tentou pegar o que restava de sua dignidade e saiu da forma mais silenciosa possível. Mesmo que fizesse algum barulho, a garota estava tão distraída beijando e tocando o garoto que possivelmente nem notaria. Mil trasgos poderiam invadir a escola e ela não perceberia. Assim que se sentiu segura, correu ate suas pernas não agüentarem. Quando seu por si, já estava em frente ao lago. Ali, sozinha, permitiu-se chorar.

Traída.

Era assim que ela se sentia, mas sem razão alguma. Eles não tinham culpa, porem saber disso não fazia seu coração doer menos. Agora entendia o motivo de Harry ao menos dar-lhe uma chance. Ele já entregara seu coração a alguém, e esse alguém era uma pessoa maravilhosa, que certamente o faria feliz.

Decidiu ficar ali, observando o lago. Queria que o leve balançar das ondas levassem toda a tristeza, toda a desilusão....

Merlin, ela era Hermione Granger! Não se abateria. Não seria um coração partido que a derrubaria. Era toda a inteligência do Trio de Ouro, tinha seu dever na guerra, iria contribuir para que vivessem em paz. Não seria a primeira desilusão amorosa que colocaria abaixo seus objetivos.

 Quando finalmente resolvera levantar, sacudir a poeira e seguir em frente, percebera que perdeu as duas primeiras aulas. Suspirou pesadamente e, vendo que não tinha ninguém ao redor do lago, resolveu utilizar o Vira-Tempo em seu pescoço. Se tivesse sorte, ainda conseguiria impedir-se de ver tudo aquilo e seguiria por outro caminho. Girou o objeto mágico a quantidade de vezes que achou necessário para chegar ao café da manha.

Nos primeiros segundos tudo parecia normal. As imagens iam passando rapidamente até que chegou ao momento desejado. Mas algo surpreendente e assustador aconteceu. As cenas a sua frente continuavam correndo e correndo cada vez mais rápido. Olhou para o Vira-Tempo e ele girava e girava... deixou de ver as cenas e tudo agora não passava de borrões. Um enjôo terrível a dominou assim como uma dor de cabeça alucinante.

Estava com tanto medo!

Finalmente, sentiu-se lançada em chão duro. Estava tudo escuro e não conseguia distinguir com exatidão em qual parte de Hogwarts estava.  Tentou levantar-se mas a dor no tornozelo a impediu. Devia te-lo fraturado na queda. Tentou acalmar o nervosismo e pensar em como sairia dali. Ficar nos corredores escuros não era algo inteligente a se fazer.

A Grifinoria escutou passos firmes se aproximando rapidamente.   

“Levanta!”

Usou toda a força que possuía e com a ajuda da parede pôs-se de pé. Não conseguia nem encostar o pé machucado no chão.  A luz forte da varinha ofuscou-lhe a visão e a forçou a fechar os olhos.

- Quem é você? – a voz profunda a fez tentar abrir os olhos e descobrir quem era seu dono. Percebendo o incomodo, o portador da varinha diminuiu a luminosidade. – Perguntei quem é você?

Sua mente estava confusa. Quem era aquele maldito garoto que praticamente colocava uma varinha em sua cara e fazia exigências? Devido a tantos anos estando no lugar errado e na hora errada, o Trio de Ouro era conhecido desde os alunos do primeiro ano até os do sétimo, todos sabiam quem eles eram....  

Aproveitando a consideração do estranho, abriu bem os olhos e encarou o rosto bonito.

- Não sei quem é você, mas não é permitido a nenhum aluno vagar pelos corredores após o toque de recolher.

- Preciso falar com o diretor. – disse o mais firme possível, só Merlin sabia como tremia opor dentro e como seu estomago estava embrulhado. Alguma coisa estava errada com o Vira Tempo.

- O diretor Dippet encontra-se a serviço para o Ministério.

Dippet? O estranho disse Dippet???

Dumbledore era diretor de Hogwarts!

Dippet fora seu antecessor em...

Sua respiração ficou acelerada.

- Quem é você? Que ano é esse?

Os castiçais que haviam pelo corredor acenderam e atrás do rapaz estava Dumbledore com uma aparência mais jovem. Onde estava sua longa barba branca?

O jovem, curioso com a garota a sua frente, respondeu a pergunta feita.

- Estamos em 1944 e eu sou Tom Riddle.

Hermione voltou seu olhar par ao rapaz, assustada. Escorregou pela parede na qual estava encostada, sentindo suas pernas perdendo as forças. Aquele lugar.... aquele rapaz....

Merlin, estava encrencada.  


Notas Finais


Chegamos ao final do capitulo.

Vamos aos esclarecimentos.

- A Ala Hospitalar fica no quarto andar. Por isso a confusão de Rony. Eles encontraram a Luna no segundo e a mesma os informou que a Mione estava na Ala e quando desceram, encontraram Hermione. Nossa grifinoria estava mexendo com o tempo.

Bom, como foi revelado neste primeiro capitulo, a Hermione ama, ou acredita que ama seu melhor amigo. E agora ela está muito encrencada. Como será que ela vai sair dessa situação?

Espero que tenham gostado. E após um ano de tantas perdas, a mais dolorosa sendo a do nosso eterno professor Snape, desejo a todos um Feliz Ano Novo!!!!

Beijos


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