História Bad Girl, Good Girl - Imagine SuHo - Ninth Chapter - Special Chapter: Suho Pov

Tomava um banho quente e sentia que meu corpo aos poucos se esquentava. Minha boca parava de tremer igualmente com meu corpo. Um sorriso bobo estava em meus lábios. Por mais que eu tenha ficado na chuva por um bom tempo, eu não me arrependo, pois assim eu pude me reconciliar com a _____.

- Suho. – ouvi ela gritando – Suas roupas estão em uma máquina depois da cozinha. Vá buscar quando terminar.

- Ok! – gritei de volta, mas acho que ela não escutou.

Desliguei o chuveiro me secando com a toalha verde água que ela havia falado e a amarrei na cintura. Por mais que eu escutava o barulho de outro chuveiro, eu não queria que ela me visse pelado enquanto ia para a lavanderia. Ela me chamaria de tarado.

Eu também me chamaria caso fosse ela.

Saio do banheiro tentando fazer o mínimo barulho possível e vou até essa lavanderia, encontrando minhas roupas ainda secando. Eu paro o ciclo e vejo se já tem algo seco para eu usar e somente minha cueca estava seca. Pelo menos alguma coisa.

A visto e escuto a campainha tocar. Não iria atender, não era o dono da casa. Eu fingiria que não estava aqui e que eu era somente um nada aqui, quando escuto a porta abrindo e passos entrando. Eu congelei. Será que era um ladrão?

Que ladrão iria bater na porta da pessoa para depois assalta-la em Junmyeon? Inteligência.

Os passos ficaram mais fortes e pararam.

-Ta na lavanderia? Criatura, eu preciso falar com você! – escutei a tal voz falando e eu sei que me lembro dessa voz em algum lugar.

Tentava me lembrar de onde eu conhecia essa voz e me esqueci que EU que estava na lavanderia. Só notei quando vi uma garota loira na porta da lavanderia me encarando. Notei nesse momento que só estava de cueca e que a garota se tratava de Hyoyeon. Puxei rapidamente a toalha e me cobri enquanto ela soltava um berro enquanto gritava _____.

A garota desceu com um roupão roxo e segurava um desodorante para usar em quem estivesse causando os gritos de Hyo. Os cabelos dela ainda estavam molhados e pingavam por onde ela andava, até que ela também me viu ali e eu subitamente levantei minhas duas mãos para cima, fazendo a toalha que eu enrolava na cintura cair e eu rapidamente a puxar.

Eu estava sentindo minhas maçãs do rosto avermelharem e Hyo e ____ também estavam meio vermelhas.

-É só o Suho... – começou ____.

-O que ele está fazendo aqui?!

-Fizemos as pazes ora...

Hyoyeon me encarou e depois encarou ____ e fez uma cara maliciosa, levando alguns tapas de ____ que entendeu o que ela quis dizer, mas eu não entendi. Deve ser coisa de melhor amigo se falar apenas com um olhar.

Coisa que eu nunca tive.

-Você é idiota...

-Eu sei que sou. – disse Hyoyeon e depois ela me encarou descaradamente, para falar a verdade encarou meu abdômen. Eu percebi o olhar de ____ mas ela era mais sutil que Hyoyeon. – Preciso falar com você agora. Você precisa me contar tudo.

A menina já se preparava para puxar ____ quando a mesma se desviou e se dirigiu a mim.

-Sei que não deve querer dormir aqui, então vista sua roupa e chame um táxi. Chegue com segurança em casa e não se molhe!

Eu ia falar um obrigado quando Hyoyeon a puxa e acho que a leva para o quarto dela. Sorri bobo. Estava muito feliz. Peguei o meu celular que graças a Deus, ____ havia tirado da calça antes de colocar na máquina. Ligo para um taxi e fico esperando na lavanderia a minha roupa terminar de secar. Escutava alguns gritos vindos do quarto e deixei escapar um risinho. Só estava um tanto que curioso sobre o que elas estavam falando.

Escuto o barulho da máquina avisando que tudo já estava seco, então pego minhas roupas e me visto. Elas estavam com um cheiro bom de lavanda, o mesmo cheiro que as roupas de ____ tinham.

Não, eu nunca cheirei as roupas dela, só quando eu ficava perto dela eu podia sentir o cheiro de lavanda e do perfume que ela usava. Era uma mistura tão agradável.

O taxi buzina na porta da casa e eu vou até ele, mas antes peguei minha carteira e meu celular, e entrei. O senhor que estava dirigindo tinha traços chineses e tinha uma barriga fofa e gorda.

Adoro pessoas idosas e gordas, dá vontade de apertar.

Disse o endereço para ele e o mesmo estranhou, mas dirigia da mesma maneira. O local que eu morava era o mais rico da cidade e ele deve ter estranhado eu não estar de carro. Mas poderia ser outras coisas, por mais que eu não conseguia pensar nelas e eu só achava que o homem pensava na minha primeira opção.

O táxi parou e eu paguei 10.000 wons, já que eu estava do outro lado da cidade, e olhei o grande jardim da minha casa e o portão. Soltei um leve suspiro. Teria que enfrentar meu pai, este que perguntaria onde eu estava e eu teria que mentir. Nunca fui do estilo de mentir, eu acabava gaguejando ou depois ficando triste e envergonhado.

Apertei a campainha e logo escutei a vozinha eletrônica pedindo para ficar com os olhos pertos do sensor. Sim, meu pai era um maníaco de segurança, até por que com o tanto de dinheiro e poder que ele tinha, todo o cuidado era pouco.

O laser escanceou meus olhos e o portão foi aberto e não hesitei em entrar. Por mais que não estava chovendo no momento o céu ainda estava escuro, podendo mostrar que uma possível tempestade estava ainda vindo.

Entrei dentro de casa e fui recebido pela Senhora Park, a governanta da casa, que cuida de nós como se fosse uma mãe, mas ela nunca me fazia perguntas daquelas que as mães fazem.

-Olá Junmyeon, hoje você não nos avisou que teria que fazer um trabalho! – ela sorriu. Já disse que ela sempre me encobria?

-Eu acabei me esquecendo... Mas onde está o pai?

-Ele teve que sair desde de tarde, disse que voltaria amanhã ou na madrugada.

-Entendi. Estou indo para o meu quarto estudar.

-O jantar fica pronto em meia hora, desça para comer.

-Ok! – eu disse subindo as escadas correndo e entrando para o meu quarto fechando a porta.

Fiquei encarando a foto minha e com ____ que eu tinha atrás da porta. Eu queria coloca-la em um porta-retratos, mas queria desviar de qualquer tipo de briga com meu pai por causa dela. Meu pai acharia que ela é alguém de nível baixo e que eu não deveria que me envolver com ela. Resumindo: ele diria que ela é pobre e não tem influência, e por isso que evito deixar qualquer coisa clara do meu envolvimento com _____.

A foto era de quando fomos na sorveteria e eu comecei a conhece-la. Nunca imaginaria que eu iria imprimir e colaria na minha porta algo tão simples e que eu podia ficar encarando por horas. Ela era a primeira amiga que eu realmente tinha, ela nunca se importou com o que eu tenho, assim como os outros que eu tive. E estes “outros” haviam sido arranjados por meu pai. Eu ainda converso com eles, mas com várias mudanças de escolas eu não tenho mais o convívio desses falsos. Bom, só converso com Jongdae, meu vizinho e muito gente boa, fora ele não tenho ninguém.

_____ mexia comigo como nenhum “amigo” mexeu, talvez seja por que ela era uma garota ou por que era verdadeira comigo. Jongdae também era verdadeiro comigo e eu nunca havia sentido a mesma coisa com ele. Me sentia confuso. Quando nós brigamos me senti arrasado e eu achei que meu mundo iria acabar.

Me acabo lembrando de quando ela me mandou sair.

Flashback...

 Eu fiquei na porta a encarando e deixando algumas lágrimas correrem. Queria continuar esmurrando a porta mas algo dentro de mim dizia que eu devia ficar quieto e ir embora. Quando ia começar a andar escuto o choro de ____, e isso me quebrou em mil pedaços, pois sabia que eu era o culpado pelas lágrimas.

Não querendo escutar ela chorando pela minha culpa me sentei no meio fio. Se eu não tivesse saído da casa dela quando estava com neblina nada teria acontecido. Me sentia muito mal. Só a queria de volta, eu sentia que ela era uma parte importante de mim e eu precisava dela do meu lado. Ela era meu farol enquanto eu era um navio em uma maré tempestuosa. Ela era meu porto seguro que sempre me acalmava.

Enquanto as lágrimas caiam eu sinto a chuva parando de cair sobre mim e ao olhar para cima vejo a figura de Sehun ali, com um guarda-chuva e duas mochilas nas costas.

-O que faz aqui? – ele me perguntou.

-Queria tentar concertar tudo, mas só acabei piorando tudo... – disse secando as lágrimas com a manga da blusa. Pude ver Sehun dar um pequeno sorriso – Pare de rir de mim, por favor. Eu não quero perde-la, é minha primeira amiga verdadeira. Acho que eu deveria ir embora, ela nunca vai me perdoar, por mais que eu não saiba o por que dela estar brava.

-Bom, se tem uma coisa que eu aprendi sobre ela é que nunca deveria desistir dela. _____ é uma pessoa complicada que não entende a si mesma e isso requer calma. Ela é uma ótima pessoa se você a conquistar da maneira correta. Nunca desista dela.

-Obrigado Sehun... – disse.

-Estou torcendo por você. Se conseguir ficar de boas com ela, amanhã fica com a gente no intervalo. – ele sorriu e saiu andando enquanto mexia no celular, provavelmente indo mandar uma mensagem para ela sobre sua mochila que estava com ele.

Não deixei de sorrir. Agora sim, iria ficar ao lado dela e não desistiria tão facilmente. Devo me lembrar de agradecer Sehun mais tarde e quem sabe comprar algo para ele.

Momentos atuais...

Sorri com essa lembrança de momentos atrás. Se eu tivesse o número dele iria o encher de vários obrigados. Graças a ele eu fiquei no meio fio sentado e com isso pude me reconciliar com ____. Com certeza eu iria o dar um presente, só precisava saber do que gostava.

Sou acordado de meus devaneios com senhora Park me chamando para comer. Eu iria comer sozinho hoje já que estava sem meu pai. Se minha irmã estivesse aqui ela iria deixar tudo mais divertido, mas como ela estava de intercambio a alguns anos ainda iria ficar silencioso. Sentia falta dela.

Mas resumindo: poderia tentar convencer os empregados a jantarem comigo e poderei conversar com eles e não comerei no silêncio.