História Batgirl e Supergirl - Pareceria improvável - O Pedido

- Eu não sei por onde começar, deste eu sai de Gotham aconteceu tantas coisas. – Kara estava totalmente sem jeito para falar, como se ela quisesse me perguntar algo.

- Kara, você pode falar tudo o que você quiser comigo...

- Eu sei só que é complicado, mas eu vou tentar falar tudo da melhor forma possível. – Kara respirou fundo e começou. – Você lembra ontem que eu falei que eu tenho um emprego?

- Sim, informação essa que me deixou bastante surpresa. – Respondi.

- Então, tecnicamente eu tenho dois, bom Supergirl tem um e Kara Danvers tem outro. – Olhei para ela com uma cara confusa e ela continuou. – Supergirl trabalha para DOE, ou melhor, eles estão me treinando e dizem que estão me protegendo, como eu não controlo direito meus poderes ainda, eles estão me ajudando e me colocaram para viver com uma família, Eliza e Jeremiah Danvers, eles trabalham para a DOE.

- Espera ai, o que é DOE? E seu primo sabe disso? – Interrompi ela, pois tudo estava confuso demais

- DOE é o Departamento de Operações Extranormais do governo americano e Clark vivia me tratando como uma criança e nunca tinha tempo de me treinar por isso que eu vim treinar com você, mas depois quando eu voltei ele ainda não confiava muito em mim e agora com a morte dele e esse novo Superman que ninguém sabe quem é eu decidi sozinha que precisava dessa ajuda. – Kara estava com uma expressão triste, me senti mal por ter deixado ela sozinha por tanto tempo.

- Kara, eu sinto muito, eu deveria ter ido de ajudar quando tudo aconteceu.

- Não importa essa minha nova família é legal, eu até estou me adaptando bem, mas a diretora da DOE não confia muito em mim ela não me entende ela quer apenas me usar como uma arma secreta, mas o fato dela não conseguir me controlar a deixa irritada, mas essa não é a pior parte, é complicado, mas eu posso ser a Supergirl e usar todos meus poderes e aprender a controla-los, o que esta me incomodando é a minha vida como Kara Danvers e meu trabalho para Cat Grant...

- Espera ai... – A interrompi de novo dessa vez por surpresa de ouvir o que ela tinha acabado de falar. – Eu adoro a Cat Grant, ela é incrível, eu não acredito que você está mesmo trabalhando para ela.

- Ela pode ser incrível, mas com certeza não é um mar de rosas ser assistente dela.

- Eu ouvi muitas coisas sobre ela ser exigente demais e não se importar com os funcionários, mas sempre achei que era exagero por ela ser mulher.

- Não é exagero, mas basicamente é isso eu trabalho na CatCo durante o dia e ainda salvo o mundo de alienígenas no meu tempo livre.

- E qual é o problema nisso? – Perguntei ao perceber que ela ainda estava com uma expressão triste.

- Eu não me sinto feliz, parece que falta alguma coisa, são tantas responsabilidades e meus dias são quase sempre iguais, trabalho durante o dia e se não acontece nada de anormal a noite eu vou para a base da DOE treinar ou ajudar a testar alguma arma anti alieniginas deles, eu sinto falta de ajudar pessoas de verdade de impedir que crimes sejam cometidos porque você consegue prever eles.

- Kara, você esta salvando as pessoas em uma escala global eu apenas tento proteger as pessoas de Gotham e mesmo assim não consigo proteger todas, seu trabalho é muito mais importante que o meu.

- Eu sei da importância de impedir que esses alienígenas do mal invadam a terra, mas se um crime acontece na minha frente eu não posso fazer nada sem autorização da DOE, a diretora Chase já fez ameaças contra mim se eu vestir o uniforme de Supergirl sem autorização dela, e ela tem razão, sozinha eu ainda sou um desastre.

- Eu te vi lutar hoje você não é um desastre e está sempre salvando minha vida. – Cheguei mais perto dela e continuei falando. – Kara você é a Supergirl eles precisam mais de você do que você deles, se faça ser ouvida eles vão te dar mais liberdade e confiar em você com o tempo.

- Eu luto bem quando estou com você, porque você me diz o que fazer, eu sozinha sempre acabo destruindo alguma coisa ou machucando inocentes, e é por isso que eu vim hoje aqui. – Kara mais uma vez respirou fundo e ficou em silencio antes de voltar a falar. – Eu tenho um pedido para te fazer, Gotham está cheio de heróis extremamente bem capacitados para protege-la, mas National City só tem alguém desastrado demais para protege-la, porém essa pessoa desastrada consegue atrair pessoas perigosas demais para a cidade.

- Kara onde você está querendo chegar com isso? – Mesmo já imaginando a resposta perguntei mesmo assim.

- Quero que você venha morar em National City, pelo menos por um tempo para me ajudar, eu preciso de você. – Ao falar isso ela segura minha mão.

- Eu não posso largar meu emprego aqui, eu teria que procurar por outro emprego lá...

- Eu posso conseguir um emprego pra você na Catco você mesmo disse que adora a Cat Grant, pelo menos vai poder conhecer ela pessoalmente.

- E tem as Aves de Rapina, Canário Negro vai me matar se eu sair daqui e for morar na mesma cidade que você.

- Onde ela está agora? Aposto que tá com o namoradinho dela o Arqueiro Verde, ela vive a vida dela e não deixa você viver a sua, isso não é certo.

- Ela só quer o melhor para mim, ela é minha amiga, ela que me ajudou quando eu comecei a ser a Batgirl.

- Eu sei, mas ela não pode controlar sua vida assim e dizer o que é o melhor para você, a gente se dá bem juntas, hoje mesmo lutando contra a Poison Ivy e a Harley Quinn eu estava com saudades disso.

- Okay, eu preciso de um tempo para pensar, minha vida esta em Gotham eu nunca pensei em sair daqui.

- Tudo bem, leve o tempo que precisar só pensa bem, vai ser bom pra nós duas você em National City... – Ao falar isso ela me da um beijo na bochecha e sai voando de volta para casa.

A noite foi longa, não dormi pensando no pedido na Supergirl, quando amanheceu eu já tinha minha resposta, pelo menos se nada me fizesse mudar de opinião de novo.