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História Barriga de Aluguel - Capítulo Seis


Escrita por: MrsRodriguez

Notas do Autor


Hola!! Falei que não demoraria mas acabei demorando demais né?
Estava tendo shows na minha cidade e eu acabei indo em quase todos e chegando de madrugada, foi malz.

Capítulo 6 - Capítulo Seis


Fanfic / Fanfiction Barriga de Aluguel - Capítulo Seis

 

Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida. Se os olhares se cruzarem e, neste momento, houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu.


— Carlos Drummond de Andrade.

 

 

 

POV: Sérgio Ramos.

 


Pilar era doida, é doida e sempre será doida. Sua ambição para ter um filho chegava ser maior que a minha, e mesmo que aquilo me assustasse um pouco, eu era eternamente grato a Deus por ter uma mulher que faz de tudo para me agradar, inclusive procurar uma oferecida qualquer para ser nossa barriga de aluguel. 
Aceitar isso não foi a coisa mais fácil do mundo, houve muito choro da parte dela e foi por muito pensar que decidi ceder a seu desejo, que também me faria pai, meu grande sonho. Mas quando aceitei essa loucura, não estava no meu regulamento mental ter que suprir desejos de outra mulher, da barriga de aluguel que nada me tira da cabeça que é uma vadia oferecida e que deve vender não só a barriga para se sustentar. 

 

— Comprou tudo certo? – Marcelo dizia ao telefone.


Nesse momento eu estava adentrando o prédio onde havia comprado um apartamento para a garota. A tal Lambi, Live, Labibi ou qualquer bosta de nome, havia me ligado, o que até estranhei — pois desde a minha autorização para me ligar ela nunca tinha feito, disse que Joana não a atendia, o que é comum já minha irmã nunca tira o celular do silêncio, e ela estava com desejos.
Tudo bem que aquilo fazia parte da gravidez, mas a garota me fez rodar Madrid inteira atrás de um doce brasileiro. 

 

— Ainda estou me perguntando o por quê de um doce brasileiro, sendo que ela não é de lá. – disse nervoso subindo o elevador até seu andar. Por que escolhi logo o último andar? 

 

— Ninguém resiste a um brasileiro, nem os gringos. – Marcelo fez graça.
Ri fraco e me despedi de meu amigo, que havia me ajudado muito a achar esse doce de leite. 


Cheguei ao elevador da garota e antes de tocar a campainha, memorizei toda educação severa que recebi de meus pais. 


"Sempre haverá pessoas oferecidas e oportunistas no seu caminho meu filho, apenas os trate como uns nada." Repeti as palavras do meu pai mentalmente.


Toquei a campainha e logo em seguida ouvi passos apressados se aproximar. Esperava uma mulher com quilos de maquiagem, corpo siliconado e roupas vulgares, mas ao contrário, até levei um susto, não que ela fosse feia, mas era uma jovem, de lindos olhos claros, cabelos negros nos ombros e um corpo normal, sem muito peito e pouca elevação na bunda. Acho que não disfarcei o meu "assombramento" pois a mesma pigarreou constrangida. 

 

— Libby Mitchell. – ela disse estendendo a mão. Até a voz dela é linda. Por um impulso apertei sua mão, com um certo desespero. 
Estava em transe com aquele olhar, acabei esquecendo de todas palavras de meu pai. 


"Aparecerão mulheres bonitas, que te encantaram, mas se lembre, todas são apenas vadias loucas pelo seu dinheiro." Minha mãe disse quando eu entrei em meu primeiro clube. 


Soltei a mão da garota, que me encarou desentendida, mas deu de ombros me convidando para entrar.


— Aqui está seu doce. – disse rude entregando a sacola, Libby estava olhando para ela desde que cheguei.

 

— Não deve ter sido fácil achar. – falou suspirando ao levar uma enorme colher a boca. Eu havia comprado de todo jeito que achei, em barras e latas. 

 

— Não mesmo, acho que nunca andei tanto por Madrid como hoje. – disse com uma voz séria. De início seu semblante era assombrado, mas ela suavizou o olhar e riu fraco balançando a cabeça. Que estranha.

 

— A primeira e última vez que comi isso foi a dezesseis anos atrás. – arregalei os olhos – O Brasil é um lugar tão mágico. – disse maravilhada e com um sorriso enorme. Segundos depois o seu sorriso desmanchara, seu olhar pairou no fogão da cozinha e lágrimas surgiram. Era só o que me faltava. Marcelo me dissera que seria normal "emoções" a flor da pele. Mas não me preparei para isso. 


Eu nunca fui o cara mais sentimental do mundo, mas aquele choro dela não parecia apenas emoção do momento. Droga, estou me comovendo por causa de uma vadia qualquer. Graças a Deus, ela abriu a boca.

 

— Foi a ultima vez que viajei com minha mãe, a ultima vez que meu pai estava a sorrir todos os dias. – tenso, pensei. Não sabia o que fazer, não sabia o sentimento de perda, meus pais sempre estiveram comigo.
Sentei na cadeira ao seu lado, já que eu estava em pé encostado na porta, e acariciei sua mão. Senti que foi a maior burrada que fiz na minha vida quando seu olhar se encontrou com o meu e senti aquele choque elétrico subir por todo meu corpo.

 


               POV: Libby Mitchell.

 

Ah, as famosos borboletas voando desorientadas no estômago. Nesse contato visual até esqueci o motivo dele está aqui. Sou apenas a barriga de aluguel da sua mulher, sua mulher. 
Por que ele tem que ser gato? Deveria ter levado as palavras de Riet mais a sério, teria conseguido controlar esses sentimentos de adolescentes aos 15 anos.


O constrangimento invadiu meu rosto e o fez enrubescer.
Eu estava chorando na frente de um cara desconhecido e ele estava tentando me consolar, um tanto desengonçado. Lembrar da minha viagem a Minas Gerais sempre me fazia cair em uma poça de bad, mas hoje foi pior. Acabei rindo em meio às lágrimas, o olhar preocupado de Sérgio Ramos em minha direção estava engraçado. Ele é vesgo? 

 

— Mas... – Sérgio iria continuar, e acabou rindo também. 

 

— Você estava me olhando  engraçado. – disse depois de cessarmos as risadas. Ele me olhou sério por um tempo e percebi que tinha esquecido a formalidade. Ele era praticamente o meu patrão — Quer dizer, o senhor estava engraçado. – disse envergonhada e ele caiu na risada.

 

— Ai Ai. – colocou a mão na barriga – Agora você que foi engraçada.

 

— Ué. – disse estendendo os ombros.

 

— Marcelo vive usando essa gíria. – riu fraco. Franzi a testa – Marcelo é um amigo brasileiro e doido do clube, foi ele quem me ajudou a achar esse doce estranho ai. – apontou para o meu maravilhoso doce de leite cremoso. 

 

— Experimente. – levei uma colher para perto da sua boca e ele negou.

 

— Não posso fugir da minha dieta, se minha nutricionista descobre já posso me considerar morto. – mesmo não vendo seu abdômen, dava para perceber que era definido só pela grossura de seus braços e coxas. 
Uma colherzinha ia estragar aquele corpo onde? Nos dentes, apenas. 

 

— Você é jogador de futebol, em apenas um treino já perde toda caloria que comeu no mês inteiro. – disse descontraída e ele riu – Experimenta, não irá se arrepender. – ergui novamente a colher para sua boca e ele aceitou, abrindo lentamente. Sem pensamentos insanos agora, Libby.

 

— É muito doce, e enjoativo – ele disse fazendo uma careta. Como ele acha isso de um doce tão bom? – Mas é bom, você é brasileira?

 

— Não, minha mãe e seus irmãos nasceram lá, mas foram para Inglaterra cedo. O Brasil faz parte de mim, o doce de leite também. – ri.

 

— Achei ele em um café brasileiro. – ele disse arrumando o cabelo.

 

— Já sei onde vou passar a tarde nos próximos dias. – ele sorriu e ficamos em silêncio. 


As borboletas no estômago resolveram voar novamente, minha mão agora sem a sua por perto, soava frio. Ele é casada com uma mulher linda, gostosa, por que estou ficando constrangida com o olhar dele? Ele nunca me olharia de outra forma, a não ser por dó da pobreza para sustentar meu pai em uma maca.

 

 


Notas Finais


YEAAAAH!!!! Serjão gostosão entrou. O que acharam? Passei horas para fazer um capítulo merda desse. O doce de leite é latino, não tem uma origem certa mas eu falo que é brasileiro pq sou dessas.
📌 Achei super interessante a campanha do Setembro Amarelo. Mas não tenho coragem de postar no face, então que tal vocês comentarem um 💛 e algo que achem de mim, da fanfic ou da personagem? Responderei vocês também. 📌 Vi essa idéia na fanfic De Volta, da Lau 💖
Coloquei até uma fotinha minha no avatar.


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