História Bad Boy - Thirty Seven

“Como você quiser” essas eram as palavras que rondavam a cabeça do moreno. “Como você quiser”... Em realidade Donghae sempre soube que Hyukjae não fazia questão de tê-lo por perto, sempre havia deixado isso bem claro, mas nunca pensou que ele fosse tão cruel ao ponto de não se importar nem um pouco com os sentimentos do moreno. Esses olhos escuros brilhando sem nenhum brilho, essa mandíbula tensa, e esses punhos fechados... Além do cabelo escuro, que agora combinava perfeitamente com a personalidade de Eunhyuk. Tudo isso deixava o coração do moreno aos pedaços.

De volta ao seu apartamento com somente a luz do entardecer iluminando seu quarto, Donghae estava deitado na cama olhando o teto e com o coração apertado, suas lágrimas estavam secas em seus olhos inchados. Esteve chorando desde o momento em que Hyukjae o deixou sozinho até segundos atrás. Seu dia ficou horrível em um piscar de olhos.

Sua mãe não havia aparecido ainda por causa do trabalho, por isso o moreno se sentia mais sozinho que nunca, Somente de pensar em tudo o que tinha acontecido, Donghae já sabia que seria muito difícil para ele conseguir dormir. Era como se tudo estivesse acontecendo novamente... A época em que mais sofreu em sua vida, quando não conseguia parar de chorar por causa da morte de seu pai... Porém nessa época havia um moreno de olhos castanhos e ternos que sempre o abraçava e dizia que tudo iria ficar bem... O universitário sempre foi alguém muito especial para Donghae, e agora o moreno sentia-se um idiota por ter tirado Yonghwa de sua vida.

Com certeza se Donghae ligasse para um de seus amigos em Mokpo , eles diriam que ele deveria ir encontrar com o universitário, que deveria dar uma segunda chance a ele, e esquecer de vez Hyukjae, que Donghae deveria entregar seu corpo para alguém que o amasse de verdade e não ser o brinquedo de garoto malvado. Donghae sentia-se fraco por saber que todas as vezes mesmo com as coisas horríveis que Hyukjae lhe dizia, bastava um beijo em seu pescoço ou a maneira como Hyuk lhe tocava e já se entregava por inteiro a ele,

-– Hyukjae... -–  sussurrou.

-x-

No dia seguinte Hae acordou com batidas fortes na porta de seu apartamento. Não havia ido à escola, já que tinha pegado um resfriado, não foi uma boa ideia dormir com a janela aberta no inverno.

Ao olhar pelo olho mágico da porta, notou que era Heechul. O menor mordeu o lábio em nervosismo, depois de tudo, Hae havia terminado com seu melhor amigo e não sabia o que diria ao mais velho. A única coisa que queria evitar era ter mais esperanças falsas.

-– Hae. – falou Heechul do outro lado da porta. O moreno encostou suas costas na porta e tentou se acalmar não fazendo barulho. – Eu sei que você esta ai. Você não foi para a escola e Hyukjae também não. Hae, por favor, abre, tenho que falar com você. – o coração do menor acelerou ao escutar o nome daquele que o fazia delirar. Mas com todas as suas forças se colocou reto e olhou novamente para a porta. Lentamente abriu-a e deixou o mais velho passar.

-– Hee...

-– Hae me desculpe. – o mais velho interrompeu o moreno. Hae levantou o olhar e notou os olhos cristalinos de seu amigo e não pôde entender o por quê.

-– Você não tem que se desculpar Heechul, você não...

-– Eu te disse para continuar com ele, eu fui o idiota que te deu asas quando sabia que Hyukjae não daria seu braço a torcer. Eu fui o culpado de tudo isso terminar dessa forma. Eu fui o garoto mau que te incentivou a se meter com um imbecil como Hyukjae. Eu sinto muito, Hae. Você merece alguém muito melhor, alguém que te aprecie, que goste de você como todos fazem aqui, que te respeitem pelo que você é. E sobre todas essas coisas, te coloque em prioridade, coisa que sei muito bem que não ia ter com Hyukjae, e é por isso que eu vim aqui me desculpar com você, porque fui o maior idiota. Porque eu fiz você seguir com isso. Me desculpe. – as palavras saíam como facas que atingiam diretamente o coração do moreno. Seus olhos doíam ao sentir lágrimas querendo sair. Mas não queria mais chorar, queria ser forte, queria superar Hyukjae, queria esquecê-lo e não lembrar nunca mais essas carícias de dedos frios e compridos por seu corpo.

-– Heechul, você não tem culpa. – começou em um fio de voz, falhando drasticamente toda sua força de vontade em não parecer fraco. – A culpa é minha e de ninguém mais; Eu fui o idiota que deixou que me tratassem da forma que fizeram. Só pensei que por um momento, e no fundo do coração, algum dia Hyukjae iria me corresponder. Pensei que se eu ficasse mais tempo com ele, Hyuk ia ficar comigo. Mas foi uma estupidez, depois de saber que ele estava comprometido. Além de ficar com ela e “romper” com pessoas como eu. Eu... – sua voz quebrou e sentiu Heechul colocando sua mão delicadamente no cabelo do moreno. – Eu de verdade pensei que ele gostava, mesmo que fosse só um pouco, de mim.

Perdeu seu próprio jogo e deixou sua tristeza sair no peito do Heechul. Seus soluços faziam eco na sala de estar de seu apartamento, e depois de um bom tempo, sentiu como o mais velho sentava-o no sofá e abraçava-o com força. Depois de tudo, fazia tempo que Heechul tinha se tornado seu pilar.

-– Eu sinto muito, Hae. – sussurrou o maior contra o cabelo do outro. O rosto do menor estava enterrado no pescoço do Heechul e ficaria assim por um bom tempo. Precisava se acalmar para poder olhar para o mais velho. – Não posso falar pelo Hyukjae, mas posso dizer que o conheço há muito tempo e também pensei que Hyukjae iria render-se com você. Ele nunca tinha se comportado assim com alguém, você é a primeira pessoa que conheço que durou tanto com esse idiota. Além de ser o primeiro que ele apresenta para seus amigos tão... formalmente. E na verdade tudo que Hyuk fazia contigo era estranhamente novo para nós. Como se vocês fossem um casal oficial. Hyukjae te abraçava, te beijava, te protegia e te nomeava como dele sempre que estávamos perto. E nem te conto dos ciúmes que eu presenciei em todas essas desagradáveis ocasiões. – O menor sorriu um pouco ao relembrar esse ciúme de Hyukjae, essas vezes que o ex-loiro dizia que era somente dele, com esses lábios grossos passando pelo seu pescoço, mordendo-o e chupando-o até deixar sua marca que ficaria pelo resto da semana. Esses momentos de paixão que mesmo que quisesse, não conseguia esquecer. Era impossível tirar esses dedos frios de seu corpo, estavam impregnados em sua pele, igual ao cheiro que o fazia delirar.

-– Não importa mais, Heechul. -– falou o moreno fechando seus olhos e tentando fazer desaparecer todas as lembranças que ainda estavam em sua mente. -– Eu vou esquecer ele, assim como eu sei que ele já se esqueceu de mim -– palavras difíceis de acreditar e mais ainda de se falar.

-– Se te serve de alguma coisa – disse o maior acariciando o cabelo de Donghae -–  Quando não vi Hyukjae chegar na escola, eu me preocupei um pouco, já que tínhamos algo planejado para fazer, mas então percebi que nem você chegava, na verdade fui atrás de Kyuhyun e ele me disse que você tinha faltado, então deduzi que você estivesse junto com Hyukjae, mas eu precisava dele, então fui correndo até seu apartamento – Donghae ficou surpreso ao escutar o nome de seu amigo Kyuhyun na conversa já que Hyuk e ele não se davam bem. -–  Quando cheguei lá, eu bati na porta um milhão de vezes, e ninguém me atendia, mas eu sabia que ele estava lá. Hae, havia o som de coisas sendo partidas, de vidro quebrando, de coisas caindo... -–  o maior pigarreou e continuou -– Pensei que você e Hyuk... Bom... Estavam tendo relações... -– o menor sentiu como seu rosto ficava vermelho e quente ao pensar no que Heechul insinuava -– Mas logo me dei conta de que não era assim, pois mais vidros eram quebrados, então bati na porta com mais força, até que um Hyukjae totalmente acabado abriu, olhando-me com olheiras e um cheiro insuportável de álcool, ele mal conseguia ficar em pé, e aparentemente estava destroçado -– Donghae ainda não entendia o que ele tinha a ver com isso. -–  Quando entrei, seu apartamento esta um desastre, tudo quebrado, vidros, papéis, até mesmo os móveis jogados. Era estranho já que o idiota sempre foi viciado em ordem e limpeza, quando finalmente consegui falar com ele, Hyuk me disse tudo o que aconteceu.  -– o moreno endireitou-se no sofá e olhou diretamente no rosto de Heechul procurando se o maior estava mentindo, mas tudo o que Donghae pôde ver foi preocupação. -–  me disse que você havia terminado com o que vocês tinham, que já não iria mais estar ao seu lado, e que havia decidido que iria ficar com Yonghwa, que iria embora com ele, e que jamais iria ver você de novo. -–  Donghae ficou tenso somente em pensar Hyukjae dizendo todas essas coisas  -–   Ele estava um desastre, Hae. -– Donghae estava confuso, pois ele sabia que mesmo assim, ele era apenas mais um ex para o garoto malvado.

Depois de um enorme silêncio onde Hae estava perdido em seus pensamentos, ele finalmente resolveu dizer algo.

— Você quer tomar um chá com bolo? —  perguntou o moreno, mudando de assunto e tentando tranquilizar o ambiente. Heechul sorriu e Donghae decidiu lhe retribuir o sorriso, mesmo sabendo que seus sorrisos não eram verdadeiros.

— Eu adoraria — disse o maior levantando-se e acompanhando o moreno até a cozinha. Donghae serviu o bolo e chá para seu amigo.

— E você não vai beber nada? — perguntou o maior — Você parece um pouco doente, deveria tomar algo quente. — Donghae estava mesmo doente, mas era mais por causa de seu coração partido do que por causa de seu resfriado.

— Eu estou bem — mentiu. — Só preciso de algo doce em minha boca. — disse mordendo um pedaço de bolo e tentando tirar Hyukjae de sua mente.

Era a primeira vez que Heechul e Donghae conversavam tanto. Na verdade, nunca havia conversado tanto tempo assim com uma pessoa em toda a sua vida. O moreno sempre foi de poucas palavras já que tudo o deixava entediado rapidamente, mas agora ele se sentia bem. Contou a Heechul sobre a sua vida em Mokpo, e de alguma forma também ficou sabendo de algumas coisas da vida do maior... que não teve uma vida tão boa sempre, e que desde que conheceu Hyukjae sempre torceu para que seu amigo realmente mudasse, por isso sempre torceu para que Hyuk e Hae acabassem juntos.

— Mas me diga Hae... Você e Yonghwa... Continuam se vendo? — perguntou o maior em um tom desinteressado, mas o moreno sabia muito bem de onde vinha essa repentina curiosidade.

— Não. — respondeu o menor, lembrando-se daquele dia em que simplesmente havia terminado sua amizade com o universitário, por causa de sua relação com o garoto malvado. — Eu parei de falar com ele desde que ele me beijou na sorveteria, na verdade, não quero fazer com ele o mesmo que Hyukjae fez comigo, por isso não fui voando aos seus braços como Hyukjae deduziu que eu faria. — Agora mesmo se odiava por ter sido tão idiota de terminar sua amizade com Yonghwa por alguém como Hyukjae.

— Isso significa que... Você e Yonghwa jamais estarão juntos, mesmo que Hyukjae já não esteja mais com você? — perguntou com uma curiosidade evidente em seus olhos.

— Eu não tenho planos de estar com alguém por agora, e creio que não vou estar com Yonghwa, não quero perder sua amizade, mesmo que... — os olhos do maior olhavam atentos para Hae. — Talvez mais pra frente se Yonghwa e eu nos sentirmos atraído um pelo outro, eu não vou me negar a ele. Sempre acreditei que ele seria o melhor candidato para ter como namorado. Ele é carinhoso, cavalheiro, educado, é bom com as crianças, amável, humilde, inteligente, e é o único que compôs uma canção para mim. Com ele, eu sei que isso não iria dar errado de nenhuma maneira. — o sorriso de Heechul havia sumido de seu rosto, e Hae percebeu como os olhos do maior perdiam o foco.

— Então... Voltará com ele e Hyukjae ficará para história? — perguntou com evidente tristeza.

— Não sei o que vai acontecer nesses últimos meses antes de deixarmos a escola, a única coisa que posso afirmar é que Hyukjae e eu já não estaremos mais juntos. Ele machucou demais o meu coração e não sei se aguentarei continuar sendo humilhado por ele. Eu só quero viver e tirar um descanso de tudo o que tem a ver com ele. Só quero voltar a ter a minha vida de antes, viver normalmente, e confesso que seu eu pudesse voltar a viver em Mokpo , eu faria isso sem pensar duas vezes. Não tenho vontade de estar com ninguém agora, só quero esquecer tudo, só isso. — a conversa foi aos poucos se tornando algo melancólico e triste. Quando os jovens viram a hora, Donghae percebeu que havia passado mais de 08 horas na companhia do maior, e já estava tarde.

— Bom... Já está tarde, Hae. — disse o maior. — Você precisa dormir. Foi muito bom ter essa conversa com você e espero te ver amanhã. — se despediram com um forte abraço.

Respiro profundo muitas vezes. A conversa que teve com Heechul o deixou esgotado. Deitou em sua cama e rapidamente dormiu, sem nem mesmo escutar o horário que sua mãe chegava do trabalho.

-x-

Passaram-se mais de duas semanas desde a ruptura entre Donghae e Eunhyuk. E ao que parecia, Hae havia se tornado o assunto do colégio, de como o garoto de Mokpo passou de ser “novo no grupo de Eunhyuk” a “Odiado por Eunhyuk”. Donghae tentou de todas as maneiras não participar das mesmas aulas que tinha com Hyukjae, pois não queria encontrar com ele de nenhuma maneira.

Os amigos de Hae estavam sempre com ele, afinal o seu resfriado havia piorado bastante nesses últimos dias. Sua voz havia quase sumido, e estava muito frágil por causa disso e de tudo o que estava acontecendo.

— Você deveria comer mel — disse Henry, os jovens estavam no refeitório. — Minha mãe diz que é muito bom. — o menor assentiu e abraçou mais o seu cachecol vermelho que tinha ao redor de seu pescoço. Sentia-se fraco e quente.

— Deixe-me ver uma coisa — disse Siwon aproximando sua mão da testa de Hae. — Hae, você está ardendo de febre! Você precisa ir até a enfermaria.

Donghae assentiu e levantou-se da cadeira. Estava respirando com dificuldade devido ao catarro acumulado em seu nariz.

Ao caminhar pelo corredor para chegar até a enfermaria, viu o olhar do ex-loiro em sua direção, e quase perdeu o chão por alguns segundos. Era estranho como Hyukjae parecia ser uma droga para Donghae, e sem essa droga por vários dias, o corpo de Donghae chamava por ela a gritos. Tremendo mais do que nunca, e sentindo como mal conseguia controlar seus passos, Donghae tentou passar por perto de Eunhyuk sem ser notado, mas não dando certo.

— O que está fazendo? — perguntou Eunhyuk colocando-se na frente do moreno, impedindo ele de continuar seu caminho. — Seu estado é deplorável. Por acaso não se cuida? — Hae riu baixinho, seu coração palpitando forte dentro de seu peito por causa de cada palavra do loiro. De repente sentia-se ainda mais quente, não sabia se por causa da febre ou por ter Hyukjae tão perto novamente.

“Hae, você terminou com isso. Você sabe como ele é. Não ceda a seus encantos” pensava o moreno.

Uma mão pousou então em seu rosto, e acariciou o lugar levemente com seus dedos.

— Quem está cuidando de você? — perguntou ao moreno. Hae não conseguia olhar para cima, tinha seus olhos no chão e uma confusão enorme em sua mente. — Hae, o que está acontecendo? — disse com uma voz suave, quase como aquelas vozes que as pessoas usam para falar com crianças. — Hae, olha pra mim. Você precisa de um médico. — o moreno sentia como um suor frio escorria de seu rosto, além de seu corpo quente que precisava provar esses lábios que estavam na sua frente. Sentia-se fraco, tanto fisicamente quanto emocionalmente. Precisava de Hyukjae, queria ele para si, queria seus abraços, e tudo o que havia prometido durante esses dias sem ver Eunhyuk foi diretamente por água abaixo.

— Eu te amo — disse o moreno, sem poder conter seus sentimentos, mas com a voz triste. — E te odeio. — finalmente elevou o olhar, e olhou para Eunhyuk com ira em seus olhos, tentando sair de perto do garoto malvado.

— Você está delirando, Hae. — escutou uma voz dizer ao longe, logo sentindo como tudo escurecia.

-x-

Quando acordou percebeu que não estava em casa, e sim em uma cama de hospital com Kyuhyun e sua mãe ali conversando com o médico.

— Hae! Que bom que acordou. — ouviu a voz de seu amigo dizendo. Aos poucos foi tentando se acostumar a luz que tinha naquele quarto.

— O que aconteceu? — perguntou o moreno confuso. Não se lembrava de nada. A última imagem que tinha em sua mente era de olhos profundos e escuros o olhando.

— Hm... Bom... — Kyuhyun coçou a nunca sem saber o que dizer. — Eunhyuk te encontrou e disse que você desmaiou no mesmo instante, ele chamou rapidamente uma ambulância e te trouxe correndo até aqui, ele falou com sua mãe e faz alguns minutos ele se foi... Nós viemos da escola correndo quando soubemos, mas eles só deixam ficar uma pessoa junto com sua mãe aqui. — o coração do moreno acelerou-se em saber que Eunhyuk havia estado ali, além de tê-lo salvado e falado com sua mãe, mas ao mesmo tempo Hae lutava contra esses sentimentos, ele prometeu que não iria mais se encantar pelo garoto malvado, precisava de vez acabar com essa confusão.

— Donghae, meu amor... — disse sua mãe. — Eu estava com tanto medo. — comentou abraçando com força o corpo do menor. — Isso não vai acontecer de novo, ok? Eu tentarei voltar cedo para cuidar e verificar sua saúde, ok? — o moreno negou com a cabeça sorrindo fraco.

— Não... Isso foi culpa minha, eu me descuidei.

— Olá Donghae, eu sou o seu médico. — disse um homem se aproximando. — Meu nome é Yoo Jae Suk, e tenho que lhe dizer que te darei uma semana de descanso, não sairá de seu quarto e muito menos de sua cama, o que para jovens como você não é tão má noticia, certo? — o moço sorriu.

— Hm... — começou Kyuhyun. — Veja pelo lado positivo, Hae, não vai ter provas por uma semana. — o moreno riu um pouco, mas com a mente ainda longe... Em Eunhyuk.

— Certo!  — disse sua mãe. — Nós iremos embora amanhã.

Para Hae o dia foi lento e tedioso. Sim, ele gostava das visitas, todos pareciam gostar muito dele, e quando já estava de noite Heechu, Shindong, Sungmin e Kangin vieram vê-lo e trouxeram uma rosa. Donghae ficou realmente feliz.

Eles conversaram durante bastante tempo, e Hae sorria e se sentia feliz pela primeira vez. Os jovens não mencionaram nenhuma vez o nome de Eunhyuk, e isso para o moreno foi um grande alivio.

-x-

No dia seguinte Donghae estava em sua cama, tinha acabado de tomar  banho, com o cabelo castanho brilhoso e cheiroso pelo shampoo, e com uma sopa ao seu lado, vendo televisão, que haviam tirado da sala e levado até seu quarto. Para Hae aquele era como um dia de inverno em Mokpo, dentro de seu quarto, em paz.

— Hae — disse sua mãe entrando em seu quarto. — Que bom que está tudo arrumado aqui. — a mulher sorria. — Não quero que nada de mal volte a acontecer de novo, por isso pedi para um amigo vir aqui cuidar de você. — o coração do moreno acelerou-se... Que amigo? Não! Não poderia ser Hyukjae! — Entra! — disse sua mãe a esse “amigo”.

Apareceu em sua porta esse moreno de olhos castanho e sorriso encantador, com o cabeço para trás e roupas completamente da moda. O corpo do moreno tremeu ao ver Yonghwa... Ele estava tão bonito... Definitivamente não havia esquecido totalmente do universitário.

— Oi, Hae — disse o universitário sorrindo. — Irei cuidar de você por toda essa semana.