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História Bad Guy - Talvez eu precise de um cara mau para me amar.


Escrita por: asryeol

Notas do Autor


Olá~
Cheguei com o otpzão
Então, né
Esse plot me bateu de repente e em uma sequência duvidosa; Eu estava ouvindo Heathens, e então, ouvi uma música com uma montagem da Harley Quinn, veio como sugestão um vídeo do shipp (Ela e o Joker, para os desinformados). Nesse último vídeo citado, a música era Criminal, da Britney Spears. Eu ouvi a música com o clipe original, e então, me bateu o plot. O título do capítulo é de uma imagem que eu vi no We Heart it um tempo atrás, também da Harley e do Joker, e de resto, eu simplesmente fui escrevendo.

AVISOS:

-Contém conteúdo explicitamente homossexual. Se não gosta, por favor, não leia (Fujo/danshis estão rindo da minha cara, nesse momento. Eu sei que vocês gostam, safados);
-Contém linguagem de baixo calão;
-É universo alternativo (Chanbaek shippers choram);
-Na fanfic, Chanyeol é envolvido com tráfico, mesmo que não diretamente (Não, eu não apoio o uso de drogas);
-A fanfic está narrada em primeira pessoa e na versão do Baekhyun.

~Boa leitura

Capítulo 1 - Talvez eu precise de um cara mau para me amar.


Eu lembro de como nos conhecemos. Eu ainda vestia aquelas calças cafonas e minha vida ainda era monótona, quando eu conheci a adrenalina em forma humana.

Ele dizia que eu precisava ser amado por um gangster, e eu possuía medo, no início. O medo só durou até Ele me mostrar um novo mundo; uma nova visão. E quando eu percebi, eu não queria mais os engravatados que tanto me atraíam, e muito menos imaginava o restante da minha vida preso à uma mulher simplesmente porque era o que meus pais desejavam para mim.

Não que eu esteja reclamando, longe disso. Ele me mostrou a vida de um jeito que eu jamais havia sequer cogitado. E eu amei conhecê-la ao modo dele, e ao lado dele. Eu não reclamei quando Ele, com sua voz grossa, me mandou ficar de quatro pela primeira vez. E eu não reclamei quando ele me fodeu com todo o desejo e fome que poderia possuir. E eu não reclamaria nunca de ter sido o alvo do seu amor.

                                   ...

— Hyung! Nós temos que ir! — Sehun resmungava para mim pelo que deveria ser a sétima vez.

— Já disse que pode ir sem mim, Sehun. Você sabe que eu não sou muito desses lugares, e muito menos tenho roupa para tal ocasião. — Balbuciei, sem desviar o olhar da tela do celular.

— Você fala muito certinho, Baekhyun hyung. — Fez bico, conseguindo um sorrisinho discreto meu. — Primeiro que você nunca foi em uma festa dessas, então não pode dizer que não gosta. Segundo que, se o problema for roupa, eu te empresto alguma.

— Sehun, eu estou ouvindo esse seu pedido pela centésima vez. Se eu for, você pode, por favor, me deixar em paz? — Clamei, por mais que houvesse um sorriso singelo em meu rosto. Oh Sehun -meu dongsaeng e alguém que eu poderia chamar de melhor amigo- me abraçou forte, quase me empurrando do banco em que estávamos sentados. Queria porque queria que eu aceitasse ir em tal festa consigo, e por mais que fosse algo inédito, creio que poderia ser divertido. Eu esperava, ao menos.

Em função dos estudos e da rigidez de meus pais, eu raramente saía. Não era novidade alguma nem para o meu pai, nem para minha mãe, e muito menos para mim, que Baekbeom -meu irmão- não deixava de ir em suas festas, beber, e apenas aproveitar. A comparação que meus pais faziam entre mim e meu hyung era inevitável, e até inconveniente, em certos pontos. Eu me sentia aprisionado e limitado, de certa forma, e a culpa costumava me atingir até eu perceber que meu irmão simplesmente não se importava. E eu via o desgosto nos olhos de meus pais ao ouvir a risada afoita de quem não se negava a aproveitar as coisas boas da vida. Eu via como eles diziam e repudiavam a possibilidade de eu ser como BaekBeom. Eu me esforçava para agradá-los, mas estaria mentindo para mim mesmo se dissesse que isto é por vontade própria.

No entanto, mesmo com todos os empecilhos que poderiam se seguir dali em diante, eu resolvi pensar como alguém disposto a se divertir. E eu me permiti pensar somente em mim.

O resto do dia seguiu-se calmo, rotineiro, e eu ousaria dizer que excessivamente lento. Não poderia negar que, mesmo estando apreensivo, a ansiedade em relação à tal festa que Sehun iria me levar estava me perturbando.

Ao chegar em casa, foi um esforço e tanto para convencer meus pais de que era apenas uma festinha social -Mesmo que eu soubesse que não era- e que ficaria tudo bem; Que eu vestiria roupas adequadas, que nada demais aconteceria, e que não haveria bebidas. A maior das mentiras era a última, é claro. Aliás, eu não quero ser petulante, mas que adolescente vai à uma "festinha social"? Talvez fosse a demasiada confiança que possuíam em mim, porque se fosse BaekBeom, eu tinha certeza de que sequer permitiriam que ele terminasse o pedido. Era por isso que BaekBeom saía sem permissão, e era por isso que, às costas de nossos pais, ele já procurava um lugar para mudar-se.

— Festinha social, huh... — E então, ali estava a voz do dito cujo, encostado no corrimão da escada, ao que cuidadosamente aguardou nossos pais saírem de casa, apenas esperando a portar bater para que me chamasse a atenção. — Meu irmãozinho mentindo para ir à uma festa... Quem diria. — Ele riu, arrancando um sorriso pequeno de mim.

— Por que acha que estou mentindo?

— Eu te conheço, Baekkie. Te vi crescer, moleque. Além do que, eu lembro muito bem de como eu era antes; Alguém todo perfeitinho na visão de nossos pais, como você. Claro, isso foi até conhecer a hipocrisia que reina nessa casa, e até ter certeza de que eu era algum tipo de vitrine embelezada na visão da família, ao invés de um filho. Então eu comecei a fazer o que eu queria, e toda a magia se perdeu. Eu só espero que você aprenda a mentir melhor, Baekhyun. E espero que você possa manter o seu segredo, diferente de mim. É provável que esse tenha sido o meu erro, porque quando eu percebi que gostava de aprontar, eu não guardei mais isso para mim. Talvez tenha sido travessura, ou apenas complexo de honestidade. Você escolhe. — Sorriu. — Boa festa, de qualquer forma. Espero que você conheça os lados bons da vida, hoje. Todos eles. Você vai com o Sehun-ah, certo? — Assenti, batucando com os dedos pousados no corrimão de superfície amadeirada. — Ótimo. Gosto daquele garoto. Não se cuide, entendeu? Divirta-se, a vida é uma só. Se beber demais ou algo do tipo, inclusive, pode me ligar que eu dou um jeito de ir te buscar escondido dos nossos pais. — E antes que eu pudesse negar veemente a suposição de que eu beberia e faria coisas consideradas erradas, Beom bagunçou meus cabelos e deu-me um sorriso gentil, entrando no próprio quarto e fechando a porta.

                                              ...

A última coisa que minha roupa estava, naquele momento, era decente. Quero dizer, eu me neguei a vestir uma blusa cheia de rasgos a qual Sehun propôs para mim, entretanto, não consegui escapar da calça apertada que, de um jeito ou de outro, ele conseguiu me fazer vestir. Era tudo muito marcado, eu conseguia ver as minhas nádegas bem valorizadas, e meu pênis jogado de lado. Minhas coxas se exprimiam naquilo tudo, e eu não duvidava que, quando tirasse aquilo, estaria ou com as pernas marcadas, ou vermelhas. Ou ambos.

— Hyung, você está muito sexy! — Comentou, fazendo com que eu sorrisse, encabulado. Eu não poderia negar, de qualquer modo. Gostei de me ver assim, e o medo por tal apreciação me surgiu ao pensar em como meus pais se sentiriam ao ver o filho vestindo coro sintético, e tão apertado. A apreensão quanto ao olhar de repúdio estava ali, porém, deixei com que meus tormentos tornassem sua própria presença algo não notável; Ao menos por uma noite. Eu iria me divertir, eu desejava e esperava conseguir isso. — Viu só como valeu o esforço de colocar essa calça apertada?

— Obrigado, Sehun. — Agradeci quanto ao elogio anteriormente oferecido, ignorando sua última fala para que não acabasse por me perder ainda mais quando concordasse com ele. Porque, bem, eu sabia que era o que faria. Eu já havia admitido para mim mesmo, todavia, Sehun não precisava saber daquilo. Ninguém precisava saber que eu já lamentava quando precisasse colocar aquelas calças largas e feias -E que não me valorizavam em nada, tanto que não chegavam nem aos pés da aura sedutora e da beleza óbvia de meu corpo destacada por aquele pedaço de tecido. Ele parecia muito mais bonito valorizado daquela forma, do que escondido- novamente.

Sehun terminou de arrumar-se, também. Mesmo que ele tentasse me convencer a passar maquiagem, igualmente a si, eu não cedi. Afinal, era tudo novo para mim e, por agora, uma calça apertada e uma camisa branca com dois botões estrategicamente abertos era o suficiente.

O coturno em meus pés me deixava um pouquinho mais alto, além de me dar um ar estranhamente rebelde. De qualquer forma, eu havia gostado.

Ao sair do quarto, descemos as escadas e Baekbeom estava arrumado e atirado no sofá, mexendo no celular e provavelmente esperando sua carona. Ele olhou para mim e para Sehun, levantando-se e andando em círculos na minha volta. Olhava-me com um olhar surpreso, porém satisfeito e orgulhoso.

— Uau! Nem dá para acreditar que você realmente é o garotinho que eu vi entrar no quarto ao fim do corredor há uma hora atrás. Você está ótimo, Baekkie. Parece mais com um irmão meu. — E riu, bagunçando meus cabelos ainda mais. — Você fez um bom trabalho, Sehun. Parabéns. — Apertou a mão do outro, bagunçando-lhe os cabelos também. Ouvimos uma buzina do lado de fora da cada e Beom sorriu, deixando um beijo na minha testa e dizendo para termos juízo, ao que partia para mais uma de suas festas. Sehun segurava uma bolsa com as roupas que eu usava no cotidiano, para que vestisse-as quando fosse voltar para casa. O horário já se passava de 22:00, e pela primeira vez, eu me vi despreocupado quanto a bagunçar o meu sono. Segundo Sehun, a noite estava apenas começando. 

                             ...

Ao chegarmos na casa de festa, por incrível que pareça, Sehun não saiu do meu lado. Mesmo sendo uma louco serelepe, ele manteu-se ao meu lado, enganchando seu braço ao meu -parecíamos duas senhoras- e às vezes soltando exclamações animadas. Por algum motivo, permiti que o Oh guiasse-me em minha primeira bebedeira, além de também deixar com que me fizesse dançar por um período considerável de tempo. Agora eu entendia o porquê de BaekBeom e Sehun gostarem tanto deste tipo de festa; É simplesmente muito cativante! É animado, e, por mais abafado e apertado que aqui seja, ainda é muito divertido. Nos faz sentir leve, e livre. Eu já me sentia pesaroso e pedia desculpas adiantada e mentalmente aos meus pais por, internamente, desejar e planejar minha próxima ida a algum lugar como este. Ou este, em si. Não importava, de qualquer forma. Eu só gostaria de aproveitar enquanto meus pais não me proíbissem de sair com o temor de eu tornar-me como BaekBeom.

— Baek Hyung, não olha agora, mas  tem um cara muito gostoso te secando. — Ele riu baixinho, fazendo-me arregalar os olhos. Virei de supetão, ouvindo um "Isso, idiota!" resmungado por Sehun, ao que procurava com os olhos quem meu dongsaeng afirmava me fitar. Eu procurei pelo local até que meu olhar pousou sobre um homem que era aparentemente muito alto -Ele estava sentado, não ter certeza-, coberto por tatuagens, vestido unicamente com preto -Seus cabelos e olhos acompanhavam a cor das vestimentas. Ele sorriu-me e formou os lábios como se assoviasse, quando fingi desviar o olhar -Entretanto, eu ainda o observava pela visão periférica- e voltei a dançar, ao que mordeu os lábios e fez um gesto insinuativo com as mãos, creio que desenhando minhas curvas. Senti-me subitamente envergonhado e, por mais que minha mente me dissesse para parar, que eu não deveria provocar um cara daqueles -Sim, estou me referindo à sua aparência. Ele praticamente exalava perigo-, eu apenas continuei. Na verdade, Sehun sorriu orgulhoso quando me viu fazendo movimentos inexperientes com meus quadris largos, rebolando inconscientemente. Eu ouvi uma movimentação vinda do bar, onde o tal cara estava. — Estou tão orgulhoso de você, Hyung! — Sehun declarou, ao que levantava os braços e soltava gritinhos animados, imitando meus movimentos e sorrindo satisfeito. — Você é realmente safadinho, Hyung. Queria chamar a atenção do bonitão, né?

— Silêncio, Sehun. — Minha voz saíra tímida, e o rosto estava avermelhado, entretanto, o sorriso desejoso mantinha-se em meu rosto. Eu não era muito de provocar, havia ficado uma ou duas vezes com um homem -Por mais que possuísse certeza de que, sim, eu era gay-, porque a culpa em relação aos meus pais era sempre maior e mais influente do que a luxúria que um ou outro parceiro me rendera. Eu sabia que meus pais esperavam que eu estivesse dedilhando curvas femininas de uma mulher a qual eu amasse -Pois eles achavam errado fazer sexo com alguém unicamente por prazer e diversão-, e não apreciando os toques másculos e firmes de outro homem, em meu corpo. Fiz isto não muitas vezes, entretanto, aproveitei as que fiz. Não foi tudo aquilo, mas sabia que, de qualquer forma, seria melhor do que o prazer que uma mulher aleatória poderia me dar. Talvez não tenha sido tão maravilhoso por ser diferente do que eu esperava; Fora tudo muito calmo, prolongado ao ponto de tornar-se cansativo e até mesmo entediante. Talvez fossem os homens com quem eu saía, e talvez por isso, no fundo do meu âmago, eu tenha admitido que gostei do tatuado por ele ser obviamente diferentes dos engravatados com quem estive. Talvez eu tenha gostado daquela aura de perigo, talvez eu quisesse o impressionar, talvez eu quisesse toda aquela adrenalina para mim, porém, com toda a certeza eu queria provar que, ali, eu era outra pessoa, enquanto virava meus quadris em direção ao tatuado e rebolava, do jeitinho que Sehun havia me ensinado quando começamos a dançar. A tentação estava ali, e eu não pude me segurar ao que ela me atingiu. Naquele momento, nem meus pais, nem meu irmão importavam, e eu não era mais o filho de uma família tradicional que vestia calças cafonas e era o receptor de toda a esperança dos pais, para que fosse diferente do irmão. Naquele momento, eu era apenas Byun Baekhyun; Um garoto bonito qualquer dançando em uma boate ao tentar chamar a atenção de um possível pretendente.

Eu senti-me decepcionado quando Sehun fez um biquinho ao dizer que o tatuado havia sumido, e que havia perdido-o de vista -Afinal, eu estava de costas. Sehun aproveitava para olhá-lo e falar-me como ele reagia, ou o que eu deveria fazer. Houve até uma vez em que ele piscou para mim e disse para passar a mão pelo meu corpo e levantar levemente a camisa que eu usava, declarando, após o ato obedecido, que poderia jurar que viu o tatuado passar a mão pelo próprio pênis.

Claro que me foi estranho quando Sehun olhou para cima, na metade de uma frase que pronunciava. Eu sempre fui mais baixo que Sehun, afinal. Ele normalmente falava olhando diretamente em meus olhos, ou seja, para baixo. Entretanto, a surpresa foi maior ainda quando vi Sehun se distanciar com um sorriso malicioso, ao que senti duas grandes mãos prenderem-se em minha cintura delineada, ao que um corpo encostava-se nada sutilmente atrás do meu. Parei de dançar no mesmo momento, respirando pesado ao sentir uma lufada de ar contra o meu pescoço.

— Então a belezinha aqui está desacompanhada, agora que seu amigo saiu, huh? — O estranho atrás de mim pronunciou-se com uma voz rouca, e ao olhar para baixo, em meio as luzes multicoloridas, eu pude vislumbrar cada uma das tatuagens que cobriam a pele de seus braços, antes vistas de longe. Então, eu tive certeza de que era o tatuado. Com um sorriso meio tímido e meio vitorioso, eu suspirei, acariciando sua mão e incentivando-o a intensificar o aperto em minha cintura. E suspirei novamente, desta vez de deleite, ao ter a força aumentada, e a voz rouca sussurrada contra a minha audição. — Você é tão delicioso, pequeno. Eu não sei como consegui me controlar quando vi que estava rebolando essa bunda 'pra mim. — Ele desceu suas mãos até meu quadril, surpreendo-me ao apertar... Bem... Huh... Minhas partes traseiras. — E é novo por aqui, ao que parece. Qual é, por que parou de rebolar? — Prendeu o lóbulo de minha orelha entre os dentes, soltando-o bem de levinho e me fazendo grunhir. —Ainda não te dei nenhuma ordem. Ainda. — Rerforçou a palavra, fazendo com que eu mordesse meus lábios, desejoso. A vontade de entrega mais presente do que jamais esteve. — Faça isso para mim. Rebole, hm? O que foi, o gato comeu sua língua, pequeno?

— B-Baekhyun... — Balbucionei, revelando-o meu nome, por mais que o tatuado não houvesse me perguntado. Mesmo um tanto quanto envergonhado, eu ainda estava muito tentado, e, surpreendentemente, eu comecei a rebolar por mim mesmo. No entanto, ele me virou de frente para si, sorrindo malicioso ao lamber-me o lábio inferior e respirar profundamente, agarrando meus cabelos e minha cintura simultaneamente. — V-você é tão bonito...  — Simplesmente saiu, e eu ousaria chamar de reflexo quando minhas mãos rumaram até seu peitoral largo, apenas para que não batizasse de desejo. Alisei os músculos ali presentes, soltando um suspiro tímido quando o tatuado puxou meus cabelos com mais força, inclinando minha cabeça e resvalando os lábios macios pela pele de meu pescoço. Céus, aquilo era tão bom!

— Chanyeol. Eu acho que sua voz ficaria maravilhosa gemendo o meu nome. Diga-o. — Eu não soube dizer se ele pediu ou ordenou, todavia, Chanyeol era muito irresistível para que eu pudesse negar. E quando eu suspirei seu nome, quase em um gemido de tom baixo, ele beijou-me. Seu beijo era lento, diferente do que se espera quando vê-se uma aparência daquelas, por mais que, como eu disse, ele fosse realmente muito bonito. Eu senti-me como Eva ao provar o fruto proibido quando suas mãos voltaram para minha cintura e ali se firmaram, ao que eu correspondia seu beijo e lhe mordia os lábios. Chanyeol abusou de minha boca por mais tempo do que eu poderia contar, e quando ele sugou minha língua, um gemido foi inevitável. Ele sorriu, e a vontade de me entregar a ele foi ainda maior. Eu nunca havia sentido isso antes. Era sempre uma sensação de conforto quando eu beijava, até porque, o tipo que, até então me encantava, não costumava fazer nada fora do "comum". Eram sempre mãos fracas em meu quadril, bocas insonsas, e aquele sentimento igual. Com Chanyeol, aquilo foi fervoroso e único, a sensação de perigo me parecendo estranhamente convidativa e, de certa forma, receptiva. Como se estivesse me esperando voltar para a minha verdadeira casa. E, naquela noite, eu descobri que a sensação de braços tatuados e fortes, e uma língua com piercing, era muito melhor que qualquer gravata que me impedisse de arranhar alguém. Eu também descobri que Chanyeol poderia me deixar excitado somente com um beijo.

                              ...

Depois de minha primeira visita à casa noturna, as coisas mudaram consideravelmente. Exteriormente, eu ainda era Byun Baekhyun, o garoto de calças fora de moda e focado apenas em seus estudos; Menino de família. Mas, sexta à noite, eu era o homem de calças apertadas e roupas sexys, maquiagens extravagantes e que andava com um amigo festeiro, e que, quando os dias eram convenientes, beijava um homem tatuado que se envolvia com traficantes; Um garoto devasso.

E então, o medo de eu gostar de festas estava correto, por mais que eu não me arrependesse. Eu era livre enquanto balançava o meu corpo animadamente ao ritmo de uma música qualquer, e dois meses haviam sido o suficiente para eu deixar de me culpar por ficar excitado quando Chanyeol me puxava para seu colo. Eu gostava quando ele apertava minhas nádegas e beijava meu pescoço, e eu parei de me negar o lado bom da vida depois de alguns amassos com o carinha problemático que sussurrava besteiras em meu ouvido.

Eu sabia estar mudando, mas era bom demais para que eu pudesse resistir. Por mais que houvesse diminuído meu tempo de estudo consideravelmente, eu sabia o conteúdo e ainda estudava o suficiente -Mas apenas isto-, porque, bem, minha aprovação já estava ganha. Meus pais reparavam, eu sei que sim. As saídas que eram supostamente até a casa de Sehun se tornavam cada vez mais frequentes, e eu não aguentava mais ficar um fim de semana sem aproveitar alguma festa, e muito menos sem sentir as mãos grandes de Chanyeol ao tocar-me o corpo. De fato, os toques de um vândalo eram bem melhores que quaisquer outros. E eu digo isso, porque ainda não havíamos chegado aos finalmentes e, mesmo assim, eu sentia aquele fogo absurdo por ele. Acredite, não foi por falta de oportunidades. Entretanto, Chanyeol sempre me negava ao dizer que gostaria de me deixar com vontade, ou simplesmente eu amarelava e dizia que não gostaria de apressar nada, porque por mais que eu quisesse muito aquilo, eu ainda assim não poderia ignorar um Baekhyun que viveu esta vida por longos vinte e um anos. Eu estava mudado sim, porém, ainda não era outra pessoa.

— Você é tão gostoso, Baekhyun. — Chanyeol disse, espalmando as mãos grandes em minhas nádegas, impulsionando o quadril para cima e investindo contra mim sobre as roupas. Eu rebolava em seu colo, enquanto ele molestava meu tronco, deixando um rastro que já se tornava roxo, por onde seus lábios se seguiam.

— Chanyeol... — Suspirei, sentindo suas mãos tentando remover minha cueca. Segurei suas mãos, impedindo-o. — Ainda não, por favor...
— Você vai me matar querendo me fazer esperar assim. É isso que você quer, não é? Me matar de desejo. — Ele arrastava os lábios por meu pescoço, soltando lufadas de ar por onde passava, e droga, eu nunca havia sentido tanta tensão sexual no ar. — Você me deixa com o pau tão duro, pequeno. Não tem ideia do quanto eu quero te foder. — E deu um tapa forte em um dos lados de minha bunda, me fazendo sentir tão inferior em relação à sua força. E, maldição, por que aquilo era tão bom? — Não rebola assim se não for me deixar te foder. — Grunhiu, impedindo meus quadris de continuarem movendo-se, ao que eu gemia baixinho. Tão bom.

— Você sabe por que eu ainda não te deixei... Fazer isso. — Suspirei, jogando a cabeça para trás ao liberar mais espaço para sua boca passear.

— Sua insegurança é irônica, baby. — Acusou em um sussurro, mordendo o lóbulo de minha orelha. — Eu vejo a curiosidade em seus olhos. Você é muito bom para esses engravatados, você precisa de um gangster para amar você, pequeno. — E ele lambeu a lateral de meu pescoço, no entanto, acompanhando o meu gemido, seu celular tocou no momento seguinte. Ele soltou uma risadinha e eu suspirei chateado, já sabendo que nosso tempo havia acabado antes mesmo de ele declarar isso. Não era a primeira vez que aquilo acontecia; Às vezes, alguns de seus amigos traficantes ligavam para ele para solicitar-lhe que fizesse alguma entrega de última hora. E Chanyeol sempre ia, porque ele ganhava um bom dinheiro com isso, por mais que não fosse diretamente envolvido. Então, quando ele me deu um beijo e sorriu antes de atender seu celular, eu já procurava minhas calças espalhadas por aquele quarto de motel barato -Que mais usávamos para esfregação e alguns amassos, do que o sexo propriamente dito- e as vestindo, abotoando os botões de minha camisa e arrumando meus cabelos. Chanyeol confirmou algo na ligação, encerrando-a e agarrando minha cintura, beijando-me com fome e ânsia. Eu arranhei seus ombros e pus-me na ponta dos pés para que ele devorasse meus lábios com ainda mais acesso e necessidade. E quando nos separamos, ele encostou nossas testas e olhou fixamente em meus olhos. — Pense no que eu disse, querido. —E vestiu sua jaqueta de couro sintético, saindo comigo do quarto alugado. Nós pagamos e nos despedimos, indo cada um para seu rumo. Eu fui de táxi, e quando cheguei em casa, qual não foi minha surpresa ao encontrar minha mãe sentada no sofá com apenas a luz do abajur iluminando a sala, e meu pai debruçado sobre o encosto da poltrona.

Eles não deveriam estar dormindo? Droga. Os chupões de Chanyeol! Eu não havia com o que os esconder -Por mais que eu sempre conseguisse dar um jeito de escondê-los-, e dava para vê-los perfeitamente. Eu apenas torcia para que eles não pudessem ser vistos na penumbra do quarto.

— Baekhyun! — Minha mãe exclamou, com um tom aliviado. — Onde estava, meu filho? — No colo de um cara mau em um motel? — Seu pai e eu ficamos tão preocupados. A senhora Oh nos ligou perguntando se gostaríamos de jantar com eles, entretanto, não lhe mecionou, por mais que você tivesse-nos dito que passaria a noite por lá. Céus, ficamos tão apreensivos ao pensar que poderia ter acontecido algo com você no caminho para lá. Ela também perguntou de Sehun, então nossa preocupação multiplicou-se ao pensarmos que algo havia acontecido com vocês dois... Onde ele está, meu filho? — Mordi os lábios, desviando o olhar. Sehun estava aos beijos com um amigo do Chanyeol, quando eu saí da boate.

— Em casa, mãe. Já deve ter voltado. Nós... Resolvemos dar uma volta, mas acabamos nos perdendo para voltarmos até sua casa. Demoramos um pouco para achar o caminho de volta, não faz muito tempo, inclusive. — Mordi os lábios em nervosismo, meu olhar vacilando.

— Mas você havia ido até a casa de Sehun hoje, certo? — Ela indagou, com o cenho franzido. Assenti.

— Então por que diabos ela perguntou quando você iria em sua casa e ainda acrescentou que fazia tempo que não ia até lá, Baekhyun?! — Desta vez, quem indagou fora meu pai, perdendo sua calma e vindo até minha direção. Me encolhi, mas pude ver quando minha mãe levantou-se afoita e lhe segurou o antebraço, impedindo que se aproximasse de mim. Internamente, agradeci minha mãe.

— E-eu... Talvez ela t-tenha se enganado...? — Sugeri, recebendo um rosnado da parte de meu pai.

— Eu não acredito que mentiu e continua mentindo para nós, Baekhyun! O desinteresse repentino  nos estudos, as saídas para sabe-se lá onde cada vez mais frequentes, as voltas tarde da noite e essas... Essas roupas vulgares. — Ele olhou para minhas roupas com desdém, e eu abaixei a cabeça. — Você é um moleque mentiroso! É ainda pior que seu irmão! BaekBeom, ao menos, ainda assume que é um vagabundo, mas você... — E aquilo foi como a alavanca puxada para me fazer desabar de joelhos ao chão, abraçando meu corpo dolorosamente.

Eu apenas ouvi os passos apressados em minha direção, os pés grandes de meu pai em minha visão e minha mãe sendo empurrada, além dos dizeres "Não me atrapalhe" proferidos por meu pai. Um grito feminino cobriu o local, e, antes mesmo que eu sentisse o impacto que eu sabia que viria contra meu rosto, eu ouvi uma quarta voz fazendo-se presente no local.

— Não toque no meu irmão. — BaekBeom proferiu, sério como eu não me lembrava de ter visto. — Se encostar um dedo nele, eu não hesitarei em defendê-lo, e o senhor sabe que sou mais forte que você.

— Cale a boca, seu imprestável! — E antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, ouvi o som estalado de um tapa, e quando levantei a cabeça, pude vislumbrar o rosto de Beom virado para o lado. Seu olhar estava gélido, e ele deixou que nosso pai batesse em si. Eu sabia que, acima de tudo, meu irmão continuava amando nossos pais. Entretanto, ele sabia que, em primeiro lugar, vinha sua própria felicidade.

— Não seja hipócrita. Diz que Baekhyun é ainda pior que eu, como ousa?! É necessário que um filho decaia em seu conceito para que valorize o outro?! — Estalou a língua.  —  O senhor guarda garrafas e mais garrafas de bebida alcoólica naquela adega. Pode ser considerado um viciado, então por que não podemos beber vez ou outra? Por que se incomoda tanto com que nós simplesmente desejemos viver a nossa vida? — Beom possuía o dom de manter-se calmo na situação que fosse e eu admirava muito isso nele. — Não vamos engravidar nossa namorada por um acidente que geraria um primeiro filho indesejado e irresponsável. — Ele disse, e eu observei as primeiras lágrimas deixarem o rosto de minha mãe. BaekBeom fora fruto de uma gravidez indesejada, enquanto eu, o segundo, fui planejado e muito bem-recebido. Entretanto, Beom teve uma maturidade que ninguém poderia negar ao cuidar de mim e ser afetuoso como meu pai jamais foi, brincar comigo e me dar todo o carinho que faltava na educação gélida de nossos pais. Pelo menos, de meu pai. Mamãe sempre tentou ser boa para nós, por mais que sempre acabasse por abaixar a cabeça e deixar para resolver da forma rígida de meu pai, o que ela acreditava que poderia ser concluído com uma forma pacífica e calma.

Quando meu pai novamente se preparou para bater em meu irmão, Beom estendeu o braço para me proteger, e antes que o impacto acontecesse, ouvimos um grito da única mulher daquela casa.

— Não levante a mão para o meu filho! — Ela ordenou, engasgando-se em meio as lágrimas. — Não encoste um dedo em nem mesmo um deles!

Todos olharam-na surpresos, entretanto, ela mantinha-se irredutível. Nosso pai praguejou, olhando em nossa direção furioso.

— Saíam de minha casa e não voltem mais. Peguem suas coisas quando eu não estiver, não quero ver mais nenhum de vocês. Principalmente você, Baekhyun. — Ele rosnou, meu nome saindo com nojo por entre seus lábios. — Espero que se divirta com aquele seu marginal. O detetive que contratei me confirmou. E não negue, eu tenho até mesmo fotos. — Ele me observava raivoso. — Espero, também, que ele lhe dê uns tapas para que aprenda que deveria ter sido um filho decente. Você poderia ter continuado como um estudante privilegiado, porém, preferiu ser a puta de um vândalo. Tomara que ele te pague o necessário pelos seus serviços, porque o que eu vejo em minha frente é uma prostituta, não o meu filho. A partir de hoje, eu não sou mais o pai de vocês. — E então, subiu as escadas e apenas ouvimos a porta de seu quarto bater com força, os últimos soluços e então os passos delicados, porém rápidos, de minha mãe. E quando BaekBeom me abraçou apertado, levou-me até a saída e seu carro comprado recentemente, eu já chorava.

                                     ...

A partir daquele dia trágico, eu passei a morar com meu irmão no aparmento que ele havia comprado. Nunca mais entramos em contato com nossos pais, todavia, eu continuei me encontrando com Chanyeol cada vez mais. Beom sabia que o tatuado não era um bom homem nem nada do tipo, porém, afirmava que a vida e as minhas escolhas, eram unicamente de minha propriedade. E ele sabia que eu estava feliz, então não possuía nada contra. Frequentemente me acusava de apaixonado, e eu não perdia mais tempo ao negar que, sim, eu havia me apaixonado por um gangster.

A apreensão em decepcionar meus pais não estava mais ali, até porque, eu já havia os decepcionado. Principalmente meu pai, por ter descoberto por outra pessoa -Um detive, segundo ele- que seu filho não se casaria com uma mulher. Não por amor, ao menos.

E eu sentia muito por ele, mas eu jamais iria voltar a ignorar minha felicidade pela satisfação de outra pessoa. Isso era uma das muitas coisas que havia aprendido com BaekBeom que, no momento, estava mais próximo que nunca de mim, por mais que sempre houvéssemos sido próximos.

— Você deveria só vir morar comigo de uma vez. — Chanyeol riu, ao que abraçava meu corpo. Eu estava sentado entre suas pernas, com as costas encostadas em seu peitoral.

— Eu iria te incomodar muito. — Eu sorri, beijando-o em meio ao delinear recíproco de seus lábios. Alcancei sua carteira de cigarros, apanhando um e pegando seu isqueiro, ao nos separarmos. Lembrar de meus pais me estressava.

— Você nunca incomoda, baby. Esse lugar se torna um lar de verdade quando você está aqui, e quando não está, é só um amontoado de concreto.  — Ele sorriu, cheirando meu pescoço. Céus, eu me encantava cada vez mais pelas merdas aleatórias que ele soltava sem sequer ter noção do quão românticas eram. E ele fazia questão de dizer isso a todo o momento. Um ano foi mais que o suficiente para que esse desgraçado me fizesse estar caidinho por ele. — E larga essa merda, Baekhyun. Você não vai fumar.

— Por que não? Você também fuma, e não é só nicotina, que eu sei. — Resmunguei, de cenho franzido. Chanyeol tomou o cigarro de minhas mãos, guardando-o de volta na carteira, acariciando os cabelos de minha nuca e me olhando sério.

— Eu já sou um merda na vida, Baekhyun. Não vou deixar que estrague a si mesmo com isso. Você ainda vai longe, e se depender de mim, não vai chegar perto de cigarro algum.  — Ele deixou beijinhos breves na minha boca. — Eu sou o melhor amante do mundo, não sou?

— Nós somos amantes, agora? — Ri, ele confirmou com a cabeça e, por mais que meu coração batesse bagunçado, eu soltei outra risadinha. — Mas você ainda nem me pediu. E você nem sabe se eu aceitaria.

— Você não tem escolha. — E sorriu, me beijando com vontade. Eu só queria que ele me beijasse assim para sempre.

— Então eu acho que vou ser obrigado a aceitar. — Sorri em meio aos beijos.

— Que bom que entendeu.

— Hey, Chanyeol.

— Fala, pequeno.

— Me fode.

E então ele sorriu.

— Eu não vou te foder. Vou amar o seu corpo inteirinho. — E ele tirou minhas roupas aos pouquinhos. Ele me beijava daquele jeito gostoso que só ele fazia, e alisava meu corpo com um cuidado que ninguém imaginaria que um gangster poderia ter.

Chanyeol beijava cada cantinho que era exposto de meu corpo. Em compensação, eu lhe alisava todo. Estava tudo tão correto ali, que eu não me permiti sentir-me culpado quando me sentei em cima de seu colo e rebolei, o pau dele dançando por entre minhas nádegas. Ele não hesitou em apertar minha bunda, em abusar de minha pele, e muito menos em tirar minha cueca e ver meu corpo nu pela primeira vez.

— Você é realmente maravilhoso, Baekhyun. — Ele massageava o próprio pênis ao me ver esparramado naquele tapete com minha nudez toda exposta. E eu não consegui sentir culpa alguma quando puxei sua calça de uma só vez e sem empecilho algum -Eu sabia que ele não vestia cueca depois de tomar banho- e agarrei a ereção dele, movimentando minha mão prontamente. Chanyeol me olhava de cima e totalmente excitado, fodendo a minha mão e segurando meus cabelos. E eu sabia o que ele queria, e talvez fosse o tempo de convivência ou o tanto que ele me mudou, mas aquela era simplesmente a mesma vontade que a minha. —Porra. — Ele gemeu, quando eu lambi seu pênis de cima abaixo. E quando eu fui engolindo, ele grunhiu. Claro que eu não consegui colocar tudo na boca -Até porque, o pau dele definitivamente não era pequeno-, mas eu movia a língua de forma afoita, movimentando minha cabeça rapidamente e chupando em ritmo retardado, apenas para lhe desnortear.

Minha garganta ardia quando eu permitia que o ritmo fosse mais intenso, mas eu não estava em posição de me importar. E, enquanto eu chupava sua bolas e deslizava a mão esperta até meu pênis, Chanyeol separou-se bruscamente e me puxou para cima, me beijando com fome e me suspendendo pelas coxas. Nossos troncos estavam um contra o outro e ele me levou no colo e aos beijos até seu quarto, me atirando na cama e subindo por cima de mim, sequer me dando tempo de pensar.

— Fica de quatro. — Eu gemi ao ter sua mão grande me estapeando a coxa, virando com as pernas trêmulas e me apoiando em meus joelhos e antebraços. Chanyeol, não satisfeito, puxou meu quadril para trás e alisou minhas costas, beijando meu pescoço ao que me forçou a abaixar o tronco de uma só vez, até sentir o tecido dos lençóis contra minha barriga, permanecendo apenas com o quadril erguido. Ele separou minha bunda e rosnou, e ser pego daquele jeito já fazia meu pênis pulsar desesperadamente. 

— Ahn... Eu não acredito q-que você... Vai fazer isso. — Gemi, sentindo sua saliva escorrer lá, e sua boca passeando por minhas nádegas. — Hm, vai logo, Chanyeol. Me lambe. — Pedi, sem vergonha alguma. Talvez fosse o desejo, ou simplesmente era o efeito Chanyeol.

Minha bunda foi separada novamente, com ainda mais violência e eu vi estrelas ao sentir sua língua passeando pela minha área mais íntima. O gemido foi inevitável, e eu agarrava os lençóis com tanta força que achei que fosse arrebentar eles. Chanyeol brincava divertidamente, chupando e molhando, lambendo e esfregando a língua contra cada cantinho de lá. Às vezes ele conseguia vencer a resistência do lugar e enfiar a língua dentro de mim, me beijando por outro local, por mais que também beijasse minha boca com tanta fome quanto devorava aquela área. E eu fiz um lembrete a mim mesmo de que eu também amaria que ele me beijasse daquele modo para sempre.

Quando ele enfiou os seus dedos dentro de mim e me lambeu junto à penetração, talvez tenha sido a paixonite, ou até mesmo o prazer absoluto, mas até então, eu não havia sentido dor alguma. Somente deleite.

Nem mesmo quando ele me fodia com quatro dedos e a própria língua, eu não senti nada além de prazer, e satisfação. E no momento em que ele se afastou, mesmo que eu tenha resmungado, eu soube que apenas estávamos chegando na melhor parte. Fiz questão de separar ainda mais as pernas.

— Você não faz ideia do quanto eu quero o teu pau dentro de mim. — Gemi, e ele apenas riu, ao que esfregava o pênis entre minhas nádegas. 

— Você realmente mudou desde que eu te conheci. — Sussurrou um "Eu gosto disso" e fez pressão, enquanto eu resmungava por ele não ir de uma vez. — Pede de novo. Repete o que tu disse lá na sala.

— Me fode logo... — Mordi o lábio, me contraindo todo ao ganhar um tapa ardido em minha bunda. — Bate mais. — Eu poderia parecer uma vadia falando daquela forma, mas era uma vadia satisfeita, ainda.

E eu só pude gritar quando ele meteu de uma só vez, alcançando aquele pontinho de deleite que nem mesmo um dos meus parceiros anteriores havia conseguido atingir. O prazer me fez revirar os olhos ao ponto de a ardência ser quase prazerosa. Eu disse quase. Todavia, quando Chanyeol apertou a minha bunda e começou a me foder, eu não pensei em mais nada. Talvez fosse por ser ele ali -provavelmente era-, mas o fato era que eu não consegui sentir nada mais que tesão enquanto ele me devorava de dentro para fora.

— Mais... — Implorei, ouvindo-o grunhir e sentindo o ritmo ser aumentado, o controle de meus gemidos tomado de mim há muito tempo.

Chanyeol se debruçou sobre mim como se fôssemos dois cachorros praticando coito, me fodia com tanto gosto que eu sentia minha próstata ser tocada a cada estocada. Era simplesmente enlouquecedor a forma como ele parecia conhecer meu corpo tão bem. Eu diria que nascemos para protagonizar esse espetáculo juntos, porque era surreal a forma como nos completávamos.

Em certo momento, eu gritei de prazer e senti as mãos másculas e pesadas deslizando por meus ombros e braços, alcançando minhas mãos e entrelaçando-as as suas, e se aquilo era ser amado por um gangster, eu jamais iria querer qualquer outro engravatado. E, já que aquilo era ser amado por Park Chanyeol, eu jamais iria querer qualquer outro homem.

Suas mãos apertavam tanto as minhas quanto eu apertava as suas. O suor dominava nossa pele de forma espetacular, e eu gemi desesperado ao notar que iria gozar. Talvez Chanyeol tenha percebido, ou talvez ele apenas quisesse aumentar o ritmo com que me fodia.

— Eu não sou bom com sentimentos, — Arfou. — mas caso você não queira me dar uma chance, eu preciso te contar isso antes que você goze, porque depois que você o fizer, vai ficar desnorteado e tem mais chances de esquecer o que eu disse. — Ele lambeu minha nuca, e eu tinha certeza de que, por mais que ele me fodesse de um jeito incrivelmente gostoso, meus batimentos cardíacos não estavam acelerados apenas pelos movimentos. — Eu te amo, baby. Você não precisa aceitar e muito menos corresponder, mesmo que eu já tenha deixado bem claro o meu desejo. Você pode escolher, sim, e se me negar, tudo bem, afinal, você não pediu que o cara mau se apaixonasse por ti. Mas, por mais errado que eu seja, eu viraria um homem bom por você.

E então, como se fosse planejado, eu gozei. Meu sêmen espirrou contra o lençol e a minha virilha e, momentos depois, eu senti Chanyeol ejaculando dentro de mim. Ao contrário do que ele pensava, o orgasmo não havia sido mais forte do que o que eu havia sentido enquanto o ouvia falar. Por isso que, enquanto ele me puxava para perto de seu corpo e abraçava minha cintura, eu sorri como um idiota.

— Hey, grandão. — Chamei, baixinho. Minha voz estava rouca depois do tanto que eu gemi. — Você estava certo. Talvez eu realmente precise de um gangster para me amar. E, com toda a certeza, eu preciso de você para me amar.

Ele sorriu.

E só nós dois saberíamos o quanto ele me amou.


Notas Finais


E é isso. Espero que tenham gostado, obrigado pelas leituras e possíveis reviews. Creio que em breve estarei postando uma ou mais fanfics novas, então logo estou de volta. Os plots me atingem cada vez mais, e eu prometo bons projetos futuros e talvez até mesmo uma long fic. Obrigado por tudo, estarei respondendo os comentários conforme eles forem postados.

Palpites sobre quem é o amiguinho do Chanyeol que deu uns pegas no Sehun? Se acertarem e quiserem, eu faço um extra com o Sehun e seu peguete.

~See ya


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