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História Baseado em Fatos Reais - Ela... Sim, ela...


Escrita por: Gato_Vingativo

Notas do Autor


Primeiro drama que eu escrevo publicamente, então... Yooo! Eu sou o Gato_Vingativo :3 Espero que gostem de minhas historietas.
Só quero acrescentar que em cada capítulo falo sobre um momento aleatório da vida do personagem, então não pensem que a história fica desconexa.
Sobre o Título: É meramente poético. Designei-o para que entendam que são situações que ocorrem na vida de muita gente, como um "Clichê" na vida real.
Se acharem algum erro, por favor comentem, pois ajuda muito na elaboração dos outros capítulos... Sayo!

Capítulo 1 - Ela... Sim, ela...


Fanfic / Fanfiction Baseado em Fatos Reais - Ela... Sim, ela...

    O ar estava gelado. A noite projetava sobre mim sua sombra, e sob a penumbra me vi chorando. Estava eu, sozinho, em algum lugar. Já não me recordo onde, nem quando. Só sei que eu estava lá. Por que eu estava chorando? Bem, não me sinto confortável em dizer. Mas como não me resta muito tempo, quero que saiba que é uma curta história. É um mero clichê, como em toda boa história juvenil: Uma garota.

    Contudo, aos olhos alheios, parece-vos uma garota normal: Baixa, encorpada, olhos e cabelos castanhos… Mas não é isso que consigo ver. Olho pra ela como a uma gema de valor incalculável: Suas curvas complementam o balanço do mar, numa cidade litorânea como a minha. E aqueles olhos cor de castanhas me lembram de um aconchegante inverno. Seus cabelos? Ondulados e com um balanço suave. Sua beleza era excepcional, mas não o foco de meu olhar.

    Ela tinha um sorriso, que me fazia delirar. Ela, Yui. Sim, seu nome é Yui. E era tão audaz! Astuta, esperta como eu sempre procurei em alguém. Era a garota de meus sonhos, mas acabou transtornando minha vida, agora era um pesadelo! O por quê? Como disse, é uma historieta, recheada de detalhes dramatizados.

    Acordei! Devia ser uma quinta-feira, no início da primavera. O vento gélido sussurrava vozes em meu ouvido, e me dizia baixinho que eu teria coragem pra falar com ela. “Idiota, o vento jamais me ajudou, e não será hoje o contrário.” Não me preocupei, assisti às aulas, voltei para casa e almocei. Lembro do condimento na refeição: Cominho e Açafrão. Fiquei maravilhado com o aroma.

    Após o almoço, me vesti para continuar o dia. Nas quintas tenho curso, e depois ajudo meus amigos a estudar. Fui novamente ao colégio, e lá encontrei-a. Ela, Yui, a garota de meus sonhos, cursava comigo… Que banal! Estava deslumbrante, quero dizer, o quanto conseguia ser com sua simplicidade. Fomos ao curso, nada de especial. Conversamos. Esquecemo-nos da realidade, até que o sinal é ouvido, e a magia acaba.

    Parti para ajudar meus amigos a estudar. Reposição das aulas de matemática é um de meus robes. Bem, não é bem um robe, pois me sinto forçado a fazê-lo. Me gera pontos curriculares, o que é um certo bônus para um estudante. Nada de especial aconteceu, e por volta das cinco da tarde saí dali. Me posicionei num banco e pûs-me a esperar o sinal para sair do colégio. Olhei para o lado, e nada vi. Olhei para o outro e então… Ela! Novamente aquele pedaço de céu. Estava conversando com uma amiga nossa, um ano mais nova, aparentemente sem relevância. Aparentemente…

    Cumprimentei-as, com meu habitual “Olá”. Conversas são plantadas e então descubro: Aquela amiga, minha amiga, era a única que sabia de meus sentimentos por Yui. Ela disse a Yui que eu tinha um segredo. Toda a minha sanidade ruiu. Eu disse que tinha, mas que não poderia contar, pois era muito degradante. Yui insistiu, era muito firme no que dizia, e senti medo de que se irritasse comigo. A última coisa que eu precisava era um Amor Platônico por alguém que me odeia. Cedi. Foi um péssimo momento, mas tentei não torná-lo estranho: Fui me comunicando devagar… “Então, é que, sabe, gosto de uma pessoa de sua turma. É uma pessoa que você conhece…” Tentei não gaguejar, mas ela perguntava assiduamente “Quem é? Quem é?” Parecíamos crianças.

    “É você!” Essa frase ecoou dentro de mim, até perceber que o sinal já fora tocado. Caminhei apressadamente até a saída, com vontade de desaparecer. Saí do colégio e voltei para casa. Me enterrei na cama e fiquei lá. Realmente me desesperei! Peguei meu celular e fui falar com ela…

    Já se passaram algumas semanas, e tudo voltou ao habitual, ou quase. Venho sendo ignorado por Yui, mas não me estresso. Vou até ela, agora mais leve, pois sei que ela não me odeia. É um bom começo. Pergunto a ela o porquê de estar me ignorando, mas ela diz que não o está a fazer. Me chama de estranho, e isso me pega de surpresa. Ela olhou tão firme nos meus olhos, enxergando minha alma. Saiu, andando, e não voltou. O sinal toca, e vou para casa. Me enterrei novamente na cama, peguei o celular, mas ela me bloqueou… Tentei ligar, mas ela desligava. Me desesperei.

    Fiquei deitado de bruços, chorando. Chegamos ao ápice da história, e com ela, o ápice de meu desespero. Me iludi pensando que tudo voltaria ao habitual. Agora percebi que fora desnecessário aquele escândalo… Era só uma garota, como outras bilhões no mundo, mas percebi isso tarde demais. Senti a adrenalina correr pelo meu corpo, e conseguia ouvir cada batimento cardíaco acelerado. Corri.

    Estava chovendo, mas corri mesmo assim. Corri como se não houvesse outra opção, como se minha vida dependesse disso. No fim descobri que dependia. Corri com um gosto amargo na boca, e uma sensação ainda pior em meu peito. Na chuva, gotas se misturavam às minhas lágrimas e escorriam por meu rosto. Lembrei de Yui… Imaginei o que ela pensaria me vendo daquele jeito, me vendo como um idiota. Voltei pra casa a passos lentos e pesados. Senti um abalo quando cheguei. Na frente de minha casa, parada na chuva, estava ela… Sim, Yui.

    Minha espinha gelou, e agora junto à chuva escorriam gotas de suor frio. Olhei pra ela, e ela pra mim. Perguntou o que eu estava fazendo, onde estava com a cabeça, não tenho certeza. Caminhei até ela, tentando me convencer de que estava delirando, mas não, era ela mesma. Estávamos parados em silêncio, com apenas 40 centímetros nos dividindo, mas me senti mais afastado dela do que nunca. Ela me olhava com desacato, virou-se, mas eu a segurei. Segurei. Pelos braços puxei-a até mim e a abracei. Abracei-a numa tentativa de não deixá-la sair. Ela me empurrou.

    Caí no chão. Com os olhos marejando, olhei para ela, mas ela não estava olhando pra mim. Já havia saído de perto de mim. Aquilo foi demais. Entrei em casa tremendo, talvez fosse o frio, mas temia que fosse a tensão. Nem me preocupei em fechar a porta. Corri para a apertada cozinha e abri a gaveta. Procurei até encontrar o que procurava… Achei uma faca comprida e afiada, ainda na bainha. Levei ela no bolso. Saí de casa e procurei nos arredores.

    A chuva tinha parado. Fiz algo que fizera antes: Corri. Fiquei correndo por muito tempo até achar quem eu queria… Encontrei Yui caminhando ali perto. Ela olhou pra mim e perguntou por quê eu insistia tanto nela. Nada falei, estava de cabeça baixa. Então ela fez a mesma pergunta, e repetiu, repetiu, cada vez mais firme e alto. Ela já estava quase gritando quando eu fiz algo de que me arrependo eternamente: Apontei a faca na direção dela. Ela começou a tremer e a pedir para que eu baixasse a faca. Eu mandei-a se calar. Ela estava chorando…

    Começou a suplicar baixinho que eu pensasse antes de fazer qualquer coisa, mas eu disse que estava decidido. Então peguei a faca e fiz o que planejara a muito tempo. Yui estava gritando muito forte, mas não lembro o quê. Minha visão começou a ficar turva, em parte porque eu estava chorando, e em parte porque minha barriga doía. Sim, eu havia cravado a faca em meu abdômen, e certamente aquilo causava dor.

    Minha cabeça latejava, e minha barriga queimava. Vi Yui limpando minhas lágrimas. Descobri depois que havia chamado uma ambulância, mas antes de eles chegarem, Yui fez algo que me relaxou. Quando urrei de dor, ela me beijou. Foi minha última visão...


Notas Finais


Yep! Gostaram? Se sim, Ok. Se não, diga porque. É muito importante pro mestre Catíneo aq. :p Vlw, Flw...
#Gato_Vingativo


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