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História Be My Best Song - Fancy


Escrita por: _TheRaven_

Notas do Autor


Ahhh me desculpem pelo atraso! Não consegui terminar o capítulo ontem por causa do sono, então tratei de me apressar porque simplesmente AMO Iggy Azalea! *---*

Boa leitura!

Capítulo 5 - Fancy



LINKS INDISPENSÁVEIS PARA A COMPREENSÃO DO CAPÍTULO:
• Roupa da Tris 1 (aula): http://www.polyvore.com/tris_prior_04_bmbs/set?id=134421360
• Roupa da Tris 2 (estúdio de dança): http://www.polyvore.com/tris_prior_05_bmbs/set?id=134439830
• Roupa da Christina (festa): http://www.polyvore.com/christina_01_bmbs/set?id=134446899
• Roupa da Tris 3 (festa): http://www.polyvore.com/tris_prior_03_bmbs/set?id=134343020
• Música tema: https://www.youtube.com/watch?v=B0yOzQjYSmQ

Meus lábios pulsavam e uma espécie de corrente elétrica ainda percorria meu corpo. Trêmula, eu encarei a porta fechada como se estivesse encarando um fantasma. Mas que droga tinha acontecido?! Esfreguei freneticamente as mãos pelo rosto, em seguida pelo cabelo, agarrando os fios com um pouco de força enquanto zanzava pelo quarto de um lado par ao outro.

– QUE DROGA! – Gritei fora de mim, socando o ar.

Tentei respirar fundo, mas a adrenalina ainda estava presente e meus batimentos cardíacos mais se pareciam com uma bateria de escola de samba. Precisei me sentar na cama ou acabaria perdendo a força nas pernas e desabando no chão.

– Ok Tris, respire. Respire. – Fechei os olhos e inspirei, expirando lentamente logo em seguida. Aquilo não adiantaria de nada! Abri os olhos e imediatamente o beijo me veio em pensamento.

Umedeci os lábios, quase podendo sentir Tobias novamente. Sua boca, seu toque, seu calor, seu cheiro. Minha boca se abriu um pouco, como se estivesse esperando por mais e aquilo fez com que eu me sentisse uma completa idiota. Sai do frenesi nervosa, odiando-me por tudo o que vinha acontecendo. Por que ele me beijou justamente quando eu mais precisava de espaço? Ele tinha pegado uma garota qualquer no banheiro feminino, por que diabos ele viria me procurar? Não fazia sentido algum e tentar entender fazia minhas têmporas latejar.

Coloquei-me de pé e quando me dei conta, estava andando pelo quarto novamente.

– Tris – escutei duas batidas na porta, mas não dei atenção.

Roendo as unhas, quis apenas parar de sentir tanta vontade de beijá-lo de novo. Tobias era um canalha e eu não queria ele perto de mim enquanto a poeira não abaixasse.

– Tris?

– O QUE FOI?! – Virei-me feito um tufão e abri a porta, encontrando apenas Christina com os ombros encolhidos, me olhando muito assustada.

Apesar de ter acessos de fúria com frequência, minha amiga assistira apenas a alguns, os que não a envolviam. Não que aquilo a envolvesse, mas Christina era importante em minha vida e o que estava sendo colocado em pratos limpos não era apenas uma amizade que estava desabando – no caso, a minha amizade com Tobias –, mas todos os meus sentimentos e o meu futuro.

– Me desculpe, Chris! Me desculpe! – Avancei o espaço que nos separava e a abracei com força, afundando o rosto em sua clavícula.

Meu corpo tremeu quando os soluços escaparam de meus pulmões pesados. Christina apertou ainda mais os braços ao meu redor e afagou minhas costas, deixando que eu colocasse o choro para fora.

– Eu gosto dele! Eu gosto daquele idiota! Mas, eu tenho medo... – Arfei, tentando controlar as lágrimas.

– Medo, Tris? Medo de quê? Medo de tentar ser feliz?

– Medo de perdê-lo. Medo do que pode acontecer.

Christina foi deixando os braços folgados até separar o abraço. Afastou só o suficiente para me olhar nos olhos. Segurou meu rosto com cuidado e abriu um pequeno sorriso, secando lentamente minhas bochechas úmidas. A forma como me olhava era quase materna e não consegui deixar de sorrir para ela. Foram raras as vezes que chorei diante de Chris, mas em todas, ela me tratou como uma filha.

– Sabe o que eu acho? Você devia se preocupar menos com o futuro, com o dia que ainda não chegou e viver o que está acontecendo agora. O Tobias é realmente um babaca, mas ele não é o único homem no mundo. Nós vamos a festa do Peter e você vai se divertir, está bem?

Soltei um riso baixo e assenti. Apesar de toda a confusão dentro de meu coração, tinha certeza que podia contar com Christina para qualquer coisa.

– Agora, você vai parar de chorar. Vou dormir aqui hoje e você vai me contar tudo o que precisar desabafar.

(...)

Naquela noite, finalmente, coloquei para fora tudo o que estava preso em mim há anos. Christina foi paciente, escutou e aconselhou quando foi preciso. Nunca deitei a cabeça no travesseiro me sentindo tão leve e aliviada, não estava acostumada a pegar no sono com rapidez e quando isso acontecia, tinha pesadelos. Não naquela noite.

Acordar no horário certo sem necessitar do despertador foi uma grande novidade e sentir uma fome imensa logo cedo foi uma surpresa ainda maior. Christina e eu tomamos café na companhia de meu pai e de Caleb. Conversamos descontraidamente, rimos e contamos piadas, o que não era comum de se ver em minha casa.

Saímos adiantadas para a universidade e só no caminho Christina entregou meu celular.

– Tobias encontrou-o no banheiro.

Apanhei o aparelho e o encarei. Um suspiro pesado me escapou e, de soslaio, encarei Christina.

– Vai ser difícil encará-lo e ignorar.

– Eu sei, mas você vai conseguir. O Quatro precisa aprender que as melhores coisas da vida não vêm de mão beijada! – O olhar sapeca e o sorriso maroto de Christina fizeram-me relaxar um pouco. Não seria difícil ser fria como gelo, habitualmente eu já era assim. Difícil seria controlar a vontade de me aproximar, nem que fosse para brigar.

Entramos na UC e seguimos caminhos diferentes para nossas primeiras aulas. Tudo ocorreu muito tranquilamente, Tobias não estava por perto e o clima estava ótimo para que eu me preparasse para o horário do almoço. Encontrei Marlene no corredor e fomos juntas, conversando sobre música e filmes, até a sala de aula.

As primeiras horas daquela manhã voaram, mas conforme o meio-dia se aproximava, mais eu sentia que o tempo começava a se arrastar. Por mais que eu tentasse negar, no fundo, eu estava doida para ver Quatro. Ansiosa por poder ver como ele estaria após os acontecimentos da noite anterior, eu batucava a caneta sobre a mesa, totalmente alheia aos assuntos tratados pelo professor.

Notando que eu estava longe, Marlene me jogou uma bolinha de papel, fazendo-me encará-la.

– O que aconteceu? Está tão... - A julgar pelo olhar, a garota estava distorcendo coisas a meu respeito.

Ri, balançando a cabeça. Não que eu escondesse coisas de meus amigos, mas contar sobre o beijo não estava nos meus planos. Eu detestava me expor e por mais que fosse numa roda de pessoas conhecidas, era assustador. Não respondi a pergunta de Marlene, deixei que ela pensasse bobeiras e imaginasse qualquer coisa, não me importava.

Quando o sinal soou marcando o início do intervalo, tratei de pegar minhas coisas o mais vagarosamente possível. Quanto menos tempo diante dele, menor seriam as chances de uma recaída.

– Ei, Tris! – Virei-me e encontrei Al. Mantinha um sorriso educado nos lábios e as mãos enfiadas nos bolsos do jeans lavado. – Fiquei sabendo que você vai estar na festa do Peter.

Minha expressão passou de suave para dura.

– Quem disse isso?

– Todo mundo está comentando. A maioria espera uma briga, já eu espero apenas que Peter não estrague a festa toda vomitando na piscina, como da última vez...

Fiz uma careta, apanhando minha pasta, saindo o mais rápido possível de perto de Al. Caminhei depressa para fora da sala e Marlene me alcançou, acompanhando-me em direção ao refeitório.

– Não estou com a mínima fome. – Confessou, mexendo em sua bolsa em busca de algo.

– Por que não mata o tempo estudando?

– Vou encontrar o Uriah lá fora. Temos que combinar algumas coisas a respeito da festa do Peter. – Parou de mexer na bolsa e me olhou, abrindo um sorriso torto em seus lábios pintados de carmim. – Você vai, não vai?

– Talvez. Mande um beijo ao nosso querido Uriah! – Pisquei para Marlene, despedindo-me com um aceno e um beijo lançado no ar.

Ao fitar as portas abertas do refeitório meu estômago se apertou. Não sabia dizer se era fome ou se era nervosismo, mas entrei com as mãos suadas em busca da mesa onde Christina estaria sentada. Tobias estava junto deles, porém, mais para o canto, reservado, lendo o jornal da universidade.

Respirei fundo e emplumei o corpo, caminhando elegantemente na direção deles. Sem fazer muito esforço, deixei minha expressão se tornar fria e inalcançável, puxei uma cadeira e me sentei, cumprimentando a todos com a mesma educação. Christina olhou-me de rabo de olho e sorriu sapeca, colocando o cabelo para trás da orelha.

– Você vai à festa do Peter, Tris?

A voz surpresa de Will me fez ter certeza que Christina contara a ele com a intenção de fazê-lo soltar aquela informação perto de Quatro. Dei um sorriso discreto e assenti, desviando a cabeça para trás, procurando por algo atrativo para comer.

– Pensei que vocês fossem como cães e gatos. – Edward riu, dando uma mordida generosa em seu sanduíche. – Mas, seria bem legal ver você bater naquele idiota de novo.

Rolei os olhos e levantei-me.

– Vou pegar alguma coisa para comer.

(...)

A tão esperada festa aconteceria na sexta-feira à noite, na casa de Peter. Na realidade, eu não estava muito animada para sair de casa e embebedar – pois era exatamente isso que acontecer se Christina fosse comigo, ela iria me embebedar. Eu gostava de me divertir, mas não estava me sentindo suficientemente animada para ouvir música alta e ficar me esbarrando em gente suada.

Estiquei as pernas no assoalho liso, apoiando as mãos no chão, alongando o corpo ao final de mais um ensaio. Como uma estudante de Artes Visuais, eu tinha aulas de dança toda semana. Boa parte dos fins de minhas tardes eu passava no estúdio da universidade, de calça colada e sapatilhas, fazendo passos coordenados por uma professora com doutorado em arte corporal.

Caminhei até o canto do estúdio e me sentei no chão. Retirei as sapatilhas e massageei os pés cansados, calçando as botas em seguida. Os alunos iam se dissipando pouco a pouco, deixando o estúdio vazio em menos de dois minutos. Ergui-me do chão e peguei o casaco pendurado junto com minha bolsa e o vesti. Estava terminando de abotoá-lo quando senti uma mão grande envolver meu cotovelo com certa força.

Virei a cabeça para ver de quem se tratava e encontrei um sorriso depravado. Peter aumentou a força dos dedos, fazendo-me sentir uma leve dor no local onde ele me segurava.

– O que você quer? – Soltei-me de sei aperto puxando o braço sem delicadezas e pendurei a bolsa no ombro.

– Sabia que você fica muito sexy quando está dançando? – Seu sorriso aumentou e notei como seus olhos estavam negros.

O estúdio estava vazio, os alunos e a professora já haviam saído e Peter havia me pego desprevenida. Senti o estômago gelar e me afastei do garoto, sentindo-me mal por estar sozinha com ele.

– Vai continuar se fazendo de difícil, Tris? Qual é?!

– Por que não vai procurar outra coisa para fazer? Tenho certeza que as suas notas não são as melhores por aqui... – Sai caminhando em direção as portas da saída e lancei um olhar desafiador a Peter, que fechou a cara.

– Amanhã é festa. Eu sei que você vai e quando menos esperar, eu vou te pegar.

Soltei uma gargalhada que ecoou pelo estúdio de dança vazio, abri a porta e dei o fora o mais rápido que pude. Peter me causava calafrios. Sabia que era um babaca, mas temia que ele tentasse algo maluco num momento em que estivéssemos sozinhos. Já estava acostumada com as investidas sorrateiras, principalmente em locais menos frequentados. Diante dos outros, Peter gostava de me humilhar, mas longe... Bem, as cantadas eram horríveis.

Esperei por Christina no estacionamento. Encostei-me em seu carro e coloquei os fones no ouvido, desligando-me do mundo enquanto ouvia Arctic Monkeys. Não havia notado a aproximação de Tobias, mas quando me dei conta, ele estava ao meu lado, fitando-me como se fosse me engolir com os olhos. Dei um grito e arranquei os fones com o susto. Afastei alguns passos, sentindo o coração disparado.

– O que pensa que está fazendo?!

– Tris, eu preciso falar com você. Explicar o que aconteceu...

– Não precisa me explicar nada! Eu sei o que aconteceu e não quero ouvir nada de você, Tobias!

– Você me ignorou todo esse tempo! Está sendo infantil agindo assim!

Senti o rosto todo esquentar perante as palavras do rapaz e precisei me segurar para não voar sobre ele com agressões piores que meros tapas na cara.

– Eu não sou infantil. – Falei entredentes, desviando o olhar.

– Está bem. Então vai me escutar. – Aproximou-me dois passos e segurou meu queixo, fazendo-me olhá-lo nos olhos.

Fui fisgada pela imensidão desconhecida que meu íntimo queria mergulhar de cabeça e momentaneamente me esqueci de ser brava. Ele estava muito perto. Muito perto. A mão que mantinha em meu queixo desceu deslizando por minha pele e parou em meu braço, fazendo uma leve carícia.

– O que aconteceu no banheiro não foi o que você viu. Molly estava com problemas no aparelho ortodôntico, o aro superior se soltou e cortou a boca dela. Eu pedi que ela se ajoelhasse porque é muito alta! Quando pedi sua ajuda, eu me referia ao meu zíper preso no brequete do dente frontal da garota!

Aquilo era ridículo! Por que ele estava tão empenhado em me fazer acreditar num monte de bobagem? Uma história absurda, é claro, assim como o Tobias essa se mostrando. Absurdo. Afastei-me de seu toque e balancei a cabeça, virando-me de costas e caminhando para longe.

– Sei que é difícil acreditar, Tris! Eu juro que é verdade. – Sua voz havia ficado distante, eu já havia entrado na University of Chicago para procurar Christina.

(...)

A sexta-feira chegou tão rápido quanto passou. A parte da manhã passou voando diante dos meus olhos sonolentos e, após o almoço, para minha infelicidade, o assunto em minhas aulas não foi outro se não a festa maldita que aconteceria a noite na casa de Peter. Todos estavam ansiosos, discutindo para tentar adivinhar quem seria o DJ, quem estaria malvestido e bem-vestido.

Mesmo desejando que a noite demorasse a chegar, ela veio implacável, assim como Christina. A morena estava fazendo de tudo para que eu me arrumasse para ir à festa, mas não havia nem um pingo de vontade de sair de casa. Então, afundei a cabeça no travesseiro e deixei que ela falasse sozinha enquanto mexia em minhas roupas, procurando por algo que ficasse bem em mim para aquela ocasião.

– Vamos lá, Tris! Você precisa se trocar!

Me virei de barriga para cima e bufei, olhando-a andar de um lado para o outro.

– Ah é? Me dê dois bons motivos para eu ir nessa festa. – Sentei-me na cama, sorrindo em desafio. – Se me convencer, eu vou.

Eu não devia ter provocado o lado psico de Christina. Sendo uma excelente estudante de psicologia, ela bem sabia como convencer-me. Ela era mestre em análise de discurso e isso me deixava em desvantagem.

(...)

Chris me convenceu, mas insisti que eu mesma escolheria a roupa ou nada feito. Fomos em seu carro e assim que Christina estacionou em frente a mansão de Peter eu já estava começando a me arrepender de ter cedido. A casa era enorme, ficava numa parte mais nobre da cidade e os pais do garoto não pouparam dinheiro para deixar tudo luxuoso.

Dava para ouvir a música que vinha de dentro da residência. Caminhamos juntas até a entrada, onde Christina havia combinado de encontrar o namorado, Will, para ficarem juntos. Eles trocaram beijinhos apaixonados e aquilo deixou-me mais desconfortável que o normal. Virei o rosto e cruzei os braços, ignorando o fato de ser uma vela.

– Vamos entrar – Will falou e eu quase agradeci.

As festas que Peter organizava sempre aconteciam em sua casa, na área feita especialmente para eventos, onde ficava a piscina, o bar e a pista de dança. Parte ao ar livre, parte sobre uma área coberta. Avistei a mesa com bebidas e petiscos, o DJ com sua aparelhagem que fazia as pessoas dançarem animadas e também avistei Tobias sentado junto de Al, Edward, Marlene e Lynn.

Sem saber o que devia fazer, fiquei travada no lugar, pensando nas maneiras de agir diante de Quatro. Talvez, eu devesse beber e me soltar, dançar um pouco e depois ir embora. Ao menos assim Christina não ficaria emburrada comigo.

Em passos largos direcionei-me a mesa de bebidas e servi-me de vodka com refrigerante de limão. Dei pequenos goles na bebida gelada, movendo a cabeça sutilmente no ritmo da música que tocava. Eu reconheci muitos rostos ali sendo alunos da University of Chicago. Alguns faziam aulas comigo, outros eu conhecia dos corredores e ainda havia aqueles que eu não mantinha contato, mas era obrigada a sustentar uma convivência civilizada.

– Oi Tris!

Me virei e abri um imenso sorriso ao encontrar Uriah. Ele depositou um beijo em minha bochecha, animado, mexendo o corpo no ritmo da música. Uriah segurava dois copos cheios, provavelmente, o dele e o de Marlene.

– Por que não vem sentar com a gente ali perto da piscina?

– Ah, eu estou bem aqui. Vou beber um pouco mais. – Após um sorriso nervoso e sem graça, entornei a vodka na boca em apenas um gole e servi-me com mais.

– Hã, ok. Estamos lá te esperando.

Assenti, sem olhá-lo novamente. Não queria ficar perto de Tobias e preferia manter distancia do meu grupo de amigos, já que esse grupo o incluía. Ficar em pé sozinha não estava nos meus planos e a situação deixou-me de cara fechada. Christina e William estavam dançando juntos, não iria atrapalhá-los. Dei mais um generoso gole em meu copo e fiz careta, só então percebendo o quão quente meu corpo estava.

Aproximei-me do DJ e sorri torto, sussurrando para que ele colocasse uma determinada música. Sendo manipulada pelo álcool e pela vontade de extravasar, eu terminei de beber a vodka em meu copo e o larguei em algum canto. Encaminhei-me para a pista de dança e esperei que o som me levasse.

First things first, I'm the realest

Drop this and let the whole world feel it

And I'm still in the Murda Bizness

I can hold you down, like I'm givin' lessons in physics

You should want a bad bitch like this

Drop it low and pick it up just like this

Cup of Ace, cup of Goose, cup of Cris

High heels, somethin' worth a half a ticket on my wrist

Takin' all the liquor straight, never chase that

Rooftop like we bringin' '88 back

Bring the hooks in, where the bass at?

Champagne spillin', you should taste that

Movendo-me no ritmo da batida, mexi o quadril, levando as mãos aos cabelos, sendo precisa nos passos ensaiados e muito bem desenvolvidos. Era como se eu estivesse deixando fluir, como se tivesse feito aquilo a vida toda. Fechei os olhos e sorri, girando ao redor de mim mesma.

I'm so fancy

You already know

I'm in the fast lane

From LA to Tokyo

I'm so fancy

Can't you taste this gold

Remember my name, 'bout to blow

Senti os olhares sobre mim, mas pouco me importei se me criticariam. Mordi o lábio e imaginei que estivesse dançando sozinha numa sala pouco iluminada com apenas um espectador. Tobias Eaton. Ele sussurrava algo. “Seduza-me”.

I said baby, I do this, I thought that, you knew this

Can't stand no haters and honest, the truth is

And my flow retarded, they speak it, depart it

Swagger on super, I can't shop at no department

Better get my money on time, if they not money, decline!

And swear I meant that there so much that they give that line a rewind

Abaixei-me até o chão com os joelhos dobrados, apoiando as mãos sobre esses para abrir e fechar as pernas, subindo em seguida sem muita pressa. Sem me dar conta, além de estar dançando intensamente, eu também cantava a música baixinho.

So get my money on time, if they not money, decline

I just can't worry 'bout no haters, gotta stay on my grind

Now tell me, who that, who that? That do that, do that?

Put that paper over all, I thought you knew that, knew that

I be that I-G-G-Y, put my name in bold

I been working, I'm up in here with some change to throw

Algo me puxou violentamente da pista de dança e sai do transe em que estava enquanto dançava. Tentei me soltar de quem estava me puxando, mas não consegui. Peter só me soltou para se virar e cobrir minha boca com a sua. Mesmo que eu tentasse empurrá-lo para longe de mim, ele era forte e eu estava bêbada.

Escutei apenas quando as pessoas começaram a falar mais alto e então Peter foi ao chão de uma só vez. O nariz sangrando violentamente. Tobias não parou no primeiro soco, ele agarrou Peter pelo colarinho e o ergueu do chão sem piedade, olhou-o dentro dos olhos e disse alguma coisa. Desferiu mais um soco, dessa vez, no estômago do anfitrião da festa, deixando-o caído na grama retorcendo-se de dor.

I'm so fancy

You already know

I'm in the fast lane

From LA to Tokyo

I'm so fancy

Can't you taste this gold

Remember my name, 'bout to blow

Pisquei algumas vezes, saindo do estado petrificado em que estava. Tobias havia saído feito um touro raivoso e não pensei duas vezes antes de correr atrás dele, tentando impedir que alguma besteira maior acontecesse.

– TOBIAS! TOBIAS!

Ele se virou pouco antes de chegar aos portões abertos da mansão. Suas mãos estavam fechadas em punho e as veias pulsavam em sua testa úmida de suor. Nunca tinha o visto tão tenso. Parei na sua frente, olhando-o nos olhos, percebendo que eu não fazia ideia do que dizer. Eu ainda estava muito brava e magoada com o que tinha visto no banheiro, mas não conseguia simplesmente ignorar o fato de que eu gostava de Tobias.

Still stunting, how you love that

Got the whole world asking how I does that

Hot girl, hands off, don't touch that

Look at that I bet you wishing you could clutch that

Just the way you like it, huh?

You're so good, he's just wishing he could bite it, huh?

Never turn down money, slayin' these hoes

Gold trigger on the gun like

– Não vai me julgar ou dizer que sou um mentiroso?

Nesse exato momento, o celular vibrou dentro do meu bolso e ao ver a mensagem mandada por Christina, senti o queixo tremer.

“Encontrei Molly aqui na festa e ela confirmou a história do aparelho. Eu vi a boca dela. Está mesmo machucada. Ele não estava mentindo...”.

Fiquei alguns segundos parada olhando para o visor já apagado.

– Tris, está tudo bem?

I'm so fancy

You already know

I'm in the fast lane

From LA to Tokyo

I'm so fancy

Can't you taste this gold

Remember my name, 'bout to blow

A voz grave de Tobias me fez encará-lo. Não que eu estivesse certa de tudo o que eu sentia. Ainda estava com medo de que as coisas dessem errado, mas se eu não tentasse, se não me jogasse, como iria descobrir? Christina estava totalmente certa sobre viver o hoje. Havia um nome para aquilo...

– Carpe diem. Colha o dia, confie o mínimo no amanhã. Não pergunte, saber é proibido, o fim que os deuses darão a mim ou a ti, com os adivinhos da Babilônia não brinque. É melhor apenas lidar com o que cruza o seu caminho. Se muitos Invernos Júpiter te dará ou se este é o último que agora bate nas rochas da praia com as ondas do mar. Seja sábio, beba o seu vinho e para o curto prazo reveja as suas esperanças. Mesmo enquanto falamos, o tempo ciumento está a fugir de nós. Colha o dia, confie o mínimo no amanhã. – O poema de Horácio escapou por meus lábios sem meu consentimento. – Está tudo ótimo. Tudo perfeito!

Não quis esperar mais nem um segundo, destruí o espaço que nos separava numa rápida corrida e envolvi a nuca de Tobias com uma mão e com a outra os seus ombros. Beijei-o como nunca imaginei ser possível beijar alguém.


Notas Finais


N/A: Tris dançando Fancy foi a coisa mais gostosa de escrever nesse capítulo, perdendo apenas para o beijasso no final UHASUHAUSHAUHSUAHSUHA então, se você leu até aqui, não custa nada deixar um comentário dizendo o que achou do capítulo, né? Eu mereço? Sim? Não? Não importa, comenta ai. Seu dedinho não vai cair e isso me estimula a continuar.

Bem, migos, até o próximo.
Beijão! ♥


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