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História Be Alright - Third


Escrita por: BruMollinary

Notas do Autor


HEEEEEEEEEEEEY <3
Boa leitura mores, até as notas finais.

Capítulo 3 - Third


Fanfic / Fanfiction Be Alright - Third

Cassie Miller

Assim que cheguei na área da piscina vi o Justin dentro dela. Como já era de se esperar só havia ele ali. Ele estava nadando e não tinha me visto ainda. Retirei o vestido que eu usava e fiquei apenas de biquíni, quando me virei Justin me encarava.

— Oi - falei o olhando.

— Oi, vai entrar?

— Claro.

Os degraus da piscina iam e uma ponta a outra. Ela não era muito larga, mas era comprida. Desci o primeiro degrau e senti a água nos meus pés.

— Tá um pouco gelada – reclamei.

— Para de graça e vem logo.

— Não é graça, ta mesmo gelada.

— Entra de uma vez que passa.

— Eu não vou fazer isso.

— Eu faço por você.

Antes que eu pudesse questionar o que ele queria dizer com aquilo senti varias gotas daquela água gelada pelo meu corpo o fazendo se arrepiar.

— Você não... - antes de terminar a frase ele me jogou mais água.

Eu estava completamente arrepiada. Dei um chute na água fazendo seus jatos irem de encontro com o seu rosto. Isso só fez o Justin me jogar mais água. Quando percebi, eu já estava dentro da piscina em uma guerra de água com Justin Bieber.

— Ta legal chega, chega - falei de costas e ele parou de jogar água - já entrei - me virei pra ele - feliz? - ele assentiu

Justin tinha um sorriso divertido no rosto, como uma criança que acabara de ganhar o seu presente de natal.

Era fofo.

Mergulhei e nadei até a outra ponta da piscina. A essa altura meu corpo já tinha se acostumado com a temperatura da água. Ficamos nadando por cerca de 15 minutos sem falar nada. Fui até a parte dos degraus e me sentei em um deles deixando a maior parte do meu corpo ainda dentro da água. Poucos minutos depois Justin nadou até mim e parou na minha frente.

— Então... – falei e ele arqueou a sobrancelha - A gente não terminou aquela conversa.

— Qual?

— Sobre suas fãs, antes do show.

— Ah, essa – fez uma pausa – Nós podemos terminar agora.

— Tudo bem. Então, você não me contou se é sempre assim mesmo.

— É – ele abaixou a cabeça – é assim na maioria das vezes, elas quase não conversam comigo, mas eu até que entendo.

— Como assim?

— Eu sei que elas me amam e me ver é uma surpresa, porque elas acham que nunca vai acontecer. Eu também tenho ídolos, sei como é isso. Então elas ficam nervosas demais, sem saber o que falar e só querem registrar o momento.

— Nossa, isso não te incomoda? – ele pensou por um tempo.

— Um pouco. Eu só queria que elas soubessem que eu sou uma pessoa normal como elas, mas eu faço musica. Só queria que elas me tratassem como um garoto normal sabe? É isso que eu sou, ou é o que eu queria ser pelo menos as vezes.

— Mas você não é normal pra elas, você é o ídolo delas e elas são bem dedicadas né? Eu acordei escutando elas gritando o seu nome – dei uma risada.

— Isso é comum e as vezes também é um saco. Eu quero dormir e elas estão lá na porta do hotel gritando. Eu sei que é demonstração do amor que elas têm por mim, mas poxa eu só quero descansar, poder dormir – ele pensou um pouco - Minhas fãs são a coisa mais preciosa que eu tenho depois da minha família. Elas acreditaram em mim desde o inicio. Elas estiveram lá em cada tombo e em cada vitória. Elas me apoiam em tudo que eu faço e tentam entender o meu lado da historia sempre. Eu amo de verdade cada uma delas, mas as vezes eu só queria ser alguém normal sabe? Ou pelo menos me sentir assim perto delas, porque eu as amo muito.

— Você é diferente do que eu pensava - soltei sem querer.

— Ah, é? E o que você pensava de mim?

— Eu achava que você era mais arrogante sabe? Com as suas fãs e todo mundo, mas ver você falar assim delas é realmente muito bonito.

— Obrigada – ele sorriu.

— E você até que é legal as vezes - brinquei.

— Eu sou legal sempre querida Cassie, e você é minha fã.

— Esse é o seu sonho Bieber - falei me aproximando dele – lamento dizer que é só sonho mesmo.

— Não lamenta não, você é má – ele disse e fez biquinho. Eu fingi estar com raiva.

Ficamos nos encarando por poucos segundos e então eu taquei água na cara dele e iniciamos outra guerra de água que não durou mais do que cinco minutos.

— Tá legal, chega - ele disse rindo

Nos sentamos lado a lado no segundo degrau da escada e por um bom tempo o silêncio dominou. Mas não era um silêncio constrangedor, muito pelo contrário.

Comecei a fazer ondinhas com a mão por baixo da água, meu pai sempre fazia isso comigo quando nadávamos. Lembrar dele dói com todas as forças. Ele sempre foi a única pessoa que se preocupou realmente comigo. Ele conversava comigo de igual pra igual e tentava me entender, na maioria das vezes ele conseguia. Mas não é isso que torna nossa relação especial, era o fato dele
tentar me entender, tentar entender todos esses sentimentos que nem eu mesma consigo entender muitas das vezes.

Funguei e Justin imediatamente se virou pra mim, só então percebi que estava chorando.

— Ei, vem cá – ele se aproximou mais um pouco e me abraçou de lado.

Deitei minha cabeça no ombro de Justin e deixei que as lágrimas caíssem.

— Vai ficar tudo bem, eu sei que onde quer que ele esteja ele estará sempre com você. Você nunca estará sozinha e sempre terá as lembranças dos momentos bons pra matar a saudade. Tenho certeza que esta muito orgulhoso da filha que tem.

Ele não disse mais nada e nem eu. Justin me abraçou e fez carinho na minha cabeça. Eu me sentia estranhamente mais próxima do Justin e sabia que podia chorar tudo o que eu precisava.

Eu nunca chorei na frente de ninguém além do meu pai. Nem mesmo quando soube da morte dele eu chorei assim na frente dos outros, eu apenas corri pro quarto, me tranquei e chorei lá dentro por horas, onde ninguém pudesse me encontrar.

Eu nunca me senti bem em outras pessoas me verem chorar. Mas com o Justin eu não consigo evitar. Ele me olha e tudo o que eu quero é abraçá-lo e colocar toda essa dor pra fora. Eu nunca me senti próxima de alguém tão rápido assim. Na verdade eu
nunca me senti próxima de alguém que não fosse da minha família, além do John que é praticamente da família. Nem mesmo com a minha mãe eu me sentia assim e isso me assusta um pouco.

Me acalmei e consegui parar de chorar. Justin ainda me abraçava. Levantei a cabeça e o encarei, ele me olhava com preocupação

— Se sente melhor?

— Sim. Obrigada Justin. Se não fosse você eu passaria o dia trancada no quarto chorando.

— Pra isso que serve os amigos - ele disse e eu ergui a sobrancelha.

Justin me considera sua amiga? Nos conhecemos a tão pouco tempo. Mas de certa forma eu o entendo, alguma coisa mudou hoje. Ontem quando cheguei eu só queria ter uma boa relação profissional com o Justin. Mas hoje nos passamos o dia inteiro juntos e eu gostei. Justin é o oposto do que eu pensava. Ele é simpático, divertido, brincalhão. O tipo de pessoa que da pra conversar sobre tudo, desde desenhos animados a questionamentos existenciais, coisas que nós até chegamos a conversar durantes os jogos e foi bem legal. Eu sinto que podemos ter uma ótima amizade

Justin pareceu perceber o que disse e ficou envergonhado.

— Quer dizer, somos amigos né? É que eu achei que... Bom... Como vamos passar muito tempo junto na turnê... Então eu achei... - ele se embolou e eu achei graça.

— Claro que somos amigos Justin - Ele sorriu.

Era cedo pra dizer isso? Com certeza, até porque eu nunca fui de ter muitos amigos. Mas não é assim que a amizade verdadeira acontece nos filmes, livros e historias?

— Que tal a gente ir tomar um banho e depois jantar? Estou morrendo de fome 

— Acho que você teve finalmente uma boa idéia – ele me deu um tapa de leve rindo e saímos da piscina.

 

***

 

Depois de jantar com John e Scooter eu fui direto para a cama e dormi como uma pedra, mesmo com dezenas de meninas gritando “Justin” lá fora e cantando varias musicas.

Sonhei com o meu pai, mas ao contrario das outras vezes, acordei feliz. Feliz por ainda poder ter lembranças dele. Eu era muito nova quando ele faleceu e o meu medo sempre foi que eu esqueceria o rosto dele, mas Justin me fez percebe que ele vai estar sempre comigo e que eu nunca me esquecerei do seu rosto, pois o vejo a todo momento em minhas memórias.

Logo depois do café da manha pegamos o mesmo jatinho que nos trouxe, mas com destino a Portland. Eu sentei junto com o Za e Justin. Conversamos a viagem toda e foi bem divertido. Quando pousamos fomos direto para o local do show. Justin teria uma entrevista
e a passagem de som. Assim que saímos do carro no estacionamento, notei cinco ônibus gigantes estacionados lado a lado. Justin disse que eram os ônibus da turnê e que de agora em diante seguiríamos nele para as cidades dos shows. Fiquei curiosa para conhecer a parte de dentro, nunca tinha visto um ônibus de turnê. Ele era muito grande por fora e todo preto, sem nenhum sinal que indicava que aquele era o ônibus de Justin Bieber.

Fomos até o seu camarim e Justin cumprimentava a todos por quem passávamos. Mais uma coisa pra acrescentar na lista de coisas que me surpreendem no Justin. Chegando no camarim tinha uma mulher mexendo em algumas peças na arara de roupas. Eu já tinha conhecido muitas pessoas da produção, mas não me lembrava dela.

— Justin – ela disse assim que percebeu nossa presença no local.

Eles deram um rápido abraço e ele se virou para nos apresentar. Descobri que o seu nome era Karla e ela era a estilista do Justin nessa turnê. Eu já estava com a câmera ligada e filmei enquanto eles conversavam sobre as roupas para o show de hoje. Vi peças realmente incríveis naquela arara, inclusive uma camisa preta com o rosto do Kurt Cobain que eu quis roubar pra mim, mas outras
peças eram um pouco exageradas na minha opinião. Depois de conversarem por um tempo e separar as roupas do show Karla se despediu e saiu do camarim deixando apenas Za, Justin e eu ali. 

Scooter avisou que a entrevista seria em 15 minutos na outra sala. Justin parou na frente do espelho e começou a arrumar seu cabelo enquanto eu ainda estava filmando. Estou começando a achar que ele tem uma obsessão por esse cabelo.

— Esse vídeo só vai ter eu arrumando o cabelo? - ele perguntou me olhando.

— Isso é tudo o que você sabe fazer - ele riu.

— Vou nem te responder porque estou atrasado e isso aqui tem que ficar bom - ri e desliguei a câmera me sentando ao lado de Za.

— Você não é muito nova pra ficar responsável por isso sozinha? - ele me perguntou

— Eu tenho 19 anos Za – ele não pareceu mudar de opinião quanto eu ser muito nova – Eu só estou responsável por vídeos que irão para o youtube. Não é como se eu fizesse a cobertura fotográfica do show dele, o John tem mais dois assistentes pra isso. Eu faço vídeos mais pessoas sabe?

— Entendi e porque ele te escolheu?

— Eu sei filmar bem, sei editar, tenho conhecimentos cinematográficos, tenho disponibilidade pra ficar longe de casa, acho que sou a pessoa mais indicada, então John me ofereceu o emprego – brinquei e ele riu.

Eu sabia que John apenas me ofereceu o emprego, pois sabia que eu precisava ficar longe de casa. Ele já tinha dois assistentes e poderia muito bem colocar um deles para fazer esses vídeos, mas preferiu me contratar. Sou realmente grata por isso, essa oportunidade veio no momento certo.

— Estou pronto, vamos? - Justin disse indo até a porta.

Seguimos até uma sala onde uma equipe de TV aguardava o Justin. Ele se aproximou na moça com o microfone que conversava com Scooter e se apresentou. Eles logo se sentaram em duas poltronas e iniciaram a entrevista.

Justin estava diferente, ele parecia mais serio e profissional durante a entrevista. Quem o visse assim e não convivesse com ele não desconfiaria do quão simpático e fofo ele é.

 

***

 

O show acabou e finalmente era hora de conhecer o ônibus da turnê por dentro. Caminhamos pelo estacionamento apenas Justin e eu. Za estava ainda na casa de shows conversando com uma das dançarinas, que não estava dando muita bola pra ele, mas ele quis ficar lá e tentar mais um pouco. 

Justin abriu a porta do ônibus e me deixou subir primeiro. Fiquei de boca aberta ao ver o lugar por dentro, era muito bonito. Logo de cara tinham dois sofás, um de cada lado, mas o da direita cercava uma mesa. Logo depois havia um balcão na esquerda com armários, pia, frigobar e microondas. Na direita uma porta que descobri ser o banheiro quando abri, era bem pequeno, mas nada absurdo. Fiquei me perguntando como iria tomar banho com o ônibus balançando.

Caminhei até o corredor e a primeira coisa que vi foi um espelho no fim dele. Percebi que eram onde ficavam as camas. Era uma espécie de beliche com três camas, uma na altura do chão, outra na altura da minha cintura e uma mais alta que eu. Ao todo tinham 12 camas e todas elas tinha uma cortina.

— A sua mala esta ali – Justin disse apontando para uma das camas da altura do chão, então entendi que elas eram usadas como um tipo de guarda roupas - meu quarto fica atrás do espelho.

— Como é? - perguntei franzindo a testa e ele riu.

Justin passou por mim e empurrou o espelho, que na verdade era uma porta. Ele entrou no quarto e me chamou pra entrar também. Não era muito grande. Tinha uma cama de casal, uma TV e vídeo game.

— Aqui é bem legal - falei.

— É sim, quer jogar um pouco?

— Quero, só preciso tomar um banho e trocar de roupa.

— Porque não tomou no meu camarim?

— Eu não queria vim de pijama pra cá - falei séria e ele riu.

Acabei rindo também. Era um desculpa idiota pois eu poderia vestir uma roupa normal e depois trocar o pijama aqui dentro. E na verdade eu não sentiria vergonha de usar meu pijama na frente dos outros, não tinha nada demais nele. A verdade é que eu não queria pedir isso ao Justin.

 

Levei um tempo pra me acostumar naquele banheiro, mas consegui. Quando sai de lá Scooter e John estavam no sofá conversando.

— A gente estava esperando você sair do banheiro pra seguir viagem - Scooter disse.

— Porque me esperando sair? - perguntei

— Você não está acostumada com ônibus de turnê - John começou - achamos que iria ser muito desconfortável se ele começasse a andar no meio do seu banho.

Ele tinha razão, ficaria no mínimo assustada.

— Ah sim. Muito obrigada então.

— O Za está com o Justin jogando vídeo game lá no quarto, falaram pra você ir pra lá.

Assenti e caminhei pelo corredor. Guardei minha roupa suja na mala e bati no espelho chamando pelo nome do Justin. Ele me mandou entrar então empurrei a porta. Eles estavam no meio de uma partida. Me sentei na ponta da cama e fiquei observando. Justin venceu então Za me entregou o controle pra jogar.

Ficamos horas jogando até que o sono bateu e eu fui me deitar. Levei um tempo pra me acostumar com aquela cama, mas estava tão cansada que acabei pegando no sono.
 

 


Notas Finais


E ai mores, o que estão achando? O que acham da Cassie? E do Justin? E da amizade que esta surgindo entre eles?
O comentário de vocês ajuda bastante a ter mais vontade ainda de escrever essa historia.
Obrigada pelos favoritos e comentários no ultimo capitulo <3


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