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História Bad Decisions - Blefe


Escrita por: Puddins_Pumpkin

Notas do Autor


Oi oi gente.

Mais um capítulo para vocês.

Espero que gostem.

Boa leitura meus amores ♡.

Capítulo 26 - Blefe


Ja fazia uma semana que Valentina estava em Berk vivendo com o que ela gostava de chamar de "selvagens".

Mas ela havia feito uma... Aliada, Camicazi. Aa duas tinham coisas em comum: não gostavam da esposa do futuro chefe e queriam destruir os Hoffersons. Valentina não sabia os motivos da aliada, mas não se importava, tudo o que importava era que, se os Hoffersons ficassem com uma imagem ruim, Florença desistiria de casar com um viking.

Valentina suspirou, se sentando na cama do pequeno quarto da pensão em que estava. Deus, como ela odiava aquele lugar, era tão pequeno e a cama era tão dura... Não era lugar para uma dama.

...

-Você acha que ela me odeia? - Florença perguntou à futura cunhada. As duas estavam na casa da Senhora Jorgenson, que tirava as medidas da morena. Astrid ergueu uma sobrancelha.

-Ela tem motivos? - Astrid perguntou curiosa.

-Eu não sei... Ela era tão doce antes...

-Antes do que?

-Antes da morte do papai. - Ela respondeu fechando os olhos, Astrid ficou quieta e Florença continuou: - Tina e eu éramos muito próximas quando éramos crianças, nós vivíamos correndo pela casa, deixando os empregados malucos. - Ela riu um pouco, fazendo Astrid sorrir ao imaginar a cena. - Um dia a mamãe ficou doente, eu tinha apenas cinco anos, Tina tinha oito, a mamãe não sobreviveu muito tempo depois disso e quando ela morreu, levou com ela as coisas boas que restavam da nossa vida. O papai ficou quase louco, ele bebia e jogava sempre e a Tina começou a cuidar de mim enquanto eu crescia. Ela fazia de tudo para que tudo estivesse em ordem e perfeito para que quando o papai chegasse de madrugada, caindo de bêbado, não tivesse mais um motivo pra gritar. Eu tinha quatorze anos quando o papai pegou tuberculose, Tina e eu sabíamos que ele não iria conseguir sobreviver, então não estávamos tão preocupadas e, mais uma vez, Tina foi a responsável, desta vez para preparar o funeral do papai. No entanto, antes do papai morrer, ele disse que nós teríamos que pagar a dívida dele, uma de nós seria levada para o bordel, enquanto a outra ficaria com um contrato de casamento com um Lorde romano.

Ela suspirou e continuou:

-O dono do bordel foi nos ver assim que o papai morreu. Nós não sabíamos qual de nós duas seria levada, então ele podia escolher entre nós. Eu me lembro que ele me viu e sorriu, dizendo que me levaria, por eu ser a mais bonita. E, naquela mesma tarde, ele me levou e a Tina teve de se casar com o Lorde, eu não a vi desde então... Até agora. - Ela terminou. Astrid assentiu.

-Então não se preocupe, tenho certeza de que ela não te odeia, você não fez nada de errado, Florença.

Florença sorriu fracamente para a loira.

-Obrigada.

A Senhora Jorgenson terminou de tirar as medidas e as duas sairam, indo para caminhos diferentes. Astrid iria para a casa e Florença iria ver a irmã outra vez antes do jantar daquela noite, onde os Haddock, os Hoffersons e as duas se reuniriam para discutir os últimos detalhes do casamento de Florença e Adam.

...

-Florença, você tem certeza de que quer se casar? - Valentina perguntou outra vez, Florença revirou os olhos.

-Tina, o Adam... - Ela começou, sendo interrompida pela irmã.

-Te ama, eu sei, você já disse incontáveis vezes, mas, minha irmã, o que um homem diz e o que ele faz são coisas muito diferentes.

Florença franziu a testa.

-O que quer dizer? 

-Que Adam Hofferson se apaixonou pela prostituta, não pela dama para que te criei para ser, minha irmã, e se ele já se apaixonou por uma mulher livre uma vez, o que te faz pensar que ele não se apaixonará de novo?

Valentina olhou nos olhos da irmã, vendo a dúvida surgir neles e ela se privou de sorrir, isso era tudo o que ela precisava, apenas um pouco de dúvida e tudo estaria acabador e as duas estariam fora daquele inferno.

Florença balançou a cabeça, se livrando dos pensamentos duvidosos.

-O Adam não se apaixonou por uma prostitua, Tina, ele ainda sequer tocou em mim. - Florença admitiu, fazendo Valentina franzir a testa. Ele não havia tocado em sua irmã?  O que ele ia fazer com ela naquele bordel então? - Nós apenas conversávamos a noite toda.

Valentina resistiu ao impulso de revirar os olhos.

-Está tarde, é melhor irmos para o jantar. - Valentina sugeriu e Florença assentiu, seguindo a irmã para fora sa pensão.

O jantar seria no Grande Salão e a ideia não agradou muito à Valentina já que, de todos os lugares da ilha, o que ela mais detestava era esse Salão barulhento.

Todos já estavam lá quando as duas chegaram, inclusive o chefe, que havia feito questão de participar do banquete. Florença se sentou entre Adam e a irmã e Valentina estava de frente para Astrid, que apenas sorriu falsamente para ela. Valentina devolveu o falso sorriso.

A conversa começou com assuntos aleatórios, que não passavam nem perto dos assuntos do casamento.

-Então, Valentina, o que você faz? - Astrid perguntou mudando o rumo da conversa. Valentina franziu a testa.

-Como?

Astrid sorriu.

-Além de ser a esposa de um Lorde, imagino que você tenha uma ocupação em Roma, afinal, que tipo de mulher não tem uma ocupação hoje em dia? - Ela disse, fazendo todos da mesa rirem. Bom, todos exceto Florença, Soluço e Adam.

Soluço e Adam trocaram olhares que diziam "fodeu, vai dar briga".

-Em Roma nós, mulheres, deixamos que os homem cuidem do trabalho pesado, nós não nos comportamos como animais.

Astrid franziu a testa.

-E o que isso significa?

Valentina sorriu. 

-Que nós, romanas, sabemos o nosso lugar.

-E o lugar de vocês romanas é ficar vegetando em casa enquanto espera o seu marido voltar do bordel?

O sorriso de Valentina sumiu, sendo substituído pelos punhos cerrados.

-Talvez fosse prudente se tomasse mais cuidado com a sua língua, Haddock, meu marido é um Lorde importante dentro da Corte, basta uma carta minha para que uma Guerra Santa se instale e destrua sua vilazinha. - Ela ameaçou. Astrid sorriu.

-É mesmo? Isso é fantástico! - A loira exclamou, ganhando olhares estranhos de todos. - Com licença, volto em um momento. - Ela se levantou e se afastou da mesa. Soluço engoliu a seco.

Que ela não pegue o machado, que ela não pegue o machado, que ela não pegue... Ele repetia em sua cabeça, vendo Astrid se aproximar da mesa onde estavam os outros adolescentes.

-Perna, posso pegar uma folha, pena e tinta? - Ela perguntou ao viking que fazia algumas anotações sobre o Livro.

-Claro. - Ele respondeu sem tirar os olhos de suas anotações. Astrid sorriu para ele, por mais que ele não veria.

-Obrigada. - Ela agradeceu, pegando o necessário.

-O que está acontecendo? - Cabeça-Quente perguntou.

-Observe. - Foi a única coisa que Astrid disse antes de se afastar dele e voltar para a mesa onde estavam.

Ela colocou o papel, a tinta e a pena sobre a mesa.

-Agora você pode escrever a carta para o seu marido. - Ela disse olhando para Valentina.

-O que? - A italiana perguntou descrente. Astrid se aproximou dela, ficando ao seu lado.

-Vamos, escreva. - Astrid a encorajava. - Eu te ajudo com o começo. - A loira pensou um pouco. - Que tal "Querido marido"? - Astrid perguntou, ninguém disse nada por um momento até a loira voltar a falar. - Ande, escreva! - Astrid pegou a pena, a colocando em uma das mãos da morena. Valentina ainda nada fez.

Astrid deixou de sorrir, ficando impaciente.

-Vamos! Escreva a carta! Provoque essa maldita Guerra Santa! - Astrid exclamou, chamando a atenção dos vikings no Salão.

Astrid puxou Valentina pela nuca, a obrigando a se levantar. Astrid olhou nos olhos castanhos da morenad enquanto os vikings do Salão arfavam em supresa.

-Escute senhorita "Esposa de um Lorde" e escute bem porque não vou repetir: Não. Blefe. Comigo. Diferentemente de você, eu cumpro as ameaças que faço. Você está na minha ilha, garota, eu poderia acabar com você e ninguém se importaria, tudo o que eu precisaria seria criar uma historinha para que o estúpido do seu marido acreditasse. Você acha que alguém se importaria se você "acidentalmente" desaparecesse? Se ninguém aqui ainda não fez nada contra você, é porque sabemos o quanto a Florença te adora e nós adoramos a Florença, mas, volte a ameaçar a mim ou a minha ilha outra vez e eu pessoalmente te faço virar comida de Transformasa. Entendeu? - Astrid terminou, soltou a morena e saiu do Salão sem esperar por uma resposta.

Soluço suspirou e olhou para o pai, que abriu a boca para dizer algo, mas o fururo chefe o interrompeu.

-Eu cuido disso. - Ele disse antes de se levantar e sair do Salão, seguindo a esposa para, pelo menos, tentar colocar um pouco de juízo na cabeça dela.


Notas Finais


Então amores, gostaram?
Comentem expectativas.

See Ya 😘


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