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História Bear - 47–Se Arrependimento Matasse...


Escrita por: myunglovyz

Capítulo 47 - 47–Se Arrependimento Matasse...


Binnie:

Passamos à noite na casa de meu pai... Ou na antiga casa do meu falecido pai. A cama era grande e espaçosa, suficiente para eu e JinE dormimos. Ela numa ponta e eu na outra. Fui despertada por uma notificação de meu celular e logo me levantei, abrindo a mensagem. Era SeungJun.

“Binnie poderia me encontrar no escritório de meus pais? Estarei te esperando depois do almoço”.

Suspirei.

—Vai encontrar com SeungJun, Binnie?—Ouvi a voz de JinE que acabara de acordar. Aquilo me assustou.

—Acho que sim... Ele deve tentar esclarecer um mau entendido.—Sorri e me levantei da cama.

Me espriguicei. Precisava me arrumar, minha casa era longe e pra piorar, havia caixas pesadas e outras coisas. As antigas mobilias e a casa intacta, eu iria manter. Quando me casasse eu queria vir morar aqui, pois me trazia lembranças boas do passado. Minha mãe contando histórias enquanto meu pai preparava o jantar — o que eu sempre admirei.

Eramos uma família tradicional e feliz. Meus pais se amavam e me amavam. Me ensinaram tudo que eu sei, inclusive perdoar, amar e dar segunda chance. Principalmente meu pai. Ele disse que errou uma vez, porém perdoaram ele. Mas nunca me contou o que fez, mas também, nunca perguntei.

E assim segui para o banheiro onde havia uma parede vaga, que tinha as marcas de minha altura durante a minha infância e pré-adolescência. Segundo aquelas marcas, havia parado de crescer na oitava série.

Lavei meu rosto e tomei um rápido banho enquanto JinE apenas se trocava. Me sequei e vesti a mesma roupa, já que não planejei dormir aqui hoje também não trouxe roupa. Nem eu e nem JinE. Acho que isso não importa muito... SeungJun me chamara para uma conversa, não um encontro romântico. Eu só estava com um vestido e... É, um vestido.

Soltei um longo suspiro ao bagunçar meus cabelos molhados. Saí do banheiro, juntamente com uma toalha de rosto e joguei para JinE, que assim, entrou no banheiro. Só pra fazer as higienes básicas e já irmos para casa.

Peguei as duas caixas ao mesmo tempo — o que não foi fácil já que eu sou meio fraca —, e as levei até o carro de JinE. O mesmo que eu passara mal da outra vez. Ao colocar as caixas no porta-mala, limpei as mãos e adentrei no carro a espera de JinE que não demorou muito a chegar.

—Você irá direto para o escritório dos pais de SeungJun?—Ela tentava me convencer à fazer ao contrário. Sentia isso em sua voz. Era como um “Certeza? Você vai se ferrar!”. Mas apenas confirmei com a cabeça e ela deu partida.

[…]

Não demorou muito pra chegar. A estrada estava tranquila, cerca de uma hora e meia, o que demorava duas ou mais. Desci do carro e me despedi da mais velha.

—Obrigado unnie...

—Se cuida. — E se foi.

Olhei para o enorme escritório. Ali, empregava os maiores advogados da Coréia do Sul. Sempre ouvia falar muito bem da Ellus, mas nunca estive aqui. Na Ellus advocacia. Primeira vez.

Seja lá o que fosse, o que ele queria tratar eu estava me sentindo muito importante por pisar naquele local. Depois de tanta cerimônia, adentrei no local. Elevador. Terceiro andar. Secretária. Isso, secretária.

—Bom dia...—Abri um sorriso para a jovem que retribuiu.

—Você é YooBin, certo?—Assenti.—Park SeungJun está te esperando na sala da presidência.

Ela "apontou" para a tal sala e eu a encarei um pouco confusa. Não sabia que SeungJun era presidente da Ellus. Mas logo me toquei, que havia uma plaquinha ali.

“Sala da Presidência

Sr. Park”

Talvez eu tivera aliviada. Imagine, um estagiário, corrupto que rouba os próprios pais ser presidente da Ellus? Seria um horror. Após ficar uns segundos encarando aquela porta, me aproximei aos poucos e dei algumas batidinhas, logo entrando na mesma. SeungJun estava virado para uma imensa janela, ou melhor, uma parede de vidro blindado que dava vista pra Seul inteira.

Assumo, a vista era estonteante, nem parecia a Seul defeituosa. Machista. Homofóbica. Que tentava melhorar a imagem todos os anos, porém não conseguia. Tudo era mais bonito de longe. Inclusive o coração das pessoas. Vendo SeungJun ali, virado de costas e admirando a paisagem como uma criança encantada, parecia alguém doce, inocente.

—Bonita a vista, não?—Interrompi o silêncio e ele se virou para mim, abrindo um pequeno sorriso.

—Você veio, Binnie... — Ele se aproximou e eu recuei. — Calma. Ser breve, YooBin.

Mais uma vez, eu assenti me sentando sobre um sofá que ficara atrás de mim. Pra falar a verdade, eu quase caí em cima da peça de couro, mas fingi me sentar sobre ela.

—Você sabe que... Eu te amo e... Eu me arrependi do que fiz. Sei que é errado transar com estrangeiras em troca de moradia, sei que sou um babaca ao roubar o dinheiro de meus pais, mas... Se você for minha, minha pra sempre eu vou mudar. Serei seu homem dos sonhos...

—Você sabe que eu amo MoonBin.— O interrompi e ele assentiu.

—Mas ele não te ama. Não como eu...

—SeungJun, eu sei que ele me ama. E assim como você está arrependido ele também irá mudar. Eu tenho certeza.

SeungJun apoiou o joelho no sofá, ficando por cima de mim. Me prendeu contra a peça de couro, fazendo-me assustar e sentir minhas bochechas corarem levemente. Eu o enfarei com os olhos arregalados. Seus olhos fixavam apenas em minha boca. Engoli seco.

—Deixe-me provar...

—N-não. Você não pode.

—Sou melhor que ele...

—Impossível.

O empurrei. Saí o mais de pressa possível daquele local. 



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