P.O.V Ariana:
As ruas de Kansas estão mais fria do que o habitual, porém a adrelina que percorre o meu corpo enquanto eu corro, não me deixa sentir frio. O motivo de eu estar correndo? Bom, eu estou correndo porque estou cansada. O que posso fazer? Eu realmente estou cansada. Meu pai não passa de um alcoólatra que batia na minha mãe constantemente, e depois que ela faleceu, ele começou a bater em mim. Mas depois de tudo o que aconteceu essa noite, eu prometi à mim mesma que seria a última vez que ele encostaria suas mãos em mim.
Mas agora eu não tenho para onde ir, ou pelo menos onde passar a noite. Deus! Eu vou ser uma moradora de rua? O que eu faço agora? Tá, calma, Ariana! Está tudo bem. Eu posso arranjar um lugar para ficar.
Paro de correr e respiro fundo. gora que meu sangue pareceu esfriar, estou começando a sentir frio. Muito frio. Olho para o lado só para me certificar de que não está vindo nenhum carro e quando constato que não, atravesso a rua. Mas um baque faz com que eu caia no chão e a última coisa que vejo são dois homens vindo até mim.
*
Acordo sentindo tudo doer, olho para os lados e não reconheço o quarto no qual estou. Então me lembro de que fui atropelada. Mas era para eu estar em um quarto de hospital e isso não é um quarto de hospital. Deus! Eu fui sequestrada. Me levanto da cama um pouco atoardoada e abro a porta, estou em um tipo de corredor estranho e cheio de portas. Vou pelo corredor direto até sair em um lugar grande, onde tem uma mesa e atrás uma escada formando um caracol. Vou em direção à escada. Ela com certeza deve dar na saída. Se é que tem saída nessa porcaria.
Quando subo o primeiro degrau ouço uma voz grave atrás de mim que me faz ter arrepios.
- Aonde pensa que vai? – ele diz. Olho para trás e vejo um rapaz com uma garrafa de cerveja na mão.
Ele parece ter uns 28 ou 29 anos, tem olhos verdes, cabelos castanhos e deus! É muito lindo.
Se controla Ariana, ele é um sequestrador.
- Escuta, eu não tenho família e não tenho dinheiro. Então se você quer pedir resgate, pode esquecer essa idéia. – ele ergue uma sobrancelha e caminha até mim com sua cerveja na mão.
- Acha que sou um sequestrador? – ri. – Tá vendo esse pano aí no seu braço? – franzo o cenho e olho para o meu braço.
Ele estava enfaixado com um pano branco. Como eu não reparei isso?
- Então, você estava sangrando porque foi atropelada e iria sangrar até ter uma hemorragia e morrer. Deveria me agradecer e não me acusar. – ele para perto à minha frente, e como estou no primeiro degrau, estou quase do tamanho dele, apenas um pouco mais baixa.
- Obrigado! Agora tchau. – me viro para subir o próximo degrau mas levo um susto ao ver um homem alto, com cabelos que vão até abaixo das orelhas parado atrás de mim, o que faz com que eu dê um passo par trás e caia em cima do cara dos olhos verdes.
- Desculpe, eu não queria te assustar. – o rapaz alto diz e me ajuda a levantar.
- Ôh, Sam! Eu acho que quebrei a coluna. – o rapaz alto, que agora descobrir se chamar Sam, ri e ajuda o outro a levantar.
- Quem são vocês? – questiono.
- Eu sou Sam e esse é o meu irmão Dean. – aponta para o rapaz de olhos verdes. – E você? Quem é?
- Ariana.
- Está com fome? Eu trouxe hambúrguer com fritas para você. – ele vai até a grande mesa e coloca uma sacola alí em cima.
- E para mim? O que você trouxe? – Dean questiona.
- Torta de morango.
- Até que enfim. – Dean pega a torta da sacola e se senta na mesa. – Eu esperei tanto tempo por isso. – ele pegou um pedaço com as mãos mesmo e começou a devorar a torta.
- Você não quer comer? – Sam perguntou e se sentou de frente para o irmão.
- Eu preciso ir embora. Aonde estamos? – ah sim! Eu queria comer, mas ainda não os conheço.
- Kansas. – Sam responde. – Pode comer e ir embora se quiser. Mas sugiro que vá daqui a 2 semanas. – franzo o cenho.
- Por que?
- As estações de trem estão bloqueadas. Os moradores estão protestando e aparentemente, só liberarão as estações daqui a 2 semanas. – Dean respondeu e passei as mãos pelos cabelos.
Droga! Eu preciso ir. Mas pra onde? Eu nem tenho onde ficar. Infelizmente meus únicos parentes moram Itália. Eu não tenho dinheiro para ir para a Itália.
- Senta e come com a gente. – Sam puxou uma cadeira ao seu lado.
- Tudo bem.
Me sentei. Afinal, não é de todo ruim ficar aqui, eu não tenho pra onde ir mesmo.
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