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História Bad Boy - Uma história com muito a se contar


Escrita por: CrzyRainbowStar

Notas do Autor


Podinzinho: primeiramente eu gostaria de dizer que esse capitulo foi extremamente trabalhoso pra ser feito, nunca pensei que poderia dar tanto trabalho, foi praticamente a semana toda trabalhando nesse capitulo e posso dizer com toda certeza que tenho orgulho do resultado, cansada estou e espero do fundo do meu coração que gostem desse capitulo tanto quanto eu gostei.

Bjoos

CrzyRainbowStar:gente, o cap deu trabalho mas saiu. Quem tá no grupo acompanhou todo o processo porque a gente de tão empolgada ficava mandando as coisas lá hahaha Falando por mim, eu nunca escrevi algo tão longo, nunca me dediquei tanto para fazer um capítulo bem feito como nesse e com certeza estou muito nervosa com o pensamento de ele ainda não ter ficado bem como eu queria.

Eu nem sei como esse capítulo ficou tão grande gente hahaha

Esperamos de coração que gostem, que aproveitem cada palavra, parágrafo e acontecimento.

Perdoem qualquer erro, revisamos mas vocês sabem né, é 13k algo acaba escapando.

Uma excelente leitura. Beijooos filhinhos de Hosana.

Capítulo 18 - Uma história com muito a se contar


Fanfic / Fanfiction Bad Boy - Uma história com muito a se contar

Ainda existiam alguns metros que me separava de Hoseok e daqueles seres humanos intrometidos no meu lindo caminho dourado de flores e perfume até meu amado, e que eu sinceramente queria matar. E talvez fosse isso que estivesse as poupando de uma morte lenta e terrível por minhas mãos, olhando fixamente nos meus olhos para não esquecer do rosto do dono daquele moreno gostosão da praia!

Estavam pensando que Kim Taehyung era bagunça? Ah mas não era mesmo.

Fui passo por passo me aproximando e assistindo aquela pouca vergonha. Certo que Hoseok estava se saindo muito bem e não me mostrava sinais de que estava dando mole para elas, que bom, porque se eu visse que ele estava gostando daquilo ao invés de ter churros entra, churros sai mais tarde entre nós dois, iria ter só um churros saindo que ia ser o dele mesmo, porque eu ia arrancar.

Kim Taehyung nasceu para ser traído? Mas não mesmo.

Uma das… moças que estavam cercando meu namorado como abutres em torno da carniça - que comparação horrível, mas vocês entenderam - se aproximou segurando o rosto dele e falou em seu ouvido. Ah que ia ter morte hoje! Hoseok apenas sorriu e eu interpretei aquilo como um “Ah suas iludidas, eu gosto é de rola”. Era isso sim, a cara dele não mentia, e a cada novo passo que eu dava mais tinha certeza do quanto ele estava desconfortável naquela situação e que eu tinha que tirá-lo dali.

E mesmo que não estivesse, ele iria sair dali com certeza.

 

— Hoseok você é tão gentil. — Uma das mocinhas, estou me segurando muito para não xingar, falou toda alegrinha, só porque ele ajudou ela com algo no chapéu da colega. Olha, eu tinha certeza que ela arrancou aquilo só pra fazer charme e ter o que pedir para ele. É bem cara de mulher atirada fazer essas coisa. Cruzes!

— E gay. — Falei bem sério marcando a minha presença bem de frente para o grupinho vendo um sorriso nada discreto brotar no rosto de Hoseok. Gosto assim mozão, eu sei que seu coração é meu e não das oferecidas. — E tem namorado. — caminhei por entre todas que me encaravam chocadas, literalmente boquiabertas com a nova informação. Eu estava adorando, mas era claro que a cena estava só começando. Agora que Kim Taehyung, a estrela da noite - mesmo que ainda fosse dia - havia acabado de chegar.

— Eu já estava indo Tê. — Hoseok falou enquanto eu parava diante dele. Eu estava literalmente amando aquilo tudo. Segurei ele pela nuca e dei um beijo, um pouco demorado e mais intenso do que a situação de estar no meio de um calçadão da praia debaixo de um Sol tão ardente requeria. Mas quem disse que eu ligava? Dei umas chupadinhas naquela língua mesmo, não tem hora e nem lugar.

— Vamos amor? Eu quero dar um mergulho com você. — Falei sorrindo todo manhoso e Hoseok segurou minha mãos entrelaçando nosso dedos enquanto concordava com a cabeça me correspondendo o sorriso.

 

E sem dar mais atenção a mais ninguém presente ali saímos os dois caminhando de mãos dadas voltando para a praia. Ainda fiz questão de um pouco mais à frente me esticar de novo e pedir um beijinho a ele, mas foi porque eu não podia resistir a como ele estava incrivelmente lindo naquele dia. E também para esfregar de novo na cara de todo mundo que era comigo que ele estava. Só comigo.

Eu ia mergulhar nos corais com o mozão, as oferecidas era bom que se afogassem na vergonha delas.

O local onde contrataríamos e faríamos o mergulho era em uma área um pouco mais afastada daquela mesma praia, então andamos juntos pela areia até chegar lá. Não conversamos muito, só fiquei sorrindo e ouvindo ele me falar sobre o quanto estava gostando de conhecer aquele lugar, que era lindo e que com certeza voltaria mais vezes. Era bom ficar dessa forma ao lado dele, podia parecer que ele estava em um monólogo, mas não era nada disso, porque eu ouvia cada uma daquelas palavras com a maior atenção do mundo e guardava comigo. Eu só ficava fascinado demais com tudo sobre Hoseok para conseguir respondê-lo, pelo fato de que ele era simplesmente incrível.

Sei que fico parecendo um tremendo garotinho morto de amores, mas era exatamente isso que eu era. Jung Hoseok era o maior e mais lindo mistério do universo e por vezes nem fazia esforço para tentar desvendar, era gostosa até mesmo a forma como aos poucos ele se deixava mostrar para mim, todas as suas cores, caras, sorriso, olhares.

O Hoseok que eu ouvia falar era um, mas o Hoseok com quem eu namorava, partilhava das coisas mais íntimas e pessoais da minha vida era outro. E podiam me dizer o que fosse, aquele sempre seria o verdadeiro para mim. Eu tinha certeza disso.

 

— No que você pensa tanto bebê? — A pergunta me fez despertar do mundo dos meus pensamentos e reflexões mudas, me fazendo olhar para aquele sorriso lindo.

— Hã? Como assim?

— Está aí tão distraído. — ele chutava um pouco a água enquanto balançava nossas mãos para frente e para trás como duas crianças brincando por aí. — Nem parece estar aqui. No que pensa? — ah mas que bobo! É claro que era nele e somente nele que eu pensava.

 

Travei encarando seu rosto quando ele parou e ficou bem de frente para mim. No que mais Kim Taehyung estaria pensando além de no quanto Jung Hoseok era lindo, no quanto fazia meu coração acelerar, meu corpo inteiro tremer, no quanto eu o amava?

Era isso! Era no quanto eu o amava que eu pensava. E instantaneamente acendeu uma luz na minha cabeça piscando repetidas vezes, frenética, desesperada dizendo que aquele bem que seria um ótimo momento para finalmente fazer sair da minha boca o famigerado e tão esperado “Eu te amo Hoseok”.

 

— No que eu estava pensando? — engoli em seco. Soltei as mãos de Hoseok porque de repente as minhas começaram a suar e tremer, esfreguei uma na outra claramente nervoso. A boca seca e os olhos arregalados. Meu namorado só poderia ser alguém muito gentil e paciente mesmo, já que o sorriso dele estava intacto no rosto, enquanto eu estava entrando em colapso interno, silenciosamente. Pelo menos se eu desmaiasse por ali mesmo tinha ele presente para me segurar. — Ah é, era em… — alguém salva Kim Taehyung pelo amor? Hosana? Cadê você nessas horas querida? — Olha amor, chegamos na casa de mergulho! — apontei para o quiosque um pouco mais afrente. Que alívio, Hosana sempre agindo na hora certa.

— Ah… é mesmo! — Hoseok virou para trás e passou a caminhar na frente lentamente indo em direção ao tal quiosque.

 

E eu fiquei parado ali tentando respirar. E claro, me sentindo o maior otário de todo esse mundo. Como assim, eu tive a oportunidade perfeita para poder me declarar para ele e não o fiz? E ele obviamente percebeu que eu não falei o que realmente queria falar, de onde que eu estava pensando em como nós estávamos chegando no quiosque de mergulho?

Ótimo, lá estava eu estragando tudo. Mais uma vez.

E então fizemos nosso mergulho, foi divertido. Claro que seria mais se eu não tivesse sido frouxo o bastante para não dizer para Hoseok o que eu tinha que dizer. Cara, qual era o meu problema? Por que parecia simplesmente a coisa mais difícil do mundo dizer três simples palavras que juntas resumiam, mesmo que ainda de forma bem superficial, porque não era possível colocar em mais palavras, tudo o que eu sentia por meu namorado?

Ele pareceu se divertir, tirou muitas fotos, gravou e ficou tão animado e serelepe quanto se podia por ver vários cardumes de peixinhos pequenos nadando por entre suas pernas na parte mais rasa do mar, também quando ficou me contando sobre os corais coloridos e enormes que havia no fundo. Ainda lembro que ri muito dele falando que parecia com o recife onde o Nemo morava.

Ai que meu coração ia explodir, mas o porquê eu não sabia.

Quando voltamos para o hotel estávamos cansados e destruídos, pelo menos eu estava. Tenho que confessar que não tinha forças para nada, mas digo nada mesmo. Fazia tanto tempo que eu não ia à praia que até havia esquecido do quanto um programa desse tipo podia esgotar alguém, e fui recordado da pior maneira possível: só desejando morrer na cama sem me mexer até conseguir sentir meus músculos todos relaxados novamente.

Porém algo me dizia que não ia rolar.

Ah Tae, mas por que você diz isso?

Simples, porque enquanto Hoseok dormia tranquilamente, de costas para mim e todo cheirosinho depois de ter tomado um banho, eu estava deitado encarando o teto e tentando dormir. Mas só tentando mesmo, pois a única coisa que estava acontecendo de verdade era Kiminho Taehyung pensando “Por que diabos eu não disse que o amava?”.

Se antes eu já estava sofrendo sozinho e em silêncio com o peso de demonstrar para ele que queria finalmente liberar a flor, ou o cravo no caso, agora as coisas só estavam piores, porque ainda entrava o “Eu te amo” na balança. E nossa, como essas duas coisas juntas pesavam.

Tudo se embolava na minha mente de um jeito tão assustador que me deixava com dor de cabeça e eu pensava que iria morrer, mas não, porque a vida ainda queria me fazer sofrer um pouco mais. Talvez eu só não pudesse morrer virgem e sem dizer que amava Hoseok. Depois que fizesse isso eu poderia partir, minha missão no mundo estaria completa.

E com certeza meu melhor amigo, Park Jimin, escreveria na minha lápide: Kim Taehyung, comeu comida, foi comido, rezou e amou.

Amém.

Possibilidades e mais possibilidades me rodeavam os pensamentos e nenhuma delas me parecia ser boa o suficiente para fazer tudo isso acontecer. Eu só tinha certeza de uma coisa: queria que fosse memorável, marcante ao ponto de fazer Hoseok querer chorar, e anos no futuro ainda estar contando essa história aos nossos netos. Eu bem que poderia levá-lo até a praia à noite, contratar fogos de artifício, me ajoelhar e dizer bem audível “Jung Hoseok, eu te amo” e então nos beijaríamos ardentemente com os pés na areia, ele me traria de volta para o hotel nos braços e faríamos amor pela primeira vez a noite toda, sob a luz do luar que entra pela janela do quarto. A lua seria testemunha de tudo, do nosso amor, da nossa primeira noite, e do meu primeiro orgasmo gemendo o nome de Hoseok pra ele ouvir. É, confesso que existiram as homenagens que ele desconhece.

Ah gente, não me julgue e nem riam de mim. É impossível se controlar quando se acorda duro às três da manhã depois de ter sonhado com ele dançando feito um stripper só para você. Ou você se alivia ou infarta.

Enfim, acho que essa ideia da praia não poderia dar certo. Um pouco exagerada talvez? Precisava manter os pés no chão e ter consciência de que minha vida não era um filme. Até porque se ela fosse, metade dos meus micos seriam evitados com uma manipulação de roteiro bem básica. Será que seria uma boa ideia ouvir um dos conselhos de Seokjin? Ele me parecia saber das coisas, e mesmo que não soubesse, ainda parecia saber mais do que eu. E bem, se eu não sabia de nada, claramente não era opção de opinião a estar se levando em conta no momento.

Meu Deus, eu não tinha sequer moral para opinar nas coisas da minha própria vida. A que ponto chegamos,  hein Kim Taehyung?

Eu já estava chegando no meu momento de desespero supremo já levantando os braços e pedindo a Jesus que me levasse e salvasse desse tormento, dessa responsabilidade que eu não sabia se queria realmente segurar. E bem, ainda tinha a questão da dor - que, segundo a internet, se comparava com ser rasgado ao meio e bem pela traseira - que eu bem que evitaria ao sofrer um arrebatamento.

Então eu fiquei com fome.

E quis pedir comida.

Então lembrei do cartão de crédito com limite aparentemente alto de Hoseok e de que a conta no hotel ficava aberta até sairmos.

E eu tive uma ideia.

Dei um pulo da cama tão rápido e alto que no mesmo instante voltei meu olhar para lá e me certificar de que não havia acordado Hoseok. Ele não podia acordar, de forma alguma, não naquele momento. Era a ideia perfeita. Eu iria encomendar um jantar para nós dois no quarto, com cardápio especial. Nós comeríamos com os rostos ao vento, sentados na varanda observando o movimento da avenida beira-mar, conversando, nos olhando nos olhos, aproveitando um momento juntos. Assim eu reuniria toda a minha coragem e junto da surpresa preparada especialmente para ele diria que o amava e queria que meu corpo fosse dele.

Era perfeito!

Eu só precisava planejar cada detalhe, para que nada saísse do meu controle. Mas ali, só nós dois nada poderia nos atrapalhar, se intrometer e estragar tudo. E nem me importava o quanto fosse custar a comida e qualquer outra alegoria que eu pensasse em usar para criar toda a especialidade desse momento. Era importante para nós dois! E era certo que Hoseok ficaria tão feliz que nem se importaria em pagar cada centavo.

Discretamente, procurando fazer o mínimo de barulho possível para não acordá-lo saí do quarto.  Eu tinha certa pressa de chegar até a recepção e articular tudo, porque precisava aproveitar enquanto ele estava dormindo. Tudo tinha que ser o mais absoluto segredo para surpreendê-lo ao máximo. Mas aí vinha a pergunta: será que ele gostava de surpresas? Eu nem sei, mas se não gostava, da minha ele iria gostar. Ah com certeza iria.

Quando eu cheguei na recepção estava mais perdido que consumidor em manhã de Black Friday no shopping decidindo por onde começar. Eu só sabia o que queria fazer, e que momento isso seria, mas não fazia a menor ideia de como executar.

Estava na recepção e encarava uma série de panfletos com propagandas de restaurantes, lanchonetes, serviços de passeios - que eu analisei com muito cuidado pensando em já deixar agendado um para o dia seguinte, surpresinha parte dois. Eu poderia ligar para um desses lugares e pedir um serviço de entregas, daria certo. Colocaria Hoseok para tomar um banho e quando ele saísse o jantar estaria totalmente pronto. Mas ainda me parecia complicado demais.

 

— Com licença. — Ouvi uma voz feminina e delicada me chamando depois de tocar em meu ombro. — Boa tarde. — A moça, que deveria ter a mesma idade de Hoseok talvez, estava sorrindo parada ao meu lado, era a recepcionista do hotel.

— Boa tarde. — Respondi ainda meio retraído, será que ela ia reclamar de algo meu? Não seria das chinelas, não é mesmo? Eu era turista, e estávamos na praia, era sem sentido exigir sapatos ali. Vamos ser coerentes.

— Posso ajudar em algo? Você parece em dúvida, meio perdido. —  Ela era enviada dos céus. Só podia. — Está tentando escolher onde pedir comida? Você sabia que nós temos nosso próprio restaurante aqui também? — Meus olhos instantaneamente brilharam. Estava ali, diante de mim, o ser humano que iria me ajudar com meu plano “Declare-se para Hoseok”.

— Ah você pode sim! — Segurei ela pelas mãos pequenas e delicadas, me lembrava até as de Jimin e me deu uma saudadezinha dele, mas passou logo. — Vem, vamos sentar aqui comigo. — Ela puxou meus braços fazendo força para que não sentássemos.

— Que tal nós conversamos ali na recepção onde eu não levo bronca? — Ai que fofa gente, eu queria morder. Mas não podia por causa do por motivos óbvios de mozão. Direitos iguais.

 

Caminhamos até o balcão da recepção e enquanto ela atendia um telefonema e entregava a chave do quarto de alguns hóspedes que vinham chegando da praia eu fiquei esperando folheando uma revista qualquer que havia ali jogada e comendo as balas que estava no pote para serem dados de graça. Comi umas três e coloquei mais dez nos bolsos, não todas de uma vez claramente. Se estava ali para ser dado, eu iria receber.

 

— Certo, Senhor…

— Kim Taehyung. — Respondi sorrindo, mas então percebi que fui chamado de senhor. Mas gente, era a mesma coisa dela estar me chamando de “oppa”. Absurdo. — Mas não me chame de senhor, pelo amor, eu sou mais novo que você. — Ela riu.

— Tudo bem Taehyung, eu sou Myunk. Em que posso lhe ajudar? — Certo, ela seria a minha ajuda suprema na empreitada do “Eu te amo + Primeira vez”, logo precisava saber da história toda.

— Bem Myunk, eu estou hospedado aqui de férias com meu namorado, Hoseok. — Foi só falar na palavra namorado e o nome de Hoseok, que um brilho diferente surgiu nos olhos dela. Aquilo era bom sinal, certo?

— Ah eu vi vocês chegando juntos mais cedo. — Sorriu e juntou as mãos perto do rosto fazendo uma expressão muito fofa. — Vocês são tão lindos! Digo, são lindos separados, dois homens lindos, mas são muito lindos juntos. Um casal muito lindo. Sério, são lindos. — É, parece que alguém nos achava um casal bonito.

— Obrigado. — Sorri timidamente. Era muito elogio para um intervalo de tempo tão curto.

— E como está sendo a viagem? Vocês estão gostando? Estão se divertindo? — Socorro, ela se empolgou.

— Está ótima. Mas a questão é que eu queria fazer algo diferente, uma surpresa para ele essa noite. — A moça só faltou cair do banquinho em que estava sentada e se jogar sobre o balcão. Tudo muito normal, apenas mais um dia na vida de Kim Taehyung.

— Que tipo de surpresa? — Ah que eu tinha certeza de que ela me ajudaria mesmo!

— Bem, hoje eu quero me declarar a ele, dizer 'Eu te amo' pela primeira vez. — Ela literalmente se segurou para não gritar. Se não estivesse em horário de trabalho certamente teria dado um berro daqueles — E tive a ideia de fazer isso pedindo um jantar no quarto, mas não sei qual escolher, qual tipo de comida é o melhor para essa ocasião e quais são os bons de verdade. Você pode me ajudar?

— Ai que lindos! Eu nem acredito que você vai dizer isso pela primeira vez hoje! E que quer minha ajuda! — Eu já estava começando a ficar nervoso e um pouco tímido com aquelas reações, mas desde que ela me ajudasse a animação viria para o bem. — Mas me deixe fazer uma pergunta, você não precisa responder caso seja invasiva, mas é importante para o que quero dizer. — Tudo bem, eu estava nervoso agora.

— Certo. Se eu não quiser responder eu não respondo. — Ela concordou sorrindo e ainda muito animada com toda a situação. Gostei dela!

— Vocês já… transaram? — Arregalei os olhos e corei instantaneamente. — Assim, sem querer ser invasiva, é porque vocês estão viajando sozinhos, dividindo o mesmo quarto, são um casal. É normal que todo mundo ao redor pense que vocês já têm vida sexual ativa.

— Eu quero que hoje seja a primeira vez também… — respondi timidamente e dessa vez ela gritou, não deu pra segurar o berro.

— Desculpa, não deu para segurar o berro. — Ela falou sorrindo timidamente depois de se controlar novamente. — Olha Tae, posso te chamar de Tae? — Concordei com cabeça, sério que eu tinha feito uma nova amiga? — Eu tenho a coisa perfeita para vocês dois.

— E o que é? O que é? — Agora quem estava quase pulando era eu. Ai que essa mana não falava logo!

— Bem, nós aqui no hotel temos um pacote especial de lua de mel, ele inclui jantar para dois, uma bebida da escolha do casal, pode ser vinho, champanhe... — Eu já estava gostando e interessadíssimo, menos na bebida porque vocês sabem que era melhor eu me manter distante dela. — Geralmente isso é pedido antes do casal chegar no hotel, mas no caso de vocês ainda dá para fazer, só que você vai precisar tirar seu namorado de lá para podermos decorar o quarto com as pétalas e tudo mais. — Arrumar o quarto? Com pétalas? Que coisa gay! Adorei!

— Tá, e quanto isso vai custar? Eu vou ter que passar cartão antes? Porque é tudo no nome do Hoseok e eu não sei a senha. — Já fui mandando as condições, porque do contrário vai que tinha algo que não daria certo e quando soubéssemos isso já fosse tarde demais?

— Ah bobinho, não vai custar nada. Está incluso no quarto de vocês por ser de casal. — admito que quase chorei de felicidade. Estaria o universo finalmente conspirando para o meu sucesso?

 

Subi para o quarto mais serelepe e cantando que cigarra no verão, mais feliz que pinto no lixo e certo de que tudo daria muito bem, e eu naquela noite mesmo faria a minha declaração para o mozão. Não ia mais deixar ele passar um dia que fosse achando que não era amado, que nosso relacionamento era unilateral. Porque meus queridos, ah meus queridos, se tinha uma coisa que TaeSeok não era é unilateral.

Entrei no quarto sorrindo, porque eu simplesmente não sabia parar de fazer isso e a primeira coisa com que eu me dei com a cara foi uma cama vazia e um Hoseok saindo do banheiro, e não estava com uma expressão de que havia acabado de acordar. Deveria ter alguns minutinhos, e agora eu teria que pensar rápido em uma desculpa.

 

— Onde você estava Taehyung? — Ele perguntou fechando a porta e pegando o telefone do serviço de quarto. — Quer comer algo?

— Quero. Sanduíche de frango. — Respondi praticamente no automático porque toda minha atividade cerebral estava empregada em pensar em uma desculpa que não entregasse que poderia estar escondendo algo. — Eu não consegui dormir então decidi caminhar pelo hotel, estava curioso para descobrir as áreas que eu ainda não tinha visto. — Caminhei pelo quarto e fui até minha bolsa só para pegar meu celular e ocupar minhas mão com algo, porque eu estava nervosíssimo. — Você sabia que aqui existe piscina térmica, termal, algo assim?

— Sério? Acho que li algo do tipo. — Ele continuava sentado na cama e eu corri para a varanda, nem esperei que ele finalizasse o pedido do nosso lanche ao telefone.

 

Eu realmente estava nervoso, mas não era por quase ter sido pego por Hoseok, era pelo que aconteceria mais tarde à noite. Estava muito ansioso, com expectativas lá em cima. Queria que tudo saísse perfeito, que fosse marcante de verdade, ele gostasse, e ficasse feliz. Muito mais do que qualquer coisa, eu queria assistir à sua reação quando as tais palavras saíssem de mim e fosse diretamente para ele. Não sei como ele reagiria nos primeiros segundos. Porém tinha certeza que aquele sorriso maravilhoso surgiria nos seus lábios e pronto, eu esqueceria de tudo.

Não importava o que acontecesse, o que eu tivesse que passar para fazer algo, ou conseguir alcançar alguma coisa, se o sorriso de Jung Hoseok existisse no fim das contas, tudo valeria a pena. Tudo se justificava, fazia sentido e o insignificante sumia se eu tivesse a certeza de que ele estava feliz.

E poder ser motivo e causador dessa felicidade em alguns momentos era o que enchia o meu coração.

 

— Você me assustou. — Tomei um breve susto quando a voz quente de Hoseok surgiu próximo ao meus ouvido e seu braços me envolveram em um abraço por trás. Ele encostou o queixo em meu ombro e eu levei minhas mãos até seu braços deixando um aperto leve ali como se só quisesse dizer a ele que não me soltasse.

— Por quê? — Sorri e deitei minha cabeça para o lado só para encostar na dele. Por alguns momentos durante o dia eu fiquei muito preso ao que Jin havia me dito mais cedo, sobre Hoseok estar pensando que por não ter respondido significava que eu não o amava também. E depois daquele momento, antes do mergulho eu fiquei ainda mais impressionado com isso, mas tê-lo ainda tão carinhoso comigo me fazia relaxar um pouco mais e pensar que estava tudo bem e quando finalmente acontecesse ficaria ainda melhor.

— Acordei e você não estava do meu lado. Tomei um susto. — Ele se soltou e então me abraçou por cima dos ombros ficando ao meu lado. — Foi bom?

— O quê?

— O seu passeio pelo hotel. Descobriu algo de interessante?

— Ah, foi ótimo. — E Hoseok não tinha ideia do quanto. — Inclusive já achei o que vamos fazer à noite.

— O quê? Foi um restaurante para jantarmos? — Ele me soltou e eu fiquei de frente para ele. Mas que ideia era aquela de sair para comer fora? Não mesmo filho. Não, hoje não. — Eu estava mesmo querendo decidir um bom para conhecer, andar um pouco na cidade, saber como é a noite por aqui. — E a cada palavra eu ficava ainda mais desesperado. Não querido, nada de sair daquele hotel naquela noite. Estava ficando louco? Como assim Hoseok queira estragar melar a própria surpresa dele? Não podia.

— Não querido. Nada de sair para conhecer cidade nenhuma. — Percebi que meu tom havia saído um pouco exaltado demais e então respirei, me recompus e continuei. Nesses momentos tinha que ir na delicadeza para convencer o homem. — Ah Hobi, eu pensei de nós irmos para a hidromassagem. — Segurei suas mãos e entrelacei nossos dedos enquanto sorria e olhava para elas sabendo que os olhos dele estavam fixos em mim. — Aqui tem uma banheira de hidro maravilhosa sabia? Descobri nesse passeio. Você tem noção do quanto minha boca salivou de desejo quando eu vi aquilo? — Hoseok riu. Ele riu. Não era bom sinal.

— Ah Tae, não era fome não? Fome se acaba no restaurante, não na hidro. — Eu ia dar um ataque, podem escrever. Já estava sentindo as pernas fraquejarem e a visão escurecer. Acode Kim Taehyung que está passando mal.

— Ah Hoseok não seja estraga prazeres. — Então coloquei um biquinho nos lábios e o abracei. Manhoso era pouco. — Eles também podem entregar comida para nós na hidro. — Nós tínhamos que ficar dentro daquele local ou todo o plano seria acabado, derrubado, destruído. Sair para jantar estava fora de cogitação quando todo o roteiro da nossa noite perfeita girava em torno de um jantar na mesma varanda em que nos encontrávamos naquele momento.

— Nós ainda teremos quatro dia aqui Tae, você pode ir na hidro em qualquer um deles. — E isso lá era argumento? Jung Hoseok faça melhor querido. Mas não hoje, porque hoje você ia era fazer o que meu roteiro mandava.  E nele estava escrito que naquela noite nós íamos para a hidromassagem.

— Sair para conhecer a cidade e a noite, comer fora também. — Agora era momento do cafuné lento na cabeça. Ele adorava. — Pense no cansaço, de como você chegou da praia reclamando que estava com o corpo dolorido das horas pilotando e de toda a atividade no nosso passeio mais cedo. — Ele já estava com os olhos fechados aproveitando a minha carícia em seus cabelos. Eu ia convencer Hoseok, eu ia. No fim tudo daria certo. — A hidro vai ajudar você a relaxar e amanhã estar pronto para curtir mais.

— Ah Tae… não sei. — Tei-mo-so.

— Vamos mozão… por favor. Prometo que em todas as outras noites eu deixo você escolher o que vamos fazer, vamos só hoje seguir minha ideia sim? — Ele abriu um dos olhos e me observou, eu sorri, todo quadrado e fofo pra derreter o coração.

— Eles levam comida mesmo até lá?

 

Isso! Eu sabia que era um mestre na arte de convencer as pessoas e principalmente meu namorado empregando todo meu poder de fofa sedução.

 

 

[...]

 

Quando ficou um pouco mais tarde naquela noite nós dois descemos para a hidromassagem. Eu que não sou bobo nem nada, troquei números de telefone com Myunk para justamente avisá-la quando nós dois tivéssemos descido e ela poder articular toda a organização do quarto e me avisar quando tudo estivesse pronto.

Eu tentava não parecer tão apreensivo e ansioso, mas quanto mais o momento e aproximava ficava cada vez mais difícil disso acontecer porque era algo que não dependia exclusivamente de mim para acontecer, haviam outras pessoas, outras coisas acontecendo e nada estava sob a minha visão. E se algo desse errado? E se acontecesse algum imprevisto?

Será que eles acertariam o quarto? Levariam a comida certa? Porque eu deixei bem claro que tudo tinha que ser feito com ingrediente livres de lactose devido a intolerância De Hoseok, não queria nem pensar na possibilidade dele passar mal ou algo do tipo. E fariam tudo dentro do tempo?

E quando eu olhava para Hoseok ali, regulando a intensidade com que a banheira trabalharia e entrando lentamente na água, se deitando e relaxando com apenas a cabeça para fora encostado à borda eu ficava ainda mais cheio de dúvidas.

E se ele não gostasse? Eu deveria estar pensando naquilo? Naquela possibilidade? E pior ainda, e se o “eu te amo” que ele disse foi num estado automático e ele sequer percebeu fazer isso?

Ah que isso era uma possibilidade terrível e eu senti a minha pressão baixar, meu corpo gelar e tremer só de pensar nisso. E com certeza ficou muito visível até na minha cara então fechei os olhos e procurei respirar fundo, dispersar tudo e pensar positivo. Ele tendo dito consciente ou não eu ainda faria a minha declaração como eu estava planejando.

Não queria dizer que amava Hoseok apenas porque ele disse para mim. Eu queria dizer, porque queria deixar que ele soubesse disso, eu sentia que era verdadeiro, real e certo o fazer.

 

— É Tê... você tinha razão. — Hoseok de repente quebrou o silêncio entre nós dois. Até então o ambiente só era preenchido pelo som da própria banheira.

— Em que? — Levantei a cabeça e me sentei olhando para ele. Podia ser que eu estivesse um pouco aéreo por estar perdido demais nos meus pensamentos conflitantes.

— A sua ideia de vir para cá era realmente a melhor. — Ele jogou a cabeça para trás. — Olha só isso aqui. É ótima. — Fechou os olhos e gemeu longamente com a sensação da massagem que a água fazia. — É tão bom… eu me sinto no céu. — Não sei se foi o gemido, ou se foi o elogio, ou Hoseok tão próximo a mim semi nu e com expressões tão fáceis de maliciar, mas algo me fez ficar  completamente vermelho e ter como única alternativa de contornar minha imensa vergonha afundar dentro da água, salvando apenas meus nariz para fora, afinal eu ainda precisava respirar.

 

Achei que duraria mais tempo debaixo da água mas não, me recompus logo só para voltar me deparar com uma das visões mais maravilhosamente hipnotizantes de Hoseok que já havia tido o prazer de contemplar na vida. Ele estava sentado na banheira, os braços esticados e apoiados na lateral, as pernas flutuando sendo movidas apenas pela força das borbulhas d'água, cabeça jogada para trás, cabelos molhados, olhos fechados, o rosto coradinho e os lábio entreabertos.

Era impossível não olhar para ele, não pensar no quanto era lindo e em como eu era louco por si, por cada parte sua, fosse seus cabelos lisos e cuidados, seu sorriso mágico, seu maxilar bem definido ou a sua barriga magra, completamente lisa. Eu poderia divagar uma vida inteira somente contemplando aquele corpo diante dos meus olhos, tão relaxado e distraído, nem fazendo ideia do quanto era admirado em silêncio por mim.

Contudo naquela hora eu conclui que ficar apenas pensando e repetindo para mim mesmo que Hoseok me atraía demais não era nada inteligente e prazeroso. Muito melhor seria deixar toda essa atração agir e me aproximar, tocar, sentir, provar.

Fui me buscando chegar mais perto pouco a pouco, lentamente, mesmo que a distância entre nós dois não fosse nada grande, porque a banheira não era lá gigante como uma piscina. Estávamos apenas os dois, era como se somente existisse nós e as possibilidades que nos eram oferecidas. Bem, era hora de tomar alguma atitude.

Observando seu rosto despreocupado eu me aproximei. Seria muito ousado o que eu faria seguir, mas eu precisava de coragem, de ousadia ou nada aconteceria nunca, permaneceríamos naquele equilíbrio eterno onde nenhum do dois tomava uma atitude, dava um passo ou confrontava aquele assunto. E se era o meu espaço e meu tempo que Hoseok respeitava e esperava, seria eu o responsável por avisar a ele que o momento havia chegado.

Lentamente fui “sentando” sobre o colo de Hoseok que imediatamente abriu os olhos como se tomasse um susto, e se deparou comigo sorrindo para ele, mas não do jeito doce de sempre. Eu esperava muito que não só no meu sorriso, mas em todo o meu rosto estivesse claro toda a intensidade do desejo que explodia em mim por dentro. Eu estava obstinado àquilo, então daquela noite não passaria. Na manhã seguinte todo meu relacionamento com Hoseok estaria diferente, para melhor com toda certeza.

 

— O que está fazendo Tê? — Ele perguntou com a voz baixa, grave, segurando minha cintura como se quisesse me tirar de cima de si, mas eu fiz força - que nem era de fato necessário já que ele não estava me empurrando - e permaneci ali.

Shiu... — pedi me arrumando melhor ali e me inclinado em sua direção querendo beijá-lo. — não pensa em nada amor. Só aproveita. — Falei sussurrando sabendo que seus olhos acompanharam cada letra que fora dita por meus lábios de tão fixo que seu olhar estava lá.

 

Não dei nenhum segundo que fosse para que ele pensasse em uma resposta. Selei meus lábios nos de Hoseok em um beijo que eu nem sequer lembrava de já termos trocado. Tinha uma conotação toda diferente e nova, não chegava a ser uma intensidade, algo de tirar o fôlego por ser bruto e arrebatador. Só era incrivelmente delicioso e eu literalmente sentia como se borboletas estivessem voando feito loucas dentro do meu estômago, mesmo que a comparação seja bem piegas e batida.

Nossas mãos não estavam se movendo. As de Hoseok estavam totalmente imóveis, repousando no meu quadril, sobre a barra do meu calção. Já as minhas estavam espalmadas na beira da banheira para sustentar meu corpo na posição em que se encontrava. Porém estávamos envolvidos naquele beijo com todo nosso corpo, pois os sons dos estalos e os gemidos que soltávamos dentro da boca um do outro ficavam cada vez mais audíveis. Fui eu o primeiro a procurar tornar o beijo mais íntimo, procurar sua língua com a minha; Hoseok, que sempre foi mais dominador e condutor no beijo, deixou-se levar assim.

Quando eu recuei, insinuando que cortaria o beijo, ele foi quem veio para frente, avançou, buscou e quase desesperadamente caçou por meu contato, sugando meus lábios com mais força, de forma mais longa, demorada como se dissesse que não, eu não sairia dali. Segurou minha cabeça com firmeza, me prendendo pela nuca e atacando meus lábios e língua com os seus, até mesmo usando os dentes da melhor e mais deliciosa forma que alguém poderia fazer. Tirei as minhas mãos de onde quer que elas estivessem o agarrei, toquei e apertei a pele por entre os dedos, enfiei-as nos cabelos e puxei ali com a mesma intensidade com que ele me beijava e segurava também.

E talvez quando ele soltou uma das mãos da minha cintura e apertou minha bunda fazendo brotar de mim um arfar instantâneo e surpreso, interrompendo o beijo, Hoseok percebeu que estávamos um tanto quente demais, indo além demais, pois ele me soltou.

 

— O que foi Hobi? — perguntei frustrado por tudo ter sido interrompido assim tão de repente logo quando nós parecíamos estar curtindo tanto.

— Não Tê. Eu tive que parar ou iria longe demais, já estava ultrapassando os limites com você. — ele me empurrou ao mesmo tempo em que encolheu as pernas e nadou para um outro lugar. Passei as mãos pelos cabelos jogando-os para trás só para tirar do rosto e pensar em alguma forma de responder aquilo. Estava escolhendo as palavras.

— Por que você está assim comigo? — ele apertou os olhos confuso. — Como se não me quisesse, como se fosse errado tocar e me beijar. Eu sou seu namorado Hoseok, poxa, é claro que eu quero que você me toque. Claro que quero tocar você, te beijar. — respirei fundo e fiz força para encará-lo, porque por meu instinto eu permaneceria olhando para qualquer ponto do espaço menos para o rosto de Hoseok. — Por que age como se não me desejasse?

— Porque eu respeito você Tae... — Hoseok deu uma espécie de tapa na água que a agitou um pouco causando uma leve onda. — Se eu te beijar e te tocar como eu quero, como eu realmente desejo… — ele parou de falar e então se aproximou de mim novamente. Me segurou pelo rosto com as duas mãos e me forçou a olhar para ele sem a menor chance de desviar ou sequer pensar em fazer isso. — Eu te quero muito Taehyung, muito mesmo... — sorriu, mas parecia nervoso e eu também estava. Meu rosto fervia de tão corado. A cada segundo ficava cada vez mais difícil permanecer tão fixo nos olhos dele sem corar mais. — Você não tem ideia do quanto eu te desejo. — tudo bem, fiquei ainda mais vermelho. — Mas se eu te tocar e beijar como eu quero, pensando nos meus limites e não no seus, eu vou constantemente desrespeitar o espaço que eu preservo tanto e parecer que estou te pressionando a fazer sexo comigo. E isso eu não quero, porque eu não estou. — Foi somente ali que eu percebi que teria que falar, não aconteceria nada entre nós se eu não o dissesse com todas as letras que queria, que estava pronto.

— Mas eu quero Hoseok. — a expressão dele mudou no mesmo instante. Os olho cresceram e as mãos me soltaram. Acho que alguém estava surpreso.

— Como assim? O que está dizendo Taehyung?

— Que eu quero que você passe os limites. — imediatamente pensei numa escolha de palavras melhor. — Quer dizer, eu quero derrubar esses limites. E fazer isso com você.

— Você está falando que está pronto para…

— Sim. eu estou.

 

Eu não continuei esperando alguma atitude de Hoseok, porque na espécie de choque em que ele estava era capaz de não tomar nenhuma tão cedo por ainda achar que estava indo rápido demais, sendo afoito e impulsivo mesmo quando eu já o havia dito para esquecer tudo isso e apenas ser.

Passei minhas mãos ao redor do seu pescoço e fazendo uma trilha de beijos por seu queixo e maxilar e finalmente cheguei na boca que era o destino final desde o início. Eu que iniciei tudo, mas logo a mão direita dele estava me segurando na nuca dizendo que realmente dessa vez eu não iria sair ali, e seus lábios se encaixando nos meus da forma mais perfeitamente ritmada. Não consigo explicar, mas era como se conseguíssemos prever os movimentos um do outro, fazendo com que ninguém fosse mais ou menos, apenas iguais em direções opostas trazendo um equilíbrio sem igual a qualquer beijo, toque, e até mesmo reflexo nossos.

Bem lentamente, sugando e soltando meu lábio inferior, bem devagar, Hoseok encerrou aquele beijo, ainda me tendo completamente agarrado a ele e nossas pernas entrelaçadas por debaixo da água. Abri meus olhos devagar ainda sentindo-os girarem um pouco precisando de uns dois segundos para sentir tudo voltar ao seu equilíbrio novamente, pelo menos o máximo que dava no momento.

 

— Eu te amo Hoseok. — sussurrei com nossos rostos ainda muito próximos, parecendo que foi dito como um segredo entre nossas bocas, para que apenas nós dois soubéssemos e ninguém mais no mundo todo.

— O que disse? — ele tinha o mais enorme dos sorrisos no rosto, quase não cabia ali. — O que você disse Taehyung? — e foi só então que eu percebi que havia falado. O eu te amo pulou de mim naturalmente, no calor do momento e cara, eu me senti tão bem.

— Eu disse que… — sorri e mirei Hoseok nos olhos, enxergando o seu rosto agora por inteiro e vendo que ele literalmente parecia brilhar. Eu havia acabado de dizer que o amava, mas me apaixonei novamente quando o vi tão radiante e feliz. É, aquele era o homem que eu amava. — Que eu te amo. — dei um selinho demorado e intenso, pressionando o meu rosto com força contra o dele. — Eu te amo. Eu te amo . Eu te amo. — e quanto mais eu repetia mais me sentia feliz em dizer.

— Você me ama. — ele começou a gritar e balançar o meu corpo para um lado e outro dentro da banheira fazendo o maior barulho e bagunça. Senhoras e senhores, com vocês Jung Hoseok, o amor da minha vida. — Está ouvindo mundo? — então ele parou e com sua mão escorreu a água do meu rosto e colocou meu cabelo para trás sorrindo ternamente para mim. Meu coração batia rápido, mas dessa vez não era de nervosismo, era de felicidade, amor, uma explosão de sentimentos bons que eu não conseguia separar e nomear. Já não me importava mais surpresa nenhuma, plano, ou qualquer outra coisa. Só aquilo ali, nós dois, aquele momento era suficiente. — Eu também amo você. — e me deu um beijo delicado, lento, gostoso e calmo, mas que não diminuiu em nada a velocidade com que o sangue circulava pelas minha veias. — Vem, acho que está na hora de a gente voltar para o quarto.

 

Nós íamos pelos corredores do hotel caminhando de mãos dadas como duas crianças bobas brincando, totalmente distraídas da realidade ao seu redor, de preocupações ou o que mais pudesse existir. Sentia meu rosto dormente de tanto que sorria, mas também não conseguia tirar dos meus lábios, simplesmente não era obedecido o comando. Ah mas quem disse que eu estava ligando? Depois de tudo aquilo o meu corpo inteiro queria gritar, se agitar e explodir de felicidade. Um sorriso permanente era o mínimo.

Quando entramos no elevador eu senti meu estômago dar um pulo. O olhar de Hoseok me fez criar uma expectativa imensa no que ele faria a seguir e talvez eu estivesse um pouco saliente demais, mas esperava ser prensado contra uma das paredes daquele cubículo de metal e beijado até que finalmente nosso andar fosse apontado. Mas, provando que não importa quanto tempo passe ele ainda consegue me surpreender e fazer o clichê da vida ser imprevisivelmente gostoso, ele apenas me abraçou. Passou os braços pelo meu corpo e me deu um beijo na bochecha.

Soltei todo o ar do pulmão em uma expirada relaxada e o abracei de volta segurando o roupão com força. A única parte ruim era somente essa mesmo, estarmos usando roupões do hotel que eram grossos demais para permitir que sentíssemos o corpo um do outro mais próximo. Mas estava tudo bem, nada desmancharia aquele momento, nem mesmo alguém fazendo o elevador parar no meio do nosso trajeto para entrar nele.

Nos soltamos e encostamos no fundo um ao lado do outro por detrás do casal que agora também estava dentro do elevador conosco. Eu queria me manter imóvel e discreto, mas as mãos de Hoseok na minha cintura me abraçando e fazendo cócegas não deixava, então eu me segurava para não rir ao mesmo tempo que o empurrava para que ele parasse.

Quando finalmente parou no nosso andar, nós ficamos sérios novamente, e saímos de lá calmamente um atrás do outro. Mas quando coloquei os dois pés para fora, corri até a porta do nosso quarto sabendo que logo atrás Hoseok corria também. Então quando ele me alcançou e tentou me prensar na porta era tarde demais, ela já estava aberta e eu entrado deixando apenas um sorriso de tchauzinho para ele.

Mas claro que isso era apenas um modo dizer, porque ele também entrou no quarto, bem atrás de mim. Fechou a porta, passou a chave e antes que qualquer luz fosse acesa, me puxou pelas mãos e aí não teve jeito, eu acabei ficando preso entre Hoseok e a porta, sem chance de escapar,  mas eu também não tinha a mínima vontade fazer isso.

 

— Agora aqui você não escapa mais de mim. — ainda ofegante ele disse se aproximando do meu rosto sorrindo. Era muito difícil tê-lo assim tão próximo, porque eu nunca conseguia decidir se olhava para seus olhos ou seu lábios. Grande indecisão.

 

Sorri, de novo, e sem conseguir dizer nada, levei minhas mãos até seu pescoço o puxando levemente para mais perto, querendo que ele se aproximasse, colasse em mim. Mesmo estando já perto demais, ainda não era suficiente. E quando ele veio, já estava com os lábios roçando aos seus, eu me lembrei de algo muito importante. Num movimento quase ninja, desviei de Hoseok e me soltei dele correndo para acender as luzes do quarto.

Ele se virou confuso e me procurando pelo cômodo, mas eu esperava que ele desse de cara e percebesse toda a decoração que surpreendeu até a mim. Eu não fazia a menor ideia de como estava.

 

— O que é  isso Tae? — pela forma como ele perguntou eu não sabia se foi por eu ter fugido ou pela surpresa. Mas não importava.

— Surpresa. — atravessei o cômodo e me coloquei atrás do carrinho que estava com todo o nosso jantar organizado como se vê nos restaurantes, em filmes.

— Você… — ele olhava de um lado e outro. Se aproximou e pegou uma das pétalas de rosa vermelha das muitas que estava sobre a cama e depois de brincar um pouco com ela entre os dedos, levado até o nariz e cheirando-a, voltou a falar comigo que já estava nervoso de novo. — Você planejou isso tudo para nós? — mordi os lábios com força e balancei a cabeça freneticamente confirmando.

— Olha, é a nossa comida. — destampei para deixar o aroma sair e mano, estava muito cheiroso. — Gostou? Pedi para fazer com produtos sem lactose por sua causa. — era provável que eu estivesse ficando vermelho demais com toda a situação que eu sabia bem que se formaria ali e o que aconteceria a seguir, e começando a falar bobagens demais, procurando desviar do assunto e amenizar a minha ansiedade.

— Gostei. Gostei sim. — ele apertou os olhos e sorriu de lado com uma expressão desconfiada. É, acho que ele se tocou do plano todo. — Foi por isso que você insistiu tanto para não sairmos? — começou a dar passos na minha direção e eu o respondia balançando a cabeça dizendo que sim. — E por isso você sumiu à tarde não foi? Foi atrás de organizar isso. — opa, acho que eu havia sido descoberto.

— Culpado. — levantei as mãos em sinal de rendição e lentamente, depois de já estar bem próximo a mim, Hoseok levou as mãos até meus cabelos, colocando um pouco deles para trás das orelhas e deixando minha testa mais exposta. Estava tão concentrado naquilo que até parecia não ouvir o que eu falava. — Ah, eu planejei tudo mesmo. Queria que fosse especial, saísse tudo perfeito e você gostasse... — respirei fundo e desviei meu olhar para o lado, encarando de soslaio a cama cheia de pétalas formando um coração enorme, uma coisa exageradamente gay. Estava lindo. — Eu ia dizer ali na varanda enquanto comíamos e observávamos a avenida beira-mar, rindo e sentindo o ventinho gelado batendo em nossos rostos. E você bebendo vinho, e eu suco, porque não posso me aproximar de álcool, bota bota me ensinou isso. — podia ser que talvez, só talvez, eu ficasse bem tagarela quando nervoso.

— Você está nervoso Tae? — foi esse o pronunciamento de Hoseok depois de todo meu discurso bem desnecessário para aquele momento. Respirei fundo.

— Talvez. — e ele sorriu somente com os lábios, leve, deslizando a mãos por detrás da minha orelha, fazendo um leve carinho nela que me arrepiou, mas não tanto, não como quando ele usava os lábios ali.

— Por quê? — eu senti uma leve pontada de nervosismo no estômago e acabei soltando um gemidinho baixo pelo susto quando ele tirou as mãos da minha orelha e começou a subir beijinhos por ali, no meu maxilar até a nuca, bem devagar. Hoseok não estava colaborando para o meu pensamento lúcido.

— Ah, você sabe Hoseok… — certo, eu nem sequer tinha coragem de falar em palavras claras sobre aquilo. Mas depois de já deixado que ele soubesse, esperava que fosse mais fácil. Ele sabia do que eu estava falando.

— Você tem certeza de que quer isso? — mesmo não usando um tom sério e sim bastante ameno, eu senti o peso da pergunta de Hoseok. Ele me olhava fixo nos olhos como se estivesse tentando enxergar meus pensamentos antes de mim mesmo. Àquela distância e intensidade toda era impossível mentir para ele. — Aqui, agora, hoje? Você sabe que eu não me importo de esperar por você Taehyung. — a cada palavra que saída de sua boca eu me sentia derretendo, ao mesmo tempo que explodia. Não tinha como eu ficar ainda mais fissurado por aquele cara.

— Tenho. — segurei seu rosto e dei um selinho breve. — Eu tenho certeza.

 

Hoseok sorriu e veio comigo quando o puxei pela mão o trazendo até a cama. Não sabia nem o que fazer com todas aquelas pétalas, mas entendi que seu olhar estava me sinalizando que não haveria problemas jogar todas elas no chão e deixar o colchão livre, somente com os travesseiros e lençóis sobre ele, e logo mais nós dois. Sem tirar os olhos de Hoseok, comecei a abrir meu roupão e o vi acompanhando todo o processo com o olhar, porém ele me segurou e impediu que eu continuasse, dizendo que ele mesmo queria fazer isso.

Já sem o seu roupão, vestindo somente um calção molhado, Hoseok se aproximou de mim e calmamente puxou o meu roupão dando beijos por cada novo pedaço da minha pele que ficava exposto. Pendi a cabeça para o lado e suspirei pesado, meu coração batia tão rápido e forte dentro do peito que, mesmo com todo aquele silêncio absurdo li, eu imaginava que conseguia ouví-lo misturar-se ao som dos estalos dos beijos de Hoseok.

 

— Eu prometo cuidar de você. — beijou um dos meus ombros e foi passando para a clavícula. — Ter toda a paciência necessária. — depois de espalhar selos por todo o meu osso, começou a subir pelo pescoço. Era o tipo de carícias que já estava acostumado a receber, mas dessa vez parecia que a situação de finalmente estar caminhando para chegar lá me deixava incrivelmente mais sensível que o normal, já sentia as pernas fraquejarem, a pele formigar bem mais que o normal a cada encostar lento dos lábios de Hoseok em minha pele. — Fazer você se sentir bem. — continuou beijando meu pescoço e subindo para o maxilar. Não aguentei mais manter minhas mãos tão relaxadas e imóveis, balançando nas minhas laterais, as levei até o pescoço de Hoseok o abraçando. — Eu vou amar você Taehyung. — disse olhando nos meus olhos e eu não resisti, praticamente avancei sobre ele em um beijo mais do que desesperado e intenso. Parecia ser de outro mundo a sensação de ter a língua de Hoseok entrelaçada na minha, era bom demais para ser verdade.

 

Hoseok segurou minhas coxas e eu entendi que deveria pular em seu colo e entrelaçar elas ao redor dele, e foi o que fiz, sendo girado no ar e deitado no colchão calmamente, sem interromper o beijo, nem nada.

Mesmo sentindo o colchão abaixo de mim, sabendo que meu corpo deveria relaxar por estar deitado, eu não conseguia, era simplesmente impossível. Minha respiração estava pesada, ofegante, eu temia o que aconteceria no próximo segundo. Porém não era um temor ruim, daqueles tipos que me faziam sentir mal. Era bom, é claro que era bom. Na verdade era maravilhoso. Eu me sentia bem a cada novo beijo que Hoseok ia deixando por meu pescoço e peito. O corpo dele sobre o meu, tão quentes, nós dois estávamos tão próximos, era tão familiar e íntimo.

Eu me deixei ser tocado por Hoseok. Ele tinha carta branca para deslizar suas mãos, seus lábios por onde quisesse em meu corpo, eu não conseguia e nem queria ter nenhum tipo de reação que o censurasse. As respostas que meu corpo dava eram todas positivas, arrepios, calafrios, pequenos e ainda baixo gemidos, além de fisgadas cada vez mais intensas no meu membro que dava vários sinais da sua ereção.

 

— Espera. — ele interrompeu um dos nosso beijos e foi saindo de cima de mim.

— O que houve? — perguntei um pouco desnorteado, àquela altura eu já não estava pensando tão claramente assim. Meu foco era totalmente outro.

— Vou fazer uns ajustes.

 

Então ele acendeu as luzes das lâmpadas que ficavam na parede atrás da cama, caminhou até próximo da porta e apagou as luzes do quarto deixando tudo em uma meia-iluminação que mudou completamente todo o clima do local. Até então eu nem havia percebido que estava tudo aceso, provavelmente ficaria assim por muito tempo, mas eu pediria para ele apagar quando percebesse. Ele parecia pensar em algo em pé ao lado da cama, no que ele poderia estar pensando num momento daqueles?

 

— O que foi? No que está pensando? — eu ria, mas era de nervosismo mesmo, completamente sem jeito. Eu podia não saber direito o que acontecia nessa horas, mas tinha conhecimento o suficiente para entender que nós deveríamos, no mínimo, estar tentando tirar as roupas um do outro.

— Eu não tenho nada para usar. — me sentei na cama apoiando as mãos no colchão.

— Como assim não tem nada?

— Camisinha, lubrificante. Eu não tenho nada disso comigo. — continuei o encarando em silêncio e agora Hoseok era quem parecia mais nervoso que eu. — Ah Tae, eu não saí da cidade me programando para transar. Desculpa se eu sou um namorado puro. — comecei a rir do seu nervosismo ficando na defensiva daquele jeito e sem eu sequer ter dito nada.

— Eu tenho... — falei bem tímido, as palavra quase não saindo de tão baixo que minha voz estava.

— O que? — Hoseok tinha um sorriso enorme nos lábios, eu já sentia que ela ia me zoar depois por causa disso.

— Foi Jimin e minha mãe! Eles que enfiaram isso na minha bolsa. Não fui eu. Só descobri que estava aí quando tomei banho lá no motel... — e a cada palavra tudo ficava ainda mais embaraçoso.

— Então temos que agradecer a eles quando voltarmos par casa. — com o preservativo e o lubrificante em mãos ele veio sorrindo para perto de mim novamente.

 

Pensei que depois disso todo o nosso clima que havíamos construído, todo o envolvimento em que estávamos, tinha sido destruído, mas não. Quando ele me beijou novamente tudo foi esquecido mais uma vez, porque eu só pensava no quanto eu o queria e o mais rápido possível. Comecei a me deitar o puxando pela nuca, ele não fazia resistência nenhuma e vinha lentamente caindo sobre mim.

Quando eu já estava totalmente deitado de novo, só pelo olhar que ele me deu eu soube que agora avançaríamos o nível, seria o totalmente novo chegando e mesmo que eu pudesse escolher parar a qualquer momento, considerava na minha mente que não havia mais volta a partir dali.

Taehyung e Hoseok iriam até o fim.

 

— Relaxe Tae… — Hoseok sussurrou bem próximo ao meus lábios, olhando bem em meus olhos. Eu concordei silenciosamente e ele começou a se afastar ficando de joelhos sobre o colchão, não sem antes me dar um beijo que, por mais que soubesse que seria rápido, queria que durasse para sempre. Mas logo eu ganharia outro.

 

As suas mãos foram até a barra do meu calção e eu respirei fundo, já ficando completamente nervoso novamente. Pode parecer repetitivo mas a velocidade com que meu coração batia era assustadoramente elevada. Eu sentia que meu corpo poderia colapsar a qualquer instante, mas era tão bom. Por Deus, era muito bom.

Fechei os olhos por pura timidez, não queria ver a sua reação ao me encarar nu pela primeira vez, assim como não queria me encarar completamente sem roupas na frente dele. Senti o tecido ainda úmido deslizando pelo corpo, dando a ele uma ajuda e elevando o quadril para que passasse.

Não durou mais do que cinco segundos, simples assim eu estava nu. Abri meus olhos lentamente e observei o teto, respirei fundo repetidas vezes tentando me acalmar e também relaxar meu corpo todo, mas Hoseok não deixava, eu sentia suas mãos deslizando devagar, mas com uma firmeza sem comparação por minhas coxas enquanto beijava a parte interna de uma delas me fazendo gemer de surpresa, de prazer, entrega, tantas coisas misturadas que não consigo definir todas e nem consigo citar.

Levei minhas mãos até as dele, mas não alcancei, ainda estava um pouco longe, eu precisava me esticar mais para tocá-lo,então mordi o lábio em frustração e também conter os meus sons  vergonhosos de um virgem desesperado com o prazer de ter o namorado o beijando tão perto daquele local, centro de todo o prazer que sentia, onde toda a tensão se acumulava. E cara ele estava chegando tão perto que eu tinha medo do que poderia vir a seguir.

Ainda tinha vergonha, era claro que sim, nunca havia feito aquilo então me sentia exposto, despudorado e ousado por querer gemer um tanto alto demais, mas eu estava entregue. Minha mente viajava por cada uma das sensações que o toque de Hoseok me proporcionava. Era tudo tão novo, tão leve. Eu estava bem descobrindo aquelas coisas, e só de imaginar que ainda havia muito mais na matéria de sexo do que apenas um beijo perto da virilha, eu queria perder a cabeça, me afogar, mas tudo isso querendo sentir mais.

 

— Hoseok… — foi inevitável segurar o gemido quando deslizou as mãos pela lateral da minha bunda, beijando e mordendo de leve a minha virilha e subindo pela minha lateral do tronco, apertando e beijando, subindo só que dessa mais rápido. Eu ofegava nervoso, sentindo perder o ar, arqueando as costas.

 

Quando senti seu corpo subindo pelo meu, minhas mãos imediatamente procuraram por ele, desesperadas para o sentir, tocar, conferir se a pele dele ardia tanto quanto eu parecia estar pegando fogo. Também era uma forma de conseguir expressar o que sentia, descarregar para fora de mim toda a carga de tensão que se acumulava e queria ser liberada de uma vez só mas parecia que não iria, ficaria guardada, apenas crescendo, sendo solta aos pouquinhos e no fim explodindo.

Toquei seu rosto, seus ombros, desci arranhando suas costas e em momento algum ele parou de me beijar o corpo com pressa, vontade. Se afundou no meu pescoço e, eu não me recordo se já confessei, mas eu amava quando ele me atacava o pescoço. Era a maneira mais eficaz de me desarmar por ser uma das minhas regiões mais sensíveis, e naquela noite eu estava sensível demais.

Com uma das mãos explorei o que pude do seu corpo enquanto mantinha meus olhos fechados absorvendo todo o prazer que sentia não somente com os beijos e mordidas em meu pescoço, a sua respiração ofegante e pesada rente ao meu ouvido, mas por toda a situação em si. Só de estar sem roupas eu já sentia a excitação tomar conta de mim. Minha outra mão enfiei em seu cabelos, puxando-os com força, descarregando tudo que apenas gemer não expressava.

Aquele era uma das mágicas que o sexo envolvia? A capacidade de literalmente fazer o seu corpo inteiro falar por extrema necessidade de expressão?

 

— Eu quero tanto você… — falei antes de soltar um gemido alto e longo, arqueando as costas quando senti a língua de Hoseok rodear um dos meus mamilos eriçados. Era delicioso. — Hoseok… — ele não se assustou com minha reação, muito pelo contrário, só se dedicou mais ainda naquilo. — Isso é muito bom.

 

Com um sorriso sacana nos lábios ele se afastou de mim ficando totalmente de joelhos sobre a cama. Eu não sabia o que viria a seguir, mas fiquei esperando e ele só ficou ali, parado, me encarando com um sorriso enorme no rosto.

Seus olhos percorriam todo meu corpo nu e exposto esparramado naquele colchão, mas o que ele observava tanto? Por reflexo fechei as pernas e agarrei um dos travesseiros escondendo meu rosto nele. Que vergonha.

 

— Ah Hobi… por que olha tanto para mim? — Dessa vez falei um pouco mais alto pelo nervosismo e vergonha, e também porque do contrário ele não seria capaz de ouvir nada.

— Ah Tae… — ele puxou o travesseiro onde eu me escondia e jogou para o lado. — Deixe disso. — Me deu um beijo rápido nos lábios e voltou a sua posição passeando as mãos como pode pelo meu corpo que me traiu em minha vergonha e decidiu arrepiar-se me fazendo contorcer e arfar. — Você é lindo, sabia disso? — Abriu minhas pernas e eu explodi em vermelho no rosto. Nossa, tão exposto daquela forma. — Eu só consigo olhar para você e pensar no quanto é impressionantemente lindo. — Se deitou sobre mim e afastou os fios de cabelo que já pregavam em minha testa pelo suor.

— Mesmo estando nu?

— De qualquer jeito. — Sorriu e mordeu meu queixo, começando a mais uma vez trilhar beijos, descendo pelo meu tronco. — Eu amo o seu corpo. Muito. — Beijou o meu peito e deu uma mordida em um dos meus mamilos. —  Amo seu peito. — Desceu mais um pouco e beijou a minha barriga. — Amo sua barriga. — Se arrastou pelo colchão e desceu novamente para minhas coxas, passava as mãos por elas, por meu bumbum enquanto me beijava a pele de forma doce. — Amo suas pernas, sua bunda, que é linda, eu já vi. — Levei um tapinha de leve no mesmo quando ele disse isso e sorri lhe dando um tapa que pegou de raspão no ombro. — E o seu… — ele me encarou sorrindo travesso e eu lhe arremessei um travesseiro em reflexo. Ele conseguiu desviar.

 

Ainda sorrindo, Hoseok ficou de pé ao lado da cama e com uma expectativa imensa eu assisti a cada movimento que ele fazia. Definitivamente era bem mais desinibido do que eu, pois enquanto as mãos deslizavam pelo tronco e chegavam à barra do seu calção seus olhos sequer piscavam de tão fixos em mim. Suas mãos desciam o seu shorts e eu estava completamente concentrado naquilo. Nem sei dizer com que velocidade aconteceu tudo pois o meu cérebro processou em uma velocidade absurdamente lenta só para que eu tivesse a garantia de que a primeira imagem de Jung Hoseok nu ficaria marcada para sempre na minha memória.

E podem ter certeza que ficou.

Esquecendo completamente qualquer outro atributo físico de Hoseok que eu já exaltei por aqui como seu sorriso, seus cabelos, a forma como ele dança, anda, como se veste absurdamente bem foquei no que era novidade. A minha mente fértil de adolescente fervilhando de hormônios e louco pelo namoradinho, nunca conseguiria projetar sozinha a sensação de finalmente vê-lo de verdade assim.

Era hipnotizante. Eu nunca havia visto ninguém pelado diante de mim, assim tão perto e estando nas circunstâncias que estávamos só tornava tudo ainda mais impressionante, porque não era como ver o colega trocando de roupa no vestiário depois da aula de educação física. Era meu namorado, a pessoa que eu mais desejava tocar, provar, beijar, lamber, morder, e com o adicional de estar excitado. Muito excitado.

Ele era lindo. Não era o corpo mais musculoso e definido do mundo, longe disso. Era magro, trabalhado em locais específicos, de forma discreta e leve, com certeza pela dança e o serviço na oficina. A barriga era lisa, de qualquer coisa que esteja imaginando. Quer dizer, ele todo era liso. Um cintura fina, bem demarcada e contrastando em equilíbrio com a largura dos ombros. E não posso nunca, jamais, esquecer de mencionar como ele era incrível de costas.

Foi a primeira vez que eu vi a tatuagem de Hoseok por inteiro, e nossa, só me dava mais motivos para me perder e esquecer do mundo só olhando a bunda dele, porque queridos, o desenho ia até lá. Se o bumbum do Jung por si só já era lindo, aquele detalhe só havia acrescentado algo que me provocava um carga de sensações que eu nem consigo explicar. Mas era definitivamente bom.

E não era somente o seu físico que me deixava impressionado e tão envolvido em observá-lo, era a sua postura, a forma como se mostrava e colocava, sem vergonha de nada, tão confiante; era tão admirável. Eu não sei bem explicar, só sabia que tinha que parar de dizer que era impossível me sentir ainda mais apaixonado ou atraído por Hoseok, pois ele sempre teria uma forma de me surpreender e provar que ainda conseguia me prender mais em si.

Quando ele veio para cima do meu corpo novamente, eu estremeci ao sentir o seu membro duro encostando em mim, definitivamente de tudo que havia acontecido até agora essa era a maior novidade, e não precisamos nem nos perguntar o porquê.

Porém eu procurei relaxar e me deixar levar pelo momento. A forma como Hoseok segurava meu rosto e me beijava só me fazia pedir por mais. Mas ironicamente eu era aquele que o beijava de forma mais desesperada e sedenta. O buscava com uma vontade que até desconhecia sentir, puxando sua nuca e sugando os lábios e língua com força. Era quase brutal, podia até mesmo chamar de selvagem mesmo que não estivesse passando de uma atitude durante o beijo. Nossas pernas estavam entrelaçadas, nem sequer existia um joelho dele sendo pressionado contra mim me estimulando, nossos membros estavam em contato direto me fazendo tremer, gemer por entre nossas bocas a cada novo choque que se espalhava por meu corpo.

 

— Hoseok… não… — segurei seus ombros com força e mordi o lábio logo depois do gemido alto. Sem qualquer aviso prévio Hoseok começou a roçar os nossos membros devagar. — Ah não… — apertei ele mais uma vez. Gemia dizendo que não, mas era claro que não era nada isso que eu queria dizer. Queria mais era que ele continuasse.

 

E Hoseok sabia disso, tanto que continuou deixando mais intenso quando segurou os dois juntos para que não tivessem como desviar um do outro.

Aquele era um nível de prazer que eu nunca havia sentido, era de outro mundo e eu me sentia sair de mim. A melhor palavra para descrever é transcendental. Era algo além de qualquer outro tipo de experiência que eu já havia tido. Porém, mesmo pensando todas essas coisas, não existiu um só minuto, um só beijo ou arrepio que me fez desejar ter decidido por fazer aquilo antes. Era o momento perfeito, não poderia ser melhor.

 

— Tae… — Hoseok me chamou e eu abri meus olhos para encará-lo. Ele estava com os cabelos caídos sobre o rosto mas ainda partidos ao meio, formando uma franja, o rosto corado, a respiração pesada, sugando o ar pela boca porque o nariz já não captava a quantidade que era necessária. Estávamos no mesmo estado. — Vou começar a preparar você. — Engoli em seco, eu temia aquele momento e finalmente havia chegado. Se eu pudesse não passaria por aquilo, mas não se podia chegar ao fim sem que acontecesse. — Você vai conseguir. — Ele tentava me encorajar e relaxar dando beijos por todo meu rosto.

— Me faça sentir bem Hobi… — me deitei de lado, ficando o mais confortável possível. — Eu confio em você.

 

Não sei que tipo de processos ele fez até começar tudo, me mantive completamente de costas o tempo todo. Escolhi por mim mesmo aquela posição por levar em consideração muitos motivos: era mais recomendada para uma primeira vez, minha timidez não me permitiria relaxar e conseguir aproveitar ficando de frente e aberto para ele logo de cara e eu sempre a considerei pessoal, íntima e romântica.

 

— Relaxa Tae… — ele disse como um aviso, mas mesmo assim era meio difícil de atender a esse pedido.

 

Quando senti o primeiro dedo de Hoseok entrando em mim eu apertei os olhos com força. Era incômodo, muito. Passei a ficar ainda mais ofegante e meu corpo começou a suar muito. Era como se eu quisesse o expulsá-lo dali, mas respirei fundo e tentei ao máximo relaxar. Ele entrava e saía devagar e logo já não era mais tão ruim como no começo. Chegava a dar um leve prazer que me roubaram uns gemidinhos baixos.

Então veio o segundo dedo e logo mais o terceiro. Cada um deles foi ainda mais incômodo que o outro e o terceiro foi o pior de todos, porém eu me prendia a como Hoseok estava sendo cuidadoso comigo. Como me segurava com um dos braços e beijava minha nuca, falava comigo o tempo todo como se me instruísse e conduzisse até mesmo durante a preparação.  Ele de fato estava sendo como um professor, me ensinando a como fazer.

 

— Você é lindo Tae… — ouvi Hoseok sussurrar ao meu ouvido, me dando um beijo na nuca. Eu só sorri e joguei um pouco a cabeça para trás encostando na dele. — E eu te amo.

— Eu também te amo.

 

E foi a última parada antes de finalmente ser penetrado de verdade.

A sensação de ter três dedos de Hoseok dentro de mim não eram em nada comparada com a tê-lo de verdade entrando. Não vou dizer que era uma sensação horrível, que parecia que eu morreria de dor, porque de fato não foi assim, não foi só isso. Se dissesse que havia sido apenas dor estaria mentindo, porém se dissesse que só tinha tido prazer, seria mentira também.

Ele ia entrando em mim pouco a pouco, com muita calma e paciência, o que deveria ser um enorme esforço da sua parte, pois ouvi muitos resmungos sobre o quanto eu era apertado. Meu quadril era segurado com força o que contrastava com a pouca velocidade com que ele investia em mim. Eu conseguia sentir cada centímetro de Hoseok entrando e mesmo sentindo um tanto de dor eu não queria que aquilo passasse ou acabasse logo.

Quer dizer, a dor sim, mas não o momento em si, pois apesar de tudo eu me sentia bem de ser ele, de estar com ele.

 

— Tudo está tão romântico aqui… — Hoseok quebrou o silêncio que era preenchido por nossas respirações, apenas. — mas Tae, você é muito gostoso. — Sorri com o comentário e ganhei uma apertada na bunda que tanto me fez gemer como também continuar sorrindo.

 

Depois disso foi quando ele começou a investir. Era lento, bem lento, mas sentia-o saindo e entrando de mim. Apertei os olhos e procurei captar o prazer que existia naquilo, focar na dor ou incômodo não ia ajudar a mim em nada em viver aquela experiência com meu namorado e ter uma história da qual eu gostasse de lembrar. E focando no prazer que cada estocada me dava, eu comecei a aproveitar.

Segurei o quadril de Hoseok e soltei alguns gemidos manhosos que já não conseguia mais conter ou fingir que não existiam. Ainda eram bem tímidos e baixos, mas quando ele ousou a começar a ir mais forte e rápido começaram a ficar mais altos, alguns até mesmo mais choramingados.

 

—  Não segura os gemidos Tê… — entre suspiros e seus próprio gemidos ele me pediu. — Me deixa saber o que você está sentindo. — Ele diminuiu a velocidade passando a ondular devagar, eu sabia, conseguia até imaginar como deveriam ser seus movimentos só pela forma como sentia seu pau se movendo em mim e a sua pele roçando na minha. — Está doendo? Quer que eu pare?

— Vai Hoseok… — pedi quase em desespero por não estar sentindo as suas estocadas. Não, eu não queria que ele parasse.

— Assim? — Ele recomeçou a lentamente me estocar, indo bem devagarzinho e era tão gostoso assim. — Você gosta assim devagarzinho? — Beijou meu pescoço, e minha nuca.

— Isso… é bom. — Levei minha mão que estava em seu quadril até sua nuca de maneira bem cega. Virei minha cabeça para trás como pude e bem desajustado capturei seus lábios que também pareciam procurar pelos meus, nossa como eu senti saudade de beijos. Parecia até que eu estava uma vida sem eles.

 

Hoseok segurou e apertou minha coxa com força, cravou os as pontas dos dedos de verdade ali me fazendo quase gemer alto demais, porque tão envolvidos naquela confusão que eram nossos corpos se devorando a dor de um apertão, ou arranhões era nada. Segurou minha coxa e a puxou para cima do seu corpo enlaçando seu quadril com ela me deixando bem mais aberto do que eu estava.

Eu passei a sentir muito melhor todas as suas estocadas e não me sentia tão apertado como antes, conseguindo aguentar que ele me penetrasse com mais força e rapidez. Ele mordia meu ombro enquanto sussurrava um monte de coisas desconexas, mas todas muito estimulantes para mim, e outras que me fizeram ficar ainda mais confortável. Joguei minha cabeça para trás encostando em seu ombro e a sentia balançando para cima freneticamente por ser empurrada pelos movimentos de Hoseok.

 

— Tae, eu quero mudar de posição. Quero olhar para você. — Do nada ele falou e não tive nem como responder, no instante seguinte ele já estava fora de mim engatinhando pelo colchão procurando outra posição.

 

Deitei encostando toda as minhas costas e me permitindo respirar fundo, relaxando um pouco. Encarei o teto por alguns segundo, mas logo levantei minha cabeça novamente para encarar Hoseok que vinha subindo em cima de mim. Não queira nem imaginar como deveria estar a minha aparência, mas ele estava um verdadeira bagunça, os cabelos molhados de suor, o peito vermelho do esforço físico, assim como o rosto. Mas estava lindo, um sorriso enorme nos lábios que me fazia esquecer de qualquer timidez, vergonha ou constrangimento do momento apenas para admirá-lo.

Já àquela altura a minha vergonha havia passado. Não queria dizer que eu não ficaria tímido ao lembrar de tudo bem no dia seguinte, ou assim que tudo acabasse. Mas ali, naquele momento, eu estava curtindo, me desligando totalmente de qualquer sentimento externo que pudesse me privar de experimentar aquilo plenamente.

Uma vez me disseram que isso era o que fazíamos quando queríamos ser livres, se desprender de tudo exterior e viver, sentir somente o que a experiência tinha a proporcionar. E era exatamente assim que eu queria me sentir, e estava conseguindo, livre, leve como se nada pudesse me segurar. E acima de tudo feliz.

A maior prova era como o sorriso no meu rosto mostrava que eu estava feliz. E se Hoseok era quem sorria primeiro para mim também entendi que ele se sentia da mesma forma.

Nem precisei que ele me desse qualquer direcionamento, já havia entendido em que posição ficaríamos agora. Apenas abri o espaço necessário para que ele se encaixasse entre as minhas pernas enrolando-as nas dele.

Acima de mim rosto dele estava  próximo da forma que já estava se tornando muito familiar. Mesmo parecendo distraído mexendo em seus cabelos e fazendo carinhos em sua orelha, estava mais focado do que imaginava-se. Eu precisava observar com atenção, quase uma devoção, cada traço do rosto lindo do meu namorado. Em partes era para conseguir eternizar a perfeita imagem do que significava 'felicidade' e 'amor' na minha vida. Por outro lado era para ter ao que me agarrar quando a ausência dele no meu dia a dia fizesse presente.

Lembrar daquela face tão bonita do meu namorado sempre seria um combustível para continuar vivendo. Só para conseguir ver um sorriso daqueles em seu rosto e direcionado para mim. E talvez, saber que eu era o privilegiado de ser o único a estar recebendo aquele olhar e sorriso me deixasse incrivelmente mais alegre e satisfeito.

Ele me beijou e já foi me envolvendo de forma lenta pegando primeiro meu lábio superior, me deixando chupar o seu inferior devagar e com um pouco mais de rudeza, acrescentando uma das mordidinhas que eu adorava dar de presente para ele. Abriu caminho para que eu brincasse, provocando sua língua e depois me escondendo, tocando-o de forma leve na nuca, deslizando as palmas por suas costas e me enroscando mais ainda nele, pois cada centímetro do meu corpo vibrava por desejo de praticamente se fundir ao de Hoseok.

Mas quando ele decidiu tomar parte do beijo e começou a agir, eu fui rendido como alguém sendo algemado. Não havia mais porque reagir e querer dominar, ditar algo, quando o que eu mais queria era ser conduzido, ver e sentir até onde ele queria me levar, porque disposto a ir eu estava.

Se Hoseok sempre me beijasse e tocasse daquela forma que fez, tocando em todos os lugares e ao mesmo tempo em nenhum, sempre me teria nas mãos, me venceria fácil em qualquer “guerra”, porque eu nem sequer faria questão de lutar.

E droga, como eu sabia que ele havia percebido isso.

A sensação de quando ele me penetrou novamente foi diferente. Me senti bem mais extasiado que antes, me permitindo soltar um gemido longo e todo inundado de prazer. As cerimônias foram bem menores e ele não fez todo aquele processo de ir bem devagar para poder começar a ir rápido.

Era um tanto intimidante tê-lo me encarando assim tão fixamente, bem de frente para mim. Mas ao mesmo tempo que eu sentia uma ponta de vergonha pelo contato visual e toda exposição, eu me sentia um privilegiado, porque a visão que eu conseguia ter dele me estocando era dos céus.

Definitivamente eu deveria parar de fazer comparações e estipular que não tem como Hoseok acabar ficando mais bonito, porque ele definitivamente acabava me puxando o tapete completamente e esfregando na minha cara o quanto eu nasci para babar por ele; porque se a imagem dele respirando ofegante, o peito vermelho e suado, o olhar fixo e predador, transbordando de tanto desejo, os cabelos balançando, um sorriso safado surgindo aqui e ali e o quadril ondulando em movimentos e ritmos quase profissionais não fossem a definição de tesão, eu não sabia o que era.

Não demorou muito tempo para que, enquanto Hoseok beijava e mordia meu pescoço sem parar de me estocar, uma ondar de prazer fora de tudo que eu já havia sentido naquela noite me atingiu. Era mais intensa e eu gemi assustado agarrando e puxando o corpo dele contra o meu com força.

Eu estava perto, iria gozar logo.

Nem precisei avisar a Hoseok que logo percebeu e passou a me tocar, masturbando-me em uma velocidade coerente com a que me estocava. Eu apertei mais ainda minhas pernas ao seu redor e minha mãos o puxavam com desespero, enquanto meu quadril parecia se mover sozinho de tão inquieto e necessitado por liberar aquele orgasmo.

Como esperado não demorou para vir. E quando chegou me inundou com uma onda de calor gostosa, mas que me deixava ainda mais quente do que antes. Todo meu prazer sendo liberado em um gemido, líquido e espasmos musculares por minhas pernas.

Foi realmente a primeira vez em que gozei dizendo o nome de Hoseok e ele ouviu.

Mas a satisfação e até mesmo alívio que eu senti por finalmente fazer aquilo, sem pudor nenhum ainda não se comparou com o de sentir Hoseok apertando meu corpo com força, desespero, sentir seu corpo suado pressionado contra o meu e ouvir ele gemer o meu nome no meu ouvido ao ter o seu orgasmo.

Isso era mais do que satisfatório, era maravilhoso.

 

Ok, o que vem agora? — Perguntei encarando o teto agarrado ao lençol que me cobria, tentando regular a minha respiração e ouvindo Hoseok fazer o mesmo. Podia se dizer que era o momento em que eu mergulhava na vergonha de novo, e na insegurança de que para ele não tivesse a mesma grande coisa que foi para mim. Desvantagem de ser completamente inexperiente e ele mais experiente do que eu imaginava, e queria imaginar também.

— Vejamos. — Ele riu e não sabia se a sua risada era um sinal bom ou ruim. Ah alguém me salva dessa insegurança? Hoseok rolou no colchão e colocou seu corpo sobre o meu, se apoiando nos braços para conseguir elevação o suficiente de fazer nossos olhos ficarem na altura um do outro. — Que tal você me dizer o que achou? Se está se sentindo bem. — Sorri totalmente envergonhado e puxei um pouco do lençol para cobrir meu rosto, tentar me esconder. Hoseok não deixou.

— Ah… eu... — desviei o olhar enquanto pude, mas respirei fundo e olhando nos olhos dele mandei a vergonha ir passear. — Não poderia ter sido melhor Hobi... obrigado.

— Obrigado pelo quê? — Ah que ele era horrível. Ia realmente ficar me fazendo perguntas só para me fazer falar tudo que eu estava com vergonha de dizer?

— Por ter me tratado tão bem. E esperado, respeitado. — Olhei para nossas mãos que agora entrelaçavam os dedos uns nos outros com ternura. Mesmo elas sendo de tamanhos tão diferentes era inegável que se encaixavam como se fossem feitas para se encontrar. — Foi importante pra mim. — Olhei novamente para Hoseok que sorria.

 

Achei que ele fosse me dizer algo, mas ao contrário disso apenas avançou devagar, aproximando seu rosto do meu mais ainda e iniciando um beijo calmo, quase inocente. Uma vez ele havia me falado sobre aquele tipo de beijo para mim, chamou de ‘a confissão dos amantes’. Foi impossível não lembrar dele me dizendo “Tae, quando alguém beija assim é porque ela está entregando os seus sentimentos a quem beija, como uma confissão de amor dita pela boca, só que sem palavras.”

 

— Diz que me ama. — Hoseok pediu e eu estranhei aquele pedido mesmo tendo achado tão bom.

— Eu te amo Hoseok. — Eu poderia observar aquele sorriso para sempre. Realmente para sempre.

— De novo.

— Eu amo você. — O abracei e ele se deitou totalmente sobre mim para se deixar ser abraçado. — Você gostou de ouvir isso não é?

— É o melhor som de todos ouvir isso saindo da sua boca.

 

O silêncio voltou a existir entre nós enquanto ficamos ali, Hoseok deitado sobre mim e eu o abraçando. Eu estava feliz, me sentindo bem e registrando nas minhas memórias aquele momento como a minha definição de paz. Não tinha como melhorar.

 

— Você foi meu primeiro também Tae. — Arregalei meus olhos com o susto e fiquei atônito. Não, não tinha chances de Hoseok ser virgem, não mesmo. Eu era o virgem ali, não ele.

— Como assim Hobi? — Perguntei rindo, de nervoso.

— Meu primeiro ‘eu te amo’. Eu nunca disse isso para ninguém. E nunca ouvi também.

 

E mais uma vez, Jung Hoseok conseguiu melhorar o que já estava perfeito.

 

 


Notas Finais


Ufa né?! hahahahaa Agora nós PRECISAMOS saber o que vocês acharam. Não nos deixe morrer aqui sem saber a opinião de vocês, por favor! *-------*


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