CAMILA POV
A morte é tranquila. Não é difícil. Pelo contrário. É bem fácil. Acredite, a vida é bem mais difícil. Conseguia ouvir alguém chamar-me ao fundo. Mas, não conseguia identificar a voz e nem abri meus olhos, pois, estavam pesados. A voz estava ficando mais perto e eu finalmente consegui abri-los mas, minha vista estava embaçada. Os fechei para melhorar a visão e abrir novamente.
- Hija. - ouvi uma voz suave e percebi que era da minha mãe.
- Mãe? - perguntei apenas para confirmar.
- Oi, querida. - disse com a voz delicada pondo a mão em meu ombro.
- Onde ela está? Cadê ela? - perguntei sonolenta, mas mesmo assim um tanto afobada. Vi minha mãe ficar confusa então esclareci: - Cadê a Lauren?
- Está dormindo. - disse e eu estranhei. Ela olhou para Lauren e se virou para mim. - Ela nunca sai. E seu pai está na cantina. - disse-me.
- O que aconteceu? - perguntei confusa e meio atordoada.
- Quando você caiu, você quebrou a perna. E perdeu muito sangue. Você não se lembra de nada disso, não é? - perguntou e eu neguei.
- Lauren veio com seu pai. Eles tentaram te convencer a voltar para os Angeles então você foi até o hotel deles tropeçou e caiu dois lances de escadas e atravessou uma janela. - disse mama. Olhei para Lauren e a vi "dormindo" então, entendi.
- É, isso é a minha cara.
- Meu bem, eu sinto muito. - disse alisando os meus cabelos. - É o Will. Ele está preocupado com você. - disse. Will é o meu padrasto.
- Mandando mensagem? - perguntei.
- Pois é. - respondeu-me concentrada no celular. - Mandei ele ficar na Flórida. Meu amor, você vai adorar Jacksonville. Você vai ter um banheiro só seu e... - cortei-a.
- Mãe. Eu ainda quero morar em Los Angeles.
- O que? - perguntou confusa.
- Quero morar em Los Angeles. - confirmei.
- Tudo bem. Mas depois a gente conversa. - disse acariciando meu cabelo.
- Pode chamar o papai? Preciso falar com ele. Pedir desculpas. - disse um pouco envergonhada.
- Tudo bem, meu amor. Vou aproveitar para chamar uma enfermeira também. - disse antes de me dar um beijo na testa e sair.
Assim que ela saiu, Lauren se levantou e veio até mim. Sentando-se na ponta da cama.
- E aí o que aconteceu? Cadê o Ian? - perguntei para ela.
- Cuidamos dele. - respondeu. - E a mulher Keana, ela fugiu.
- Estou viva por sua causa. - soltou uma risadinha baixa e irônica antes de dizer:
- Não, você está aqui por minha causa. A pior parte foi que... Eu... Achei que não fosse conseguir parar.
- Amor, precisa ir para Jacksonville. Para eu não te machucar mais. - eu até poderia me derreter por ela ter me chamado de amor, mas, o resto da frase foi mais impactante. Ela está mesmo me mandando embora?
- O que? - perguntei apenas para confirmar se tinha ouvido direito. - Você... Não. Não. O que você está dizendo? Quer eu vá embora? Não. Não posso deixar você. - disse alterada. - Não podemos nos separar. Você não pode me deixar.
- Eu estou aqui. - respondeu acariciando minha perna.
- Tudo bem. Você não pode dizer essas coisas pra mim. Nunca.
- Para onde mais eu poderia ir? - perguntou subindo em cima de mim e depositando um pequeno beijo em minha testa.
[...]
1 SEMANA DEPOIS
LAUREN POV
O silêncio ali já estava incomodo. Até que ele é quebrado por passos pesados. Nos levantamos e seguimos para sala onde vemos Camila descendo simplesmente e completamente encantadora.
- Normani me ajudou a me arrumar e apesar da bota... - disse meia sem graça por estar com uma bota imobilizadora. Antes dela completar a cortei:
- Perfeita é pouco para te descrever. - disse vendo ela dar um sorriso e corar. - Irei tomar conta dela. Eu prometo. - disse a Alejandro.
- Eu já ouvi isso antes. - disse e sabia pelo seus pensamentos que ele estava lembrando-se do dia do baseball. - E querida eu coloquei outro spray de pimenta na sua bolsa.
- Pai! - repreendeu Camila.
- E hija... Está maravilhosa. - elogiou Alejandro.
- Obrigada. - disse antes de abraçá-lo. - Até mais. - despediu-se.
Saímos de sua casa e abri a porta do carro para ela entrar. Seguimos para o baile e assim que paramos em frente ao local saí para abrir a porta para ela. Vi que Shawn estava a esperando em um canto e assim que íamos entrar ele se aproxima. Quando ele está perto o suficiente digo:
- Eu volto daqui a pouco. - deposito um selinho antes de me afastar e observar tudo de longe.
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