Pov Mike
Nossa parece que ele gosta bastante dele, está até chorando... Devo ou não ir até lá? Ah que se dane...
— Oi? — Ele nem ao menos deu ao trabalho de me responder... — Olha eu já sei que você teve um longo atrito com o Pac, mas não fique assim, mesmo não te conhecendo pessoalmente da pra ver no seu olhar que mudou que realmente ama ele... Mas ele não quer nada com você porque você o machucou, talvez não devesse ter voltado a Paris em busca de perdão;
— Vem cá quem é você para falar do meu relacionamento?
— Na verdade: não quero ver você sofrendo. Sofrer por ele no caso é uma grande perda de tempo Lange, ele não vai voltar atrás... Errou uma vez? Talvez esse seja o primeiro e ultimo erro que você cometeu com ele...
— Eu sei que ele me ama.
— Ele não te ama, já disse para não perder tempo com isso, por que não vai embora conseguir seu sucesso em outro lugar? É só um conselho não quero que entenda mal.
— Você não o conhece como eu conheço... Ele é tão complicado de entender.
— Tá... Tudo bem. Eu não vou mais te atrapalhar, desculpa qualquer coisa...
— Ok... Mas qual é o seu nome?
— Mikhael.
— Linnyker?
— Sim. — Esboço um sorriso.
— Prazer... — Ele estende a mão.
— O Prazer é todo meu. — Damos o famoso aperto de mão, sinto que ele não é o monstro que passa na cabeça de Tarik.
Pov Pac
Ah que legal os dois são amiguinhos. Não vou me meter nisso. É coisa dos dois... Talvez eu tenha mesmo é que voltar ao meu posto... Eu me esqueci de uma coisa: Eu e o Mike vamos sair hoje, mas por que justo hoje? Com que cara vou olhar para ele agora?
— Tarik? — Mike pare de chegar do nada, por favor.
— Ah Mike! Quer me matar?
— Eu sei que você ouviu tudo...
— A gente combinou de sair?
— Não. Você tá ficando louco?
— E-Esquece Mike eu sou um fardo mesmo...
— Eu to com um tempo livre hoje, se você quiser passear por Paris agora, o que acha?
— Ah sei lá... Tudo bem eu aceito.
— Por que perguntou se a gente iria sair?
— A-Ah sei lá. Pensei que tínhamos combinado outro dia...
— Pensa que eu esqueci que você ficou espiando a gente? Eu to esperto Pacagnan...
— É claro que eu espiei vocês! Mike não dê ousadia a ele, por favor.
— É melhor ficar quietinho isso não aconteceu tudo bem? Vamos se trocar logo para o passeio.
— Para de dizer “passeio” me da nos nervos!
— Tá né...
Ambos desciam as escadas indo direto ao vestiário. Tarik observa o visor do seu celular e vê que a temperatura é bem fria, concluindo: previsão de neve na cidade.
Frio. Que surpresa eu não acredito que eu vou ter que vestir traje de inverno, eu me sinto tão desconfortável dentro deles, são horríveis! Mas o que eu não faço por ele não é mesmo?
...
— Paris é linda não é Tarik?
— Bom é verdade. Qual é o proposito hoje?
— Sei lá quero te conhecer
— Serio? Não tem algo melhor pra fazer não Mikhael?
— Eu insisto.
— Tá legal vá em frente.
— Qual é o seu sonho Tarik?
— Meu sonho? É um sonho de consumo ir a melhor escola de Ballet do mundo: American Ballet Theatre. Em Nova York — Eu suspiro fortemente soltando aquela fumaça de inverno pela boca.
— Você está na Paris até agora, por quê?
— Eu não te expliquei?
— Pelo que eu sei não, Tarik...
— Hoje eu estou louco. Só pode! Eu vou lhe contar tudo Mike não se preocupe: Tudo começou com uma carta dizendo que Brent Street viria a Paris eu fiquei muito feliz! A única vez que a American Ballet veio pela ultima vez foi na minha infância e nunca mais voltaram, Paris hoje não é o foco deles... Voltando, o Rafael queria mais do que tudo ser escolhido, e ele passou para a terceira escola melhor do mundo na Austrália com a ajuda e trapaça das gêmeas. Isso me deixou muito chateado... Era para eu ir para Austrália, talvez hoje eu estivesse com muito sucesso Mike.
— Por isso você não quer nem olhar na cara dele?
— Não sei nem porque disse isso a ti... — Chutei a neve na calçada.
Nós andamos um pouco e ficamos observando turistas, as arvores cobertas de neve e a Torre Eiffel. Paramos debaixo da árvore, queríamos descansar um pouco.
— E então que artista te inspira tanto na dança?
— Ah a Sia...
— Por isso que no primeiro dia que eu te conheci você dançava que nem aquela garotinha de cabelo platinado
— Mike, por favor, não me lembre disso.
— Você é tão rígido e carrancudo... Não cansa ser assim não?
— Eu já tentei ser um menino doce, mas esse menino morreu...
— Como ele era?
— Por que se importa com isso?
— Tudo bem se não quiser contar...
— Ela sempre dizia que era perigoso se apaixonar, por que eu não a escutei?
— Sia?
— Sim...
— Talvez seja sim perigoso, mas–
— Mas o que Mike? Você me deu um selinho, isso já é um começo de um beco sem saída. Você é como fogo eu preciso fugir de você.
— Quer dizer que você pode se apaixonar por mim é isso? Por isso me evita tanto?
— Por isso evito tantos garotos. Não quero sofrer de novo, você pode até dizer que é diferente, mas quero que prove a mim Mike.
— Talvez não goste da minha prova.
— O que?
— Eu poderia muito bem te dar um beijo, mas isso seria tão previsível, eu respeito você, quero começar isso do zero. — Eu dou um beijo longo na sua bochecha e ele da um sorriso, quase congelei meus lábios, mas tudo bem.
— Não precisa ser do zero Mike, eu te admiro demais, eu gosto de você. Meus lábios quase congelaram na sua bochecha...
— Por isso que cada vez mais meus sentimentos crescem por você... — Ele da um sorriso largo preenchendo algo dentro de mim? Acho que é o meu coração. Aos poucos Mike me abraça e continuamos andando naquele frio com a neve branquinha na cidade de Paris, talvez eu esteja me apaixonando de novo. Odeio pensar demais...
— Dizem que Paris é a capital do amor... — Diz ele olhando para a Torre Eiffel.
— Eu não acredito nisso. — Mike joga um olhar surpreso.
— Por quê?
— Até que me provem o contrario.
— Eu vou provar que isso é verdade.
— Como ousa?
Mike me da outro selinho, só que esse mais demorado e duradouro. Deu para sentir seus lábios quentes e macios chocando-se com os meus que eram desidratados e congelados. Clichê...
— Você fez isso de novo?
— Não podia? — Corei demonstrando estar envergonhado com a situação, por que ele fez isso comigo? Ele quer me matar de vergonha!
— Você não presta mesmo não é Mike?
— Desculpa, eu gosto de você. Perfeitinho...
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