História Bad Woman - Reencontros

2 meses depois

Lauren Jauregui POV

Já se faziam dois meses desde o arquivamento provisório do caso de Camila. Após a latina ter me prometido um afastamento não obtive mais noticias da mesma. Acabei dividindo com Vero o ocorrido e ela jurava que eu estava cada dia mais chata sem Karla.

Vero e eu estávamos almoçando em um dos restaurantes perto da praia. Me mantinha perdida em meus pensamento enquanto esperávamos a comida.

—Lauren?Lauren? - Senti minha amiga me chacoalhar me retirando de meus pensamentos.

—Oi? To ouvindo - Menti

—Vai dormir Jauregui, tem tempo que eu tô aqui falando e você não escutou uma palavra se quer. - Vero estava realmente brava com minha falta de atenção, mas eu realmente não estava me importando.

—Desculpa! - Limitei a dizer.

—Desculpa nada, no que você tava pensando? - Me questionou.

—Em nada!- revirei os olhos em tédio

—Na mulher do Richard pela sua cara de falta de sexo!

—Tem dois meses que tô saindo com a Alexa, falta de sexo não é querida. - Retruquei em desdém. Odiava quando Vero se referia a minha vida pessoal de forma como se conhecesse.

—Falta de sexo sim,pelo menos do tipo selvagem que você gostava!Mas é serio, eu to mentido?

—Não, eu realmente estava pensando nela, no caso, em tudo!

—Olha a onde essa sua safadeza te levou – Ela solta um risinho em deboche.

—Vero! - A repreendi

—Desculpa mas é verdade!

—Nossaa, já sei … - Vero basicamente gritou no restaurante fazendo as pessoas das outras mesas nos encarar.

—Já sei o que?

—Como você pode sair da seca do sexo da Karla e resolver o caso.

—Toda a ouvidos! - Disse com um certo desdem

—Bom eu tava olhando as leis da região de Miami e eu vi um caso onde uma perita foi chamada dias depois de resolver o caso para efetuar papel de promotor de acusação do mesmo.

—E o que isso me resolve?

—Simples, você entra com um pedido para atuar como investigadora junto ao grupo de Normani, ela obviamente vai te ajudar, logo depois você pede pra que ela te designe um objetivo de investigação, como por exemplo retirar informações da mulher do Richard como agente secreto. Caso alguém pegue vocês duas de conversinha sua carreira não vai pro lixo, e melhor você pode tentar descobrir coisas através dela.

—Ela nunca vai abrir a boca pra falar algo sabendo quem eu sou. Totalmente inviável.

—Ela não precisa abrir a boca você pode invadir os computadores da mansão, usar escutas e ficar de olho enquanto sua namoradinha se recupera da foda.

—Mais respeito,vagabunda!E ela não é minha namorada. - Retrquei, eu realmente fiquei brava com a forma que Vero se referiu.

—Foda-se! Mas sério o que você achou da idéia?

—Ótima,mas eu não sei se consigo fazer tudo isso acontecer.

—Nisso pode deixar que eu te ajudo!-Vero e eu terminamos o almoço e tratamos de colocar a idéia em ação

Camila Maltel POV

Era quase uma hora da tarde, eu continuava na galeria, para ser honesta desde o dia que prometi a Lauren que não a procuraria mais eu vivo enfurnada dentro da galeria. Era tedioso os dias, eu só conseguia me distrair e me livrar de meus pensamentos quando mexia com as fotos.

Dinah e eu passávamos grande tempo juntas, tentei me reconectar com Richard neste meio tempo mas ele se mantinha ocupado com todas as coisas burocráticas do caso. A porta de meu escritório se abriu sem nenhum aviso prévio

—Mila, não acredito que você tá aqui ate agora! - Pelo tom de Dinah achei que ela me mataria

—É...to sem fome, acabei me distraindo! - Expliquei de forma acanhada.

—Você vive enfurnada aqui desde que parou de ver aquela promotora,você acha que eu não me preocupo se você está se alimentando? - A expressão da maior permanecia em total desacordo com minhas atitudes.

—Eu sei! Mas sei lá é como se sem a Lauren eu me transformasse só em Camila, a mulher de família que tem a vida perfeita e pacata. A vida com a Lauren tinha luxúria, desejo e tesão e perigo.

—Só toma cuidado pra esse fogo todo não virar amor

—Tem esse perigo não! - Retruquei

—Ok!Agora levanta essa bunda grande dai que a gente vai passear

— Pra onde Dinah?

—Surpresa...agora anda logo – Ajeitei algumas coisas na mesa e prontamente peguei minha bolsa. Fomos no carro de Dinah, o transito não ajudava, o carro dava voltas e mais voltas e nada de chegar Minha amiga finalmente parou o carro, estávamos de frete a uma enorme prédio. Me mantinha confusa sobre onde ela estava me levando.

Rapidamente Dinah saiu do carro e se dirigiu até a recepção do hotel,eu a segui sem entender nada.

—Por favor, quarto 206, viemos fazer uma visita – A recepcionista pegou o telefone e discou para o apartamento, disse alguma coisa e desligou o mesmo.

—Ah sim, a senhorita Cabello esta esperando vocês

—Minha mãe tá aqui? - Disse sorrindo de alegria

—Sim e Sofia também! - Dinah riu ao me ver animada, me coloquei em imediato em direção ao elevador, queria vê-los e matar a saudade.

O elevador se abriu e me pus a entrar na cabine, apertando o numero do andar de forma apressada

—Calma, elas não vão sair de lá Mila! - Dei um sorriso.

Assim que o elevador se abriu, sai e me pus a procurar o numero. Assim que achei o numero toquei a campainha. Ao abrir a porta me deparei com minha irmanzinha, eu abraçava e a beijava em total desajeito

—Assim você me machuca Kaki – Sofia reclamava meio ao meu abraço apertado. Soltei a pequena que recuperava o ar após o abraço. Ao longe vi minha mãe se aproximar.

Sinu era uma mulher muito elegante, mantinha uma pose externa de mulher imbatível, mas sempre foi uma mãe carinhosa.

—Karla Camila Cabello – Minha mãe me chamou por todo o nome e estremeci por completo.

—Eu não ganho um abraço também não? – Ela me lançou um sorriso e eu corri para abraçá-la

—Senti tanta a sua falta – Ela disse enquanto eu a abracava intensamente. Soltei o abraço e encarei sua face.

—Tanta coisa aconteceu mãe – Me limitei a dizer.

—Eu sei, vi algumas coisas na televisão.,mas acabei me recusando a ver. - Sinu fez menção para que eu e Dinah se sentasse. Sofia mantinha-se agarrada ao meu corpo.

—Mãe eu não fiz isso!

—Eu sei, você não precisa desviar dinheiro, a empresa é sua, você tem a galeria e se tivesse realmente precisando podia ainda pedir seu pai.

—Sim, apesar de não gostar de pedir dinheiro para meu pai, não chegaria a esse ponto de roubar. - Respondi recebendo um olhar de Dinah.

—Também não criei uma filha nas melhores escolas particulares para roubar tão estupidamente assim. Você não seria nem tão obvia. - Ela riu e eu a acompanhei

—Mas pra justiça o obvio pode ser uma arma pra que outros não acreditem. - Dinah retrucou e eu a lancei um olhar de repreensão.

—Pode ser, mas ainda acho um meio muito arriscado pra se roubar.

—Não se preocupe mãe, eu acredito na justiça, e as pessoas envolvidas no caso são muito competentes, promotoria, juri e meu advogado – Dinah riu com minha fala. E eu retribui com um sorriso a maior

—Bom, se esta tudo sobre controle – Ela deu de ombros se levantando.

—Mãe deixa eu levar a Sofia pra passear comigo? - Pedi manhosa.

—Camila hoje sua irmã vai ficar aqui fazendo os deveres, amanha você vem de manhã e pega ela. Não vou facilitar pra sua irmã. - Sinu deu um olhar avaliativo pra Sofia que bufou ao meu lado, me fazendo sorrir.

Sofia era uma mini eu, mesmas expressões e mesma manha. Porém diferente de mim Sofia tinha muitos amigos na escola e era bem mais esperta que eu, quando pequena. Permaneci em uma conversa distraída com minha mãe, Dinah e minha irmã. Sinu era apaixonada por Richard quando nos conhecemos, ela me persuadiu de todas as formas possíveis para fazer o casamento acontecer.

Horas se passaram havíamos pedido um lanche. Logo me dei conta de que teria que voltar para a galeria com Dinah, me despedi da pequena e abracei minha mãe. Elas ficaria uma semana em Miami. Dinah e eu caminhamos até o elevador prontas para sair e se dirigir ao meu escritório.

—Como você consegue ser tão cínica com sua mãe? - Dinah me perguntou com um sorriso no rosto

—Aprendi com a mesma, mas eu tive que ser cínica quanto a minha sexualidade quando mais nova, acho que peguei o habito de ser. - Rimos altos.

Dinah e eu descemos até o térreo e prontamente pegamos o carro de volta a galeria. O transito de Miami estava horrível demoramos quase uma hora para chegarmos.

Dinah disse que iria resolver algo no centro de Miami e logo voltaria, assenti e subi as escadas até meu escritório. Me espantei ao ver que alguém me esperava sentada na poltrona de meu escritório.

—Olá Karla – Aquela voz rouca preencheu todo o ambiente e todo meu corpo reagiu.

Lauren estava lá, sentada na minha poltrona de forma imbatível me encarando intensam emente. Estamos de volta ao jogo baby!