História Bad Girl, Good Girl - Imagine SuHo - Seventh Chapter - Go Away

O intervalo havia começado e eu saí com meus amigos.

-May, você trouxe lanche? – eu perguntei.

-Não, por que pergunta?

-Agora que sou sua irmã mais velha, tenho que tomar conta de você! – nós rimos.

 Fomos para nosso canto na escola e os garotos tiveram a grande ideia de fazer uma briga de galo. Hyoyeon subiu nas costas de Sehun toda animada.

-May, suba nas minhas costas! – disse Kris. Eu sei que ele só quer se aproximar dela, mas eu intervi brincando.

-Ela vai morrer, a Hyo vai matá-la! – eu ri.

-Eu tenho que concordar. A S/N poderia ir no meu lugar.

-Não se preocupe, eu te protegerei desse monstro! E a ____ está machucada, não iria aguentar muito tempo. – dessa vez, todos riram e May subiu nas costas dele.

-Eu ouvi, viu? Sehun, sem piedade!

Nós todos rimos e eu peguei o celular para filma-los. May não era tão agressiva quanto Hyo para joga-la das costas, mas Kris era melhor para dar firmeza a garota do que Sehun. E na minha opinião, ele fazia ainda mais força para impressiona-la.

No final, graças ao esforço de Kris, eles ganhavam. Quando ele a desceu, ela literalmente pulou no pescoço dele para comemorar.

-Humpf... vai ter volta! – reclamou Hyo – E você Sehun, faça o favor de ficar mais forte para me aguentar! Você aguenta a ____!

-Ela não é uma baleia... – ele disse e saiu correndo.

Após cinco segundos da lerdeza de Hyo ela começou a correr atrás dele, ameaçando jogar no tênis na cara dele e eu fiquei rindo na companhia de Kris e May.

Sentia que estava sendo observada, e por mais que eu tentasse ver quem era, nunca havia ninguém. É sério, se você faz isso com alguém, é muito chato. Jamais faça isso.

-Mostra o vídeo! – pediu May sorrindo.

-Claro irmãzinha! – disse e ela me abraçou forte.

Peguei o celular e mostrei para eles, que riam da situação deles e dos meus comentários, mas eu apenas ria da risada deles pois estava mais preocupada em ver se realmente alguém nos observava. Aos 1:49 eu vi a pessoa que nos observava, e era estranhamente familiar. Suho.

Ele ainda insiste, por mais que eu esteja sendo má com ele, ele insiste. Por que ele não desiste? Ele me perdeu ontem, não sei se consigo perdoa-lo, por mais que ele não tenha culpa da minha pessoa se apaixonar por ele.

Sei lá, nós meninas somos estranhas.

O intervalo acabou e eu subi como uma semi-vela para o casal que são meus amigos. Semi-vela já que eles não namoram ainda, vou ser promovida para vela quando eles oficializarem.

Ao chegarmos na sala, Hyo e Sehun não haviam aparecido ainda. Eu sentei no meu lugar e os outros dois sentaram em seus respectivos lugares. Suho havia chegado, mas eu nem sequer olhei para a cara dele. Quando já havia perdido as esperanças, Hyoyeon aparece puxando Sehun pela orelha. Soltei um risinho ao ver essa cena.

-Nunca mais me chame de baleia, entendeu?

-S-sim, minha senhora...

-Ta querendo apanhar de novo?! – gritou Hyoyeon.

-Desculpa! – ele gritou e se escondeu atrás de mim – Me salva ____... Ela ta na tpm...

Eu ri com o comentário, sorte dele que a Hyoyeon não escutou, ou ele estaria morto. O professor de história entrou na sala e começou a dar sua matéria. Estava me preparando para meu momento de sono quando o celular de May toca e ela atende sem hesitar.

Rapidamente ela assume uma cara de assustada e lágrimas se formam em seu rosto. Ela deixa seu celular cair na mesa e não mexe nenhum musculo. Eu como sempre, não estava entendendo o que diabos estava acontecendo. Em uma velocidade, ela se levanta correndo e sai da sala.

Todos olhavam para onde ela saiu e para seu lugar com cara de confusos. Eu como boa curiosa, peguei o telefone dela.

“-Alô?

-May? Ainda está aí?

-Não, ela deixou o celular aqui e correu. Sou amiga dela, o que houve?

-Eu sou médico do irmão dela. Ele acordou. – eu no momento fiquei em estado de choque. Após dez anos ele havia acordado. Era incrível.

-Está bem, eu irei aí com ela”

Eu desliguei e me virei para falar com meus amigos.

-O irmão dela acordou.

Ao dizer isso eu me levantei e saí correndo atrás de May. Pelos gritos, percebi que Hyoyeon tentava vir, mas alguém havia a impedido.

Tentei ir correndo o máximo que pude, mas o tanto que havia machucado a perna no acidente não estava ajudando. Com certeza, algum ferimento abriria. Mas o importante no momento era ir atrás de May e ver se ela estava realmente bem. Acho que o choque de seu irmão acordar após dez anos poderia deixar a pessoa meio louca. Ela poderia ser atropelada enquanto corria ou ainda quando visse seu irmão ela desmaiasse. Ou talvez eu que estou pirando.

Demorei para chegar ao hospital, mas quando cheguei já mandei a direta para a recepcionista.

-Eu sou amiga da May, onde está ela?

-Quarto 508. – disse a moça e eu fui para o elevador.

Apertei no quinto andar e quando abriu fui direto para quarto. Lá dentro, encontrei uma May desesperada no choro segurando a mão de seu irmão, este que com a outra acariciava seu rosto.

-May... – eu disse encostando uma mão em seu ombro e com a outra secava suas lágrimas enquanto me aproximava.

-_____... você me seguiu?

-Não podia deixar você vir sozinha, pequena. – ela secou rapidamente as lágrimas com a blusa.

-_____, esse é Yixing, meu irmão mais velho. Mas ele prefere que o chamem de Lay. Lay, essa é S/N, uma de minhas melhores amigas e irmã nas horas vagas.

Eu vejo ele vagamente sorrindo por meio das máquinas que o ajudavam a respirar.

-Não se preocupe, até que você esteja completamente bem, eu cuidarei dela. Te prometo.

O sorriso dele se iluminou mais ainda e uma lágrima caiu. Ele parece não poder falar ainda, e é melhor eu não estar aqui quando isso acontecer. É melhor eles terem um momento juntos.

-Eu irei ir agora, já que você está bem, May. – eu sorri calmamente – Caso precisar de algo, tem meu número.

Ela agradeceu e voltou a segurar a mão do irmão enquanto eu saia. Eu nunca havia visto May sorrir e chorar daquela maneira. Na época que ele não estava em coma ambos deveriam ser muito próximos.

Ia em direção da minha casa, não passaria na escola por três motivos. Primeiro: se eu fosse me mandariam ir para sala estudar. Segundo: todos me perguntariam da May. Terceiro: meus amigos iriam trazer minhas coisas para mim, nós normalmente sempre fazemos isso quando alguém sai.

No caminho dela, vi que alguém me esperava na porta. Pensei que fosse Kris, este que deve ter fugido da escola para saber mais sobre o que aconteceu com a May, mas quando eu cheguei mais perto vi alguém que eu nunca imaginaria.

Suho.                                   

Eu arregalei os olhos e congelei. Por que ele estava aqui? Como ele chegou aqui? Por que ele havia saído da escola? Como ele havia saído e meus amigos não? Me perguntava tantas coisas que não percebi que o mesmo se aproximava de mim.

Quando percebi ele estava a poucos passos. Me virei para distanciar mas senti ele segurando meu pulso e me prendendo a uma parede próxima. Meu coração acelerou e minhas costas doeram com o impacto. Quando ele deixou de ser o Suho mimado?

-Me diga... O que está havendo de errado. – ele disse.

-Não há nada. Só o fato de você estar me prendendo na parede.

-Não aja como se estivesse tudo bem, eu sei que não está. Desde hoje de manhã você não é a mesma comigo. Você tem bipolaridade ou o que?

-Se eu tiver ou não, não é da sua conta.

-É da minha conta sim, pois te considero muito, e do nada você resolve me ignorar. Como você acha que estou me sentindo ao perder minha melhor amiga?

-Eu nunca fui sua amiga. Você que achou que tinha me ganhado. – isso doeu de se falar, pois ele é incrível comigo.

-Você está mentindo. Eu não acredito.

-Você pediu a verdade. Eu nunca havia pedido para ser sua amiga, e não sou conquistada tão fácil. – percebi seus olhos enchendo de lágrimas.

-Então é assim? Você então sempre foi falsa comigo?! Você pode até ser malvada, mas nunca seria falsa! Não te conheço tão bem, mas sei que você não trataria nenhum dos outros quatro dessa maneira, até mesmo May, que te conhece a menos tempo que eu! – ele deixava suas lágrimas cair e percebia o tom de raiva e frustação na sua voz. – Me diga a verdade! – algumas gotas de chuva começaram a cair. Um clichê dessas cenas. Agora sim, me sinto uma garota de histórias.

“Hoje à noite, a chuva cai sobre mim

É tão patético, você não pode ver?

Não, você não pode fazer melhor

Deixe-me ir, meu coração não é mais seu”

-Quer saber a verdade então?! – eu gritei com os olhos cheios de lágrimas. – Eu me sinto uma burra por considerar você como alguma coisa, vendo que você trata todas as meninas da mesma forma! É ridículo! E pensar que eu me machuquei ontem por sua culpa! – disse me soltado dos seus braços e correndo na direção da minha casa, entrando e trancando a porta.

Eu escorrego sobre a porta e ao chegar ao chão abraço meus joelhos. Escutava batidas incessantes na porta, mas eu as ignorava. O quão idiota ele consegue ser? Age como sempre estivesse certo e que tivesse controle da situação.

Não aguento mais isso. Queria voltar na época quando tudo era bom para mim.

-Vá embora daqui! – eu gritei com a voz embriagada pelo choro e as batidas finalmente cessaram.

Obrigada por me obedecer pelo menos uma vez. Por favor se afaste, não quero me machucar e te machucar.

“Não fique perto, só vá embora

Se você não viu, eu não vou ficar

O fim vai ser melhor sem você

Você pode ficar do jeito que está”

-Go Away, 2ne1