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História Basically Complicated - Pretending


Escrita por: manystuff

Capítulo 1 - Pretending


Geralmente pessoas iriam para um bar se intupir de álcool por dois motivos: Esquecer algo ou comemorar algo. No caso de Barry Allen, ele não estava bêbado por nenhuma das duas razões.

Sinceramente, ele não sabia o porquê a necessidade de ingerir álcool bateu em sua porta nesse dia em particular. Ele não estava tentando esquecer nada, ele estava consideravelmente feliz, ele tinha tudo o que já desejou. A parte de comemorar fazia mais sentido, já que ele estava bebendo na cidade para onde ele se mudara há cinco horas e alguns minutos, devido à uma ótima proposta de trabalho no STAR Labs. Mas, por alguma razão, ele sentia que não estava bebendo por isso.

O que o leva novamente ao fato de ele estar envenenando a si mesmo com vodka sem nenhum motivo aparente. Isso o fazia se sentir um pouco culpado, já que seu pai costumava a dizer que não ingerir álcool era uma característica de respeito. Não que Henry Allen não respeitasse pessoas que gostavam de beber, ele próprio bebia, mas ele sempre tentou fazer com que Barry fosse uma pessoa livre da prisão da bebida.

Que seja, uma noite bêbado não vai fazer diferença, considerando que ele está sóbrio a maior parte do tempo.

As coisas estavam girando na mente de Barry, ele com certeza não estava sóbrio. Pelo contrário, ele estava muito bêbado. Tão bêbado quanto aquele tipo de tio solteiro que todos têm que bebe durante toda a noite de natal e acaba desmaiando no meio do caminho.

Barry podia sentir que estava prestes a desmaiar, e isso seria uma má ideia, considerando que ele estava no meio da rua. Ele havia sido praticamente expulso do bar onde ele estava bebendo, já que ele estava acabando com as bebidas. O barman havia recusado servir mais um copo para Barry, e o levou até a calçada do bar, desejando-o boa sorte para encontrar um táxi a essa hora da madrugada.

Barry pegou seu celular para ligar para alguém, pedir para alguém buscá-lo. Infelizmente ele não conseguia enxergar os números no teclado do celular, já que sua mente girava sem parar. Ele desistiu da ligação, por fim.

Ele foi andando pela calçada, praticamente se arrastando pela parede, tentando não cair no chão. A rua estava deserta, escura e ele ainda não tinha memorizado o caminho de volta para seu apartamento, pois ele se mudou para lá há horas.

Ótimo primeiro dia em Central City, Barry pensou.

Ele ouviu o barulho de um motor silencioso, provavelmente um carro novo, ele pensou. Se virando, ele deu de cara com os faróis incrivelmente fortes e amarelos do veículo. Sua mente girou ainda mais, seus olhos arderam e ele foi obrigado a fechá-los. Mal sabia ele que, quando fechou os olhos, eles só seriam abertos na manhã seguinte.

•••

Ela não sabia se ria da cara de Oliver e Felicity, ou se os matava. Caitlin Snow acabara de ouvir algo que gostaria de nunca ter ouvido.

Tudo começou quando Felicity a convidou para passar o final de semana no apartamento dela. A loira e Oliver haviam tido uma pequena briga e Caitlin aceitou porque não queria que Felicity passasse o final de semana sozinha. Mas, é claro, nada é perfeito no mundo de Caitlin Snow.

Ela e Felicity já estavam dormindo, até que às duas da madrugada, Oliver Queen bate na porta. Que tipo de pessoa faz visitas às duas da manhã? Como se isso não fosse o suficiente, Oliver veio com a história de que não conseguia dormir sem Felicity, que estava rolando na cama pensando nela e no quanto precisava dela ao lado dele. Ela admite que foi fofo, mas podia ter sido mais fofo se fosse em um horário onde ela não estava de mal humor devido ao sono interrompido.

Mas é claro que as coisas não pararam por aí! Caitlin não deveria ter deixado Oliver e Felicity irem para o quarto juntos. Realmente não deveria. Os dois acabaram se perdendo um no outro e começaram uma tórrida noite de amor dentro do quarto. Ela nunca pensou que Felicity fosse tão barulhenta.

Sem paciência para ouvir os gemidos de sua melhor amiga e o namorado dela, Caitlin pegou as chaves de seu carro e se retirou do apartamento, querendo ouvir qualquer coisa menos aquilo.

E agora, aqui estava ela, às três e trinta da madrugada, dirigindo seu carro sem rumo nenhum.

Os pensamentos de Caitlin foram interrompidos pela visão de um homem caindo no chão na calçada. Ela rapidamente estacionou seu carro e correu para o lado do homem. Ele caiu de rosto no chão, então ela não conseguia ver a face dele. Ela checou o pulso dele, anotando mentalmente que foi provavelmente um desmaio. Muitas pessoas bêbadas passavam por essa rua devido ao bar na esquina, e com certeza não deve ser a primeira vez que alguém simplesmente desmaia no meio do nada.

Ela não poderia deixar o homem ali jogado no chão. Talvez ela devesse ligar para a polícia, ou talvez a ambulância.

Ela virou o corpo dele com certo esforço e já iria pegar o celular para ligar para a ambulância ou qualquer coisa do tipo, mas sua respiração prendeu-se em sua garganta quando ela viu quem era.

— Só pode estar de brincadeira.

•••

Ressaca era uma coisa que Barry não tinha frequentemente, mas quando tinha era extremamente dolorosa. Ele mal conseguia abrir os olhos no momento, e talvez ele nem quisesse, já que essa experiência não seria nem um pouco agradável. E além do mais, apesar de sua cabeça estar explodindo, seu corpo estava muito confortável. Ele estava, provavelmente, em um sofá macio, mas era muito melhor do que o cimento frio da calçada em que ele desmaiou.

Desmaio...Ele desmaiou na calçada, sem ninguém saber que ele estava lá. Como ele foi parar no sofá de alguém? Com esse questionamento passeando por sua mente, Barry abriu os olhos com dificuldade, tentando acostumar-se com a luminosa sala de estar desconhecida.

Com mais dificuldade ainda, Barry se levantou. Tentou recuperar o equilíbrio e evitar um tombo doloroso enquanto se segurava em um dos braços do sofá. Se alguém o visse agora, ele tinha certeza que iriam rir dele, já que a posição em que ele estava não era nada comum.

Quando seus olhos conseguiram focar em algo, deixando de ficar embaçados, ele conseguiu ver a sala de estar mais claramente. Era organizada e elegante, o lembravam de algo, mas ele não sabia exatamente o quê. Ele percebeu que a cozinha era logo a frente, separada da sala por apenas um balcão de mármore. Ele avistou a geladeira e seu primeiro pensamento foi um refrescante copo d'água, porém ele ainda nem sabia onde diabos ele estava, portanto a água poderia esperar.

Sua mente voltou a girar e ele sentiu como se estivesse bêbado novamente. Como? Ele realmente não saberia responder essa pergunta, mas era como se ele tivesse tomado mais uma dose de vodka.

Ele tentou dar alguns passos, mas ele estava muito tonto para tal coisa, então acabou caindo sentado no sofá, com sua visão embaçada novamente e sua mente girando, exatamente como na noite passada.

— Noite difícil, Barry? — Uma voz chamou atenção de Barry e ele imediatamente virou a cabeça em direção ao som.

De repente ele ficou completamente sóbrio.

— Caitlin?!

— Eu não sei no que você se meteu, Barry, mas espero que não seja nada fora da lei, porque você nunca foi de beber. — Ela disse enquanto enchia um copo com água.

Barry observava inteiramente perplexo enquanto ela colocava a água no copo. Sua boca abria e fechava diversas vezes, porque as palavras não estavam saindo de sua boca. Ele piscou algumas vezes para ter certeza que não estava vendo coisas, mas nada adiantou. Caitlin Snow realmente estava a sua frente, depois de quatro anos.

— C-como eu vim parar aqui? — Barry perguntou, finalmente tirando os olhos dela e fazendo-os viajar pela sala de estar novamente.

— Eu estava no meu carro, quando de repente um cara cai na calçada, literalmente do nada. Imagine minha surpresa ao ver que esse cara não era ninguém mais, ninguém menos que Barry Allen.

— Imagino que tenha sido bem surpreendente. — Ele murmurou, levantando-se do sofá com facilidade, já que o efeito da ressaca simplesmente sumiu. — Então você me trouxe para o seu apartamento? — Ele quis que fosse uma afirmação, mas saiu como uma pergunta.

— Eu não podia te deixar na calçada, não é? Você caiu duro de tão bêbado, e deixar você ali seria a mesma coisa que gritar para os criminosos que tinha um cara desmaiado com uma carteira a disposição para eles. — Caitlin disse e revirou os olhos para a pergunta óbvia de Barry.

— Obrigado, então. — Barry disse, olhando em volta, ainda confuso.

— De nada. — Caitlin disse, entregando o copo de água para Barry. Ela observou enquanto ele bebia a água rapidamente, como se estivesse desidratado há semanas. — O que te traz a Central City, Barry?

— Oferta de trabalho. — As palavras saíram de sua boca antes que ele pudesse as controlar. Barry fechou os olhos na tentativa de controlar a vontade de bater em si mesmo por ter falado tal coisa. Caitlin olhou para ele desconfiada, como se estivesse tentando acreditar que ele realmente falou aquilo.

— Ah, é verdade? — Ela perguntou sarcástica. — Coincidência, hm? — Ela disse revirando os olhos. Quatro anos atrás foi ela quem tinha recebido a oferta de trabalho, foi ela quem teve que ir para Central City e abandonar tudo, inclusive Barry.

— Eu preciso ir, Caitlin. — Barry disse, pegando seu casaco que estava jogado no sofá e dirigindo-se à porta. — Foi bom te ver de novo. — Ele disse abrindo a porta.

— Barry?

— Sim?

— Onde você vai trabalhar?

Barry não queria responder aquela pergunta, porque sabia que seria ridículo. Mais que a revelação do motivo pelo qual ele veio à Central City. Entretanto, ele poderia contar uma meia verdade.

— Na delegacia. CCPD. — Ele respondeu e ela pareceu aceitar sua resposta. Ele fechou a porta, finalmente saindo do campo de visão dela.

Barry respirou fundo, encostou as costas na porta dela e fechou os olhos, tentando fazer com que suas batidas cardíacas normalizassem. Ele tentou parecer calmo na frente dela, mesmo com o fato de ela ter o encontrado bêbado mais cedo, que, na opinião dele, já era um grande buraco em seu ego. Ele provavelmente tinha falhado na parte de tentar parecer calmo, já que assim que seus olhos encontraram os dela, uma cachoeira de memórias passaram por sua mente. Memórias boas.

Ele tentava se convencer de que aquele ligeiro sentimento que começou a implorar por atenção quando ele a viu era simplesmente surpresa, porém, no fundo, ele sabia o que realmente era.

Saudade.

Mas isso não significa que ele irá admitir, nem para si mesmo, nem para ninguém.


Notas Finais


Simplesmente não resisti em postar mais uma, pessoal. Disgurpa. Mas ok, espero que tenham gostado, me digam suas opiniões. E caso tenham alguma dúvida sobre a storyline, por favor, me perguntem, não quero ninguém confuso, heins seus safadinhos.

bye ;)


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