- O que você faz aqui? - perguntei assim cheguei na portaria.
- Eu vim ver o meu filho, não posso? - perguntou arrogante e eu bufei irritada. - Eu sou o pai dele caso você não lembre.
- A única coisa que ainda me liga a você, e infelizmente não tem como desfazer esse azar de ter você como pai dele. - olhei para o porteiro suspirando. - Pode deixa-lo entrar, mas nunca sem a minha permissão. - assentiu e abriu o portão. Entrei no elevador e logo o traste fez o mesmo.
- Eu vou te dá o divórcio. - falou sem me olhar e eu a olhei sem acreditar. - É isso mesmo que você ouviu. - suspirou me olhando. - Eu não vou mais atrapalhar a sua vida com a sua queridinha. - falou me encarando seriamente. - Mas com o meu filho você não vai ficar.
- Como você sabe da Camila? - perguntei indignada e ele riu irônico. - Foi você que fez aquilo com ela não foi?
- Do que você está falando? - perguntou cínico. - Eu não faço idéia do que você está falando, mas eu quero que você saiba que com o meu filho você não vai ficar, a sua escolha foi ela e não o nosso filho.
- Você só pode está louco! - esbravejei irritada. - Eu não escolhi ninguém! O amor que eu sinto pelo dois são de formas diferentes, ainda que da mesma intensidade pra mim. Você não tem o direito de usar o que eu tinha com a Camila como desculpa pra tirar meu filho de mim. - O elevador abriu e eu antrei no apartamento sem olhar pra cara desse ridículo.
- Vocês não estão mais juntas? - suspirei e me virei o encontrando com um sorriso idiota no rosto. - Isso é muito bom, nós....
- NÃO EXISTE NÓS! - gritei e respirei fundo por conta do Dan. - Não existe e nunca mais vai existir nós Brad. Eu amo a Camila. Você é passado.
- Essa garota não podia ter feito isso, ela acabou com o nosso casamento e ainda se faz de coitadinha. - falou e eu ri irônica.
- Não foi ela que acabou com o nosso casamento Brad. Você que estragou tudo com os seus ataques de ciúmes doentio, quando nós casamos você prometeu que iria confiar em mim e olha o que aconteceu? Você se tornou um cara obcecado e ainda por cima foi capaz de atropelar uma pessoa. Você tem noção do que você se tornou? - perguntei e ele suspirou e sentou no sofá com as mãos na cabeça.
- Tudo que eu fiz foi por amor! Eu não consigo viver sem você Laur! - falou chorando e eu suspirei negando.
- Você consegue sim. Você só precisa colocar isso na sua cabeça Brad! - sentei ao seu lado. - Você tem noção do que se tornou por conta do seu ciúme doentio? Você era um cara incrível quando nós nos conhecemos.....e olha até aonde você chegou...
- Eu sei que eu errei, mas eu não suporto ver ninguém perto de você.....eu te amo Laur. - falou me olhando. - Você é o amor da minha vida e eu tenho certeza que a gente ainda pode ser feliz, eu prometo que dessa vez vai ser diferente.....me da uma última chance, eu prometo que eu não vou mais falhar com você. - respirei fundo e levantei do sofá.
- Eu não posso mais fazer isso com você Brad. Eu não sinto mais o mesmo que eu sentia a anos atrás. Eu amo a camz.
- E se a Camila não existisse você acha que a gente ainda teria alguma chance? - perguntou levantando e se encaminhou até mim. - Seja sincera Laur, eu preciso saber se nós ainda teríamos chances.
- Quando a Camila apareceu na minha vida o nosso casamento já não era o mesmo, você sabe disso. - Ele assentiu e eu continuei. - Nós vivíamos brigando por causa dos seus ciúmes que me sufocavam e isso estragou tudo.
- Mas se ela não tivesse aparecido você ainda estaria comigo? - perguntou esperançoso.
- Talvez, mas não por amor, todas as chances que você me pediu, eu dei pelo o amor que eu tenho pelo filho que nós temos juntos.- assentiu fracamente. - Será que você não consegue entender isso? Você não é assim Brad. Por mais que você tenha um temperamento difícil quando se trata de ciúmes......o Brad que eu conheci a anos atrás não teria feito o que você fez com a Camila. - suspirou derrotado.
- Você me perdoa? Eu sei que isso não é fácil, mas eu estou reconhecendo que eu estou errado. - segurou minhas mãos e sorriu. - Eu te amo e eu não quero perder você. Pelo menos como amigos, você me aceita? -perguntou sorrindo. Eu não sei se é sincero da parte dele, mas.....eu deveria tentar ao menos um acordo amigável. Suspirei perdida. - Pelo Dan? - sugeriu me encarando em expectativa.
- Essa é a sua última chance de me provar que você pode ser o cara legal de quando nos conhecemos. - sorriu e me abraçou.
- Eu prometo que você não vai se arrepender Laur, eu vou reconquistar a sua confiança. - falou empolgado, mas eu não estou cem por cento certa disso.
POV CAMILA
- Você me trouxe pra irmã do seu ficante não segurar vela? - perguntei indignada assim que descemos do carro.
- Silêncio. - falou me parando. - Desculpa tá? Mas a mãe dele só iria liberar a casa pra esse fim de semana caso a irmã dele pudesse vir junto. - falou e eu bufei. - Mas não se preocupa que ela não é de falar muito, o Tay falou que ela é meio......tímida. - falou e eu suspirei aliviada.
- Pelo menos isso. - falei e ela sorriu me puxando até a cabana. Até que a casa não era tão ruim assim, muito pelo contrário, ela era bem espaçosa e com uma lareira no canto da sala. A cabana era toda em madeira e havia uns quatro quartos, com toda certeza eu teria que dividir um, assim como os outros amigos da Sofi que no caso eram mais dois casais, ou seja.....
- Você vai ficar no segundo quarto a esquerda com a minha irmã, cunhadinha. - falou sorrindo e eu rolei os olhos.
- Vou indo então. - falei suspirando e ele me entregou minha mochila. Fui em direção ao quarto e respirei fundo abrindo o mesmo. Adentrei o cômodo e pude ver uma mochila jogada em cima da cama. Respirei fundo e fui até a outra cama. Sentei na cama e observei o quarto todo em madeira e bem decorado com um monte de desenhos muito bonitos por sinal. Levantei e fui até um deles onde havia uma garota sentada sozinha enquanto observava as outras pessoas se divertirem.
- Essa sou eu! - escutei uma voz suave e me virei dando de cara com uma garota muito.....diferente, ela tinha os cabelos da altura dos ombros e usava óculos, parecia ter a mesma idade que a minha. Desviou os olhos do meu e olhou pra janela. - Você deve ser a irmã da Sofi. - assenti sorrindo.
- Camila. E você? - perguntei estendendo minha mão e ela apertou timidamente.
- Hailee, prazer.
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