1. Spirit Fanfics >
  2. Bad At Love >
  3. Nove

História Bad At Love - Nove


Escrita por: addisonsperson

Notas do Autor


*CAPÍTULO SEM REVISÃO*
Oi meu amores, tudo bem com vocês? Espero que esteja tudo maravilhosamente bem! Obrigada pelos comentários maravilhosos que vocês deixaram no ultimo capítulo, eles enchem o meu coração, sempre! Como eu demorei horrores para postar o ultimo capítulo, cá estou eu com mais um capítulo para compensar. Eu havia citado o passado da Arizona em capítulos anteriores, e bom, resolvi começar a contar sobre esse passado. No mais, espero que vocês gostem e boa leitura!

Capítulo 9 - Nove


O coração disparado, as mãos começam a suar sem pré-aviso algum, o corpo passa por mudanças abruptas de temperatura, em um momento é como se você sentisse seu sangue congelar dentro de si, e logo depois ele derrete e se torna quente a ponto de você querer se despir. Você conhece a sensação, é familiar, vem como um sentimento bom, dependendo de quais foram as suas experiências amorosas, se foram ruins... Bom, é só um calafrio muito sinistro que percorre a sua espinha, fazendo com que você pense bem duas vezes antes de olhar para o bonito sorriso do problema. Sim, problema, é assim que você chama aquele alguém que lhe faz querer arrancar seu coração e entrega-lo de presente, para demonstrar o quanto esse alguém faz com que o seu corpo fique em completa desarmonia. Não leve a mal, é uma desarmonia boa, como você já deve saber.

Arizona se sentia assim naquela manhã em especial, negando os próprios sentimentos, tentando ser mais uma vez superior a qualquer coisa que denotasse o quão impressionada ela estava por se ver de quatro por alguém que ela mal conhecia. Era como estar de mãos atadas em uma caixa, e essa caixa estava sendo inundada por água, que ia subindo cada vez mais, sem esperança de sair dali com vida. A prática não usual de querer pegar seu celular e ouvir uma playlist baunilha no Spotify tomava conta da mulher que agora dirigia seu carro para a faculdade. Por mais que o trânsito naquele dia em particular lhe fizesse querer perder a pouca paciência que tinha e socar alguém, o sentimento confuso ao qual ela não sabia bem como nomear falava mais alto, na verdade chegava a ser incomodo de tão enorme que era. Os olhos azuis se fixavam no carro a sua frente, de repente o mesmo se tornara interessante até que ela perdesse o foco, se perdendo em pensamentos tão profundos que a atrapalhavam a fazer movimentos mecânicos como piscar. As memórias lhe voltavam a mente vividas, com sabores e cores.

Atlanta, 23 de julho de 2005.

“O cabelo ruivo caia pelos ombros, descendo como cascatas até o final dos seios, passando pela cintura, terminando no final de suas costas. Era como entrar em uma viagem sem fim, sem volta, aproveitando a estrada sem fim os momentos com ela poderiam oferecer. Não era nada certo, como se tivessem feito um acordo onde ambas as partes se doariam ao máximo, por mais que às vezes na cama isso acontecesse, acontecia até em um nível inimaginável até. Ela era a visão do paraíso, se você acredita nisso. Os olhos castanhos, em um tom tão bonito e único, se assemelhavam as folhas de outono que caiam sobre a cabeça dos casais sentados em bancos de praças públicas, desfrutando tudo aquilo que só um amor jovem pode oferecer. Ela era hipnotizante, com aquela pele tão branca que beirava a brilhar quando saia ao sol, o cabelo em cachos abertos perfeitos que sempre balançavam a medida que ela segurava a mão da outra, segurava como se a pudesse proteger de qualquer maldade do mundo. Era seguro estar com ela. Era seguro e ao mesmo tempo completamente perigoso, como a ponto de um precipício. Você só se machuca se pular, não é mesmo?

Arizona Robbins com toda certeza pulou, e pulou de ponta fazendo o seu melhor nado ao cair naquele mar de tormentas que sua vida se tornara depois de brusco movimento. Victoria, seu nome era Victoria. Maldita Victoria! Até mesmo seu nome era gostoso de pronunciar, era como ler um livro proibido em sua adolescência, e ao mesmo tempo era como passar o natal na casa dos seus avós. Ela a chamava, carinhosamente, de “my sweet thing”, e Arizona a amava por isso, por isso e por outros zilhões de coisas que ela nem ao menos poderia nomear, eram sentimentos desconhecidos. Victoria era o inicio, meio e fim do inferno, da perdição, era como colocar um rosto na luxuria. E que maldito rosto bonito ela possuía, com aquele sorriso... Helena de Troia. Você lançaria mil navios, um ou dois exércitos, tudo para salva-la, colocaria sua vida em risco apenas para ver seu sorriso de perto uma ultima de vez. Helena de Troia.

Era quatro de julho, havia festejos em qualquer lugar que você pudesse olhar, o povo americano é sempre tão patriota, em datas comemorativas ou não. O nome dele era Mikael, ele dizia que seu nome era de origem russa ou algo assim, Arizona não havia prestado tanta atenção assim na estória que seu namorado estava contando. Porque prestar atenção em uma estupida estória quando se tinha Victoria logo a sua frente, sorrindo como se tivesse acabado de conquistar a paz mundial, estava tão próxima, e mesmo assim ainda parecia intocável, como se, por algum motivo o seu dedo a tocasse, mesmo que fosse um fio de cabelo, ela se quebraria em milhões de pequenos pedacinhos, e estão se desfariam no chão diante de seus olhos. Não que ela fosse frágil, é até engraçado colocar ela e frágil em um mesmo pensamento. Longe disso, Victoria era seu pior pesadelo, vestida de anjo bom, quem vem te consolar quando alguém mal grita com você. Ela poderia interpretar ambos os papeis.

Mikael ainda discorria sobre si mesmo, sobre seus pais e sobre como amou passar um tempo em sua cidade natal, que no caso era Estocolmo, na Suécia. O homem estava tão cheio de si, tentando impressionar a roda composta por sete pessoas, que nem ao menos notara que sua atual namorada estava enfeitiçada, com o olhar parado no tempo e no espaço. Victoria tinha esse efeito nas pessoas, era comum até, atraia olhares como imã e se divertia com isso todas as noites.

Fora assim que Arizona colocara seus olhos naquele pecado em forma humana, iniciando seu decadente caminho ao mais profundo dos poços. Não demorou para que ela visitasse os lençóis macios que a ruiva possuía em suas inúmeras casas espalhadas pela cidade. Era cômodo e ao mesmo tempo extremamente confuso estar ali, recebendo os carinhos das mãos suaves com as unhas sempre pintadas de preto. Victoria a olhava como se ela fosse à única mulher do mundo, como se sua respiração dependesse de que Arizona sorrisse para ela. Pelo menos é assim que qualquer um que assistisse as duas juntas pensariam. Porém, Victoria era (e ainda é) o tipo de mulher que ama a todos, que tem a intenção de te fazer sentir-se a ultima garota sortuda do mundo. Não é nada pessoal, era só o jeito dela, era como se emanasse uma energia que vinha de dentro de si, cortejando a todos ao seu redor com seus olhares letais e sorriso inocente. Era Helena de troia, que precisava ser salva, e ao mesmo tempo era Satanico Pandemonium em “Um drink no inferno”. Na verdade, era possível comparar os momentos com ela como um drink no inferno.

Devastador. Essa poderia ser a primeira palavra usada para descrever como foi quando a ruiva simplesmente a abanou em uma manhã chuvosa de domingo. Um bilhete fora tudo o que ela deixou. Um bilhete mequetrefe que não fazia jus a fama de boa amante que ela possuía.

"Estamos em níveis diferentes. Não me leve a mal, my sweet thing! Tenho lugares para ir, pessoas para amar. Tivemos o tempo de nossas vidas, e foi maravilhoso. E não significa que eu não ame você, eu sempre irei amar você. 

Sua para sempre, Victoria."

Fora a primeira decepção amorosa que realmente a abalara, fazendo com que seus olhos azuis se enchessem de lágrimas dolorosas demais para serem derramadas. Por Deus, era um guardanapo de hotel, com o batom caro que ela usava, com o cheiro de perfume dos deuses que ela borrifava uma vez em seu pulso. Era Victoria, e ela tinha ido embora, levando com ela qualquer parte boa que Arizona possuía.

“Sua para sempre.” A voz ecoou sem aviso prévio. “

A buzina soou alta e clara. Um sinal de aviso.

Vamos Arizona, reaja, dirija o carro e volte para a vida real! Agora!

Piscou rapidamente algumas vezes, recobrando sua total consciência. Não estava em um hotel caro, em cima de uma cama com lençóis que poderiam pagar por três casas em Hamptons, estava dentro de seu carro de classe média, em um trânsito infernal. O carro que estava a sua frente agora se encontrava em uma distância considerável, fazendo com que ela pisasse no acelerador sem pensar muito, voltando a ficar com o carro próximo ao outro. Os olhos estavam marejados de lágrimas, eram lembranças dolorosas demais. Dolorosas, excruciantes, porém sempre que se lembrava daquela vida, de tais momentos, Arizona conseguia dar as respostas aos inúmeros “porquês” que surgiam quando ela discutia sua vida como pessoa voltada a amar a tudo e a todos. Era uma pessoa por quem você facilmente se apaixonaria, era a pessoa por quem Calliope Torres se viu de quatro por uma noite, e por várias que viriam a seguir. Era simplesmente Arizona Robbins!

O dedo deslizara pelo celular, o desbloqueando facilmente. Utilizando-se do aplicativo que mandava as mensagens que ela precisava enviar, ela abriu uma conversa não muito grande. Aproveitando-se do trânsito empacado, os ágeis dedos começaram a digitar, enviando a mensagem segundos depois.

“Me deixe ver o seu sorriso ao dizer meu nome inúmeras vezes a noite de novo! ”Não” não é uma resposta que você pode usar aqui (nem qualquer outra palavra que signifique que você não vai aceitar). Não poupe uma mulher que precisa, na verdade, demanda os seus carinhos, Calliope!”  


Notas Finais


E ai, o que acharam? Victoria é o capeta, sim ou claro? Espero realmente que você tenham amado o capítulo, deixem nos comentários o que vocês acharam, é muito importante para mim saber o que vocês estão pensando! Beijinho na testa e até o próximo capítulo.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...