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História Bandmates....or something more? - Scars of the past


Escrita por: My_michelle31

Capítulo 7 - Scars of the past


A normalidade reinava sobre a banda. Axl estava aos poucos retornando ao seu verdadeiro “ eu”, causando polêmicas e enlouquecendo a imprensa. Já havia se passado quase 1 mês desde o pequeno incidente entre ele e Duff, nesse meio tempo o ruivo se tornou mais próximo de Duff, ele realmente prezava muito o amigo. Duff não podia estar mais grato por isso, conversar com o menor ou simplesmente um de seus belos sorrisos sendo dirigidos a ele já lhe aquecia o coração.Izzy observava de perto toda a interação, querendo ter certeza que o amigo não teria outra recaída. Seja lá o que foi que tenha acontecido, Axl não tinha lhe contado e não parecia disposto a fazê-lo. Mas só porque o ruivo tinha voltado a falar com Duff, não significava que ele havia esquecido o que tinha visto.

No fundo, ele sempre havia sido confuso sobre essa questão: Sexualidade.

Ele nunca teve direito de escolha. Em sua casa, na pequena cidade de Lafayette, as mulheres mais ousadas eram consideradas adoradoras de Satã. Ele nunca se esqueceria do dia em que ele tinha visto seu padrasto bater em sua mãe. Ele havia sido liberado mais cedo da escola, ele tinha então 7 anos, ainda era um doce e gentil garoto, de quem todos gostavam. Ele entrou pela porta dos fundos da casa e ia subir direto para o quarto, quando ouviu gritos na sala. Completamente assustado, ele reconheceu a voz de sua mãe, estaria alguém atacando ela? Quão grande foi a sua surpresa ao ver o homem a quem chamava de pai, desferindo socos, tapas e chutes contra ela, a chamado de nomes que ele nunca tinha ouvido até então, ele ficou quieto, escondido pela sombra da parede, chorando com a mão sobre a boca. No outro dia quando perguntada por seus irmão, sobre os hematomas no rosto, ela mentirá dizendo que tinha caído da escada.

Não muito tempo após esse episódio, os abusos começaram. Na igreja, Stephen Bailey, era considerado como um santo, exemplo de marido, exemplo de pai, exemplo de homem, exemplo de pastor. Mas em casa só a sua família conhecia sua verdadeira face.

Tudo começou com visitas no meio da noite, Axl ainda se lembrava do dia em que acordou assustado ao sentir mãos em seu corpo. Ao acordar encontrou seu “ pai” em sua cama, e ele estava sem camisa, e tinha uma mão dentro da calça de seu pijama, perguntou o que estava acontecendo, o homem apenas sorriu e disse que estava lhe fazendo uma massagem, o pequeno William sorriu e voltou a dormir, as visitas durante a noite continuaram assim como as massagens, que a cada vez eram mais ousadas, até o próprio William reconhecia isso, ás vezes sentia seu “pai” massageando seu “piu-piu”, e sua entrada com os dedos, ele sentia uma sensação estranha, uma sensação ruim, ele pediu para o homem para com as massagens, mas o homem disse que lhe faria dormir melhor, mas Axl não achava isso.

Então aconteceu. Uma noite em que muito convenientemente a mãe e irmãos de Axl estavam fora da cidade, visitando a avó. O pequeno William tinha ficado, porque tinha aula no próximo dia e não podia faltar. Ele dormia calmamente alheio ao perigo que estava na sua porta.

Stephen entrou no quarto, Axl acordou com o susto e se sentou na cama, acendeu a luz do pequeno abajur que ficava no criado mudo ao lado da cama, era apenas seu “ pai” que provavelmente queria lhe dar uma massagem, mas hoje ele não queria e foi o que ele disse. Mas Stephen não ouvia, tudo o que o homem monstruoso conseguia pensar é que ele estava sozinho em casa com o pequeno ruivinho à sua mercê. Com certa gula olhou para o garoto.

O pequeno William não conseguiu prever. Ele foi brutalmente atacado, jogado contra a própria cama, suas roupas foram rasgadas, e foi penetrado, ele gritou, chorou muito e pediu para que o homem parasse com aquilo por que doía muito, seu corpo não estava preparado para a dor.

Mas o homem não quis parar, ele descobriu que gostava do gritos e choros da criança e arremetia mais fundo e forte, fazendo o ânus do menino sangrar, e sangrar muito. Axl ainda se lembrava da sensação, de como foi ouvir da boca do homem que ele admirava e amava, que ele merecia, merecia aquilo porque o seduzia, e por ser tão ousado ele recebia o que merecia. A mente de Axl estava confusa naquele momento, como ele podia seduzir aquele homem,se ele nem sabia o que a palavra queria dizer? Graças a sua criação, ele era mais ingênuo do que os meninos de sua idade, tudo o que ele podia fazer era chorar e gritar. Acima de sua cama havia um crucifixo, ele olhava para a cruz e pensava em Deus. Ele estaria vendo isso? então orou, em voz alta. mas Stephen o amordaçou com pedaços de seu pijama, quando terminou o serviço sujo, Stephen deixou o pequeno garoto sangrando na cama e foi dormir.

Axl acordou no dia seguinte, ele estava na banheira, estava sendo lavado pela mãe, por um segundo ele chegou a pensar que tudo aquilo não passou de um pesadelo. Mas a água vermelha da banheira mostrou que não. Não foi um pesadelo. Sua mãe o olhava com os olhos marejados e metade do rosto inchado, ela dizia que ele não poderia contar para ninguém o que tinha acontecido. E foi isso o que ela seguiu dizendo pelos próximos anos toda vez que ela vinha cuidar dele depois que Stephen o estuprava.

Izzy havia sido a sua luz, ele mostrou para Axl uma vida além das garras de Stephen, mostrou que sim,ele podia sorrir de novo, que ele não merecia o que passava, que ele nunca havia feito nada de errado, e muito menos havia seduzido aquele homem.

Izzy o havia libertado do mundo doentio e ciumento de Stephen, o trazendo pra sua casa, e consequentemente fugindo com ele para Los Angeles quando teve a chance,e por isso Axl era mais que grato.

Mas depois de tanto tempo Axl estava tão quebrado, que ele não conseguiu se estabelecer no mundo. Ele não sabia se gostava de homens. Uma vez Izzy o havia beijado, isso quando os dois estavam bêbados, mas Axl gostou, a boca de Izzy tinha gosto de canela e whisky barato, ele gostou mais do que quando beijava garotas. Mas se ele gostou do beijo de um homem, isso significava que ele gostava das coisas que Stephen fazia consigo.

Assim que Axl atingiu a puberdade, Stephen estimulava seu pênis, para que ficasse duro, um garoto na flor da idade, no auge dos hormonios, fica facilmente excitado, Stephen adorava fazer aquilo para mostrar a Axl que ele gostava daquilo tanto quanto ele. Como se Axl pudesse controlar seus hormônios, e Stephen o fazia gozar toda noite. Mas Axl odiava, ele se odiava, ele odiava seu corpo. Porque diabos ele reagia, se sua mente e toda a fibra de seu ser odiava?

Sua primeira relação após Stephen foi com uma menina, assim como várias que se seguiram, ele passou a rejeitar qualquer contato mais carinhoso vindo de homens, até um aperto de mão lhe trazia fobia. E tudo em sua mente era confuso, as vezes ele olhava para outros homens sim, mas nunca passava disso, ele acreditava que isso era uma doença que Stephen tinha colocado em si, ele gostava de mulheres e ponto.

Mas ai veio Duff...e aquela fatídica noite. O loiro sentia uma óbvia atração pelo ruivo. Mas o que isso queria dizer? Axl sentia que não devia ter medo de Duff. Afinal o loiro não era o Stephen.Mas o que ele deveria esperar exatamente do loiro? Era isso o que ele não sabia. E Axl não gostava daquilo que não sabia.

Izzy- Já faz um tempo que você está quieto - o moreno o tirou de seus pensamentos

Axl- Eu só estava pensando - ele respondeu vagamente

Izzy- No que exatamente?

Axl - No passado- ele suspirou

Izzy - Axl...não, não faça isso com você - o moreno pousou gentilmente uma mão no ombro do amigo - Não pense naquilo

Axl - Não como se eu conseguisse esquecer Jeff - o ruivo sorriu tristemente e fitou a estrada além da janela do carro - Eu tenho marcas que não vão sair do meu corpo

Izzy - Axl… olhe pra mim -  pediu gentilmente. O ruivo o olhou meio que relutante, com os olhos já cheios d’água

Axl - O que eu tenho? O que eu tenho Izz? Porque todos eles olham pra mim daquele jeito? Porque eu tive que nascer assim? Afinal porque eu tive que nascer no fim das contas? - o ruivo fungou e escondeu o rosto no ombro do amigo, chorando silenciosamente, todos no carro dormiam, menos ele, Axl, e Duff, que estava mais a frente e com fones de ouvido.

Izzy - Não se culpe por aquilo que não fez - o moreno disse, seu tom de voz suave e caloroso - Stephen era doente Axl, e você uma criança que mal sabia das coisas fora da igreja. E quanto a sua aparência, você é lindo, não acho que isso seja doença ou maldição, muito pelo contrário, você é um sortudo - ele brincou arrancando uma fraca risada do amigo - O que seria da banda se você não tivesse nascido? O que seria de mim, se você não fosse meu melhor amigo? Agora durma e pare de pensar nessas coisas, okay?

Axl balançou a cabeça positivamente e fechou os olhos. Ele estava cansado de qualquer forma.

Izzy olhou para frente e viu a cabeleira loira do baixista voltada para eles, olhando atentamente, ele sabia que Duff não estava ouvindo música, os fones estavam desconectados do walk-man. Com um sinal de cabeça ele chamou o loiro.

Duff atravessou o ônibus, ele queria esticar as pernas mesmo. 5 horas sentado em um ônibus não é nada fácil para quem tem 1,90 de altura.

Duff- Algum problema? - o loiro se sentou na poltrona do outro lado do corredor

Izzy - Nenhum, quero sentar um pouco mais a frente, eu tenho algo pra falar com o Steven, pode ficar aqui? - Izzy disse em um tom de voz baixo

Duff - Porque? -  o loiro arqueou uma sobrancelha - Não pode falar com o Steven quando pararmos?

Izzy - Se eu levantar, e deixar ele sozinho, ele vai acordar. Axl não tem dormido bem há muito tempo, você sabe, mas se não quiser ficar aqui, eu posso chamar o Slash - o moreno sorriu de lado, ele sabia a resposta.

Duff - Deixa que eu fico - ele ficou em pé esperando o moreno se levantar.

Com muito cuidado Izzy saiu do lugar e segurou a cabeça do ruivo, Duff se sentou, quase sem se mover, era como se ele respirasse fosse quebrar Axl em mil pedaços. Ele acomodou a cabeça de Axl em seu ombro, o ruivo chegou para perto dele. Para Izzy e Axl isso era normal. Para Duff, era como se o coração dele fosse sair pela boca, ficar tão perto assim de Axl o deixava inquieto, mas a serenidade que o rosto de Axl passava para ele o acalmou, o ruivo era tão lindo dormindo, parecia um anjo.

Os longos cabelos ruivos jogados contra a poltrona e ao redor de seu rosto, o sol batendo neles e em sua pele pálida. Duff ficou hipnotizado. E sem contar no contato com o corpo do ruivo, seu braço foi para a cintura delgada do ruivo, o trazendo para perto, abrindo mais espaço para o ruivo.

Izzy - Vai ficar bem? - o moreno perguntou com um sorriso discreto no rosto

Duff- E se ele acordar? O que ele vai dizer? Ele pode surtar de novo - o loiro disse preocupado

Izzy - Não vai, apenas invente uma desculpa, e depois eu falo com ele - o moreno atravessou o ônibus e se sentou ao lado de Steven, que instantaneamente rolou para o seu lado.

Steven - Eu amo quando você dá uma de cupido - disse ainda de olhos fechados

Izzy - Pensei que estivesse dormindo - sorriu e beijou a testa do loiro, eles estavam no último assento do ônibus, no canto mais escuro, não havia perigo de serem visto, apesar de que todos ali eram amigos.

Steven - Você sabe que eu não durmo sem você - o loiro replicou e bocejou, apoiou a cabeça no ombro do amante e voltou a dormir.



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