História Badboy - Criminal Memories

Criminal Memories

 

"I'd rather be wandering hungry and homeless

That here in the warmth of a silent defeat

You've gotta be honest with me and be ruthless"

(Let Me Out - Ben's Brother)

 

A raiva pode ser associada à expectativa de sofrer alguma agressão intencional ou ofensa de outra pessoa, algumas vezes a raiva pode se transformar em ódio. Barry ainda não sabia se ele estava com raiva ou ódio. Se sentia traído, mas não sabia por quem. Sentia ódio dessa pessoa que estava na festa de Ano-Novo e ele nem percebeu. Ele pode até ter dado um "Boa noite" naquela festa para aquela pessoa e nem sabia. Barry não era um grande fã de seu pai, porém ele ainda era seu pai. O ensinou lições valiosas e Barry só percebeu isso depois de tempos. Gostaria de ter passado mais tempo com ele, gostaria que ele não fosse tão ligado ao trabalho, mas mesmo assim, ele aceita que Henry foi seu pai por uma razão. Afinal, o que não nos mata nos torna mais fortes.

 

- Barry? Você está bem? - Oliver pergunta e Barry acorda de seus devaneios.

 

- Sim. Estou bem. - Barry responde.

 

- O que faremos agora? - Oliver pergunta mais uma vez.

 

- Vamos continuar investigando. Alguma hora nós vamos chegar a um resultado. Temos que chegar...- Barry murmura.

 

- Tudo bem. Eu vou voltar para Mansão e investigar mais. - Oliver diz e sai do escritório. Barry se senta. Parece que ele ainda estava processando toda a situação. Caitlin se senta ao lado dele.

 

- Tem certeza que está bem? - Ela pergunta e ele olha para ela.

 

- Não. - 

 

Caitlin pensou um pouco.

 

- Barry, você era próximo do seu pai? - Ela perguntou

 

- Não. Na verdade eu meio que odiei ele por um tempo depois que ele me passou a empresa dele. A empresa foi o que me impediu de passar mais tempo com ele. - 

 

- Ele pode não ter estado muito presente na sua vida, Barry, mas tenho certeza que ele era um bom homem, tenho certeza que você teve momentos com ele onde você se sentiu amado, tenho certeza que ele foi muito importante para você. Não importa se você o odiou por anos por causa das lembranças ruins, passe a lembrar dos bons momentos que você passou com ele e se agarre à isso. - Ela diz e pega a mão dele entrelaçando seus dedos. - Me conte uma boa memória com ele. - 

 

Ele sorri e começa a contar.

 

Flashback On - 20 anos atrás

 

Barry tinha apenas 6 anos e disse para seu pai que todos os seus amigos da escola já sabiam andar de bicicleta e ele não. Henry resolveu ensiná-lo.

 

Eles foram para o parque próximo à Mansão deles com a bicicleta de Barry. Ele subiu na bicicleta e Henry o segurava com uma mão e com a outra segurava a bicicleta.

 

- Pai, eu estou com medo. E se eu cair? - Barry perguntou e Henry sorriu.

 

- Se você cair, saiba que têm pessoas que te amam que o ajudarão a levantar. Não se preocupe, Bar, eu estarei logo atrás de você. - 

 

- Promete? - 

 

- Prometo. - Ele diz e Barry começou a pedalar. Henry correu atrás dele. Barry perdeu o controle da bicicleta e acabou caindo.

 

- Barry? Tudo bem? - Henry perguntou enquanto se ajoelhava ao lado do filho caído.

 

- Essa é a hora que você me ajuda a levantar? - 

 

- Sim. É essa a hora. - Henry completa e levanta o filho.

 

- E agora? - Barry pergunta.

 

- Agora nós continuamos tentando. 

 

Flashback Off

 

 

- Ele fez o melhor que pôde. - Barry diz após finalizar de contar a história.

 

- É isso que importa. Agora, toda vez que mencionarem Henry Allen, é melhor você tratar de estufar o peito com orgulho e dizer que ele foi um bom pai, e o mais importante, que ele foi o seu pai. - 

 

- Eu vou. - Barry promete. - Obrigado, Caitlin. - Ele diz e aperta a mão dela que estava entrelaçada à sua.

 

- Sempre que precisar. - Ela diz e dá um beijo na bochecha dele, logo depois se levantando.

 

Os dois ficaram em silêncio por um momento, até que um pensamento cruzou a mente de Barry. Um pensamento bem aleatório, mas mesmo assim...

 

- Sabia que eu e Ronnie fizemos o Ensino Médio juntos? - Ele diz e ela olha para ele.

 

- Sério? Ele nunca falou nada. - 

 

- Ele nunca gostou de mim. Acho que é de nascença. Mas meu pai e o pai dele chegaram a ficar um pouco amigos. - 

 

- Que estranho. Eu nunca imaginei vocês dois na mesma escola. - Caitlin comenta.

 

- A gente quase não se falava, então não faz tanta diferença. Mas eu lembro de uma vez que ele ficou totalmente bêbado. A gente tinha acabado de terminar o Ensino Médio e alguns dias depois ele me aparece completamente bêbado sem falar coisa com coisa. Eu não lembro que dia exatamente foi, mas eu posso te garantir que Ronnie era totalmente festeiro. - Barry completa sorrindo sarcástico.

 

- Barry? 

 

- O que?  

 

- Eu ainda preciso trabalhar. - Ela diz e Barry ri.

 

- Ok. Desculpe. - 

 

- Você pode ficar se você quiser. - Ela diz.

 

- Posso? Tem certeza que eu não vou tirar a sua preciosa concentração? - Ele diz irônico.

 

- A minha concentração realmente é preciosa.  - Ela diz e ele ri.

 

- Caitlin...nesse escritório tem câmeras? - Barry perguntou curioso e ela levantou a sobrancelha desconfiada.

 

- Eu sinto que eu vou me arrepender se eu disser que não.  - Ela diz ainda desconfiada.

 

- Talvez...Mas eu sou bonzinho e não vou fazer nada. - 

 

Caitlin ri irônica.

 

- Eu lembro da última vez que você disse que não ia fazer nada...-Ela disse e ele sorri travesso.

 

- Aquilo foi uma exceção. - 

 

- Por que? - Ela pergunta curiosa.

 

- Porque sim. -

 

- "Porque sim" não é resposta! - Ela reclama.

 

- Claro que é! -

 

- Tudo bem, Barry. Agora eu vou trabalhar. - Caitlin diz e Barry se aproxima dela. 

 

- Caitlin, você precisa mesmo trabalhar? Quer dizer, você já é rica, não é? - 

 

Barry se aproxima mais ainda dela e ela percebe.

 

- Barry...não me entenda mal, mas eu preciso resolver as coisas com Ronnie antes de a gente começar a pensar em qualquer coisa do tipo que envolva nós dois. Não é justo com ele nós ficarmos assim. - 

 

- A vida não é justa...- Ele diz se aproximando mais ainda.

 

- Barry...Resolver coisas com o Ronnie primeiro, lembra? - 

 

- Lembro. Ok. Eu vou embora então. - 

 

- Eu já disse que você não precisa ir embora. Desde que fique quieto no seu canto. - Ela diz e ele sorri achando graça.

 

- Embora a proposta de tirar a sua concentração seja muito tentadora, eu acho que eu vou indo. Tenho investigações a fazer. - 

 

- Tudo bem então. - Ela diz conformada e ele vai embora do escritório. Precisava descobrir quem foi o canalha que matou Henry e Edward.