1. Spirit Fanfics >
  2. Be Together >
  3. Guidance Race I

História Be Together - Guidance Race I


Escrita por: Denali_Hunter

Notas do Autor


Não me matem quando lerem o final

Capítulo 30 - Guidance Race I


Fanfic / Fanfiction Be Together - Guidance Race I

 

Quer saber o sentido da vida? Pra Frente.

(Vida)

(Emicida)

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Capítulo 30

Guidance Race l

-------------------------------------------------------------------------------------------------------

Rosa – Vocês tem que parar de matar aulas, definitivamente. – eu olhei para ela e olhei para certo ruivo que deu de ombros.

Castiel – Não ligo para isso.

- Mas eu ligo! Não pode me arrastar por aí em horário de aula. – reclamei. – se queria tanto falar comigo podíamos falar em casa ou na hora do recreio.

Rosa – Não seria “intervalo”?

- Querida se eu quiser eu chamo de “Abdução de Alienígenas”! – exclamei.

Rosa – Mas o que isso tem a ver com a palavra intervalo?

- Sei lá! Só sei que eu posso chamar o intervalo do que eu quiser.

Catarina – Aliceee! – olhei para trás e lá vinha Catarina. – vamos fazer amizade com a menina nova. – ela disse andando do meu lado. – ela parecia bem solitária. Ela está sentada sozinha encostada na parede, perto do pátio.

- Ah, aquela que a Rosa estava discutindo o futuro?

Catarina – Essa mesma! – eu assenti.

Rosa – Eu vou também. Vai que ela é legal? – Catarina deu um sorriso e correu, Rosa foi atrás. Claro, eu ia também, se não fosse por Castiel ter puxado meu braço me impedindo de ir com eles. Olhei para ele com um olhar de “prossiga”.

Castiel – Não chegue perto de Debrah, por favor, eu te peço isso. – eu olhei estranho para ele, mas mesmo assim concordei. – se cuida. – ele saiu andando na direção contrária em que Catarina e Rosa foram. Tratei logo de segui-las, ou eu iria perdê-las de vista.

Catarina – Ela deve estar por aqui. – ela disse procurando a menina na entrada do refeitório.

- Não seria aquela? – perguntei apontando para uma menina com um estilo de roupa peculiar. Ela estava com fones e parecia estar desenhado algo.

Catarina – É aquela mesmo! – nos aproximamos da garota e ela pareceu não notar.

Emmi – Olha Ambre, por que você não vai pro infer... – ela olhou para nós e sua expressão se tornou arrependida. – d-desculpe, eu achei que fosse a Ambre. – ela disse tirando os fones de ouvido.

- Nossa moça, parece que a naja loira também encheu seu saco. – ela soltou um risinho. – mas não esquenta, não é pessoal, ela faz isso com toda novata que chega.

Emmi – Mesmo assim, não gostei dela. – eu sorri.

- Eu sou Alice Smith, e essa daqui é a Rosalya Parker, e essa daqui é a Catarina Hills. – ela sorriu.

Emmi – Emmi Gosh...

- Belo desenho. – ela olhou para o desenho e depois para mim.

Emmi – Obrigada! Eu gosto de desenhar.

Catarina – Esse por acaso não é o Zoro de One Piece? – a menina pareceu surpresa.

Emmi – É sim... Você conhece?

Catarina – Claro! Ele é meu personagem favorito de One Piece. – eu e Rosa sorrimos.

Parece que Catarina e a Emmi se deram bem.

“Atenção, todos os alunos: Venham ao ginásio daqui a dez minutos.”

A voz da diretora foi ouvida por toda a escola.

- Vamos né? – elas assentiram. – Emmi, você que vir conosco?

Emmi – E-Eu posso? – assenti. – Awesome! – ela sabia falar Inglês também?

Catarina – Vamos então! – ela disse caminhando na frente.

Rosa – O que será que ela quer? – perguntou. – será que deu ruim que nem ano passado?

- O que houve ano passado? – perguntei enquanto andava.

Rosa – Bem... Três alunas estudavam aqui, mas elas foram expulsas. – Rosa suspirou. – você vê que sempre tem um aviso “Favor, enrolar seus absorventes em papel higiênico e jogar no lixo.”. – assenti já imaginando o que elas fizeram. – então, quando ninguém estava vendo, duas delas estava naqueles dias – ela disse dando uma ênfase e eu entendi o que ela quis dizer. – pegaram seus absorventes, e passaram na porta, e penduraram na porta do banheiro, e escreveram bem grande “Me obrigue”. – eu abri a boca, surpresa. – quando a diretora soube, ela chamou todo mundo para o ginásio e começou a gritar. A diretora deu uma punição a todas as meninas da escola, nenhuma escola faria isso, mas a Sweet Amoris é a única que tem coragem de fazer isso: todas as meninas trabalhariam em um asilo de velhinhos, mas não todas em um único asilo, a diretora separou-as em grupos e as espalhou pelos asilos por aí. Ficamos nessa por um mês, até que as culpadas apareceram e foram expulsas da escola.

- Credo! Que infantil. – Rosa deu de ombros.

Rosa – Não sei o que estava se passando pela cabeça delas quando fizeram isso, mas que foi ruim foi... Mas valeu a pena! Eu conheci velhinhos tão legais, que foram abandonados pelos filhos... – ela disse com uma pontada de tristeza a última frase. – queria ir com você lá visitar o asilo.

- Eu não vejo problema algum. – eu sorri.

Chegamos ao ginásio, e ele estava lotado. Eu e as meninas arrumamos um lugar perto de Alexy e os outros.

Alexy – O que acham que é?

Castiel – Provavelmente uma perda de tempo. – deu de ombros. – quem é essa? – apontou para a menina nova.

Emmi – Eu sou a Emmi.

Rosa – Ela é a aluna nova.

Castiel – Deu para perceber. Eu sou Castiel – ele disse dando de ombros. – e esse aqui é o Lysandre. – apontou para o mesmo que parecia não desviar os olhos dela.

Lysandre – Olá senhorita, prazer, sou Lysandre Campbell.

Emmi – S-Sou Emmi Gosh. – eu ri mentalmente e me aproximei de Castiel.

- Impressão minha ou está rolando algo ali com a música do Ed Sheeran Thinking Out Lod de fundo? – Castiel começou a rir.

Castiel – Sei lá... Só sei que isso ia ser muito açúcar.

- When your legs don't work like they used to before
And I can't sweep you off of your feet
Will your mouth still remember the taste of my love
Will your eyes still smile from your cheeks – comecei a cantar baixinho.

Castiel – Darlin' I will be lovin' you
Till we're seventy
Baby my heart could still fall as hard
At twenty three – Castiel continuou no mesmo tom.

– I'm thinkin' bout how
People fall in love in mysterious ways
Maybe just the touch of a hand
Me, I fall in love with you every single day
I just wanna tell you I am.

Catarina – Já reservei o lugar onde vocês irão passar a Lua-de-Mel, e onde vocês vão casar o Buffet também, vamos escolher seu vestido amanhã, e vocês vão se casar ao pôr-do-sol no Caribe. A música que vai tocar no casamento de vocês é “Seu Sorriso é Tão Resplandecente” tema de Dragon Ball GT. – ela sussurrou entrando no meio de nós dois. – Rosa tá convidada, a Emmi também, todo mundo tá convidado, até a Ambre está convidada para você sambar na cara dela. O filho de vocês pode se chamar Samuel, sei lá! Mas nada de Júnior. – nós olhamos para ela com cara de “WTF”.

- Enlouqueceu Cat? Cheirou pó roxo?

Castiel – E por que no Caribe? Não pode ser em outra praia não? – eu olhei para ele indignada.

Catarina – Caribe é bonito Castiel! Vai ser ao pôr-do-sol.

- Ei, ei, ei! Parem com isso já! E que negócio é esse de Samuel? Samuel não é bonito.

Castiel – Eu não iria condenar nosso filho com esse nome!

Alexy – A louca! Já estão planejando filhos? Olha elaaaaaa!

- Esse meme novamente não Alexy! Vou pra Jamaica depois dessa, cheirar umas fumaça.

Rosa – Não sou capaz de opinar...

- Nossa, e o Oscar do Leonardo DiCaprio?

Rosa – Eu gostei.

Diretora – Silêncio alunos! – todos ficaram quietos. – Ótimo. – ela limpou a garganta. – vocês estão aqui hoje, para que possamos deixá-los cientes de que dia 12 de Março, haverá a corrida de orientação. Os professores irão entregar as autorizações para vocês, para que possam entregar para seus responsáveis assinarem, mas os alunos que obtiveram emancipação de seus pais, não precisarão dessa autorização. Aproveitarei para dizer algumas regras: as duplas serão mistas, nada de trio, ou quarteto, apenas duplas! O lanche podem trazer de casa. No dia, irão ser entregues um mapa para cada dupla, e uma lista.

---

- Ain... Vou ter que caçar meu irmão para ver se ele consegue fazer alguma coisa.

Alexy – Aff, não sou capaz de opinar.

Castiel – Você está tão animada para uma baboseira dessas. – eu fiz bico.

- Eu achei que ia ser chato, mas vai ser legal. – eu sorri. – vai Castieeeeel! Por favooooor! – implorei.

Castiel – Não, se quiser vá sozinha. – eu suspirei.

- Ok, vou chamar o Nath então... – disse andando já a procura dele, quando uma mão segura meu pulso me impedindo de andar.

Castiel – Eu só vou por que eu quero. – eu ri mentalmente.

Fui saltitando até a sala, mas minha alegra acabou quando vi que essa aula, a Ambre também tinha. Eu a vi se levantar e andar em nossa direção. Me ignorando completamente, ela foi falar com o Castiel.

Ambre – Cassy, vamos nós dois juntos para a corrida de orientação? – ela perguntou manhosa.

Se aquilo era uma tentativa de sedução, ela falhou miseravelmente. Dei um passo para trás para não ser pega pelo coice que Castiel iria dar nela, mas bati em uma pessoa. Me virei rapidamente e lá estava os olhos mel me fitando.

- Ah, Nath, desculpa, não te vi aí. – os outros não pareceram perceber.

Nath – Não foi nada... – ele olhou para Ambre. – minha irmã está incomodando novamente?

- Ah não, ultimamente eu não vejo ela. – ele sorriu aliviado. – eu espero que não tenha ficado estranho depois daquela... Revelação... – a expressão dele pareceu mudar.

Nath – Não, não é isso. – eu olhei para ele com cara de “me engana que eu gosto”. Eu sei que ele escondia algo. – meus pais estão me pressionando para que eu te convença a aceitar. – eu engoli em seco e abri a boca para falar algo, mas alguém puxa meu pulso.

Castiel – O que está fazendo conversando com ele? – ele perguntou emburrado.

Nath – Acho que ela não é propriedade sua para você proibi-la de conversar com alguém.

Castiel – Quer que eu escreva na testa dela “Propriedade de Castiel” para você entender? – eu olhei para ele com raiva.

- Acho que você não pode me impedir de conversar com ninguém, e não é como se eu fosse me pegar com qualquer menino que eu converso Castiel.

Rosa – Gente! – Rosa exclamou chamando nossa atenção. – Alice é muito sortuda! Tem três gatos na sua cola! Vai que é tua Alice! – eu olhei para ela sem entender.

Eu, Castiel e Nath – Três?

Rosa – Andaram se esquecendo do Viktor? Que eu saiba, ele andou faltando, mas não desistiu de você e nem saiu da escola.

Eu murchei rapidamente quando ouvi falar do nome dele. Eu tinha me esquecido que ele estava estudando nessa escola.

Alexy – Alice sua louca! Deixa pelo menos um para mim! Ou sei lá, faz um harém e divide eles comigo! – eu revirei os olhos.

Alice – Estou cogitando essa ideia de fazer um harém. – disse pensativa, e Castiel e Nathaniel me olharam com um olhar de quem dizia “Tá maluca menina?”.

A conversa teria durado horas, mas o estraga prazeres do professor Faraize chegou mandando todos se sentarem em seus lugares.

---

Quando as aulas acabaram e todos estavam felizes da vida para ir embora, eu apertei o papel da autorização.

- E se o Felipe não deixar? – eu perguntei fazendo bico.

Rosa – Ele vai deixar sim! – ela exclamou também fazendo bico.

- Eu o chamei aqui, mas nem sei se ele vai ter tempo de vir. – eu disse saindo da escola.

Catarina – Serve aquele ali? – ela perguntou apontando para uma cabeleira ruiva lá na frente, de costas para nós.

- Serve. – eu sorri. – me desejem sorte capivaras! – elas riram do apelido. – Felipeee! – eu o chamei e ele se virou para mim, levantando seus óculos escuros.

Felipe – Fala Alice! Me deu o maior susto! Não me deu tempo de te ver! O que estava pensando? – ele disse me dando um cascudo, e depois me abraçou. – meu Deus! Que susto! A Bella quase secou de tanto chorar!

- Respira menino! Eu estou bem! – eu disse me separando do abraço, e ele me olhou, me analisando.

Felipe – Está bem mesmo? – eu assenti. – enfim, você disse que tinha algo para me falar.

- Sim, eu tenho. Bem, como você sabe, eu não estou numa situação muito boa com a Elisabeth, e eu não queria ter que ir lá, por que eu sabia que ela não ia deixar de qualquer maneira e... – ele me interrompeu.

Felipe – Quer saber se tem alguma chance d’eu assinar uma autorização para um passeio, é isso?

- Sim, isso mesmo senhor vidente. – disse estendendo o papel para ele, que pegou e leu atentamente.

Felipe – Dupla mista? Sério, Alice? Com quem você vai?

- Nossa! O problema não é nem eu ir para uma floresta, mas sim a dupla ser mista?

Felipe – Minha irmã, você pode ir até para as montanhas do Himalaia, mas se a dupla ser mista, aí temos um problema. – ele disse. – eu sei imitar direitinho a assinatura do papai, mas primeiro, eu tenho que saber com quem você vai.

- Eu vou com o Castiel. – eu disse fazendo bico.

Felipe – Chame ele aqui, que eu quero ter uma conversa com ele. – ele disse e eu hesitei um pouco, mas eu gritei o nome do Castiel que olhou para mim e logo veio em nossa direção. – eu quero conversar contigo. – antes que Castiel pudesse fazer algo, ele o levou para longe, me impedindo de ouvir o que eles iriam conversar.

Felipe on

Puxei aquele garoto para longe de Alice e o encarei.

 – Castiel Collins não é mesmo?

Castiel – É... Sim...

 – Se a Alice se machucar ou você resolver fazer qualquer coisa que ela não queira, eu vou te castrar. – disse ameaçador.

Castiel – Eu não me perdoaria se algo acontecesse com ela... – ele disse e eu dei um sorriso.

 – Ótimo, se algo acontecer, eu te castro. – disse sorrindo, mas meus olhos não estavam sorrindo.

Alice – Eiii! O que estão conversando? – ela disse aparecendo de repente.

 – Nada maninha! – disse sorrindo.

Alice on

- Mas e aí, você vai deixar? – ele deu um sorriso.

Felipe – Vou sim, mas vai ter que me prometer uma coisa. – eu olhei para ele. – quero que leve isso aqui com você. – ele tirou de seu bolso um spray de pimenta e sob o olhar indignado de Castiel, ele me entregou e falou em alto e bom som, sem se importar se Castiel estava olhando ou não. – se algo acontecer, você usa isso nos olhos e quando ele tiver gritando você acerta bem aonde dói! – ele disse sorrindo e eu olhei para ele indignada. De seu bolso ele tirou uma caneta e assinou. – aqui, Alice, não quero ver você na rua até tarde. Se cuida Castiel... – disse mudando seu tom para um tom bem ameaçador.

Castiel – Eita porra. – ele disse depois que Felipe entrou no carro, e disse ao motorista para ir embora.

- Há, há... Há... – eu disse dando uma risada nervosa, observando o papel, me surpreendendo como a assinatura parecia com a de papai... Era idêntica!

Castiel – Acho que vou usar óculos... – eu olhei para Castiel e depois para a rua.

- A-Acho que... É melhor irmos né? – ele assentiu assustado.

Corremos dali antes que os nossos amigos pudessem falar algo.

Castiel – Seu irmão é protetor para um cara... – eu o interrompi.

- Foi depois que Viktor me fez de trouxa. – disse dando de ombros. – depois que ele soube o que Viktor tinha feito, viajou de Londres rapidamente. – eu engoli em seco. – ele deu uma surra em Viktor... Você tinha que ver a confusão que deu. Eu tinha contado tudo o que ele tinha me feito, inclusive aquilo, dele quase quebrar uma guitarra em minha cabeça, que eu não sei como você sabe. – olhei para Castiel.

Castiel – Viktor foi obrigado a contar, Laura o expulsou de casa depois que ele fez isso, por isso que ele não voltou para lá.

- Entendo... – fomos calados o caminho inteiro até em casa.

Castiel abriu a porta e entrou, eu dei boa tarde aos seguranças e entrei, vendo Gaby sentada no sofá, assistindo algum tipo de desenho.

Castiel – Já acabou sua hora de treino?

Gaby – Já sim. – ela disse animada e Castiel deu de ombros e subiu, mas antes gritou:

Castiel – Lucy!!! Quando a janta fica pronta?

Lucy – Logo senhor Castiel. – ele deu de ombros novamente e subiu.

Entrei na cozinha e perguntei a Lucy se ela queria ajuda, mas ela recusou docilmente minha ajuda, dizendo que não precisava.

- O cheiro está bom hein? – elogiei sorrindo, e ela agradeceu de bom humor.

Gaby – Ali-chaan! – eu saí da cozinha e fui até Gaby.

- Anda vendo muito anime hein? – ela riu. – e? O que está vendo?

Gaby – Apenas um Show... Ei, Ali-chan. – olhei para ela. – você deve saber de algo. – ela disse séria e eu me sentei ao seu lado. – mas Lucy não pode saber de jeito algum que você sabe, nem que eu te contei. – eu fiquei preocupada.

- O que foi Gaby? – perguntei esperando a bomba.

Gaby – Vamos lá em cima, para não correr o risco de ninguém ouvir. – eu assenti e ela desligou a Tv, subindo, comigo atrás. – se nós conversarmos em seu quarto há risco de Castiel ouvir, e eu não quero isso, por isso vamos ao meu quarto. – ela disse abrindo a porta do seu quarto. – vem. – ela me puxou pela mão, fechando a porta do seu quarto e se sentando na beirada da cama me puxando junto.

- Gaby, o que quer falar? – ela respirou fundo antes de começar a falar.

Gaby – É sobre o meu irmão Viktor. – eu engoli em seco ao ouvir o nome dele. – tem uma parte da história que você não sabe.

- Como assim Gaby?

Gaby – Você deve saber quem é Douglas. – eu assenti. – como deve saber, ele é nosso irmão do meio, ele é mais velho que Castiel e mais novo que Viktor.

- Sim, mas o que isso tem a ver?

Gaby – A doença de Douglas... É a mesma que Viktor tem. – eu arregalei meus olhos e apertei minhas mãos em punho. – e Castiel também pode ter tendência a ter, mas a possibilidade não é preocupante... Mas a doença de Douglas e Viktor estão em diferentes níveis, a de Douglas é bem preocupante, mas a de Viktor está começando.

- M-Mas eu o rejeitei naquele dia no hospital...

Gaby – Não importa o que diga a ele, ele não vai aceitar a rejeição, só vai piorar e ele se recusa a aceitar que tem algo de errado em seu comportamento em relação a você... Você não sentiu nada de estranho no comportamento do tomatinho e relação a você?

- E-Ele é só um pouco ciumento, não gosta muito que eu fique sorrindo e rindo com outros garotos. – ela suspirou aliviada.

Gaby – Isso é característico dele... Ele sempre foi meio ciumento depois que Debrah o deixou.

- Você sabe onde Viktor mora? Eu quero conversar com ele.

Gaby – Ali-chan, não acho que você deveria ir até lá... Eu tenho medo que algo aconteça com você, Viktor sempre foi meio egoísta, mas agora a situação é pior.

- Gaby. – peguei nas mãos dela. – eu vou ficar bem. – ela hesitou um pouco, mas me deu o endereço de onde Viktor morava, e era a algumas quadras depois de onde deveria ser minha casa. – vamos, a janta deve estar pronta. – ela tentou sorrir e abriu a porta do seu quarto.

Descemos e o cheiro estava realmente bom.

Lucy – Olha, resolveram aparecer margaridas? – nós rimos, para tentar espantar o nervosismo. – sentem-se, está tudo quentinho.

Castiel – Parece que viram um fantasma.

Gaby – Sim, estamos vendo um fantasma cabeça de tomate.

Castiel – Pirralha, não brinque comigo! – ele disse emburrado e eu ri da carinha dele.

Me sentei na mesa, e liguei meu celular, que estava algum tempo desligado, e me assustei com o que vi: meu celular estava cheio de mensagens de texto, e mensagens de áudio do Whatsapp, e todas elas eram de Viktor, perguntando com quem eu estava, se eu estava brava com ele, por que eu não respondia, e coisas do tipo. Engoli em seco e Gaby que estava do meu lado tentou agir o mais naturalmente possível.

Lucy – Mas o que está acontecendo com vocês duas? – ela perguntou preocupada, e eu forcei um sorriso, sobre o olhar desconfiado de Castiel.

- Assuntos nossos, nós estamos desvendando um mistério, e estamos bem assustadas com a profundidade da história. Não é Gaby? – ela assentiu também forçando um sorriso. – acho que é bem idiota ficar assim por causa de um jogo no celular, mas a história é realmente bem assustadora né Gaby?

Gaby – Sim, muito assustadora, não sei nem por que nós insistimos em jogar com o desconhecido. – eu a repreendi discretamente com o olhar. – h-há, há! – ela riu forçadamente e Castiel ainda nos olhava com uma cara de quem ainda não havia caído na nossa história.

- Por que está com essa cara de quem comeu e não gostou Castiel? – disse tentando manter o tom de voz despreocupado e brincalhão com dificuldade.

Castiel – Não acredito que um joguinho de celular possa assustar tanto assim a Gaby, a não ser que a história seja real, baseada em fatos reais, que aconteceram na vida real. – nós gelamos. – mas, vai saber né? Gaby ainda é uma menininha por dentro. – ele disse dando de ombros e soltamos as nossas respirações. Lucy sorriu, achando graça de nossa reação com “um jogo de celular” e foi feliz da vida lavar a louça. Nós comemos em silêncio. – e aí? Vão falar a verdade ou não vão?

- Hein? Sobre o que? – perguntei mais calma.

Castiel – Duvido que alguém possa se assustar tanto com apenas um jogo de celular, e vocês ficaram assim depois que você ligou seu celular, e vocês não parecia estar vendo um jogo, seu celular vibrava muito, parece que alguém anda te mandando muitas mensagens Alice.

Gaby – T-Tomatinho! O jogo vibra muito quando estamos perto de encontrar alguma pista.

- Nós estávamos discutindo sobre a doença de Douglas. – a Gaby me olhou em pânico e Castiel me olhou desaprovador. – nós não sabíamos muito sobre a doença de Douglas e pesquisamos na Internet e ficamos assustadas e tristes por Catarina. – inventei não que não seja totalmente verdade, eu ainda pensava em como Catarina aguentou tudo sem dar nenhum piu, e ainda estar com um sorriso muito convincente no rosto. A minha desculpa pareceu convencer Castiel.

Castiel – Se ficaram tão assustadas não pesquisem na Internet, idiotas!

- Já ouviu aquele ditado Castiel? – ele me olhou. – aquele ditado de que a curiosidade mata o gato? Nós estávamos apenas muito curiosas, e não nos contivemos, e tivemos que pesquisar, pelo menos um pouco.

Castiel – Então não pesquisem mais, e parem de fazer essas caras, não é como se eu tivesse essa doença. – ele deu de ombros e Gaby deu um sorriso mais descontraído.

---

 Desfiz meu sorriso quando entrei em meu quarto. Escorreguei pela porta e me sentei no chão, pensando em como Viktor veio a chegar a ficar daquele jeito. Será que foi por que eu o deixei naquela noite? Será que foi por que eu não ouvi o que ele tinha a dizer? Será que foi por causa de minhas palavras que o feriram e o deixaram com a consciência pesada? Eu coloquei em minha mente que ele era o vilão da história, e nunca pensei em seu lado, em como ele viveu até agora, em como ele ficou depois de nossa separação, depois de todas as palavras terríveis que Felipe disse a ele, eu nunca pensei se ele ficou com elas em sua mente por muito tempo.   

Por que eu sempre disse que o odiava? Por que eu sempre o culpei sem ouvir seu lado da história? Ele sempre vinha me receber com juras de amor e sempre dizia que queria se casar comigo, então, por que de uma hora para outra, ele beija outra garota como se tivesse se esquecido de tudo o que havia falado para mim? Naquela hora eu estava muito nervosa, e deixei minhas emoções se tornarem as donas da razão naquela hora, e nem sequer deixei ele se explicar. As lágrimas caíram pelo rosto, ele implorou para que eu o ouvisse...

Se eu não o amo... Por que eu estou chorando por ele, e desejando voltar atrás?



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...