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História Be Alright - Tenth


Escrita por: BruMollinary

Notas do Autor


OLHA QUEM VOLTOOOOOU <3

Gente, não me matem. Sei que sumi daqui por muito tempo, mas aconteceram muitas coisas na minha vida pessoal e eu tive um bloqueio enorme e simplesmente não conseguia mais escrever Be Alright. Mas vocês, mesmo sem saber, me ajudaram a voltar pra essa historia que eu tanto gosto de escrever. Foi lendo comentários dos outros capítulos que eu voltei a ter inspiração, então obrigada a todos que comentaram e me desculpem a demora.

Espero que gostem e continuem acompanhando <3

Capítulo 10 - Tenth


Fanfic / Fanfiction Be Alright - Tenth

Justin Bieber.

Já faz três semanas desde que Cassie ficou solteira. Naquele dia eu percebi o quanto a amizade dela é importante na minha vida.

Mesmo não nos conhecendo há tanto tempo, Cassie é uma das poucas pessoas que não enxergar apenas a minha fama. Ela me vê como uma pessoa normal. Eu sinto falta de ser visto assim na maioria das vezes. Ela é totalmente sincera comigo, me fala o que eu preciso ouvir e não o que eu quero. Eu tenho pouquíssimas amizades assim e a maioria vem de antes da fama. Eu não posso colocar isso em risco por causa de uma simples atração minha.

As vezes nós temos que abrir mão de algumas coisas para conservar outras por mais difícil que isso seja.

Fui tirado dos meus pensamentos quando senti o ônibus parando. Olhe pela janela e vi que tínhamos chegado ao local do show. Os outros ônibus e caminhões já estavam lá e já tinham pessoas trabalhando na montagem do palco.

Desci junto com a Cassie e fui caminhando ao seu lado enquanto cumprimentava a todos. Fomos até a sala onde os dançarinos estavam ensaiando.

— E ai pessoal, tudo bem? - falei entrando na sala.

— E ai, Justin.

Cumprimentei todos eles e nos começamos a ensaiar. Cassie ficou no canto fazendo algumas cenas pro vídeo semanal.

Passamos todas as coreografias do show. Quando terminei eu estava pingando de suor. Fui até a Cassie que estava sentada no canto da sala. Ela se levantou quando viu eu me aproximar, ainda gravando.

— Terminei.

— Nossa Justin, como você tá suado.

— Sinal de que eu me esforcei pra fazer um bom trabalho. Então acho que mereço um abraço - falei abrindo os braços e ela arregalou os olhos.

— Justin Bieber, você nem ouse pensar nisso.

— Cassie Miller, eu já pensei e vou ganhar meu abraço... - fiz pausa para o suspense - AGORA - gritei.

Ela se assustou e saiu correndo deixando a câmera cair no chão.

Eu fui atrás dela.

Ainda tinham dançarinos na sala e ela ficava passando entre eles, tentando não me deixar chegar perto.

Parecíamos duas crianças brincando de pega-pega e os dançarinos riam da nossa cara.

Em algum momento eu consegui alcançar ela e segurei seu braço, mas acabei tropeçando no pé de alguém e cai com tudo puxando ela pra cima de mim.

Nós começamos a rir imediatamente.

Ela me encarou e eu sorri mais ainda ao ver seu sorriso. Fomos parando de rir aos poucos e quando percebi estávamos em silêncio total nos olhando. Senti um frio tomar conta da minha barriga, fazia tanto tempo que não me sentia assim que foi até difícil decifrar no início.

— Você é um desastrado Biebs - ela disse quebrando o silêncio e se levantando.

— Eu só queria um abraço, mas você é má - falei me levantando do chão.

— Você está todo suado. Se bem que agora eu já estou com o seu suor no corpo todo né - ela encarou os braços vendo-os um pouco umedecidos e fez cara de nojo.

— Qualquer menina adoraria ter o meu corpo suado.

— Não sou qualquer menina - ela disse me encarando.

— Realmente, você não é qualquer menina – falei a encarando.

O silencio tomou conta do lugar.

Por mais que eu estivesse me esforçando pra não perder a amizade da Cassie, era impossível negar que rolava alguma coisa entre nós. Sempre que estávamos próximos assim ou o silencio tomava conta quando estávamos sozinhos, ficava esse clima no ar. E se a Cassie não fosse a Cassie, eu até acharia que ela também sente vontade de me beijar. 

A sala já estava mais vazia, os dançarinos estavam saindo aos poucos. Estávamos bem próximos, não ao ponto de nos tocarmos, mas era quase isso. Meu olhar se desviou para a sua boca e eu controlei a minha vontade.

— Então será que eu mereço aquele abraço agora? – tentei aliviar a tensão.

— Vai ficar sem o abraço só por ter me derrubado - ela disse convencida e virou as costas saindo andando.

Fiquei ali parado como um idiota a observando sair com um sorriso na cara.

 

***

 

Ainda estava cedo e faltavam muitas horas pra eu ir passar o som e me arrumar pro show, então resolvi andar um pouco de skate.

Fiquei pelo pátio onde os ônibus da turnê estavam estacionados, dei algumas voltas e fiz algumas manobras. Só depois percebi a Cassie sentada da escadinha do ônibus me filmando.

— Ta ai a quanto tempo? – perguntei parando na sua frente.

— Um pouquinho.

— Por que não larga um pouquinho essa câmera, vem andar comigo? - ela sorriu.

Pedi a um dos meus seguranças que buscasse um dos meus outros skates que estava guardado no ônibus. Em pouco tempo ele o trouxe.

Cassie e eu passamos alguns minutos andando, treinando manobras e conversando algumas besteiras. Muitas pessoas passavam por nós e as vezes quase a atropelávamos, o que gerava uma serie de zueiras entre nós.

Fazia tempo que eu não me divertia assim em turnê.

Eu normalmente não costumo sair muito durante o dia pra ir andar de skate ou fazer qualquer coisa normal. É bom poder ter um pouco desse falso sentimento de normalidade.

Um helicóptero começou a nos sobrevoar. Provavelmente algum paparazzo tentando tirar fotos. No inicio não me preocupei, mas depois de algum tempo ele começou a sobrevoar baixo demais e incomodar não só a mim, mas todos que estavam ali trabalhando. Resolvi então entrar para o ônibus e ficar lá quietinho. Isso provavelmente iria fazer com que eles fossem embora e minha equipe pudesse trabalhar tranquilamente.

— Eu sinto muito - Cassie disse se sentando ao meu lado.

— Pelo que?

— Essa perseguição toda atrás de você. Eles nunca se cansam?

— É a vida que eu escolhi.

— Mas não tinha que ser assim - apenas sorris de lado e levantei os ombros.

— Justin - Scooter disse chamando nossa atenção - passagem de som, o que acha de abrir pros fãs? Tem alguns lá fora, mas não são muitos.

— Eu acho ótimo - respondi empolgado.

Ele assentiu e saiu do ônibus.

— Então você vai ter um tempinho com as fãs - Cassie disse sorrindo.

— Isso vai ser incrível, não vão ter tantas garotas e talvez eu até consiga conversar um pouco com elas.

— isso seria incrível.

Fiquei um pouco mais animado. Tomei um banho rápido e fui para a passagem de som.

Cassie se posicionou em um dos camarotes que ficava no alto e bem no centro pra poder tirar fotos e gravar alguns vídeos. As fãs já estavam no local, mas nenhuma pareceu notá-la lá em cima.

Falei um pouco com as Beliebers e passei algumas musicas do show. Também cantei outras antigas a pedido delas. Já tinha acabado, mas eu resolvi  abrir o microfone pra algumas pergunta. Me trouxeram um banquinho e eu me sentei.

Elas perguntaram sobre minha musica favorita do Purpose, alguns gostos pessoais e sobre a Cassie.

— Vocês estão namorando? – disse  a menina loira na grade.

— Não. Nós não temos nada, somos apenas amigos – foi tudo o que respondi e finalizei a passagem.

 

***

 

Ontem foi o ultimo show antes de uma pequena pausa de 6 dias. Decidi passar esse tempo no Havaí e convenci minha família a ir pra lá matar um pouco da saudade. No inicio seria apenas meus pais e meus irmãos, mas acabei chamando dois dos meus amigos mais próximos pra ir também.

Cassie não queria ir comigo de jeito nenhum, mesmo eu tentando muito convencê-la. Ela disse que precisava ver a irmã. John iria para Nova York visitar a irmã dele que tinha acabado de ganhar bebê.

Voltamos de ônibus até LA, já que estávamos bem perto. Chegamos bem cedinho, o sol ainda estava nascendo. Eu não iria nem passar em casa. Já iria pro aeroporto pegar um vôo para o Havaí. Minha família já estava no resort e eu queria muito ver meus irmãos.

— Certeza que você não quer ir? Ainda tem lugar no avião – falei pra Cassie assim que chegamos em frente a casa dela em LA.

— Justin, eu tenho que ver minha irmã. To com saudade do meu quarto também.

— Tudo bem então. Qualquer coisa você me liga ta bom?

— Ligo sim.

— Fica bem – falei a abraçando.

— Se cuida – ela respondeu e então desceu do ônibus.

Scooter já tinha ficado na casa dele e John seguiu comigo para o aeroporto. Ele pegou um vôo para Nova York e eu peguei o jatinho. Acabei dormindo as 5 horas de vôo, estava muito cansado.

Quando chegou a hora de descer percebi que o meu celular estava descarregado. Um carro me levou até o resort e assim que cheguei eu perguntei na recepção qual era o quarto da minha mãe. A moça me informou então que ela estava na piscina.  

Fui até o meu quarto tomei um banho, deixei meu celular carregando e fui para a piscina. Logo de cara eu vi meus pais sentados em uma mesa conversando com uma senhora. Mas antes que eu pudesse falar com eles ouvi gritarem meu nome dentro da piscina. Ryan, Jaxon e Jazzy estavam na piscina menor.

Me aproximei e meus irmãos saíram logo da piscina pra vim falar comigo. Me abaixei abracei os dois ao mesmo tempo. Quase cai pra trás com o impacto.

— Eu estava morrendo de saudade - falei soltando-os.

— A gente também – Jazzy disse.

— Vocês estão curtindo a piscina?

— Aham, o Ryan estava brincando com a gente – Jaxon falou.           

— E ai, cara? – Ryan disse se aproximando.

Levantei e cumprimentei meu melhor amigo. Depois disso falei com os meus pais e conheci a baba das crianças.

— Justin, vamos pra piscina?

— Vamos sim.

— Só mais um pouco, daqui a pouco temos que ir almoçar – minha mãe disse.

 Só então percebi que já estava quase na hora do almoço.

Ficamos mais do que um pouco na piscina. Ryan e eu fizemos briga de galo com as crianças e foi bem engraçado. Alfredo chegou um pouco depois e se juntou a nós quatro.

Eu estava amando ficar esse tempo com os meus irmão e meus melhores amigos. De vez em quando aparecia alguém pedindo pra tirar foto, mas isso não estava me incomodando. Fiquei feliz em estar ali com aquelas pessoas.

Quando percebemos já era quase duas horas da tarde e as crianças não tinham comido, então nos secamos e colocamos a roupa pra ir até o restaurante.

Depois do almoço decidimos ir pra sala de jogos, mas antes tínhamos que tomar banho. Então cada um foi pro seu quarto e nos encontraríamos lá em 20 minutos.

Eu estava a muitas horas sem mexer no meu celular, devia estar cheio de notificações. Quando tirei ele da tomada e desbloqueei, vi que realmente tinham muitas notificações. Mas uma em particular me chamou a atenção.

7 chamadas perdidas de Cassie.

Fiquei imediatamente preocupado e desbloqueei o celular já ligando pra ela. Depois de 3 toques ela atendeu.

— Justin? – ela disse com uma voz triste.

— Cassie, o que aconteceu? Você esta bem?

— Não – ela disse – ele me expulsou Justin.

— Seu padrasto?

— É. A gente discutiu e ele me expulsou de la. Eu nem consegui ver a minha irmã direito, ela estava dormindo – a ouvi soluçar depois disso.

— Mas a casa é sua.

— Fala isso pra ele – bufei irritado.

Que cara filho da puta.

— Onde você esta agora? – perguntei preocupado.

— Em um café – ela falou baixo – eu não sei pra onde ir Justin.

— Como não sabe? Você vem pra cá, óbvio.

— Justin eu não...

— Nem vem Cassie. O John esta em Nova York e você não pode ficar nesse café pra sempre.

— Na verdade eu posso, ele é 24 horas – ela teimou e eu revirei os olhos.

— Pelo menos uma vez para de ser teimosa e me deixa ajudar, ta bom? – ela ficou em silencio e eu sabia que isso era um sim - Vai pro aeroporto que eu vou comprar agora a sua passagem e te ligo dando as informações.

— Tudo bem, mas não conta pro John ta? Ele vai acabar querendo voltar e vai arrumar confusão com esse babaca e eu não quero isso.

— Ta bem – falei.

Ficamos em silencio por um tempo.

— Justin? – ela sussurrou.

— Oi

— Obrigada – ela falou e desligou.

Eu estava me sentindo péssimo. Cassie provavelmente esta me ligando a horas e eu disse que ela deveria fazer isso caso qualquer coisa acontecesse, mas eu não estava lá para atende-la.

Eu nunca comprei uma passagem. Sempre teve alguém que fez isso por mim, seja minha mãe quando eu era mais novo, o Scooter ou alguém da produção. Mas eu queria fazer isso pela Cassie e não pedir pra outra pessoa.

Peguei meu macbook e entrei no site de uma empresa aérea e comecei a procurar por vôos o quanto antes. Mas estava difícil encontrar algum pro mesmo dia. Depois de mais ou menos 30 minutos procurando achei um vôo as 18h35. Agora eram 15h40.

— Justin – ouvi Ryan chamar depois de bater na porta.

Fui até lá e abri pra ele

— E ai, cara. O que aconteceu? Ta geral te esperando.

— Não vai da pra eu ir não Ryan – falei voltando pra frente do computador e iniciando a compra da passagem.

— Aconteceu alguma coisa? – ele perguntou fechando a porta do quarto e me seguindo – pra quem você esta comprando essa passagem?

— É pra Cassie.

— Cassie... Hummm.

Ryan não perguntou mais nada sobre isso. Ele sempre desconfiou que nós estivéssemos nos pegando todo esse tempo. Ele dizia que eu falava demais dela, mas isso é porque passamos muito tempo juntos.

Liguei novamente pra Cassie pegando alguns dados que eram necessários na compra da passagem e consegui concluí-la.

— Pronto. Em 8 horas ela vai esta aqui – falei pro Ryan que permaneceu esse tempo todo calado.

— Aconteceu alguma coisa com ela? Você parece preocupado.

— Cassie não tem uma boa relação com o padrasto.

— Lembro de você ter comentado isso.

— Pois é. Ele a expulsou.

— Caralho e como ela ta?

— Provavelmente péssima.

— E porque você esta se sentindo culpado?  - ele perguntou e eu encarei o chão.

Uma coisa que eu não poderia negar era que Ryan me conhecia muito bem. Somos amigos desde os 8 anos de idade e mesmo com a distancia e a fama, isso nunca nos atrapalhou.

— Ela esta me ligando desde cedo – falei baixo.

— Mas seu celular não estava descarregado?

— Sim, Ryan. Só que... Eu disse que ela poderia me ligar a qualquer momento e que eu estaria aqui por ela. Eu sinto como se tivesse a decepcionado, sabe?

— Justin, eu tenho certeza que ela não esta decepcionada. Não foi sua culpa cara e se ela é essa pessoa tão incrível que você sempre fala, ela vai entender isso.

— Ela é sim. Sabe Ryan, a muito tempo eu não me sinto tão bem ao lado de alguém. A muito tempo eu não tenho essa confiança que eu tenho na Cassie em uma pessoa. E mais do que isso, faz muito tempo mesmo que alguém não me trata como um garoto normal. Ela faz eu me lembrar quem eu sou de verdade, de onde eu vim, as pessoas que me apoiaram e me colocaram onde eu estou agora. Eu sinto que sou uma pessoa melhor perto dela. Ela me faz tanto bem e eu gostaria de retribuir isso de alguma forma, eu sinto que ela precisa de um amigo ao lado dela, ainda mais com essa família dela e eu não fiz o meu papel de amigo hoje. Se eu tivesse voltado pra ver meu celular ela não passaria o dia em uma cafeteria, provavelmente chorando. Ela já estaria aqui e eu poderia abraçá-la.

— Bro, tem certeza que isso é só amizade? Por que pelo jeito que você fala dela parece ser bem mais. 

 

 


Notas Finais


Então mores, o que vocês acharam? Seu comentário faz toda a diferença.
Beijos <3


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