História Banned Love - Samantha is out - parte final

Acordei sentindo falta de Samy, suas mensagens motivadoras de manhã. Ou, quase sempre, ela reclamando que Brandon não respondeu suas mensagens. Samy era incrível e nunca irei esquece-la nem se quisesse. Vou guardá-la no meu coração para sempre.

Cheguei em seu velório dez minutos atrasada, vi rostos conhecidos, como o de Brandon e Chloe. Ela chorava descontroladamente. Ele estava sério, sem uma expressão definitiva. Provavelmente, Samy gostaria que ele estivesse chorando e desejando sua volta. Samy gostava que as pessoas a valorizassem. Eu a valorizava.

- Chegou tarde. – Nanda falou, quietinha, chorava baixo. Nanda nunca foi de expressar muito seus sentimentos. Ela parecia estar pensando em como parecer menos insensível, mas eu sabia que ela estava triste como eu e Chloe. – Samantha nunca será esquecida.

- Com certeza. – eu e Chloe falamos em coro. – Não acredito ainda no que aconteceu, parece mentira. – falei.

A cerimônia começou. Todos estavam em silêncio, o padre orava em pesar em coro com todos nós. Sentíamos o mesmo sentimento: dor.

Há coisas que não pudemos mudar, mas podemos tornar elas coisas agradáveis e melhores de serem lembradas. Quando Samy morreu, achei que minha vida iria ser um inferno após aquilo. Mas não foi bem assim.

Quando a cerimônia acabou e todos nós jogamos nossas flores sob seu caixão e fomos indo embora. Chloe conversava com Nanda enquanto eu pensava na vida, na Samy...

De repente, um menino alto e magro vem em nossa direção, aparentemente parece querer falar conosco. Não conheço ele, então acho que é um amigo de Nanda ou Chloe.

- Bom dia. – ele falou.- Meus pêsames pela amiga de vocês. Tudo bem?

- Hm... A gente se conhece? – Nanda pergunta.

- Não, na verdade vi vocês aqui e a mãe dela disse que são amigas da Samy. Sou Justin, um vizinho dela. Desculpe incomodar.

- Não foi a intenção dizer que você incomodou, apenas estranhamos, mas estamos bem, eu acho. E você? – falei.

- Não muito. Eu era muito próximo de Samy, ela era minha vizinha, brincávamos desde pequenos. Mas meu pai não curte muito ela, então ela nunca foi lá em casa e ele não veio hoje. Ele diz que ela é a causa da morte de minha mãe.

- Sua mãe morreu? Minha nossa, me desculpe. – falo.

- Sim, faz tempo, nem a conheci por sinal. Não precisa se desculpar. – ele fala e então, Chloe e Nanda se afastam.

- Meu pai também morreu cedo, mas o conheci. Mesmo que não lembre. Sinto sua falta.

- Também sentiria. – ele fala sutilmente. Um silêncio evacua no ar, ele me olha com um olhar triste, claramente sente falta de Samy, como eu. – Sinto falta dela, quero que ela volte.

- Também quero. – sorrio, e ele também, automaticamente ele me abraça e começa a chorar. Fico sem reação, então deixo o menino que acabei de conhecer, chorar no meu ombro por uns cinco minutos.

- Quando seu pai morreu, o que você fez? – ele perguntou.

- Eu não sabia, então fiquei brava porque ele faltou meu aniversário. E você?

- Eu só soube com cinco anos, e não liguei muito.

- To com fome. Você não está? Poderíamos ir num café aqui perto.  – pergunto.

- Ia falar isso agora. Aceito.