História Badboy - Criminal Minds

Criminal Minds

"For all of the light that I've shout out

For all of the innocent things that I've doubt

For all of the bruises that I've caused and for tears

For all of the things that I've done."

(I'll Be Good - Jaymes Young)

Os primeiros raios de sol começavam a entrar pelas frestas das cortinas daquele quarto abafado. Barry Allen começa a abrir os olhos claros lentamente e com dificuldade depois da noite mal dormida e a claridade que tomou conta de seu quarto. Ele levanta sua cintura da cama ficando sentado. Olha para os lados, lá encontra uma mulher que ele não faz a menor ideia de qual seja o nome dela, e do outro lado, uma outra mulher que ele também não sabe o nome, mas lembra vagamente que é um nome que começa com a letra "M", talvez "N". Mas ele não iria perder seu precioso tempo tentando lembrar o nome das garotas com quem ele dormiu na noite passada, então ele se levantou por completo da cama caminhando até o banheiro de sua suíte. Tomou um curto banho, escovou os dentes e vestiu um de seus ternos. Colocou uma gravata vermelha escarlate - por alguma razão ele gostava desta cor mais do que as outras - e abriu a porta de seu quarto, saindo do mesmo.

Desceu as escadas de sua grande Mansão lentamente enquanto arrumava as mangas de seu terno caro e apertava a gravata vermelha. Chegou até a mesa de café da manhã, se deparou com Oliver Queen, seu irmão de consideração. Os dois se conheceram muito novos e desde sempre se consideram como irmãos. Oliver deu a Barry um olhar confiante e Barry devolveu. Se sentou na mesa de refeições, jogou um curto "Bom dia" no ar e logo se deparou com a figura de Eddie Thawne descendo as escadas, também vestido com um terno caro e sua gravata azul escura, quase preta, e se sentou na mesa começando seu dia com um café da manhã reforçado.

— Como vão as coisas com a Intergangue? — Oliver quebrou o silêncio entre os três homens ali presentes.

— Já entrei em contato com a cabeça da Intergangue e ele falou que está dentro. Temos tudo o que precisamos para começarmos com o Golpe. — Eddie respondeu tranquilo enquanto enchia sua xícara com café preto.

— Ótimo, quanto mais cedo melhor. — Barry comentou e logo continuou. — Agora, se me dão licença, eu preciso me encontrar com Edward Raymond, da Corporação Raymond, para fechar um importante acordo. — Barry termina enquanto levanta da cadeira e prende os botões de seu paletó. Oliver e Eddie balançaram a cabeça positivamente concordando com Barry. Sabiam que o acordo com a Corporação Raymond seria de extrema importância no Golpe.

Barry saiu pela porta da frente da Mansão acompanhado de um robusto guarda-costas que abriu a porta da grande Mercedes Benz preta e luxuosa para ele.

Corporação Raymond - 35 minutos depois

— Sr. Allen, fico extremamente honrado em recebê-lo em minhas instalações. Sinta-se em casa, por favor. — Edward Raymond disse enquanto apertava a mão de Barry no meio de seu amplo escritório com paredes de vidro de onde era possível ver toda Central City.

— O prazer é meu. Como o eu tenho certeza que seus empregados lhe passaram, eu estou aqui para assinarmos todos os contratos que devemos para darmos início ao nosso projeto. — Barry disse direto. Edward sorriu frio, libertou os botões de seu terno cinza e se sentou na poltrona cruzando as pernas em sinônimo de poder.

— Sr. Allen...você é jovem, e eu entendo toda a sua animação e ansiosidade, mas vamos com calma. Preciso ler todos os contratos que os seus advogados mandaram para os meus, que também vão ler os contratos com a ajuda de meus contadores e especialistas em falsificações. Depois que isso estiver feito, nós podemos pensar em pegar a caneta para assinar todos os papéis. — Ele disse e Barry continuou com a expressão neutra, mas por dentro estava com raiva. Ele tinha a cabeça quente, e não iria negar, mas conseguia disfarçar muito bem. Era um mestre na manipulação e em esconder seus sentimentos.

— Eu entendo, Sr. Raymond. Faça como quiser, quando estiver pronto e quando descobrir que os documentos que lhe dei não são falsificações e muito menos um Golpe de mal gosto, eu voltarei. — Barry disse e sorriu frio. Se levantou apertou a mão de Edward Raymond e saiu do grande escritório acompanhado de seu guarda-costas.

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STAR Labs

Caitlin Snow andava apressadamente nos corredores do movimentado STAR Labs, acompanhada de um dos melhores inventores da empresa e também seu melhor amigo, Cisco Ramon.

— Cisco, eu não estou dizendo que não daria certo, mas na próxima vez que você quiser fazer testes com armas que podem vaporizar matéria viva, você, por favor, me avise antes. — Caitlin disse enquanto caminhava e clicava freneticamente no Tablet — que servia como registros em suas mãos.

— Tudo bem, Cait, mas na próxima vez que seu noivo me atrapalhar, eu vou me irritar. — Cisco disse meio brincando, meio sério e Caitlin riu.

— Ok, Cisco, eu vou falar com Ronnie. Não se preocupe. 

— E o que nós faremos com os estagiários? — Cisco perguntou se referindo aos estagiários: Jovens que visitam o STAR Labs e que pretendem trabalhar no laboratório. Eles precisam de alguém para guiá-los neste começo de carreira, e ninguém nunca quer fazer este trabalho, por isso é sempre sorteado em uma reunião a quem esse trabalho seria atribuído.

— Como o quê? Você foi o sorteado, Cisco! Você vai ser o guia dos calouros esse mês. — Caitlin parou de andar, sorriu travessa para o amigo e colocou uma mão no ombro dele em forma de consolo. — Boa sorte. — Ela disse por fim e voltou a caminhar rapidamente deixando ele com cara de poucos amigos.

Caitlin Snow é uma bioengenheira que lidera o STAR Labs, desde que seu padrasto, Harrison Wells, faleceu de Leucemia há 3 anos atrás. Ela trabalha ao lado de Cisco Ramon, fiel melhor amigo e talentoso inventor; Ronnie Raymond, seu noivo e o principal engenheiro; Felicity Smoak, uma grande amiga e a "dona" da área dos computadores e os outros milhares de funcionários que ela comanda naquele centro de gênios.

Caitlin se encaminhou até seu escritório, que era no último andar, também conhecido como Cobertura. O melhor andar do prédio onde só os mais talentosos e importantes ousavam colocar os pés.

Se sentou em sua cadeira, ligou a ventilação fria no meio daquela Quarta-Feira quente e continuou ordenando tudo e todos por meio de seu Tablet.

Ronnie entrou na sala.

— Bom dia, querida. — Ele disse enquanto se inclinava para lhe dar um selinho. Ela sorriu levemente e ele se sentou na poltrona do outro lado da mesa dela.

— Acabei de falar com Cisco. Ele não está muito feliz depois de você ter interrompido o projeto dele. — Caitlin disse já esperando pelo o que estava por vir.

— Eu sei, me desculpe, mas ele não pode sair por aí com uma arma que pode machucar pessoas. É perigoso. Eu sei que ele é seu amigo, Cait, mas talvez você deva parar de tratá-lo como se ele fosse melhor que todos. — Ronnie diz e logo se arrepende, pois vê o olhar de fuzilador de Caitlin.

— Ronnie, você está insinuando que eu dou algum tipo de privilégio para o Cisco pelo fato de ele ser meu melhor amigo? Pois vamos combinar que, se fosse para dar privilégio para alguém, você não acha que seria para você? Afinal, você é meu noivo. — Caitlin diz fria. Ronnie se levanta de sua poltrona com o olhar de desculpas. Se aproxima dela e coloca sua mãos no rosto da doutora. Ela olha pra ele, ainda brava.

— Desculpe, amor. Não vai acontecer de novo, eu só estou nervoso. Só isso. — Ele disse sorrindo levemente e ela sorri de volta com pouca vontade. Aquele noivado estava se saindo mais difícil do que esperava. Ronnie é um bom homem, mas Caitlin sentia que não era isso que ela queria. Eles se aproximaram apenas por interesses de negócios entre suas famílias, mas acabaram se gostando e acabou com ele pedindo ela em casamento em um restaurante cheio de pessoas observando. Caitlin pensou várias vezes sobre esse pedido de casamento. Talvez se eles não estivessem no meio de tantas pessoas ela teria dito algo diferente, sem pressão para dizer "sim". Mas por outro lado, ela pensava que estava delirando. Ronnie é um bom homem, não poderia pedir por algo melhor.

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Mansão Allen

Barry chegou em sua Mansão após a reunião, não tão agradável, com Edward Raymond. Ele tirou seu paletó jogando-o em um canto qualquer em seguida e alargou a gravata para que depois se jogasse no grande e confortável sofá de couro no meio da sala de estar.

Oliver chegou e viu o estado em que seu melhor amigo estava.

— Raymond não assinou os papéis, não foi? — Oliver adivinhou.

— Foi. Eu estou irritado! Ele falou que vai pedir para os especialistas dele investigarem para ver se o documento é falso. Pena que não vai achar nada. — Barry disse sorrindo cinicamente.

— Não vão? — Oliver perguntou confuso. Ele sabia que os documentos eram falsos.

— Não. A Intergangue nos ajudou nessa parte, não se preocupe. — Barry disse se levantando do sofá e indo em direção as escadas. Tudo o que queria era compensar a noite mal dormida do dia anterior.

Oliver o impediu para dar um recado:

— Barry, hoje a noite temos um evento para ir. O prefeito de Central City convocou várias pessoas com esses empregos importantes para esse evento de caridade ou algo do tipo. Esteja pronto às 8 da noite.

Apesar de Barry não ter gostado da ideia, ele concordou. Sabia que todos pensavam que ele era o diretor da antiga empresa de seu pai, Henry Allen, mas a empresa era só uma fachada para todo o esquema criminoso que ocorria entre ele, Oliver Queen, Eddie Thawne, a Intergangue e, talvez futuramente, a Corporação Raymond.