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História Badboy - Criminal Love


Escrita por: manystuff

Capítulo 8 - Criminal Love


Criminal Love

 

"I see forgiveness

I see the truth

You love me for who I am

Like the stars hold the moon

Right there where they belong

And I know I'm not alone"

(When I Look At You - Miley Cyrus)

 

 

A decepção é o sentimento de insatisfação que surge quando as expectativas sobre algo ou alguém não se concretizam. Geralmente está associada com a tristeza e com a frustração. A intensidade da decepção é proporcional ao tempo, valor simbólico e intensidade da expectativa. Barry teve medo de poucas coisas ao longo de sua vida, mas decepção com certeza foi uma dessas coisas. Ele nunca teve medo de se decepcionar, mas teve medo de decepcionar alguém. Pode não parecer do feitio dele ter medo de decepcionar alguém, mas Barry é um homem cheio de segredos, e um deles é que no fundo, ele não é tão mal quanto pensam. E poucas pessoas sabem disso.

 

Era esse o olhar que Caitlin estava o dando agora. Um olhar de decepção. E aquilo doía nele.

 

Por que ela estava dando esse olhar para ele? Porque ele estava sendo levado, algemado, por policiais que tinham acabado de declarar a prisão dele.

 

FLASHBACK ON

 

Edward caiu morto diante dos olhos de Barry e de todas as outras pessoas daquele salão. Barry ficou em choque por um momento e assistiu Ronnie se ajoelhar ao lado do pai tentando acreditar no que estava acontecendo. O copo de Whisky de Barry tinha caído no chão com a surpresa e se quebrado em pedaços. Barry desviou o olhar para seu lado esquerdo e notou que Caitlin observava a cena de olhos arregalados. Ele voltou seu olhar para o corpo de Edward e Ronnie ajoelhado ao lado do pai.

 

Logo depois, dois seguranças descem as escadas. Um dos seguranças carregava uma arma grande que provavelmente foi a arma usada para dar o tiro letal que matou Edward. O outro segurança guiava um homem com uma máscara preta que Barry deduziu ser o atirador. O segurança tirou a máscara do homem e era um cara normal. Uns 30 anos, cabelos castanhos claros e olhos da mesma cor. Não era ninguém que Barry conhecia, e ninguém parecia conhecer também, então provavelmente ele foi contratado por alguém para fazer o serviço sujo.

 

- Quem é você? - Um dos seguranças perguntou. Todos os convidados prestavam atenção.

 

- Sou Mark Mensen. - O criminoso diz em contragosto. Mas ele parecia bem calmo para quem acabou de ser pego assassinando uma pessoa.

 

- E quem te contratou? - O outro segurança perguntou. Mark sorriu cínico e disse:

 

- Barry Allen. - 

 

FLASHBACK OFF

 

Barry ainda estava sendo levado pelos policiais. Eles colocaram Barry no banco de trás do carro e iriam em direção à delegacia.

 

Barry não podia acreditar no que estava acontecendo. Ele pode ser um criminoso e ladrão, mas jamais mataria uma pessoa. Muito menos Edward que era extremamente importante no Golpe. O Golpe falhou, mas não significa que ele iria matar o Edward.

 

Ele também não fazia a menor ideia de quem poderia querer matá-lo. É claro que sabia que os Raymond tinham seus inimigos, entretanto Edward sempre foi uma pessoa que investia em segurança. Esse assassinato estava tão estranho quanto a morte de Henry Allen. Por alguma razão, a morte do pai veio à cabeça de Barry agora. Mas ele logo descartou a ideia. Até porque, as probabilidades de Edward e Henry terem sido assassinados pela mesma pessoa seria mínima.

 

O carro finalmente encostou na delegacia e os policiais tiraram Barry de dentro do veículo. Eles o levaram até o escritório do Chefe do Departamento.

 

- Bartholomew H. Allen, 26 anos, acusado de assassinato. Você tem sorte de ser rico, garoto. - 

 

- Ufa! - Barry disse irônico.

 

O Chefe riu com a ousadia de Barry.

 

- Vejo que você já deve ser familiarizado com a cadeia, não é? - 

 

- Na verdade não, porém eu tenho inimigos que gostariam de me ver atrás das grades. - Barry disse com naturalidade.

 

- Você está dizendo que não mandou matar Edward Raymond? - 

 

- É exatamente isso que eu estou dizendo, senhor. - 

 

- O promotor disse que você é um grande caso, e que devemos ficar de olho, porém, só a acusação do atirador, Mark Mensen, não será o suficiente para te incriminar. Por isso você será liberado, entretanto, se não acharmos o verdadeiro culpado em um período de 2 meses, você será declarado o culpado e será preso. - O Chefe completa, Barry concorda e é liberado.

 

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Mansão Allen

 

Barry entrou em sua Mansão e foi metralhado de perguntas por Oliver e Eddie. Ele respondeu à todas as perguntas e depois foi se deitar. Ainda eram 2 horas da manhã do dia 1 de Janeiro e ele precisava descansar.

 

No Dia Seguinte

 

Cemitério de Central City

 

Barry quis ir até o enterro de Edward, porém ele foi barrado na entrada por seguranças. Ele era realmente tratado como o assassino de Edward e não iriam parar de tratá-lo assim até que ele provasse que não foi ele.

 

Barry observou os parentes e amigos de Edward prestarem sua última homenagem em meio a fraca neve que caía devido ao inverno de Janeiro.

 

Caitlin estava observando o enterro do pai do noivo atentamente. Ronnie estava ao seu lado. Ela olhou para trás e viu Barry atrás de árvores e cercas.

 

Caitlin estava confusa. Ela não conseguia acreditar que Barry foi capaz de matar Edward, mas por outro lado, ela pensava que conhecia-o e poderia afirmar que ele nunca faria uma coisa dessas. Todos estão chamando Barry de assassino e traidor, mas ela não consegue acreditar, e principalmente, escolheu não acreditar. Ela teria que ouvir os dois lados da história.

 

O funeral terminou e todos já estavam deixando o cemitério a caminho de suas casas.

 

- Ronnie, vá indo que eu te encontro depois. Eu tenho uma reunião com um médico que trabalha aqui perto. - Caitlin disse.

 

- Tudo bem, mas tome cuidado. Eu ouvi que Allen foi solto. - Ronnie diz em um tom depressivo e Caitlin confirma balançando a cabeça positivamente. Ronnie entra no carro e vai embora. Agora aquele gramado verde - agora branco devido à neve - abrigava somente Caitlin e Barry que estavam a vários metros de distância.

 

Caitlin caminhou lentamente até ele e ele saiu de trás das árvores onde estava se escondendo.

 

- O que você está fazendo aqui? - Caitlin foi direta.

 

- Você acredita neles? Você acha que eu sou um assassino? - Barry pergunta. Caitlin realmente não sabia o que responder, mas ela conseguia ver no olhar dele o quanto ele precisava de uma resposta, e não uma resposta qualquer, ele precisava de uma resposta dela. Barry não se importava no que os outros pensavam ou deixavam de pensar sobre ele, ele só se importava com o que ela iria pensar, ele só se importava com ela.

 

- Eu deveria? - Caitlin perguntou. No fundo ela tinha certeza que não tinha sido ele.

 

- Não. Eu não matei ele, Caitlin. Eu posso ser um ladrão, mas eu não mato ninguém. - 

 

- Eu sei, Barry. - Ela diz e ele abre um sorriso. Era tudo o que ele precisava. Nada mais importa. Se ela acredita nele, ele ficará bem.

 

- Obrigado. - Ele diz sincero.

 

- Barry, você não é uma má pessoa. Você se trata como um ladrão, como uma pessoa que não tem coração, uma pessoa que não merece nada de bom...- Caitlin começa e Barry a interrompe.

 

- Apesar de eu não ter matado ele, eu sei que eu não sou um santo. Eu já destruí a vida de várias pessoas, Caitlin. E eu nunca pensei que eu diria isso, mas eu meio que me arrependo. Às vezes eu me pergunto que, caso eu não fosse como eu sou, eu teria uma vida mais feliz e talvez teria pessoas que realmente se importam comigo...-

 

- Eu me importo com você. - Caitlin diz sem pensar e logo se repreende por isso. Ela não poderia deixar Barry tomar sua mente de novo. Ela não poderia passar suas noites pensando nele mais uma vez.

 

- Se importa? - Barry perguntou surpreso.

 

- Sim. Mais do que você imagina. - Ela disse em rendição. Se era para falar, ela falaria tudo para ver se conseguia se livrar do que estava sentindo.

 

- E isso significa o quê? - 

 

- Eu não sei, Barry. Não sei o que significa. Em um dia nós nos odiávamos, no outro nós... - Ela começa mas não sabia como completar. Não sabia o que sentia por ele.

 

- Nós o quê? - Ele pergunta apreensivo, mas ela não respondeu. - Uma vez, eu perguntei para o meu pai o quê era amor, e ele disse que é quando você pensa em uma pessoa em cada segundo do dia, é quando você faz planos, sente ciúmes, desejo, sente medo da solidão e sente saudade. Que é quando você percebe que a outra pessoa é o seu hoje e todos os seus amanhãs. Pelo menos para isso meu pai serviu. - Barry completa com um sorriso nostálgico.

 

- O que isso quer dizer, Barry? - 

 

- O que você sente, Caitlin? Nós já estamos nesse jogo de ignorar um ao outro há um bom tempo, e sabe como isso me ajudou? Em absolutamente nada! Não me fez te esquecer, não me fez parar de pensar em você, não me fez sentir menos saudade e não me fez sentir menos medo da solidão. Só ajudou a intensificar tudo isso. Te ajudou em alguma coisa? - 

 

Caitlin pensou, mas ela já tinha a resposta na ponta da língua.

 

- Não. Não me ajudou em nada. - 

 

Os dois ficaram em silêncio por alguns segundos.

 

- Você me ama, Caitlin? - 

 

- E se eu amasse? O que aconteceria? - 

 

- Eu não sei. Só sei que seria difícil, mas valeria a pena. - Ele disse e esticou a mão para que ela pegasse. Ela pegou a mão dele sem entender, então ele a puxou com força fazendo-a colar seu corpo no dele, para em seguida tomar seus lábios mais uma vez.



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