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História Be Alright - Eleventh


Escrita por: BruMollinary

Notas do Autor


OLAAAAAAA, MORES!

Muito obrigada quem comentou no ultimo capitulo e aos novos favoritos ♥♥♥

Boa leitura *-*

Capítulo 11 - Eleventh


Fanfic / Fanfiction Be Alright - Eleventh

Cassie Miller.

Eu cheguei em casa muito cedo. Ela estava silenciosa, todos deviam estar dormindo. Fui direto ao quarto de Julie. Eu sentia tanta falta da minha irmãzinha. Ela estava deitada e dormia feito um anjinho. Fiquei um tempo admirando, mas não quis acordá-la tão cedo já que teria a semana toda pra ficarmos juntas.

 Fui até o meu quarto e me deitei na cama. Esse sempre foi o único lugar que eu me sentia bem nessa casa depois da morte do meu pai. Eu o deixava trancado e era o único cômodo onde Robert e eu não discutíamos.  

Meu descanso não durou muito tempo. Pela primeira vez em anos Robert entrou no quarto me dando um susto.

— O que você esta fazendo aqui? - Ele perguntou rude.

— Eu estou de folga da turnê e voltei pra casa pra ver a minha irmã.

— Essa não é mais a sua casa. Essa casa é minha e eu parei de te deixar morar aqui no dia em que você saiu pra esse empreguinho medíocre que aquele idiota do John te ofereceu.

— Mas essa casa era do meu pai e passou pra minha mãe, ela é minha e da minha irmã por direito.

— A sua mãe morreu te odiando. Olho só nem a própria mãe gostava de você, quem é que vai gostar? – ele disse em tom de deboche e deu uma risadinha – Essa casa esta no meu nome então ela é minha. E dentro da minha casa só ficam as pessoas que eu quero. E eu não te quero perto da Julie, você nunca mais vai ver ela.

Aquelas palavras me atingiram fundo. Julie é o único resquício que eu tenho do que já foi uma família, eu não podia perdê-la. Eu não podia ficar sem ver ela. E eu sabia que ele seria capaz de fazer isso só pra me ver sofrer. Então o desespero tomou conta de mim.

— Você não pode fazer isso, ela é minha família.

— Você não tem família, Cassie. Seu pai morreu. Sua mãe morreu te odiando. Você esta sozinha nesse mundo e ninguém se importa.

Ouvir isso doeu mais ainda. As lagrimas começaram a cair no meu rosto se nem eu perceber.

— Porque você me odeia? – sussurrei – o que eu te fiz?

— Você nasceu Cassie. Foi isso que você fez. No dia que você nasceu você arruinou a minha vida e agora tudo que eu quero é fazer o mesmo por você.

Eu não fazia ideia do que ele estava falando. Ele só me conheceu com nove anos.

Será que não?

Pela forma como ele falava eu podia perceber que ele tinha mesmo muita raiva de mim, mas eu não entendia o por que.

— Como eu arruinei a sua vida? O que eu fiz?

— EU JÁ DISSE QUE VOCÊ NASCEU PORRA – Ele gritou visivelmente descontrolado.

Dava pra perceber que aquele assunto causava uma raiva nele, mas eu não sei do que se trata e eu não tenho culpa de ter nascido, ele não pode me culpar por isso. Então a raiva falou mais forte dentro de mim e eu estourei depois de anos aceitando esse tipo de tratamento dele.

— EU NÃO TENHO CULPA DE NADA. EU NUNCA TE FIZ NADA E VOCÊ SEMPRE FOI UM EGOíSTA, ESCROTO, QUE TRATAVA MAL UMA CRIANÇA QUE SÓ QUERIA ATENÇÃO. EU TENHO PENA DA JULIE POR TER QUE VIVER COM VOCÊ. VOCÊ É UM BABACA, NOJENTO. EU TENHO NOJO DE VOCÊ, NOJO.

Então ele levantou a mão e acertou um tapa bem forte na minha cara. Não era a primeira vez que ele me batia, mas nunca foi tão forte assim, nem no rosto.

Senti minha bochecha arder e aquilo com certeza ficaria muito vermelho.

— QUEM VOCÊ PENSA QUE É PRA FALAR ASSIM COMIGO SUA ORFÃZINHA? EU TE DEIXEI MORAR NA MINHA CASA DEPOIS QUE SUA MÃE MORREU, TE DEIXEI COMER DA MINHA COMIDA E É ASSIM QUE VOCÊ ME TRATA? SAI DA MINHA CASA AGORA.

Eu estava com o sangue fervendo e a minha vontade era voar em cima daquele babaca, mas eu ainda tinha juízo. Robert é bem mais forte do que eu e no fundo eu estava com medo do que ele poderia me fazer.

Peguei minhas coisas e sai de la sem pronunciar uma palavra, mas a raiva que eu sentia dele era tão grande, tão grande, que eu poderia esfaqueá-lo co as minhas próprias mãos naquele momento se tivesse uma faca ali.

Caminhei com a visão embasada por conta das lagrimas até um café 24h que tinha ali perto. Me sentei na mesa mais afastada possível e de costas para a entrada. Assim ninguém me veria naquele estado.

A garçonete me serviu um café e eu fiquei ali parada apenas pensando em tudo que Robert me disse. Ele estava certo. Eu não tenho família. Sou um desgosto pra minha mãe e a fiz morrer me odiando. Ninguém se importa comigo.

Fiquei alguns minutos ali apenas absorvendo tudo e então percebi que eu precisava de um lugar pra ficar. Mas eu não tenho amigos ou parentes. Apenas o John e ele estava em Nova York conhecendo o sobrinho dele que acabara de nascer. Não podia atrapalhar ele dessa forma.

Então ele veio na minha cabeça. Justin Bieber. Tudo que eu mais queria no momento era poder abraçá-lo e ouvir que tudo ficaria bem.

Liguei pro seu celular, mas deu caixa postal. Tentei novamente mais algumas vezes, sempre sem sucesso. Acabei desistindo.

Robert estava certo. Ninguém se importa comigo.

Passei a manhã inteira e boa parte da tarde sentada naquele café apenas pensando. As palavras de Robert não saiam da minha cabeça. Estava começando a achar que ele estava certo.

De repente meu celular começou a tocar, me surpreendi ao ver o nome no visor, Justin Bieber.

Atendi.

— Justin? – minha voz mais fina e triste do que eu gostaria.

— Cassie, o que aconteceu? Você esta bem? – eu pude sentir a preocupação no seu tom de voz. E de alguma forma isso me confortou por alguns segundos.

— Não – eu não sabia como contar isso, então apenas falei – ele me expulsou Justin.

— Seu padrasto?

— É. A gente discutiu e ele me expulsou de la. Eu nem consegui ver a minha irmã direito, ela estava dormindo – não aguentei e comecei a chorar.

— Mas a casa é sua.

— Fala isso pra ele – respondi como reflexo e ouvi Justin bufar irritado.

— Onde você esta agora? – ele perguntou claramente preocupado.

— Em um café – falei baixo – eu não sei pra onde ir Justin.

— Como não sabe? Você vem pra cá, óbvio.

— Justin eu não... – tentei falar que não teria como pagar uma passagem de última hora, nem hospedagem. Mas ele me interrompeu.

— Nem vem Cassie. O John esta em Nova York e você não pode ficar nesse café pra sempre.

— Na verdade eu posso, ele é 24 horas – soltei sem querer.

— Pelo menos uma vez para de ser teimosa e me deixa ajudar, ta bom? – eu precisava da ajuda dele. E mais que isso, eu precisava dele. Precisava ver o Justin. Precisava do abraço dele. Não falei nada e ele entendeu que era um sim - Vai pro aeroporto que eu vou comprar agora a sua passagem e te ligo dando as informações.

— Tudo bem, mas não conta pro John ta? Ele vai acabar querendo voltar e vai arrumar confusão com esse babaca e eu não quero isso.

— Ta bem.

Ficamos em silencio por um tempo. Não me lembro de alguém alem de meu pai e John cuidarem tanto assim de mim. Nem mesmo o Nick, que era a pessoa que mais me fazia bem em meio a todas essas brigas, conseguia me confortar e fazer eu me sentir melhor apenas com poucas palavras trocadas ao telefone. Tinha algo no Justin, algo no modo como nos relacionamos que me faz muito bem.

— Justin? – sussurrei.

— Oi

— Obrigada – falei e desliguei o telefone.

 

***

 

Quando o avião pousou no Havaí já passava da meia noite. Eu sentia cada vez mais a necessidade de encontrar o Justin o mais rápido possível. Ele não poderia me buscar no aeroporto porque iria arrastar uma multidão com ele, então mandou um carro me pegar.

O caminho foi um silencio completo e não levou muito tempo pra chegar. Provavelmente por ser tarde e não ter quase ninguém nas ruas.

Assim que entrei na recepção do resort vi o Justin caminhar na minha direção. Não falamos nada, ele apenas me abraçou. Retribui o abraçando mais forte ainda.

Deus, como eu precisava desse abraço.

Senti imediatamente vontade de chorar, mas me segurei. O cheiro do Justin me acalmava de uma forma inexplicável e eu não entendo o que tem acontecido nas ultimas semanas entre nós. Mas alguma coisa esta diferente. Justin me soltou e segurou meu rosto olhando nos meus olhos.

— Ei, você ta bem? – ele começou a examinar o meu rosto então percebeu a vermelhidão na minha bochecha – o que é isso? – ele disse virando o meu rosto e olhando a marca, que já não estava tão forte quanto antes – ele te bateu? – Justin perguntou com o maxilar travado e os olhos cheios de raiva.

— Não quero falar disso aqui, Justin – abaixei a cabeça.

Ele pareceu perceber o quão frágil eu estava e parecia surpreso também por me ver assim.

— Tudo bem, vamos pro quarto. Mas tem um probleminha – ele me olhou apreensivo.

— O que? – falei o encarando novamente.

— Não tem mais quartos disponíveis, você vai ter que ficar comigo.

Senti um frio percorrer a minha barriga. Não sei se foi a forma como o Justin disse ou fato de ter que me deitar na mesma cama que ele. Mas de certa forma eu estava feliz, pelo menos não ficaria sozinha.

— Tudo bem.

Depois de falar isso Justin pegou a bolsa da minha mão e a segurou me puxando pelos corredores até chegar ao elevador e por fim no seu quarto.

Tomei um banho e vesti meu pijama. Ele era bem curto, mas não haveria problema, eu já dormi na mesma cama que justin antes e nada aconteceu. Até por que somos apenas amigos.

Quando sai do banheiro Justin estava já estava deitado na cama e mexia no celular. Ele bloqueou o aparelho e me olhou de cima a baixo e eu fiquei um pouco constrangida, mas tentei disfarçar.

— Vem deitar, você precisa descansar – ele disse.

Me deitei de frente para o Justin e ficamos nos encarando por alguns segundos.

— Você quer me contar o que aconteceu? – ele perguntou.

Afirmei com a cabeça e comecei a falar. Contei tudo a ele, desde o momento que eu cheguei até a hora que ele me expulsou de lá. Cada palavra que saiu da sua boa estava marcada na minha cabeça.

— Esse cara é um babaca mesmo. Ele esta totalmente errado, existem muitas pessoas que se importam sim com você. Eu sou uma delas – ele disse se aproximando – eu estou aqui por você e eu sempre vou estar.

— Obrigada – sussurrei.

Justin me puxou pra mais perto dele e me abraçou.

​— Não acredito que esse babaca te bateu – ele disse baixo enquanto fazia carinho na minha cabeça - descansa pequena, esquece isso pelo menos por algumas horas.

Era visível o tom de raiva em sua voz, mas eu não queria falar sobre isso então apenas ignorei e continuei em silencio aproveitando o Maximo daquele momento. Acabei pegando no sono sem nem perceber.

 

***

 

Quando acordei no dia seguinte Justin ainda estava me abraçando e eu estava com a perna em cima do seu corpo. Levei um susto ao me afastar um pouco e perceber que ele já estava acordado.

— Bom dia – ele disse com a voz rouca.

— Bom dia – disse com vergonha por estar naquela posição com Justin - acordou a muito tempo? – perguntei.

— Não muito. Eu não quis te acordar, você precisava descansar – assenti com a cabeça – toma um banho e vamos descer pra tomar café. Minha família esta doida pra te conhecer.

Eu tinha me esquecido totalmente que Justin estaria aqui com a família dele. Eu ainda não tinha conhecido nenhum deles a não ser por foto, então fiquei meio apreensiva.

Tomei um banho rápido e enquanto eu passava maquiagem, pra esconder minhas olheiras e o pouco do vermelho que ainda tinha no meu rosto, Justin tomou o dele.

Ele segurou minha mão quando saímos do quarto e descemos assim. Justin logo encontrou sua família e me puxou até a mesa onde todos estavam.

— Gente, essa é a Cassie. Cassie essa é a minha família – ele disse sorrindo.

Ainda estávamos de mãos dadas, não com os dedos entrelaçados como os casais, mas sim como uma mãe segura a mão de um filho. Todos pareceram reparar nisso. Dei um sorriso e me soltei do Justin.

— Oi Cassie, é um prazer te conhecer. Eu sou a Pattie – a mãe do Justin disse se levantando.

— O prazer é meu – falei enquanto nos abraçávamos.

O pai de Justin também se apresentou. Assim como a baba das crianças, Ryan e Alfredo.

— E esses aqui são os meus irmãos. Jazmyn e Jaxon - Justin disse dando um beijo nas crianças.

— Nossa como vocês são lindos - falei sorrindo pra eles.

Jazmyn sorriu agradecendo e Jaxon ficou envergonhado. Eles eram muito fofos de verdade. Nos sentamos nas cadeiras vazias e tomamos café da manha enquanto conversávamos sobre diversos assuntos.

Fiquei me perguntando se eles sabiam o que tinha acontecido comigo e o porque de eu estar ali. Talvez Justin tenha explicado, mas agradeci mentalmente por nenhum deles comentar nada sobre o assunto.

— E então, Cassie - Ryan disse - Como esta sendo aturar o Justin nessa turnê? - falou em tom de brincadeira e eu entrei na dele.

— Olha, eu não vou mentir. É bem difícil, Justin consegue ser muito chato quando quer - falei revirando os olhos e todos riram.

— Até parece. Você esta amando passar tanto tempo perto de mim - Justin falou sorrindo e eu apenas ri.

Ele estava certo.

Nós já tínhamos terminado de comer, mas a conversa estava tão boa que não nos preocupamos em levantar dali e sair.

Justin estava segurando a minha mão por baixo da mesa e brincava com os meus dedos fazendo carinho. Ele entrelaçava os dele nos meus, mas não chegava a segurar de verdade a minha mão como um namorado faz com a namorada, por algum motivo eu queria isso me deixava frustrada.

— Vamos pra piscina? - Jaxon se pronunciou pela primeira vez.

— Tem que descansar um pouco a comida antes de entrar querido - Pattie disse a ele.

Se eu não soubesse, acreditaria que Pattie é realmente a mãe daquelas crianças. Ela os trata tão bem. Eu aprecio o modo como ela e Jeremy se dão bem, mesmo não estando juntos. Da pra perceber perfeitamente por que Justin é como ele é. Ele com certeza teve uma ótima criação de Pattie e Jeremy. Eu me sentia feliz e confortável por estar entre aquelas pessoas. De uma forma que eu não me sentia a muito tempo.


Notas Finais


Esse padrasto da Cassie é realmente muito idiota né?
E esses momentos fofos de Cassie e Justin? Ain *-*

O que vocês estão achando? O seu comentário é muito importante.

Aproveitem o carnaval e até depois do feriado ♥


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