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História BAD BOY . Kim Taehyung - Capítulo Dois


Escrita por: X_F_D_K

Notas do Autor


Narrado por Kim Taehyung.

Capítulo 4 - Capítulo Dois




Capítulo 2


SETE da manhã, uma tríade de mariachis decidiram executar um show no quarto ao lado, porque, por algum motivo, as pessoas se sentiam felizes em acordar cedo e incomodar os demais moradores dos dormitórios. Quando o barulho cessou no cômodo do lado esquerdo, pude perceber que a banda ainda recitava seus sucessos em minha mente atordoada.


— Jungguk, acorde.


— Estou acordado, hyung. — virou-se na cama. — Bom dia, aliás, tem algum remédio para dor?— indagou, envergonhado.


— Devo ter em minha carteira. — resmunguei, ao levantar. — Você deve comer algo antes de tomá-lo, ele pode ser realmente muito forte. — avisei, pegando o comprimido do compartimento de couro.


— Então, vamos tomar café?— questionou, se encaminhando para o banheiro.


— Talvez, devemos achar uma cafeteria aqui perto, que não me custe os dois rins e quem sabe um pulmão. — ri da hipérbole, mas dada a luxuosidade deste local, para um calouro pode ser um eufemismo em primeiro momento.


— Hyung, você deve parar de pagar as coisas pra mim, e aceitar o emprego que eu lhe ofereci na confeitaria do meu tio. — Jeon afirmou, saindo com uma escova na boca cheia de espuma.— Posso pagar minhas próprias coisas, e você precisa de um emprego, não seja orgulhoso.


— Não é uma questão de orgulho. — suspirei. — Mas nunca poderei retribuir algo com a mesma importância. — guardei a carteira.


— Sua amizade basta, hyung.


— Então talvez eu aceite. — conclui baixo. — Mas, ainda quero retribuir de alguma forma o que tem feito, todos esses anos tem sido muito melhores com sua ajuda.


— Hyung, a ressaca te deixa meloso. — riu. — Vamos comer, e eu pago dessa vez, nem adianta reclamar.


CHEGAMOS a uma cafeteria, a alguns quarteirões do dormitório. Apesar de meus protestos, Jungguk cismou que pagaria a conta desta vez e que eu deveria ser menos teimoso. Eu prefiro o Jungguk tímido e controlável, às vezes.


O local era agradável, móveis rústicos e aconchegantes tornavam o ambiente calmo e interessante. Isto cheirava a coisas caras, muito caras. Então, sentei-me em um dos bancos grandes com o formato de uma banana, e olhei o menu.


Quando uma cafeteria tem um menu com nomes elegantes, tudo o que posso pensar é: caro, muito caro. E claro, minha mente me alerta para fugir, porém Jungguk tem gostos caros e eu apenas me rendo a sua vontade e peço o café mais barato do local, que obviamente custa o preço da minha camisa mais cara. Não que eu use camisas caras, mas, droga, é um café.


— Duas fatias de torta de chocolate, uma de morango e uma de limão, e dois cappuccinos com canela e caramelo. — Jeon respondeu ao rapaz que se aproximou, com um bloco de notas.


— Certo, senhor. — o garoto sorriu. — Já trarei os pedidos, tenha uma boa experiência. — se retirou.


— Eu pedi apenas um café amargo. — encarei Jungguk, pasmo.


— Ah, eu não ouvi.


— Você não tem jeito. — ele sorri. — A Itália o mudou ainda mais, o transformou em um dongsaeng teimoso. — resmunguei.


— Doces desfazem seu mau-humor. — brincou, não que o fato deixasse de ser verídico. — Agora, apenas deixe que eu faça algo por você, alguma vez.


— Como se fosse a primeira vez.


— A torta é ótima. — ignorou. — Espero que goste, vai trabalhar aqui. — disse, contemplando a paisagem.


— Como?— questionei. — Você disse confeitaria, não é tipo: bolos e ganache?— instiguei, completamente confuso.


— Ah, era uma confeitaria em primeiro plano, mas as pessoas ficam felizes com café. — oh, que ótimo, um conto de fadas. — E universitários consomem muita cafeína, é bom para os negócios, não há muitos cafés locais. — realista, melhor.


Com pouco tempo de diálogo, o rapaz se aproximou novamente, carregando uma bandeja enquanto olhava descaradamente para os lábios de Jungguk. E o Jeon os mordeu, olhando de volta. Espera, Jeon Jungguk é gay? Minhas suspeitas foram confirmadas, que orgulho do meu moleque.


— Coma logo, e tome seu remédio. — engoli meu sorriso malicioso, ao ver o flerte. — Pode me emprestar uma caneta?— pedi, quando o garoto ameaçou sair.


YOONGI, o nome dele é Yoongi. — disse a Jungguk. — Li na caneta, parece personalizada. — Jeon encarou confuso. — Não finja que não estava interessado, eu vi o flerte, seu hyung não é bobo. — sorri.


— Hyung..— sussurrou. — O que estava anotando no guardanapo? — perguntou.


— Seu número começa com sete, não é?


Jeon arregalou seus pequenos olhos negros, agora azuis por conta de lentes de contato. Suas bochechas tornaram-se cor-de-rosa e um sorriso pequeno ameaçou cortar seus lábios ao meio. Não existia garoto mais adorável que o meu.


— Hyung.. — sussurrou baixo. — Eu queria ter contado, realmente, mas você me joga tanto para as garotas que eu achei que ficaria decepcionado. — parou a minha frente. — Me desculpe.


— Jungguk, não julgo você por esconder isso, nossa sociedade é uma verdadeira merda. — o respondi, lhe dando tapinhas. — Só quero que não esconda mais, eu estarei aqui pra você e você não tem que ter vergonha pelo o que é, por mais que as pessoas digam isso. — suspirei.


— Obrigado.


— Me deixe em paz, me deixa em paz! — uma garota gritava puxando uma bolsa lilás. — Saia, sai daqui. — começou a correr.


— Acho que está sendo assaltada. — Jungguk disse. — Acha que devemos ajudá-la? Digo, ele pode estar armado.


— Fique aqui, e qualquer coisa ligue para a polícia. — comecei a correr na direção dos dois. — Ei, deixe-a em paz. — o rapaz me encarou.


Olhos negros, que quase lhe caiam bem por trás do capuz, e lábios tão finos e roxos. Puxei a moça, o encarando por alguns segundos antes de vê-lo correr. Impulsivamente, corri atrás dele e puxei sua blusa, e então o rapaz, que era menor, se debateu tentando soltar-se. 


— Me largue!— sua voz era áspera e rude. 
 
Puxou seu braço, e então eu pude ver uma pequena tatuagem em seu pescoço, quando minha mão continuou puxando o casaco. Carpe Diem, letras bem desenhadas e finas, em itálico. Seus olhos estavam ficando vermelhos, e pequenas gotas de água ameaçaram sair deles. Puxou seu braço mais uma vez, e voltou a correr, indo para longe.


— Você está bem?— a garota se aproximou, e Jungguk posteriormente fez o mesmo. 

— Sim, ele não fez nada comigo. — afirmei, suspirando. — E você?— instiguei, analisando sua fisionomia. 


— Estou bem, obrigada. — agradeceu com um sorriso. — Preciso ir, minha amiga está me esperando. — ajeitou a bolsa quase roubada. — Obrigada de novo. 

— Hyung, o que foi?— Jeon me olhou, preocupado. — Tem certeza que está bem? Eu não vi direito, mas ele não te machucou, não é?— tocou meu ombro.


— Não é nada, só me lembrei de algo. 

Uma época inesquecível da minha vida.









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