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História Bad Boy - Bultaoreune


Escrita por: CrzyRainbowStar

Notas do Autor


Oi meus amores!! Sei que demoramos um pouco demais com a atualização dessa vez, mas nos perdoem... nem conto as coisas que aconteceram nesse meio tempo.

Eu e Agatha estamos muito felizes com todo esse feedback que estamos tendo de vocês, mas tem algo que eu gostaria de falar. Eu só queria pedir para que vocês não esquecessem ou deixassem passar despercebido que a fanfic é escrita por duas pessoas. Somos eu e Agatha juntas que plotamos, escrevemos e postamos aqui para vocês. Então quando comentarem, derem opinião, deixar aquele feedback não esqueçam de nós duas, tudo bem? Agradeço de verdade *--*

E por falar nisso, ontem (22/05) foi aniversário da Agatha *---* então vamos dar muito amor para ela!!! Aêeee

Esperamos que gostem desse cap de hoje.

Boa leitura!! Beijooooos

Capítulo 11 - Bultaoreune


Fanfic / Fanfiction Bad Boy - Bultaoreune

Jimin é um pouco dramático e dengoso? Podemos dizer que sim. Fez maior cena na frente da escola porque o Jungkook é mais retardado e lento que eu. Misericórdia, ô menino burro. Até eu que achei que havia sonhado com beijos que foram reais não estava merecendo esse adjetivo, porque estava melhor que ele.

Porém depois de uns doces, uns afagos, beijos na testa e promessas de festa do pijama na casa dele, o rosinha finalmente conseguiu ficar mais calmo e melhor. Mas só consegui ficar tranquilo de verdade quando ele me ligou à noite, muito afobado e exaltado, vale ressaltar, dizendo que Jungkook tinha ido até sua casa, com presentinho e tudo e pediu desculpas, ficou para jantar. Quando Jimin citou o presente eu até achei que finalmente ele tinha se mostrado o tremendo não hétero que ele é e pedido Jimin em namoro. Porém, não foi dessa vez. Fighting best friend!

Contudo, entretanto, a euforia de Jimin ao contar que havia ganhado agradinhos do Jungkook - mesmo que tais não incluíssem abraços e beijos quentinhos. Mais beijos que abraços - não comprou a da minha mãe quando eu decidi que contaria sobre o meu pega selvagem com Hoseok, onde ele me prensou na porta apertou a bunda e quase me rasgou todo ali mesmo. Porém essa parte detalhada e explícita ela não precisava saber.

Pense como é absolutamente normal você chegar e dizer “Mamãe, aconteceu algo” e ela toda esperançosa te olhar, então você continua bem sério “beijei Hoseok. Beijei mesmo! Beijei forte! Beijei bem!” e a sua mãe simplesmente dá o grito da pantera asiática e começa a rir feito uma louca descontrolada pedindo por ainda mais detalhes. Vê se eu posso com isso. Parece até o Jimin.

E eu contei, era minha progenitora afinal de contas, a responsável por toda essa maravilha que eu sou. Claro que não foi com termos e detalhes sórdidos como que a mão dele na minha bunda me deixa louco; que ele sabe chupar um língua como ninguém; que eu gostei pra caramba de ser pego com força. Senhor, eu não estava recuperado ainda.

Mas mesmo sem todos esses detalhes, minha mãe enlouqueceu. Correu para o telefone ligar para meu pai e disse que eu ia desencalhar, e que o bofe era dos bons. O mais absurdo foi ela dizendo que se homens engravidassem nós teríamos filhos lindos. Ela nunca tinha nem visto Hoseok e já saía falando isso. Mas convenhamos, era verdade, se misturasse o meu DNA com o do Jung seria uma verdadeira obra de arte o resultado.

 

[...]

 

No dia seguinte, a manhã foi até fácil de suportar, de sobreviver. Só que, pra minha infelicidade, chegou a famigerada aula de química. Jimin que é um notório cara de pau como vocês já puderam perceber estava lá tranquilíssimo, só exalando perfume de flores com aqueles cabelos cor de rosa ridículo dele. Ai que aquela tranquilidade estava me tirando do sério, porque eu era o idiota que estava procurando um buraco para me esconder. Sério, como que depois de armar toda aquela confusão, pagar o mico do ano na escola, Jimin ainda conseguia agir como se não tivesse acontecido nada? Eu que havia sido só uma vítima e culpado por associação estava morrendo. Mas o senhor confusão ambulante estava lá, pleníssimo.

Eram duas aulas seguidas, o que demorou um pouco demais para passar, principalmente depois do exercício de classe e o chamar do meu nome para responder uma das questões na lousa. Só fui porque ganhava ponto na média, único motivo.

Quando finalmente a aula acabou e eu me vi livre daquele tormento psicológico, eu fui em direção à saída. Me despedi de Jimin ainda dentro da sala, porque ele tinha que sair rápido, algo que ia resolver com a mãe dele, confesso que não parei para prestar atenção no que era. E eu já estava preparado no gás para correr até o ponto de ônibus - do qual eu ainda não havia me recuperado do trauma de ter sido quase atacado/estuprado/morto - quando vi Hoseok em pé, apoiado na moto em frente da escola, mais uma vez.

Olha, essa coisa de ficar me esperando na saída do colégio todo dia pra me dar umas encoxadas e depois pedir uns beijos, ia me acostumar muito mal. Mas muito mal mesmo.

 

— Hoseok… — olhei desconfiado para um lado e outro. — O que faz aqui?

— Eu vou ser o novo professor da escola. — o quê?!

— O quê?! Tá falando sério? — ele riu. Ah debochado.

— Claro que não. Eu vim aqui ver você,  o que mais eu viria fazer aqui? — Hosana me segura que ele quer me infartar. Hoseok faz respiração boca a boca se eu desmaiar.

— Ah, eu não sei. — respondi timidamente e ele sorriu de novo. Já citei o óculos escuros que ele usava? Aquele óculos preto, de lentes redondas deixava ele tão motoqueiro sexy. Eu só queria montar naquela garupa e fugir com os cabelos ao vento como se fossem os anos 80. — Como você está? — perguntei observando que os alunos passavam e observavam demais o meu diálogo com ele. Provavelmente isso estava acontecendo desde o dia anterior com o show de Jimin.

— Eu estou… — me puxou pela mão para mais perto dele. Bem mais perto. — precisando de um beijo. Que tal me ajudar? — e tem como dizer não para aquele sorriso tão próximo do meu rosto? Aquela boca fina, rosa, molhada e gostosa. Que perdição!

— Com prazer. — o diabinho baixou em mim, porque eu dei um sorriso do capeta. — Mas em outro lugar. Aqui não. — sou moço tímido e reservado. Não ia sair me agarrando com ninguém na frente da escola toda. Que bom que ele entendeu isso, fez um bico, mas depois continuou a falar o que queria.

— Eu queria muito te fazer um convite. — eita que o orifício até fechou. Era festa de novo. Não tinha sequer me recuperado e ele já queria me levar para dentro do banheiro do armazém, sei lá o que era aquilo, de novo. — Como o Jimin e o Jungkook tão sempre por perto, eu pensei de nós dois passarmos um tempo a sós. — eu podia morrer por dentro já? Porque gritando eu já estava.

— U-um e-encontro? — gagueja não filho.

— Isso mesmo. — deixa eu dizer mais uma vez que esse sorriso me mata? Pois mata, me mata muito. — Eu, você, um jantar, minha casa. Eu te deixo na sua casa depois, porque sei que vai ficar tarde mais. Não quero colocar você em perigo. — meu bem, você é meu herói. Deixa disso. — O que você acha?

— Ah, eu acho maravilhoso.

— Então aceita? — mais um sorrisão. Concordei com  cabeça sorrindo que nem criança ganhando doce. — Sobe aqui, eu vou te levar para casa. — ele disse apontando para a moto. Seria meu sonho finalmente realizado? Andar na garupa do motoqueiro Hoseok, sentindo o vento nos meus cabelos? Quer dizer, nem tanto, porque eu iria usando capacete. Segurança em primeiro lugar, por isso mesmo que eu fui bem agarrado ao corpo do piloto.

 

[...]

 

Não sei que malabarismo e estratégia foi a que eu usei para quando Hoseok me deixou em casa e minha mãe não ver nada. Talvez tenha sido somente um milagre mesmo, porque o Jung ainda me prendeu por longos minutos antes de finalmente me deixar entrar. Tinha que cobrar o tal beijo que eu prometi que daria em outro lugar, não é mesmo? Nada mais justo.

Quando entrei em casa realmente concluí que minha mãe não viu nada, o que em partes foi ótimo. Pensem comigo, você está lá, no maior amasso com o boy na frente da sua casa e quando entra pela porta sua mãe fala “Hum, altos malhos hein? Maior beijão! Eu vi a língua dele na sua boca. Ele beija bem?”, não dá.

Almocei, porque sou filho de Deus e preciso comer, tomar um banho - imaginem a ordem que quiserem - eu calmamente, muito discreto e contido como sou, fui ligar para meu melhor amigo e dar as notícias novas, a de que eu teria um encontro com o gostosão do pedaço, ladrão de corações de colegiais inocentes.

 

— Jimin, vou ter um encontro com Hoseok. — fui direto e calmo, eu disse que estava calmo.

— Como assim viado?! Eu saio mais cedo um dia e você me liga com uma notícia dessas? — calmo não era o Jimin. Ele não era nenhum pouco discreto. — Como isso aconteceu?

— Ele me convidou oras! Como mais essas coisas acontecem?

— Quando é o date?

— No sábado. Ainda falta bastante tempo, só ia te contar amanhã mas-

— Não se mova Taehyung! Eu estou indo para você!

 

E como uma invocação do demônio Jimin surgiu no meio do meu quarto, vindo de um pentagrama que foi desenhado sozinho no piso. Definitivamente nada normal.

 

— Kim Taehyung eu vim salvar sua vida! — foi o grito que eu ouvi enquanto ele literalmente pulava no meu pescoço feito um descontrolado.

— Por que eu precisaria ser salvo? Está tudo bem. — o olhar descrente e indignado que eu recebi de Jimin foi a coisa mais engraçada que eu poderia ver naquele dia.

— Como assim está tudo bem? Sábado será o marco do seu sucesso. O dia do seu triunfo. — imagine Jimin com uma pose de discurso heroico. — Quando o seu ânus e sua boca vão aprender modalidades diferentes! — por que ele já estava pensando logo em safadeza? — Espera Taehyung! É um processo muito longo. Você já escolheu a roupa? — ele correu para meu guarda-roupas. — Temos que escolher uma roupa. Onde vai ser?

— Na casa dele. — os olhos dele cresceram três tamanhos e um sorriso nada legal surgiu em seus lábios. Eu estava com um péssimo pressentimento.

— Na casa dele é mesmo? Que maravilhoso!

— Porque maravilhoso? O que você está achando que vai acontecer lá? — cruzei meu braços e me encolhi um pouco na cadeira em que sentei. — Não vai acontecer nada, seu doido! — e ele deu uma risada daquelas bem malditas sabe? Eu tenho medo de Jimin algumas vezes.

— Ah Kim Taehyung… eu já sinto daqui o cheiro da sua rosca queimando. — arregalei os olhos. Como assim rosca queimando gente?

— Rosca queimando? Que rosca queimando o quê?! Não vai ter rosca nenhuma queimando! — mais risada de psicopata tarado.

— Filho, na casa dele, no fim de semana. Jung Hoseok. Você. Sozinhos. À noite. — voltou a mexer no guarda roupas. — É claro que alguma coisa, que você sabe muito bem o que, está pretendendo entrar, você sabe muito bem onde. — Engoli em seco. Ai meu cu virgem.

— Jimin, você não disse que era a roupa que tinha que escolher?

— Disse sim.

— Então faz isso e para de falar besteiras, por favor.

 

Péssimo momento o que eu deixei Jimin meter o bedelho dele nas minhas roupas, no meu armário. Porque ele simplesmente saiu jogando tudo para fora. Trinta minutos depois, talvez menos, o que não estava jogado no chão, estava feito uma montanha em cima da minha cama. E o Parkinho estava lá, todo despreocupado, balançando a raba ao som de qualquer música que tocava no celular dele e me xingando por não ter roupas sexy o suficiente.

No  dia seguinte, como se não bastasse já ter feito o um vendaval no meu quarto e me deixado para arrumar tudo sozinho, ele voltou com uma ideia de mexer no meu cabelo, fazer hidratação e me ensinar a secar, fazer escova e modela. Mano, Jimin estava achando que eu era algum tipo de garota me preparando para o baile?

Porém o ápice foi na sexta-feira, quando ele me surgiu com a ideia mais absurdamente insana de todas.

 

— Abaixa as calças Taehyung. — que tipo de pessoa já chega com uma ordem dessas. Porque isso passou bem longe de um pedido.

— Não Jimin! Deixa de ser louco, eu não vou abaixar as calças para você. Me recuso a isso!

— Taehyung, eu não confio na tua palavra. Abaixa as calças. — e foi quando surgiu o instrumento do demônio nas mãos dele.

— O que é isso Jimin? O que diabos é isso na sua mão? — conseguem sentir o terror exalar de mim?

— Isso é cera, fofo. Eu vou te depilar. — sorriu só com os lábios. Aquilo se tornou a imagem mais assustadora de todas. — Agora fica peladinho aí que eu vou te deixar todo lisinho pro Hoseokão.

— Jimin, Jiminzinho. Vamos com calma. Pra quê isso de se depilar? Está tudo muito bem por aqui.

— Pra que? Você tem que se preparar Taehyung. Ir todo lisinho, limpo, higiênico. Hoseok merece receber um presente desses. — eu estava rindo de nervoso. — Você já viu algum pelo no Hoseok? Você acha mesmo que alguém todo liso e depilado como ele vai gostar de ficar com alguém que não se cuida do mesmo jeito? Claro que não!

— Que tipo de chantagem é essa que você quer me fazer?

— Chantagem nenhuma, é só a verdade sendo dita. — ele cruzou os braços e me encarou com tédio. — Por que você ainda está usando calças?

— Porque você não vai me depilar Jimin!

 

No fim das contas eu não escapei. Jimin me depilou. Em todos os lugares que você possa imaginar que seja possível aquela maldita cera quente passou. E doeu. Aquilo doeu tanto que, enquanto eu lembrar não faço outra vez. Até porque eu estava todo assado e não poder sentar direito ou conseguir ficar vestido por causa de uma maldita depilação não é nada agradável.

 

[...]

 

Quando finalmente chegou o sábado, o tão esperado dia do encontro, eu ainda estava ardido, traumatizado com a depilação. E ainda por cima tinha que aturar Jimin ainda enfiado na minha casa esperando Hoseok chegar para me buscar. Pelo menos ele me deu um desconto e não me fez usar roupas apertadas, eu acho que seria desastroso. Já penso uma coceira bem na hora que eu estivesse tendo uma conversa super profunda com o meu Bad Boy sedução? Deus me livre desse mal e humilhação, que já basta ser amigo de Jimin nessa vida. Disse que uma calça de tecido, mais social me deixaria mais sexy e maduro. Eu tenho 17 anos, pra que eu queria ficar sexy e maduro?

 

— Você sabe porque eu te disse para usar calça social não é? — olhei para um lado e outro, bem confuso. Tentei buscar entre as galáxias algumas respostas, mas não consegui. — Não sabe não é? — ele riu debochado — Calça social te deixa com a bunda maior. Enorme na verdade. — dei um gritinho de susto quando ele de um tapa surpresa em mim. — E quando vocês começarem a se tocar por cima das roupas, você vai sentir muito melhor os toques dele em uma calça de tecido fino. — abrir a boca em choque total. Como o Jimin sabia dessas coisas?

 

Quando a moto de Hoseok finalmente apitou em frente a minha casa eu estava pleno, calmíssimo. Mentira, estava não. Eu era uma verdadeira pilha de nervos, tremendo e gritando internamente. Já estava indo em direção ao caminho de Nárnia, quando Jimin me puxou pelo braço e gritou um “Espera aí!” para Hoseok. A cada dia que passava esse meu amigo estava ficando cada vez mais abusado.

 

— Jimin, me deixa ir cara. — sussurrei para ele quando tive meu braço segurado, mas já dá para imaginar que ele ignorou. — Hoseok está me esperando.

— Escuta, presta atenção. — o encarei e deixei ele continuar falando ou do contrário ele não me deixaria ir embora. — Se ele sugerir filme para vocês assistirem e colocar um filme ruim, ou mais repetido que Lagoa Azul, prepara teu rêgo, porque ele vai tentar te comer. — sorriu, piscou o olho e me empurrou. Não me deu nem tempo de absorver o choque com aquela informação. — Agora vai! Bom encontro gatão!

 

Fui bem abalado em direção à moto de Hoseok. Como vocês poderiam querer que eu lidasse com uma senhora tranquilidade depois daquilo que Jimin me disse? Não era possível. Qual o motivo do meu nervosismo? Muito claro, eu nunca havia feito aquilo. O que era sexo na vida de Kim Taehyung? Um bicho de sete cabeças. E Jimin sabia disso, porque aquele desgraçado foi quem deu meu primeiro beijo, mas ele parecia ignorar completamente, me dizendo aquelas coisas que eu não sei onde foram aprendidas. Será que ele era bem mais experiente do que eu imaginava?

A questão é que com certeza Hoseok era muito experiente. E para um homem na idade dele, me convidando para ir na sua casa, ele com certeza iria investir para algo mais caliente e íntimo em algum momento. E ele achava que eu iria permitir por ter afirmado não ser mais virgem, afinal o que é um pingo de chuva para quem já está molhado? Porém, eu menti! Eu sou mais virgem que uma vela nunca acesa antes. Maldita hora que eu genialmente fui inventar de mentir para pagar de fodão que já deu a bunda. Droga! Eu só fodo minha própria vida.

Subi na garupa da moto de Hoseok depois de agradecer a um rápido elogio de que eu estava muito bonito. Qualquer coisa que ele me dissesse iria me deixar nervoso e soaria sexual demais. Tanto que eu não sei o tempo que ele passou encarando a calça social foi achando estranho a escolha da peça, ou gostando por imaginar os mesmo motivos citados por Jimin.

Por alguns minutos eu até consegui esquecer o nervosismo, porque porra, o perfume do Jung era muito bom. Como posso descrever? Imaginem cheiro de homem, homem perfumado. Agora adicionem cheiro de homem gostoso perfumado. Cheiro de homem gostoso com pegada perfumado. Era o paraíso e eu estava adorando a posição privilegiada de ficar com o nariz tão próximo do pescoço e nuca dele, sentindo e aspirando de pertinho aquele aroma delicioso.

Quando chegamos ao apartamento de Hoseok, eu não sei se estava mais calmo ou tranquilo. Era um prédio um tanto simples, me pareceu o lugar perfeito para alguém solteiro morar. Logo concluí que Hoseok morava sozinho. Quando entrei em sua residência foi o momento de questionar quanto de dinheiro ele tinha e com que diabos ele trabalhava, já que alguém que passava a manhã fumando na frente de uma escola não me parecia trabalhar o suficiente para ter um televisão tão grande, sofá de couro e parede de tijolos naquele estilo bem grunge.

Então lembrei do tráfico, as drogas, os crimes, o quanto as pessoas tem medo dele e então entendi tudo.

 

— Gostou da minha casa? — foi a primeira coisa que ele me perguntou enquanto, eu, feito aquele clássico idiota que nunca viu nada na vida ficava observando cada detalhe do que via com a boca aberta como um retardado.

— Ah, gostei sim. É bem confortável para um solteiro. — o acompanhei enquanto ele ia em direção à cozinha. Era daqueles formatos de cozinha americana, então ele estava do outro lado do balcão. — Você mora sozinho?

— Sim, já faz algum tempo até. — ele moveu os olhos em outra direção ao dizer isso e eu pensei que talvez fosse algo pessoal dele que o deixasse desconfortável. Ou podia ser só impressão minha. — Bem, eu pensei de nós prepararmos nosso próprio jantar. — ele se voltou para mim sorrindo e vestindo um avental de cozinheiro. Ai meu coração. Ele não parava de me surpreender. — Vamos?

— Só se você for bom, porque eu sou um verdadeiro inútil nisso. — ri e ele me chamou com o dedo para mais perto.

— Vai, vale a tentativa.

 

E eu fui. Não vesti um avental porque não tinha dois, mas ele me entregou faca, legumes, uma panela. Me ajudou a cortar as cebolas - eu usava luvas para não ficar todo fedido, porque ninguém merece depois tocar em Hoseok todo cheiroso com a mãos fedendo a cebola. Eca - e tomates. Achei engraçada a forma como ele se exibia cortando pimentão em formatos engraçados e diferentes, montando algumas formas que eu fiquei me perguntando como ele conseguia fazer.

Juntamos tudo e jogando dentro de uma panela para que ficasse pronto um prato do qual eu não me recordo o nome. Desculpem-me amigos, é exigir demais da minha fraca memória, ela só tinha espaço de armazenamento para informações sobre o quanto Hoseok ficava magnífico com as mangas da camisa enroladas no braço cortando carne, mexendo o molho e provando o caldo. E eu ali só observando de longe enquanto beliscava alguns pedaços de tomate, porque tomate é uma fruta ótima.

 

— O que foi? — ele me perguntou depois de me olhar por três vezes enquanto misturava o conteúdo da panela para não grudar.

— Você fica lindo cozinhando, já te disseram isso? — eu bem trabalhado no “preciso deixar que ele saiba disso” falei. Acho que teria bem mais a perder guardando para mim do que deixando sair.

— Não. eu nunca cozinhei para ninguém. — me senti especial. Hosana me segura que é hoje que eu morro. Tomara que no céu exista Hoseok. Ele sorriu, fechou a panela e caminhou na minha direção ficando parado bem de frente para mim.  — Você fica lindo quando cora assim sabia? — deslizou a mão pelo meu rosto e eu corei novamente, e nem o meu sorriso conseguiu disfarçar isso. Só me entregou mais ainda.

— Ah Hoseok, para. Não diz essas coisas. — tentei dar um leve empurrão nele, coisa de gente tímida, releva. Ele sorriu e segurou minha nuca, enfiando os dedos pelos meus cabelos que Jimin insistiu até que me viu escovando eles.

— Claro que eu digo. É verdade. — se aproximou muito do meu rosto. Esfregou o nariz no meu lentamente e eu fechei meus olhos só recolhendo com meu tato todas aquelas sensações deliciosas. Junto daquele frio na barriga pela antecipação ao beijo que eu sei que ele me daria. — Você é lindo Tê. — e então ele me beijou.

 

Não foi um beijo calmo desde o início, foi envolvente e objetivo. Os lábios dele deslizavam entre os meus, me sugavam e alternavam de lugar, enquanto suas mãos ainda seguravam meus cabelos com firmeza como se quisessem me manter ali, junto dele, sem a possibilidade de fugir. Mal sabia ele que o garotinho aqui só faltava virar água em meio aos toques dele por mais simples e rápidos que fossem.

Ele parecia me conduzir em um passo a passo. Sua língua entrava na minha boca, tocava a minha e retornava me fazendo fazer o caminho inverso só para sentir aquele contato novamente, aquele arrepio gostoso que se espalhava na minha pele todas as vezes que elas se esbarravam. Era como uma dança e Hoseok me conduzia como um profissional.

Pouco a pouco o seu corpo foi indo contra o meu e eu entendi o que era. Me deixei empurrar e me sentei na mesa colocando-o entre minhas pernas. O beijo se aprofundava mais a cada segundo, eu sentia meu próprio instinto avançar para cima de Hoseok. E não parecia sequer perder o fôlego. As mãos dele já procuravam descer por todas as minhas costas e me puxar pela cintura me fazendo colar mais ainda nele.

Tudo estava quente, quente demais. Eu podia sentir meu corpo queimar, vibrar e quase instintivamente puxar as minhas próprias roupas e de Hoseok. Até mesmo o cheiro de que algo estava queimando estava subindo pelo local, se espalhando por tudo de tão intenso que estava.

Espera, não era a gente não.

 

— Hoseok, que cheiro é esse? — perguntei interrompendo o beijo de repente e procurando por alguma fonte de onde poderia vir o cheiro de queimado. — Socorro Hoseok a panela! A comida tá queimando!

 

Ele, tão lento quanto eu, demorou segundos demais para perceber o que eu estava falando. Mas quando percebeu correu feito um louco desesperado na direção do fogão e apagou o fogo. Só para evitar um incêndio mesmo porque salvar a comida não dava mais. Agarrou dois panos de prato o mais rápido que pode e segurou as alças da panela a levando até a pia e jogando água dentro. Foi tanta fumaça que se espalhou pela cozinha que eu pensei que realmente havia acontecido o incêndio.

 

— Bem, acho que o jantar não deu certo né? — ele coçou a cabeça com vergonha depois que o fumaceiro todo passou e nós já podíamos respirar de novo. — O que você acha de pedirmos uma pizza?

 

[...]

 

Pizzas são as salvadoras da pátria definitivamente. E ela salvou meu encontro com Hoseok. Ele entrou para os confins de seu apartamento para procurar o telefone da pizzaria, o que ficou gerando em minha mente a dúvida de que talvez ele não pedisse por isso muitas vezes, ou passasse tempo demais dentro do quarto e por isso o que era mais importante e útil ficava guardado lá.

Enquanto esperava por ele voltar eu me sentei no sofá de couro dele, que tinha muita cara de ter sido bem caro. Eu me esparramei todo e fiz altas cara a bocas me sentindo o amante do dono da porra toda. De alguma coisa Hoseok era o chefe, e como seu encontro e pessoa com quem ele estava se pegando na cozinha a ponto de deixar o jantar queimar, eu era o primeiro cavalheiro, uma posição de tanto prestígio quanto a dele. Agora só precisava me apontar quem eram meus súditos, porque como rei eu já me sentia.

 

— Bem, já pedi a pizza. — ele surgiu do nada na sala me dando um susto daqueles. Pense que no mesmo instante eu praticamente dei um pulo do sofá e sentei imóvel, como o garoto educado que eu era. Até as pernas cruzei. — Só que como hoje é sábado, muito pedidos, você sabe não é? Pode demorar um pouco demais.

— Ah tudo bem. — o que eu poderia fazer não é mesmo?

— Bem, o que você quer fazer agora? Eu pensei de a gente ver um filme. — insira aqui o som do meu ânus trancado e a frase inesquecível com a qual Jimin se despediu de mim: “Se o filme foi ruim prepara teu rêgo”.

— F-f-filme? — não gagueja. Seja home! — P-pode ser.

— Tá, vou escolher algum aqui. — ele começou a procurar por algo on demand e logo achou. Fiquei em dúvida, mas me ajudem amigos: um homem de 22 anos, que mora sozinho, aparentemente sério, sexy e maduro, escolher uma comédia clichê e besteirol podia ser considerado uma completa confirmação do que Jimin me avisou? Porque eu acho que era e já estava com o cu trocado de lugar com a mão. Kim Taehyung estava oficialmente em pânico.

 

Eu não sei nem descrever o quanto aquele filme era ruim, porque eu simplesmente não consegui me concentrar em nada dele. Só ficava tremendo, tenso, imóvel com Hoseok sentado do meu lado com o braço ao redor dos meus ombros. O meu copo de refrigerante sobre a mesa estava intocado, sem gás provavelmente de tanto tempo que fazia que ele estava lá e eu não tinha vontade de beber.

Não sei o que me deixava mais tenso e desesperado: a ideia de que a qualquer momento Hoseok poderia me atacar, colocar o pau pra fora, meter a mão no meu e dizer “É hoje que seu cu é meu”; ou se era o fato de que ele não estava fazendo nada.

Certo, vamos admitir que ele não fazer nada estava me deixando mais incomodado do que qualquer outra coisa. Bem, nós estávamos quase nos comendo na mesa da cozinha. A comida queimou por causa disso. Jimin me disse explicitamente, se o filme fosse ruim era sinal que a pegação seria muito mais importante que o filme - não foram com essas palavras, mas vamos aliviar a expressão do amigo. E eu estava ali, sentado ao seu lado e ele não tinha sequer me dado um beijinho que fosse.

Ah qual é? Eu não estava sexy e gostoso o suficiente? Ele realmente queria assistir ao filme? Porque disso eu duvidava. Eu não despertava tesão, era isso? Não valia a pena sequer tentar algo a mais? Ah que desse jeito a minha autoestima estava indo para o buraco. Eu tinha medo que ele tentasse. Eu estava em pânico de que tivesse que ir a um novo nível que eu ainda não estava pronto, só por causa de uma mentira estúpida que eu contei para me sentir mais legal. Porém, de qualquer forma eu ainda queria sentir que Hoseok queria ir até esse nível, queria passar desse nível comigo.

Mas então vem o interessante. Quem pagou pela língua que nem trabalhou fora da imaginação? Eu mesmo. Porque quando eu menos esperei, quando achei que ele estava nem lembrando da minha presença do seu lado, Hoseok resolveu atacar.

E se tem algo que eu posso afirmar é que quando ele quer atacar, ele ataca mesmo.

Começou dando beijinhos leves pelo meu pescoço e eu já fui logo ficando tenso. Kim Taehyung estava em um estado de tensão tão grande que nem a delícia daqueles carinhos na minha pele me fizeram relaxar. E ele não parava, os beijos continuaram, os toques subiram por minhas coxas e eu paralisei só de imaginar que ele poderia acabar pegando bem… lá. Tanto que num susto, desespero ou sei lá que nome dar para isso, eu tirei suas mãos dali.

Quando o olhei ele atacou de verdade com um beijo molhado, quente e envolvente. Não era faminto, selvagem e afobado. Era como uma dança sensual, onde eu conseguia sentir totalmente a língua dele dançando por minha boca, seus lábios sugando a minhas e seu corpo vindo para cima do meu.

Suas mãos deslizavam pelo meu peito, lateral do corpo. Entre os beijos que dava em meus lábios e no meu pescoço, trocávamos olhares que me faziam arrepiar inteiro. Eu conseguia enxergar ali o brilho lascivo da vontade de me possuir. Hoseok me queria, ele com certeza me desejava, eu sentia que sim. E também estava mais do que claro quando ele começou a substituir a forma como me dizia “Você é lindo” para começar a dizer “Você é gostoso”.

E eu queria Hoseok, muito. Quem não iria querer aquele deus, francamente? Eu ficava tão fraco com seus toques e beijos que fui me deixando levar. Nem percebi quando suas mãos foram para o meu quadril e me puxaram fazendo sentar em seu colo. A minha camisa foi arrancada como se fosse absolutamente nada e os seus dedos no meu peito e costas ardiam todas as vezes que ele os deslizavam pela minha pele. Era muito bom.

Mas até então nada podia se comparar com a sensação de ter o seu corpo se deitando sobre o meu no sofá, minha pele um pouco suada pregando no tecido de couro e os dedos dele excitando os meus mamilos enquanto ele mordia e beijava o meu pescoço, dizendo algumas bobagens no meu ouvido e suspiros escapando dos meus lábios.

Talvez, os arrepios quase elétricos que se espalhavam por mim todo quando ele passou a chupar a minha pele do peito, e isso incluía principalmente os mamilos, fosse a melhor sensação que eu já havia sentido em toda a minha vida. O meu corpo reagia instantaneamente a cada um daqueles estímulos e as costas de Hoseok começavam a ser castigadas por minhas unhas cada vez a língua dele rodeava e lambia, seus dentes mordiscavam meus mamilos e me faziam gemer alto, me arqueando quase como se quisesse me empurrar mais ainda para sua boca, enquanto suas mãos apertavam minhas coxas e ameaçavam subir demais.

E foi quando deu o estalo em minha mente: não estávamos indo rápido demais?

 

— Hoseok… — chamei uma primeira vez, ignorado. — Hoseok… — eu continuava falando em meio aos meus suspiros, pois ele não parava de morder meu pescoço. — Hoseok… — chamei uma terceira vez e ele continuou sem me ouvir, talvez não estivesse associando isso a eu querer parar e sim só por chamar seu nome de prazer. Então ele ousou um pouco mais e apertou minha bunda com as duas mãos. Gemi alto com o aperto, foi extremamente difícil conseguir voltar a mim, porém era hora de parar. — Hoseok eu tô passando mal...

— O quê? — imediatamente ele saiu de cima de mim. Estava uma bagunça, visivelmente excitado, mas ao mesmo tempo preocupado com o que acontecia comigo. — O que você está sentindo?

— Eu estou me sentindo tonto, um pouco enjoado.

— Mas você nem chegou a comer nada aqui. — me olhou um tanto confuso.

— Ah, Jimin me fez comer doces demais hoje, e também teve aquele tomate que eu fiquei beliscando, acho que a mistura não deu muito certo. — acabei abraçando meu corpo quando notei novamente a minha parcial nudez. — Enfim, eu não estou bem. Desculpe, mas… Você pode me levar para casa?

— Você não está realmente bem Tae? — ele perguntou se aproximando de mim e tocando meu rosto delicadamente. Eu até senti uma dor de estar fazendo aquilo com ele, mas eu não conseguia.

 

Eu estava envergonhado, e até mesmo muito receoso de ter deixado as coisas ficarem tão animadas, irem tão longe para de repente cortar o clima se eu já fazia ideia de que não conseguiria ir além. Mas eu simplesmente não me sentia pronto para aquilo. Talvez com Hoseok sim, poderia ser a ele que eu entregasse minha virgindade - que ele ainda desconhecia existir, mas isso são detalhes - mas não daquele jeito, não naquela hora. Balancei a cabeça negando, e me sentindo até um pouco trêmulo de nervosismo e tensão.

 

— Tudo bem. — com um tom de voz bem desanimado ele falou enquanto pegava a minha camisa no chão. — Se vista, eu vou levar você para casa.

 

 



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