História Bad Blood (Camren) - Red?

01 de Maio de 2016

Karla:

- Aqueles dois estão tão próximos ultimamente - sussurrei olhando o Harry conversando animado com o Louis.

- Deixa eles, Karla - Normani se sentou do meu lado. - Vai me contar o motivo dessa carinha triste?

- Nada demais - comecei a brincar com um graveto sem olhar para a minha amiga.

- Onde você vai toda tarde? Você deveria treinar.

- Vou ver a Camila - dei de ombros.

Não é completamente uma mentira.

- Que bom que estão se dando bem - assenti e ela me olhou desconfiada. - O que é isso no seu pescoço? - mexeu no meu cabelo para olhar melhor. - Você está sentido dor?

- Um pouco...

- Onde? - começou a procurar ferimentos pelo meu corpo.

- Não sei, eu não estou machucada.

- Como?

- Normani Kordei? - olhamos para trás ao ouvir uma voz estranha e havia duas garotas paradas ali.

- Sou eu - ela levantou e eu fiz o mesmo. - Eu conheço você.

- Da reunião dos caçadores? Eu estava la - Normani negou.

- Do mercado... meses atrás.

- Não me lembro - deu de ombros. -Eu sou Dinah Jane Hansen e ela é Allyson Brooke.

- O que querem?

- Conversar com você - ela olhou para mim. - A sós.

- Tudo bem - bufei quando a Normani me olhou também. - Vai falar com sua mão sobre isso - apontou para meu pescoço e eu dei de ombros, correndo para fora do acampamento.

[...]

Ela não vai parar nunca?

Eu sentia meu coração apertado olhando-a sentada entre as folhas secas fitando o nada.

Desce lá, Karla, deixa de ser idiota!

Neguei com a cabeça me auto-repreendendo e apenas continuei olhando para ela.

A Michelle tem vindo no lugar que nos encontramos todos os dias... e eu também, mas apenas fico observando ela.

[...]

Lauren:

- Preciso da sua ajuda - falei assim que a Camila entrou no quarto e ela deu um pulo.

- Porra! Quer me matar do coração, Lolo? - dei de ombros, um pouco afetada.

Lolo...

- Vai me ajudar?

- Como você entrou aqui? - perguntou após trancar a porta.

- Pela janela.

- Janela? Como?

-Não sei se você se lembra, mas eu sou uma vampira - revirei os olhos.

- Eu achei que...

- Você se afastou de mim, está voltando aos poucos - sentei na cama e ela ficou me olhando. - Perguntarei mais uma vez. Vai me ajudar?

- Ahn... claro, posso tentar - balançou a cabeça após ficar um tempo olhando pra mim, eu apenas franzi o cenho confusa.

- Kanimas... não sei nada sobre eles e bem, você tem um bestiário ai.

- Certo - ela comecou a mexer nas gavetas da escrivaninha. - Eles basicamente são metamorfos que procuram um mestre. Uma arma de vingança usada para realizar a licitação de seu mestre.

- Um mestre?

- Alguém que diga "Mate a Lauren Jauregui" e pronto, ele vai ir te matar - me olhou. - Eles são muito poderosos, sendo fortes, muito rápidos e ágeis, além de possuir um dos melhores fatores de cura. Sua hierarquia é de apenas dois tipos, Beta e o Alfa, mas ainda não há registros de um Kanima Alfa.

- E como eu faço pra matar um?

- No bestiário não diz nada - resmungou. - Não faço a mínima ideia. Eles possuem uma toxina paralizante liberada pelas suas longas garras - sussurrou olhando o livro.

- E no final das contas você não me ajudou em nada - deitei na cama olhando para o teto e a ouvi bufar.

- Você ja sabe quem é o Kanima? - neguei e voltei a me sentar na cama. - Talvez se você matar o mestre dele... - falou pensativa.

- Pode dar certo, mas eu preciso descobrir quem é o Kanima e pior ainda, descobrir quem é o mestre - Camila assentiu e ficou me olhando nos olhos por um tempo. - O que foi?

- Sinto sua falta... - engoli seco, sentindo meu coração acelerar drasticamente.

- Eu também sinto a sua - ela se aproximou, sentando no meu colo e tocando meus lábios com seu dedo indicador. - Não vai me contar o que aconteceu ou o que está acontecendo? - abracei sua cintura sem desviar meus olhos dos seus que olhavam minha boca.

- Não posso - assenti e ela me deu um selinho. - Seu coração ta super acelerado.

- Isso tinha parado - sussurrei fechando os olhos ao sentir um beijo na ponta do meu nariz. - Você está treinando?

Claro que está, Jauregui, você assiste todos os dias.

- Sim, como sabe? - dei de ombros. - Meu pai disse que seria bom e eu precisava de algo pra ocupar minha mente.

- E esses vários arranhados? - falei passando a mão por seu braço.

- Não estou curando mais... meio que foi tudo embora junto contigo - riu.

Eu sorri e beijei um pequeno arranhado em sua bochecha, fazendo-o sumir junto com os vários espalhados por seu corpo.

- Melhor? - ela assentiu e finalmente me beijou.

- Camila - ouvi a voz do Alejandro e xinguei ele internamente quando a Camila se afastou de mim.

- Já vou - abri os olhos e por uma fração de segundos eu vi os dela com as iris vermelhas, me causando um pequeno susto. Pisquei algumas vezes e ela me olhou de forma estranha. - O que foi?

- Seus olhos... - franzi o cenho.

- O que tem eles?

- Nada, esquece - sorri ainda confusa e ela deu de ombros.

- Você precisa ir - assenti e ela me beijou outra vez.

- Camila!

Eu me apressei em sair do quarto pela janela quando o pai dela começou a bater na porta.

Vermelho?

Eu acho que estou começando começando enlouquecer.