História Baiser - Faire un baiser

 

Baekhyun havia levantado cedo naquele dia, o que foi uma preocupação a mais para seus pais, principalmente pelo fato de que o ômega em hipótese alguma levantava cedo - sempre chegava atrasado no colégio, o que acarretava vários castigos, desde ficar uma aula inteira de joelhos no canto da sala com os braços levantados, ou até o professor acertar a régua grande - que ele usava na lousa - em sua bunda pelo menos cinco vezes.

É dolorido no começo, mas quando se torna rotina, você acaba nem sentindo mais.

Havia tomado seu café da manhã sentado junto com seus pais, o que era incrível pelo fato que só podia vê-los á noite já que estudava num colégio integral. Conversou sobre suas boas notas e até mesmo perguntaram se estava paquerando alguém no colégio, é claro que seu rosto ficou num tom vermelho tomate, porque não paquerava apenas um… Era praticamente o colégio todo.

Baekhyun jogava sua rede para todos os cantos, pensava que a vida era muito curta para ficar apenas com um - era seu lema de vida -, principalmente agora que estava no último ano do ensino médio, estava quase perdendo a graça, pois era um ótimo aluno, mas as distrações estavam se tornando menos frequentes, era difícil encontrar presas novas e não gostava de repetir a mesma dose duas vezes, a não ser que a primeira tenha sido boa o suficiente para fazê-lo suspirar pela semana seguinte.

Por mais que falasse dessa forma, nunca havia passado da sarração por motivos bem óbvios, queria sentir o prazer enlouquecedor que Jongin tanto lhe falara, não queria se entregar para qualquer um e não receber a satisfação que tanto almejava, queria aguardar seu cio e claro, dar até não conseguir mais sentar.

E com isso se perfumou todo antes de pedir para seu pai levá-lo para o colégio, seria tudo perfeito caso não vissem um vizinho não tão querido por Baekhyun - mas é claro que seus pais nem imaginavam aquilo.

— Hey Chanyeol.  — o Sr. Byun praticamente gritou - parando o carro - para o garoto que se virou rapidamente, assustado pelo modo que o vizinho havia lhe chamado e se perguntando o que havia feito de errado, será que Baekhyun havia contado algo?

— Sim?  — Indagou receoso, tentando ver o outro através do vidro escuro, ao ver Baekhyun; sentiu seu sangue ferver, o menor compartilhava do mesmo sentimento.

— Pai, vamos logo. Não quero me atrasar. — Reclamou pela demora, mas ao ver o pai lhe ignorando bufou irritado, tudo por causa daquele brutamontes.

— Chanyeol, entre. Vou levar você e o Baek para o colégio, — convidou o rapaz que arqueou as sobrancelhas receoso  — Não precisa ficar envergonhado, apenas entre.

Chanyeol deixou o peso de seus ombros caírem, suspirando e por fim entrou no carro cabisbaixo, tentando evitar olhar para o ômega do carro.

— Bom dia, Byun Baekhyun. — Tentou parecer o mais educado possível, mas apenas cerrou seus punhos tentando controlar-se perto daquele garoto. Era difícil se controlar perto do ômega.

Baekhyun apenas ignorou Chanyeol, antes de receber um beliscão de seu pai, o que fez o mesmo virar e dar seu sorriso mais cínico.

— Meu dia estava ótimo, mas quando te vi… De bom se tornou ruim, tenha um péssimo dia Park.  — Baekhyun foi áspero ao falar, sentindo um tapa forte em sua cabeça e gemeu de dor, irritado pelo pai ter agido daquela forma.

— Byun Baekhyun!!! Não foi essa a educação que eu te dei, peça desculpas, ou eu te deixo de castigo o mês inteiro.  — Falou nervoso, era amigo próximo da família de Chanyeol e ver o próprio filho não se dar bem com o rapaz era muito vergonhoso.

— Ai pai… Por favor né, eu ‘to só brincando, não é Channie?  — Falou manhoso, forçando o máximo a sua voz, sorrindo ironicamente para Chanyeol que encarava aquilo tudo incrédulo, Baekhyun era incrível, o suficiente para fazê-lo sentir mais raiva dele.

— Claro que não, eu vi muito bem você querendo me ofender.  — Usou seu melhor tom para mostrar sua chateação, o que fez o pai de Baekhyun frear o carro bruscamente.

— Saia do carro.  — Ordenou, o que fez Baekhyun rir.

— Viu Park, meu pai mandou você sair do carro.  — Sorriu vitorioso, o que fez o Sr. Byun lhe encarar.

— Eu disse para você sair do carro, vá a pé pro colégio.  — Ordenou, tirando o cinto do filho, o que fez o mesmo olhar incrédulo para si, encarou Chanyeol com sangue nos olhos.

— Viu o que você fez? Eu te odeio!!! — Baekhyun gritou encarando Chanyeol que se segurava o máximo para não cair na risada, principalmente ao ver o ômega sendo tirado do carro, mordeu os lábios fortemente, era difícil aguentar calado.

— Me desculpe pelo inconveniente, Park. — Se desculpou, voltando a dirigir sem se importar pelo filho que ia para a calçada praguejando para todos os cantos.

— Tudo bem Sr. Byun, adolescentes são difíceis de lidar. — Suspirou levemente ao falar, sorrindo de lado por ter feito Baekhyun levar sermão de seu pai e principalmente por tê-lo feito ir andando para o colégio.

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Chanyeol havia acabado de chegar na sala, ficou olhando para a porta para ver se Baekhyun entrava, mas ele estava demorando demais para chegar, não sabia direito o porquê de estar se preocupando com ele, mas claro que era para rir de sua cara mais tarde.

— Quem você está esperando? — Kyungsoo cutucou o amigo, que o encarou sem dizer nada.

— Ninguém. — Suspirou pesadamente — Você nem acredita, o pai do Baekhyun me deu uma carona, aí ele foi bem grosso comigo e o pai dele mandou ele vir andando para o colégio — contou, mudando seu humor no mesmo instante, colocou sua mão sob a barriga e começou a rir.

— Então quem você está esperando, é o Baek? — Indagou Kyungsoo, arqueando uma de suas sobrancelhas, desconfiado.

— Eu não, porque esperaria aquela peste? — Disse de ombros.

—  Olha o Baek chegando com o Jongin. — Kyungsoo falou animado, vendo o modo que Chanyeol havia se desesperado na mesa, virando-se rapidamente em direção a porta, vendo que não havia ninguém bufou desacreditado — Finjo que acredito que você não está esperando ele. — Comentou segurando o riso, principalmente ao ver os dois ômegas entrarem no recinto, abaixou a cabeça rapidamente.

— O que? Você não vai me pegar de novo, eu sei que o Baekhyun não está entrando na sala. —  Disse num tom alto, Kyungsoo apenas suspirou pesadamente, principalmente ao ouvir um pequeno estrondo.

Baekhyun se aproximou de Chanyeol raivoso, jogando sua mochila em cima do alfa que se levantou no mesmo instante, estranhando aquela atitude, os dois se encaravam enquanto os outros alunos permaneciam em silêncio, pois sabiam que quando Park Chanyeol e Byun Baekhyun resolviam brigar, ninguém devia se meter.

— Park Chanyeol! — Baekhyun gritou, estava com sangue nos olhos por ter andado o caminho todo até o colégio.

— Você enlouqueceu? — Chanyeol respondeu indiferente, jogando a mochila com força em cima do ômega que a segurou trêmulo — O que você quer desta vez? — Indagou colocando a mão na cintura.

— Você é impressionante. — Ainda falando de tom alto — Você fez meu pai brigar comigo, eu deveria te matar. — Falou subindo em cima da cadeira, vendo o outro o encarar.

— Você pode tentar. — Chanyeol riu, ignorando o fato do outro estar de pé em sua frente, o que Park não esperava era ver a peste pulando em cima de si e lhe desferindo tapas contra seu rosto, o que fez Chanyeol segurar os pulsos de Baekhyun e inverter as posições, sentando em cima da sua barriga e lhe segurando o maxilar — O que pensa que está fazendo? — Indagou com seu rosto próximo ao dele.

— Eu te odeio, Park. — Baekhyun falou se debatendo, o suficiente para cuspir na cara alheia, o que fez o outro lhe encarar com desprezo.

— Eu deveria te bater, mas eu não irei me rebaixar ao seu nível. Um nível tão baixo, pior que os ratos de rua. —  Chanyeol falou com nojo, saindo de cima de Baekhyun no momento que o professor estava entrando na sala de aula.

— Os dois pra fora, agora! — O professor praticamente gritou, o que fez ambos darem um passo para trás — Já tolerei essas brigas demais, vocês tem que resolver isso com o diretor agora, não sou pago para aguentar briga de adolescentes cheio de hormônios. — Falou rapidamente, o que fez Baekhyun abaixar a cabeça e ir para fora resmungando, e assim que o Park passou em sua frente, se lembrou de passar o pé nele, o que fez o mesmo quase cair de boca no chão.

— Você sabe porque eu não te bato? — Chanyeol parou no meio do corredor, aproveitando que só estavam os dois ali.

— Hum… Por que eu sou lindo? — Sorriu convencido, vendo o alfa revirar os olhos.

— Não, porque você é um ômega. Seria desvantagem, se eu te desse um soco eu faria você desmaiar, Baekhyun. — Falou se aproximando do garoto que continuou o encarando.

— Engraçado você, pode bater, mas lembre-se que eu deixarei seu rosto todo arranhado. — Arrebitou o nariz ao dizer.

— Como você faz com as costas dos meninos do time de basquete? Não, muito obrigado. — O que era aquele tom que ele havia usado? Baekhyun o encarou por um momento e viu a expressão… Chateada? Não sabia dizer o que significava aquilo.

— Você pelo visto sabe muito bem de mim, mas porque você me odeia tanto? — Indagou, o que fez Chanyeol o encarar e soltar uma risada sôfrega.

— Você devia ser o único a saber. — Disse antes de voltar a caminhar em direção a sala do diretor. E claro, Baekhyun ficou com cara de tacho no corredor, tentando entender o que havia acontecido ali.

 

Depois daquele dia, Baekhyun e Chanyeol foram castigados e tiveram que ficar uma semana com a limpeza dos banheiros, o ômega odiava a forma que os diretores arranjavam essas formas de punir, não bastava apenas dar uma advertência?

A semana passou até que bem na percepção de Baekhyun, pois não havia interagido com o alfa nenhuma vez, por mais que sentisse o olhar dele em si, preferiu permanecer a semana quieto. Chegar na sexta feira, porque todo mundo tinha que se arrumar em plena sexta feira?

Havia chegado atrasado na escola como de costume, sentindo a régua do professor espalmar sua bunda cinco vezes, não sabia qual era pior ou até melhor…

Levar reguada ou os caras apertando seus paus por baixo da mesa, é, Baekhyun via tudo. Levar uma reguada na cara ninguém quer, mas assistir os outros levando, adoram.

 

-

 

Chanyeol limpava o suor que insistia em escorrer para o seu pescoço, respirou fundo tentando recuperar o fôlego, os garotos não estavam sendo fáceis de lidar hoje. Jogar basquete nunca foi sua praia, mas para passar o tempo na educação física, acabava por se limitar a isso.

Estava exausto o suficiente para pedir um tempo e ir para o vestiário, onde ouviu barulhos um tanto suspeitos. Arregalou os olhos ao ouvir aquilo com mais clareza, como é que faziam aquela pouca vergonha em pleno horário escolar? Revirou os olhos com nojo, mas no momento que foi até um dos chuveiros, viu uma cena que fez seu sangue ferver.

E nem ao menos sabia o motivo, talvez até sabia, mas preferia fechar os olhos para isso.

Baekhyun estava aos beijos com um garoto três vezes mais alto, eles estavam roçando um no outro, por um momento o ômega afastou seus lábios do outro e respirou ofegante, vendo Chanyeol onde deveria estar a porta - eram apenas divisórias.

— C-chan. — Baekhyun gemeu ao sentir o outro alfa colocando sua mão dentro do seu shorts de ginástica, que no mesmo instante o encarou.

Chanyeol ficou atordoado pelo fato do ômega ter gemido seu nome, por mais que tivesse certeza que seria pelo momento importuno que havia aparecido, suspirou e mordeu os lábios, passou a forçar uma tosse.

— Que pouca vergonha… — Murmurou irritado, indo até os dois e os afastando, vendo o outro alfa rosnar para si, deu um sorriso de lado e ligou o chuveiro gelado — Será que assim resolve o fogo de vocês? — Indagou ao sair do box deles, e claro que correu, correu até não poder mais, entrando em uma das salas vazias.

Sentia seu coração apertar dentro do peito, não entendia o porquê de ficar dessa forma quando estava perto de Baekhyun, apenas queria socá-lo e nunca mais vê-lo, mas em outro momento apenas queria ficar perto, porém o ômega não cooperava, ele parecia ter prazer em irritar o alfa.

Era popular no colégio, podia ter qualquer pessoa apenas com um simples estalar de dedos, mas quem disse que usava isso? A única vez que havia ficado com alguém foi quando teve seu rut. Mas preferia nem lembrar do ocorrido, havia apagado completamente da sua cabeça.

Logo se recuperou, indo em direção a quadra onde estava acontecendo a aula de educação física, suspirou levemente ao ver Kyungsoo vir em sua direção com alguns papéis em mãos, estranhou o quão sorridente ele estava.

— Eu tinha quase esquecido… Minha mãe pediu para eu chamar alguns amigos meus para a confraternização que ela está fazendo, ela conseguiu trazer um clube de piscinas para cá. — Comentou entregando um papel — Eu espero te ver lá.

— Você vai chamar mais alguém desse colégio? — Indagou receoso.

— Mas é claro, ou você acha que eu só tenho você de amigo? — Disse sorridente, aquilo era realmente estranho e para as marcas no pescoço de Kyungsoo só havia uma explicação: Ele havia transado, e muito.

Só restava descobrir com quem, mas isso ficaria para outro dia, pois naquele momento só queria avisar a professora que não estava sentindo-se bem para ficar o resto do período na enfermaria, tirando um cochilo.

 

◊

 

Baekhyun estava animado pela confraternização que haveria dali algumas horas, após Jongin lhe convidar, dizendo que um amigo muito próximo havia lhe chamado e que podia trazer mais alguém caso quisesse, e porque não convidar seu melhor amigo?

Havia cuidado do seu corpo e foi procurar por um shorts em seu closet, demorou um tempo para achar o ideal, era um que batia no meio de suas coxas, com detalhes de um dragão soltando fogo, era isso que Baekhyun soltaria hoje.

Chamas para todos lados, estava confiante, havia cuidado de sua aparência e corpo, afinal era uma confraternização com pessoas mais velhas e alguns adolescentes cheio de hormônios. Assim que terminou de se arrumar desceu para a cozinha, onde bebeu um copo de água e foi esperar Jongin na sala, faltava pouco tempo para ele aparecer, mas conhecendo o amigo sabia que ele logo daria as caras pela ansiedade.

Baekhyun estava ansioso para saber quem era o alfa do amigo, pois não era possível tanta animação para ir em uma confraternização a beira de uma piscina publica.

Dito e feito, Byun esperou por cinco minutos até ouvir a campainha tocar, se despediu de sua mãe e foi atender o amigo que estava um arraso, ele havia cortado o cabelo e se perguntou o motivo dele ter passado maquiagem, se entraria na piscina.

— Hyung, eu vim mais cedo, pensei que fosse demorar pra se arrumar. — Se explicou ao chegar e ver Baekhyun todo vestido e cheiroso.

— Eu estou pronto, vamos? — Indagou segurando o amigo pelo braço, este que apenas afirmou com a cabeça, como o lugar não era tão longe, iriam caminhando — Você vai me contar quem é seu alfa, ou eu terei que descobrir sozinho? — Perguntou sem olhar para o ômega que passou a se engasgar com a própria saliva.

— Não é ninguém… — Bateu novamente naquela tecla, Baekhyun suspirou pesadamente e sorriu de lado, se era assim que ele queria fazer as coisas…

— Então ‘ta bem. Você por acaso tem vergonha dele? — Perguntou novamente.

— Nunca!!! — Aumentou o tom de voz, o que fez o outro ômega rir da confissão, nunca errava em seus palpites — Ah droga, você tem que parar com isso hyung — Parou de andar por um momento, abaixando a cabeça num suspiro baixo.

— Confie no seu hyung, eu juro que não irei te zoar. — Fez sinal de dedinho, Jongin cruzou seus dedos com o do amigo e mordeu os lábios e no momento em que ia falar sentiu seu coração se acelerar.

— É o Kyungsoo! — Disse de uma vez por toda, olhando Baekhyun abrir a boca sem emitir som algum — Viu, era por isso que eu não queria falar.

— Eu não acredito… Logo o melhor amigo do meu rival? — Colocou a mão na cabeça incrédulo, não dava para confiar em mais ninguém.

— Eu não pude controlar, o Soo é tão lindo e ele cuida tão bem de mim, por mais que ele não demonstre no colégio. — Confessou, Baekhyun apenas o encarou e balançou a cabeça negativamente.

— Então a confraternização que estamos indo, foi ele que te convidou? — Indagou realmente curioso, riu sôfrego ao ver o outro afirmar com a cabeça — Então isso quer dizer que o Chanyeol vai estar também, não é? — Mais uma afirmação, Baekhyun estava prestes a voltar embora antes de sentir o amigo lhe segurar.

— Eu não quero ir sozinho, por favor Baek. Nunca te pedi nada. — Murmurou fazendo bico, o ômega revirou os olhos e suspirou levemente.

— Tudo bem, mas você já me pediu muitas coisas. Ou eu deveria te lembrar daquela vez que você foi dormir na casa do Sehun e falou para sua mãe que estava em minha casa? — Jogou a tona. Baekhyun nunca esqueceria aquele dia, até porque sua cabeça estava quase para rolar, principalmente pela mãe do ômega estar desconfiada ao extremo, se não tivesse forçado a voz ela teria vindo procurar pelo filho, para apenas confirmar se ele estava lá.

Continuaram o caminho em silêncio, as pernas de Baekhyun estava quase começando a doer, se soubesse que iriam demorar tanto pra chegar no local, teria pedido para sua mãe levá-los a festa.

Andaram por mais três minutos e se encontraram dentro do lugar que seria a confraternização, o relógio de parede marcava 18h45, encontraram alguns alunos do mesmo colégio e até alguns adolescentes que nem conheciam, mas é claro que Baekhyun mudaria isso. Também havia alguns adultos, mulheres bem vestidas, talvez a piscina só os mais novos usariam, pois eram os que estavam com roupas de banho.

Baekhyun observava o amigo procurar pelo alfa, mas foram pegos de surpresa ao sentir o cheiro do outro presente logo atrás de si, ele abraçou Jongin por trás e deu um beijo em seu ombro, o que fez o ômega sorrir de lado.

— Você veio. — Ele falou calmamente, soltando Jongin aos poucos, se olharam por um tempo, antes de Kyungsoo levar suas mãos ao pescoço do outro e o puxar um pouco mais para baixo, o beijando.

Baekhyun faltou só vomitar com a melosidade, até porque nunca imaginou que Kyungsoo fosse daquele tipo, eles escondiam bem o relacionamento que obviamente estava rolando. Logo que pararam os beijos, o moreno lhe encarou e sorriu.

— Fico feliz que tenha vindo, se divirta. Tem comida entrando por aquela parte, dá em outra área do lugar. — Comentou antes de segurar Jongin pela mão — Eu irei levar ele agora, tudo bem? — Nem ao menos esperou resposta e seguiu com o outro para um corredor.

O ômega estava triste, se soubesse que seria deixado para trás, traria o amigo até a metade do caminho e voltaria embora, não teria se preparado a toa. O lugar estava abafado demais para sua opinião, mordeu os lábios levemente ao ver um dos garotos mais altos do local lhe encarando, em seguida sorriu e foi até uma das espreguiçadeiras que havia ao lado da piscina, sentou-se nela e tirou a camisa que vestia e seus chinelos.

Pouco depois, Baekhyun batia seus pés na água rapidamente, vendo ela respingar para todos os lados, havia perdido toda a vontade de se divertir como havia planejado pouco tempo antes.

— Esse lugar devia ter ar condicionado. — Reclamou tentando se abanar com a própria mão, era uma tentativa falha pois o calor só aumentava. Pulou na água, mergulhando por um momento e passou a nadar feito cachorrinho.

— Pessoal, vocês não vão vir comer? — Ouviu uma voz grossa chamando o pessoal, o que fez voltar a atenção para a porta de onde ele havia saído, revirou os olhos ao encarar Chanyeol apenas de bermuda, exibindo seu belo corpo, não entendia o porquê de estar reparando naquela barriga definida, mas seu subconsciente parecia querer aquilo mais que tudo.

— Esse babaca só veio para comer. — Murmurou sem dar importância, mas quase se afogou ao ver o pessoal todo eufórico indo para a borda da piscina e pegando as toalhas que haviam nas espreguiçadeiras, uns enrolando na cintura, as garotas no corpo todo, estava uma euforia, em pouco tempo se viu sozinho naquele lugar tão grande.

Deu ombros e passou a mergulhar cada vez mais, não precisava de um bolo, se quisesse sua mãe poderia fazer mais de dez. Pouco tempo depois se encostou na escada da piscina e sentiu seu corpo se arrepiar ao ir de encontro com o aço gelado, esfregou sua costa por um momento, sorrindo de lado pelo contato.

 

Estava ficando realmente abafado, lembraria de chamar a atenção de Kyungsoo por ter convidado o amigo - este que lhe trouxera junto - para um lugar tão abafado. Pouco tempo depois tirou seu shorts, ficando apenas com sua sunga branca com a barra dourada.

Se apavorou ao sentir o suor escorrer por sua testa, não estava entendendo o que estava acontecendo, principalmente pelo fato que sua respiração estava ficando mais acelerada e seu corpo cada vez mais quente, o suficiente para aquela água se tornar insuportável.

Pendeu sua cabeça para trás, fechando os olhos tentando manter a calma, não sabia o que estava acontecendo e não havia ninguém ali para lhe ajudar, o certo era recuperar suas forças e sair da piscina, mas quem disse que o ômega conseguia? Gemeu baixinho ao sentir uma fisgada dolorosa em seu ventre, olhou para baixo e queria entender o porquê de estar ficando excitado com aquilo.

— Você não presta Baekhyun, ficando excitado enquanto está ficando com febre. — Riu de si mesmo ao falar, fechou os olhos novamente até ouvir um barulho próximo a si, abriu os olhos rapidamente e os arregalou no instante em que viu Chanyeol parado com um prato de bolo, ele estava segurando um copo antes de ver Baekhyun soando e encostado naquele aço.

— B-Baekhyun, você… — Ele murmurou, o que fez o ômega morder os lábios e sorri, ele havia trazido bolo para si, mas o que estranhou foi quando ele deixou o bolo no chão e tirou sua camisa e chinelo, pulando na piscina, nadando até o ômega que passou a se esfregar contra a escada.

— O que voc- — Foi impedido de falar ao sentir o alfa se aproximar e fungar seu pescoço, este que deu uma risada fofa — Ta ficando louco? — Indagou, mas no momento em que ia afastá-lo, apenas o segurou nos braços, passando sua mão por ali.

— Baekhyun, você não está ciente do que está acontecendo? — Chanyeol indagou com sua voz rouca, vendo o outro negar — Você está no cio, venha, eu irei te levar embora. Seus pais saberão o que fazer. — Segurou a mão do garoto e o viu sorrir malicioso.

— Cio? Então isso não é uma simples febre? — Indagou sorridente.

— Você é engraçado, e eu achando que você já havia tido isso. — Chanyeol murmurou prestes a sair da piscina, antes de sentir as mãos de Baekhyun o puxarem para baixo.

— Chan, não me leva embora. — Murmurou arrastado, queria apenas sumir por estar tão próximo a Chanyeol, principalmente ao agarrá-lo, sentindo o cheiro forte que o fazia revirar os olhos — Vamos esquecer nossos problemas e apenas me ajude, por favor.

— Eu não devo fazer isso, porque não chama algum de seus amigos? Ou aquele que você estava pegando no vestiario? — Indagou curioso, tentando ignorar o quão quente Baekhyun estava e seu cheiro, engoliu o seco, daquele jeito não saberia se conseguiria continuar a negá-lo.

— Porque eu quero você, me ajude por favor. — Falou manhoso, olhando nos olhos do alfa, levou suas mãos no rosto do mesmo e no momento em que foi selar seus lábios, sentiu as bochechas do outro — Vai me negar? — Indagou, fechando os olhos por um momento, estava doendo demais.

— Se você me beijar, eu pararei, entendido? — Falou, vendo o ômega o encarar esquisito, mas apenas afirmou com a cabeça.

Chanyeol sentia como se seu coração fosse sair pela boca a qualquer momento, talvez tenha imaginado aqueles momentos por um bom tempo e agora estava prestes a realizá-lo, por mais que não fosse do modo que pensou que seria.

Tirou sua bermuda permanecendo apenas de sunga, o que fez Baekhyun abaixar sua única peça, exibindo a ereção para o alfa que mordeu os lábios, agarrando o ômega pela cintura.

Seu instinto era beijá-lo, acariciar a pele que já estava quente sob a sua palma, mas se controlaria o máximo para não mostrar seus sentimentos - não queria inflar o ego do ômega - apenas tentaria ajudá-lo a se livrar daquela dor.

O cheiro adocicado ficava cada vez mais forte, entorpecendo-o aos poucos. Baekhyun parecia ter exatamente aquilo que Chanyeol queria, o que Chanyeol precisava era apenas tê-lo naquele momento, por mais que isso fosse contra seus princípios, já que guardava mágoas do garoto.

Sequer pensou quando escorregou a ponta do nariz por toda a pele arrepiada do pescoço do ômega, arrancando um suspiro sôfrego dele, que não poupou tempo ao entrelaçar suas pernas em volta do quadril do alfa.

As ereções se roçaram, firmes uma na outra e Baekhyun ondulou o quadril quando sentiu seu abdômen contrair. Queria mais daquele contato, assim como queria mais de Chanyeol. Sem pensar duas vezes, passou a arranhar as costas do alfa, pedindo manhoso para ele fazer aquilo rápido.

Desceu uma de suas mãos até a ereção do alfa, envolvendo a extensão que pulsou necessitado contra a sua palma. O pré-gozo molhou seus dedos e aquilo somente aumentou ainda mais a sua lubrificação natural, o que o fez gemer manhoso ao passar a movimentar o falo alheio, ouvindo-o gemer rouco em seu ouvido. Mordeu os lábios e fez questão de abrir mais suas pernas, soltando um pouco da cintura alheia.

— Não podemos demorar. — Baekhyun disse manhoso, afinal ainda estavam na piscina, a qualquer momento alguém poderia aparecer.

Com aquilo, Chanyeol se afastou um pouco do ômega, tocando no pênis alheio antes de trilhar o toque até a entrada, sentindo ela contrair contra seus dedos. Seu grunhido saiu sem que pudesse controlar e sua boca passou a descontar toda aquela frustração sexual no pescoço imaculado do Byun.

— Chan, suas mãos... — Gemeu, sua voz saindo mais manhosa do que gostaria. — Ela são tão quentes.

— Elas ficam assim por sua causa, Baek. — penetrou dois dedos no interior úmido, sentindo ele tentar expulsar. — Não contrai desse jeito. — pediu com o tom de voz sofrido.

— Eu não c-consigo controlar…

Chanyeol pensava que poderia enlouquecer a qualquer momento. Todos os seus sentidos estavam aflorando a medida em que a lubrificação aumentava e escorria por entre seus dedos que iam e vinham dentro do menor.

—  Droga, você está tão molhado. - grunhiu baixinho. —  Tão pronto para mim.

— Só.... Continua, Chan. — Baekhyun sequer percebeu quando começou a rebolar sobre o alfa, apenas sentia sua glande roçando contra o abdômen dele a medida em que sua próstata era muito bem pressionada. — É tão gostoso...

— Caralho, Byun. — com a outra mão, Park estalou uma das nádegas do menor. — Tão dengoso. — Murmurou, naquele momento havia jogado fora todas suas preocupações, apenas queria curtir o momento.

Ambos estavam em uma confusão de suspiros e gemidos, tanto um com o outro imensamente necessitando toques mais profundos. Baekhyun esfregando seu corpo contra o do maior não ajudava nem um pouco, Chanyeol não poupou esforços enquanto segurava o menor pelo quadril e o puxava para dentro da água, ouvindo o outro gemer pelo contato com a água.

— Só tenta não fazer muito barulho, tudo bem? — Chanyeol murmurou rente ao ouvido de Baekhyun que afirmava diversas vezes, apenas queria senti-lo dentro de si, o mais rápido possível.

O ômega desesperadamente procurou pelos lábios de Chanyeol, que apenas virou o rosto e apertou forte sua cintura como se estivesse o repreendendo por aquilo.

— Desconte em outro lugar. — sussurrou. — Vire de costas. — Pediu para o ômega, que segurou as duas barras da escada da piscina, onde Chanyeol colou seu corpo ao de Byun, que gemeu ao sentir o alfa mordiscando seu pescoço antes de penetrá-lo aos poucos com o membro túrgido, Baekhyun sentiu seu corpo todo se arrepiar e seu interior contrair quase desesperado em volta de Chanyeol. Os gemidos roucos eram deixados rente ao seu ouvido, tão cheios daquelas sensações que acobertavam os dois, mas que também eram carregados de sentimentos.

— Você e-está me apertando, Baekhyun. — suspirou dolorido quando, enfim, todo seu membro se encontrava dentro do menor.

 

Os gemidos manhosos que ele soltava denunciavam o quanto estava gostando, pois no momento nada mais importava a não ser empurrar seu quadril para trás, o suficiente para sentir Chanyeol pôr suas mão na cintura, começando a estocá-lo com vontade, gemendo alto com as investidas que o alfa dava.

— Tão fundo. — Baekhyun escorregou a palma até o membro que pendia duro e pulsante entre as pernas.

Os movimentos aceleravam conforme a excitação crescia. Alfa e ômega se uniam em um ato tão impuro, mas que mexiam com os íntimos de uma maneira insana.

O barulho das peles se chocando era abafado pelo som da água, que mexia e com a leveza ajudava Chanyeol a levantar o corpo do menor até a borda da piscina, prensando o ômega na mesma, ouvindo o gemer novamente pelo contato gelado com a pele. Por um momento Baekhyun encarou Chanyeol e mordeu os lábios, seus lábios estavam vermelhos pelas constantes tentativas de proibir que o gemido ecoasse pelo local.

A vontade de beijá-lo chegava a ser dolorido, e Chanyeol pareceu sentir a mesma coisa quando convenceu a si mesmo que o seu ego já não mais existia naquele momento.

As bocas se chocaram com força, os lábios entreabertos encaixaram-se como se já estivessem acostumados. Logo os estalos molhados daquele beijo, junto dos gemidos necessitados, eram os únicos sons que podiam ser ouvidos.

— Droga, Chanyeol, o que você fez comigo? — Indagou Baekhyun ainda ofegante, ele encarou o alfa nos olhos.

—  O que eu fiz com você, Baek? — o cenho franzido parecia tão lindo.

— Esse sentimento... Eu não quero sentir isso. — Confessou, sentindo os movimentos dos quadris quase pararem, deixando um ritmo lento e agonizante. — Eu não sei como sentir isso.

A boca do maior passeava pela pele clara, tentando controlar a vontade de marcá-lo como seu.

— Não fala assim, Baek. — O tom sofrido deixava a mente do ômega em um total branco.

— Mais rápido... Eu estou quase lá. — Pediu, contraindo o interior em volta da extensão que pulsava sem algum intervalo. O seu próprio membro era pressionado entre ambos os abdômens, tão duro e vermelhinho.

O ápice foi quando a mão de Chanyeol alcançou a sua intimidade, masturbando tão devagar que fez com que seu orgasmo viesse mais forte do que algum dia já teve.

Naquele momento, Baekhyun praticamente gritou ao sentir o outro crescendo ainda mais dentro de si, o que o fez fechar os olhos e contrair sua entrada ainda mais pelo recem orgasmo. Chanyeol era tão gostoso... Estava com a cabeça apoiada no ombro do alfa que tentava controlar sua respiração, pois estava sendo doloroso permanecer daquela forma sem poder marcar aquele por quem guardava tantos sentimentos.

— Me marca, Chan. — rosnou baixinho, apertando com força os ombros do maior.

— Não me pede isso. — gemeu, o nó formando e deixando ambos ligados.

— Eu quero tanto isso. — o tom de voz parecia choroso. — Há tanto tempo…

— Droga... Você tem noção do que está falando? — mordeu de maneira fraca a pele do pescoço do ômega, sentindo ele se agitar e tremer entre seus braços.

— E-Eu só quero.... Quero ser seu, Chan. — Fechou os olhos com força, relaxando seu corpo quando o nó aos poucos se desfazia, ouvindo o outro gemer quando se livrou da ereção dolorosa.

Os olhos se encontraram quando os corpos se afastaram, tão vivos como há tempos não pareciam.

—  Eu não posso fazer isso, Baek. —  levou as mãos molhadas pela água até o rosto do menor, acariciando tão levemente que o fez fechar os olhos.

— Então vai ser isso? — parecia magoado. — Uma transa e nós continuamos como antes?

—  Eu nunca quis isso, você sabe. — Respondeu baixo — Porque eu te amo, droga. Eu não quero me arrepender disso... — Confessou.

— Mas você não me odiava? — Indagou perdido.

— Odiar você? Sério Baek? — Riu ao falar, como ele poderia ser tão inocente? — Eu já me confessei uma vez para você, não está lembrado? — Indagou.

Chanyeol lembrava como se fosse ontem, quando estava no último ano do ensino fundamental, se aproximou receoso de Baekhyun e lhe disse tudo que estava entalado há tempos, chegou até chorar para demonstrar o quanto amava aquele ômega, mas ele apenas havia ficado parado sem dizer uma palavra e com aquilo o alfa pensou que ele não sentisse o mesmo, pois pouco tempo depois ele saiu e lhe deixou sozinho no corredor.

 

Então quando entraram no colegial, Chanyeol cresceu e Baekhyun agiu como se não o conhecesse por mais que fossem vizinhos e a partir daí começaram as implicâncias que ninguém ao menos conseguia entender.

 

Chanyeol suspirou e ajudou Baekhyun sair da piscina, mas o ômega estava manhoso demais para ir andando, o que fez o Park carregá-lo no colo até o vestiário, o colocou no chão assim que foram para debaixo de um dos chuveiros.

Tomaram o banho em silêncio, mas Baekhyun fazia questão de prensar Chanyeol na parede, roçando seus corpos e sentia seu rosto esquentar em pensar que ele havia sido seu primeiro. E queria continuar com aquilo por um bom tempo, não estava se reconhecendo, mas agora que havia se “resolvido” com Chanyeol, não tinha porque ter receio de se aproximar.

— Quando eu pedi para você ficar comigo, você não queria me beijar. Por que? — Baekhyun indagou enquanto se enxugava, voltando sua atenção para Chanyeol que suspirou pesadamente.

— Dizem que o beijo é um ato carinhoso e pelo que ia acontecer não pensei que fossemos ter algo que significasse ser carinhoso, já que você sai com um monte de cara. Não queria ser mais um. — Respondeu sério, colocando a mesma roupa de antes, vendo a expressão que o ômega havia feito, mas não falou nada, apenas saíram do vestiário e foram para a saída da confraternização, mas o que era estranho que não haviam visto mais ninguém depois do que fizeram na piscina.

 

Resolveram deixar para lá e seguiram em direção a suas casas, já que eram vizinhos caminharam juntos. Chanyeol sempre abraçado a Baekhyun por conta do seu cheiro adocicado, não podia deixar ninguém se aproximar do ômega por conta disso, a não ser que ele quisesse.

 

-

 

— Você e o Chanyeol… — Jongin murmurou enquanto via o amigo sorrir para as paredes, mas no momento que o outro citou o alfa, tossiu e parou de andar.

— O que tem? —  Indagou.

— Você sabe que a mãe do Kyungsoo teve um trabalho para pedir que retirassem toda a água da piscina? — Falou sério, o que fez o rosto de Baekhyun esquentar igual um pimentão — Mas ninguém ousou atrapalhar vocês, até porque eu e o Soo trancamos as portas para vocês transarem sem ninguém se intrometer. — Jongin falava com tanta naturalidade que fazia o sangue do ômega ferver de vergonha.

— Eu fiquei no cio em um lugar inconveniente, apenas isso. — Falou de cabeça erguida, fazia três dias que não via Chanyeol na escola, por mais que nas últimas duas noites ele havia aparecido em sua casa, para fazer-lhe companhia quando a dor se tornava forte demais para suportar sozinho.

Estava nervoso, pois sabia que não podia deixar a relação continuar daquela forma, e soube o que fazer assim que viu Chanyeol e Kyungsoo conversando animadamente no corredor, respirou fundo e tomou coragem o suficiente para se aproximar dos dois, tomando os lábios do alfa sem pensar duas vezes, o que foi um choque, ele tentou afastar o ômega, mas este havia posto seus braços em volta do pescoço dele.

— O que está acontecendo? — Kyungsoo indagou para Jongin, lhe dando um selinho —  Eles estão namorando? —  Perguntou novamente.

— Ainda não, mas eu não dou uma semana para começarem. — Riu ao falar.

Baekhyun parou o beijo com a respiração ofegante, encarava Chanyeol que estava vermelho pela atitude do outro.

— Você me perguntou aquele dia se eu me lembrava da sua confissão. — começou a falar, tomando fôlego —  Eu nunca esqueci ela, me sinto mal até hoje por ter saído sem retribuir seus sentimentos, eu fui um covarde. Não sabia como dizer que gostava de alguém e quando entramos no ensino médio, eu me sentia cada vez mais chateado por ter evitado você e pensei que era mais fácil te esquecer. — Disse de olhos marejados, guardava aquilo há tanto tempo… E agora estava desabafando tudo no meio do corredor do colégio.

— Então você também gosta de mim? —  Chanyeol perguntou com os olhos arregalados.

— É claro, você acha que eu odiaria alguém tão perfeito igual você? — Sorriu, limpando as lágrimas que insistiam em escorrer — Eu me sinto feliz por estar falando isso, eu te amo tanto…

Os dois se beijaram novamente, sentiam-se mais leves por terem sido sinceros com os próprios sentimentos, algo que desejavam há muito tempo e estavam realizando, e com isso iriam passar a tentar se relacionar mais vezes, não admitiriam estar namorando pois primeiro queriam recuperar o tempo perdido.

Quando os dois estivessem sentindo como se o tempo perdido tivesse sido recuperado, iriam tentar um relacionamento sério. Foi um choque para todo colégio e família quando viram os dois - cão e gato - juntos, mas seus pais como sempre riram daquilo, como toda mãe tem uma boca santa.

— Eu disse que eles acabariam juntos. —  Era o que as mães de ambos diziam, se orgulhando dos filhos que tinham, por mais que tivesse demorado, nunca era tarde demais para admitir o que sentia pela outra pessoa, quem não arrisca, não petisca. Então não perca seu tempo guardando seus sentimentos, apenas extravase, afinal, você não tem nada a perder.