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História Bad Boys - The One With The Baseball Game


Escrita por: KaliC_

Notas do Autor


Olá meus Badboys e badgirls.

Sentiram saudades da fic? espero que sim, pq eu to de volta com um capítulo novinho.

Entrei de férias a pouco tempo, então aproveitei pra ver algumas séries e descansar bastante.

BOA LEITURA!!!!

Capítulo 4 - The One With The Baseball Game


''You always get under my skin

I don't find it irritating

You always play to win

I don't need rehabillitating.''

Another Girl, Another Planet - Blink 182 

 

Assim que entramos na sala, as pessoas começaram a me encarar.

— Vem, Evan. – Lily me chamou e caminhamos até o fundo da sala, onde havia as últimas carteiras vagas.

Assim que nos sentamos, uma mulher de meia idade, com os cabelos loiros presos em um coque entrou na sala.

— Bonjour... – Ela cantarolou. – Je m’apelle Madame Lefebvre.

— Bonjour. – Toda a turma respondeu.

Durante o tempo em que eu estudei em casa, não tive muitas lições de francês. Minha mãe conseguiu me ensinar o básico da comunicação e vocabulário, porém, eu não fazia ideia de como conjugar um verbo no passé composé. Por isso, eu tinha certeza que francês seria a única matéria que eu teria que estudar de verdade. Esse idioma é tão cobrado nas escolas canadenses quanto matemática ou física.

— Bem... – Ela começou a falar no nosso idioma, porém ainda carregava um forte sotaque de Montreal. – Quantos de vocês já estudaram francês?

Todos levantaram a mão, inclusive eu. Não estava mentindo, porem meu nível de conhecimento de francês é de uma criança francófona com menos de dois anos.

— Oh, estamos em um número bom aqui. Hum... senhorita Collins?

— Sim, Madame Lefebvre. – Lily olhou a professora.

— Poderia vim ao quadro e conjugar o verbo avoir no indicatif présent?

— Claro. – Ela concordou enquanto se levantava e andava até o quadro. Pegou uma caneta pilot e começou a escrever. J’ai, tu as, il a, nous avons, vous avez, ills ont.

Eu engoli em seco.

Très bien.... – A professora elogiou. – Alguém tem alguma dúvida sobre o verbo avoir? Ou verbo être?

Ah, eu tinha.

— Ótimo, então acho que já podemos começar com o futur proche. Página oito do livro, por favor.

 

-{...}-

 

— Ãn... Porque o Ashton trocou o francês pelo Espanhol logo no último ano do colégio? – Perguntei para Lily assim que os alunos começaram a sair da sala de aula.

— O Ashton é fluente em francês. E como o terceiro ano é só uma revisão de toda a matéria, ele quis experimentar o Espanhol. Hoje foi a primeira aula dele, mas ele já estudou algumas coisas nas férias.

— Ah, tá.

— Uma vez, fomos passar duas semanas das férias na casa de uma tia nossa que mora em Quebec. Temos dois primos lá, e quando Ashton queria me sacanear, começava a cochichar em francês com eles. Eu não sou que nem ele nessa língua, mas consigo conversar, já ele parece que nasceu francófono.

— Ele deu sorte então.

— Eu gosto de francês, mas essa professora tem uma marcação comigo, e eu nunca fiz nada para ela! Viu como ela me chamou para conjugar o verbo avoir? Qualquer idiota naquela sala faria aquilo!

Resolvi permanecer quieto.

— Lily! – Uma voz masculina chamou por ela. Nós nos viramos, e o mesmo garoto que havia dado oi para Lily estava na nossa frente, com um sorriso no rosto. Ele usava o casaco do time de baseball da escola e estava andando com Bradley mais cedo.

— Oi James! – Lily cumprimentou, tentando esconder o nervosismo. – Conhece o Evan?

— Ah, você é o aluno novo! – Ele se dirigiu a mim. – Prazer, James McVey, capitão do time de Baseball. – Ele estendeu a mão e eu o cumprimentei cedendo ao aperto. Franzi as sobrancelhas, estranhando todo o formalismo vindo de um adolescente aparentemente da minha idade. – Bem, eu estou aqui porque estou chamando todos os alunos para assistir ao amistoso que vai ter agora lá no campo. Sabe, o campeonato já começa essa sexta-feira, e nós treinamos praticamente as férias todas...

— Nós vamos sim, claro! – Ela concordou.

— Beleza! Então, eu vejo vocês dois lá! Luke e Connor vão jogar também, devem estar por aí chamando o resto do pessoal. – Ele olhou envolta. – Vou indo, ainda tenho que me trocar. – Ele deu um sorriso digno de comercial de pasta de dente. – Tchau Lily, tchau Evan!

Ele beijou Lily na bochecha e saiu apressado. Olhei para ela, que estava com as bochechas coradas.

— Eu não vou. – Falei.

— Que? – Ela franziu as sobrancelhas. – Evan, não liga seu modo antissocial agora! Você precisa conhecer gente nova, e eu estou aqui para te ajudar.

— Eu não gosto de baseball, Lily. Mas obrigado pelo convite. – Falei.

— Evan, por favor! – Ela disse. – Achei que poderíamos ir juntos, sabe... eu, você, Ashton e Michael. Somos seus amigos.

— Você quer ir para ver o James jogar. – Falei.

— Sim, mas e daí? E daí que eu gosto dele? Será que você não pode pelo menos tentar se socializar? Vai ser bom pra você, Evan. Você sabe disso.

Odeio quando as outras pessoas tem razão. Minha socialização com os alunos não era a minha maior preocupação, porém, pensei em como minha mãe ficara feliz ao saber que eu cheguei tarde em casa porque estava assistindo um jogo de baseball no colégio com os meus novos ‘’amigos’’.

Soltei um suspiro e olhei Lily pelo canto do olho. Um sorriso se formava lentamente em seus lábios.

— Está bem. – Eu disse e ela deu um pulo. Pensei no que Ashton tinha dito mais cedo: ‘’Ela é assim no começo, meio maluca... mas depois melhora’’.

— Tá. – Dei um sorriso fraco sem mostrar os dentes. – Eu só preciso avisar o meu pai, ele deve estar lá fora me esperando.

— Vai lá. Vou ficar aqui esperando. – Ela se apoiou em seu armário. – Se tentar fugir Peters, eu juro que vou atrás.

Andei até o gramado do colégio, ainda um pouco surpreso pelo que aconteceu. Eu achava que Lily só me via como um projeto, como uma obrigação que lhe foi encarregada pelo diretor do colégio. Pelo menos essa tinha sido a impressão que ela passou assim que me conheceu, cheia de piadinhas e comentários sarcásticos. Não esperava aquela reação dela quando eu disse que não iria ao jogo.

Talvez ela realmente queria que eu fizesse amigos.

Como meu pai havia dito, ele estava dentro do carro estacionado embaixo de uma árvore em frente ao colégio. Quando me viu chegando, destrancou as portas e eu entrei.

— Estava achando que errei o horário de saída de vocês. – Ele riu. – Já tinha passado das três da tarde e pouquíssimos alunos saíram do prédio.

— É... olha pai, se importa se eu for a pé para casa mais tarde? Vai ter um amistoso do time de baseball do colégio e... me chamaram para assistir. Vou com uns amigos.

Ele pareceu sem reação por alguns instantes.

— Claro filho. Claro. Tudo bem. Eu aviso para...

— Não! Não avise. Eu devo chegar em casa perto do horário do jantar, aí eu falo para ela.

— Tudo bem. Divirta-se Evan. – Ele disse, satisfeito.

— Obrigado. – Saí do carro e acenei com a mão antes de voltar ao prédio. Lily ainda estava no corredor me esperando, como disse que ia fazer.

— Acabei de lembrar... você tem que ir falar com o diretor. Vem! – Ela pegou na minha mão e me puxou.

— Lily! – Ashton veio correndo do início do corredor até nós, com o mesmo sorriso animado no rosto. Às vezes eu não entendia toda essa felicidade que emanava dele. – Vai levar o Evan até o papai?

Franzi as sobrancelhas.

— Papai? – Perguntei.

— Mais tarde você iria descobrir de um jeito ou de outro. – Lily deu de ombros e sorriu, abrindo a porta da sala diretor.

— Se isso se repetir, vocês já sabem as consequências. – Um homem que usava um terno estava falando. – Podem ir agora.

Dois garotos que estavam sentados em frente a mesa do diretor se levantaram. Um deles era moreno com os olhos puxados e algumas tatuagens no braço, e o outro era alto, loiro e usava roupas extremamente largas.

— Está tudo bem? – Ashton perguntou baixinho para o moreno enquanto o loiro saia da sala.

— Esta. – Ele respondeu e saiu da sala sem olhar para ninguém.

— Pai! – Lily chamou. – Trouxe o Evan.

— Oh, sim, Evan! – O diretor Collins levantou da cadeira e andou até mim. Ele usava um terno cinza e o pouco cabelo na sua cabeça era de um tom ferrugem, igual ao bigode. – É um prazer ter você aqui!

— Obrigado. Foi bom voltar. – Menti.

— Espero que seu primeiro dia tenha sido agradável. – Ele olhou para os filhos. – Falei com Lilian e Ashton para ajudá-lo no que fosse preciso.

— Foi tudo tranquilo hoje, pai. – Disse Lily. – Agora o Evan vai com a gente para assistir o amistoso do time de baseball.

— Ótimo. Podem ir. – Ele sorriu e foi se sentar.

— Tchau pai! – Ashton disse antes de fechar a porta. Do lado de fora, Michael estava em frente ao armário de Lily.

— Até que enfim! – Ele jogou os braços para cima, como se estivesse impaciente. – Não achava vocês em lugar nenhum.

— Que exagero, Mike. – Ashton revirou os olhos e depois riu.

— Peter vai com a gente? – Michael perguntou. – Legal!

— Michael, meu nome é Evan. – Eu falei, respirando fundo.

— Evan? Achei que era Peter.

— Você deve ter confundido com o sobrenome dele. – Lily interrompeu. – Agora vamos, o jogo já vai começar. Aquelas líderes de torcida oferecidas já devem ter entrado.

— Tá falando de todas as líderes ou particularmente da Emma só porque ela está ficando com o James? - Michael perguntou em um tom malicioso.

— Não faz diferença, todas são iguais. Pensam como uma pedra e ficam ouvindo Britney Spears no vestiário. – Lily revirou os olhos. – E todo mundo sabe que ela está transando com o Luke, menos o próprio James. Vamos logo!

Lily me puxou pela mão novamente, mal percebendo que estava segurando ela por todo aquele tempo.

 

-{...}-

 

Eu cheguei em casa e minha mãe estava arrumando a mesa para o jantar.

— Filho! – Eu cruzei a porta e ela veio ao meu encontro, animada. – E então, como foi o primeiro dia?

— Foi bom. – Eu disse, concordando com a cabeça. – Eu fiquei na escola para assistir um jogo de baseball com meus colegas. Não sabia que ia demorar muito, desculpe.

— Imagine! – Ela estava radiante. – Foi bom você ter ido, gostou?

— Foi... divertido. – Falei. E não estava mentindo. A companhia de Lily, Ashton (Me chama de Ash, cara! – ele dizia.), Michael, e até mesmo de James, que ao final do jogo foi falar com a gente, foi realmente agradável. Talvez eu não quisesse admitir, mas tinha me divertido com eles.

— Que ótimo. Quero conhecer seus amigos, traga eles aqui quando quiser, ok? Agora vai lavar as mãos para o jantar, eu fiz sua comida preferida. – Ela piscou para mim e voltou sua atenção para a mesa.

Subi até meu quarto, deixei a mochila na cama e me dirigi até o banheiro. Lavei as mãos e tomei o meu remédio antidepressivo. Mas, por incrível que pareça, eu sentia que não precisava dele. Pela primeira vez em muito tempo.

 

 

 

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado do capítulo, comentem o que acharam! Já tem alguém shippando algum casal? (hehe)

Se alguém quiser conversar comigo, meu twitter é: @Briiarcliffxrd

Até o próximo capítulo!!! Amo todos vocês <3


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