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História Beauté différente - Jolie toi


Escrita por: xiuIoey

Notas do Autor


agora eu vou dormir gente, prometo.

Capítulo 1 - Jolie toi


 

 

Junmyeon era diferente, eu tinha certeza que todos haviam notado isso. 

 

Ao invés daquele típico uniforme escolar, composto por uma calça azul marinho e camiseta social branca, ele usava uma saia de pregas branca e um suéter bege.

 

Eu não via problema naquilo. Se era opcional, qual o problema então? De qualquer modo, não era daquela maneira que os outros pensavam.

 

Eles encaravam de maneira questionadora o novato, aquele que parecia-me acuado mas ao mesmo pronto para novas amizades onde quer que fosse naquela imensidão que era seu novo colégio.

 

Então eu me prontifiquei a fazer este papel.

 

Sem dar a mínima para os alertas dos meus amigos, eu segui em direção àquele menino de rosto bonito e roupas "desajustadas" aos olhos dos outros. Me parecia tão assustado, como se tivesse medo de alguém o ferir ou atacá-lo, porém logo abaixou a guarda quando sorri me apresentando.

 

Sua voz era mais bela que o canto de qualquer passarinho, soava com uma linda melodia para meus ouvidos e ouvir meu nome ressoar por sua boca era a melhor sensação que poderia ter. Depois de, claro, sentir a palma quente de sua mão contra a minha, entrelaçando os dedos junto aos meus com as bochechas coradas.

 

Não demorou até que estivessemos sentando juntos no intervalo, conversando sobre coisas banais e interesses, contando piadas sem sentido um para o outro - ele era péssimo nisso mas eu sempre iria dar gargalhas para ver um sorriso em seu rosto. Então, logo após esse dia estávamos fazendo dupla na sala de aula, nós ajudandos nas matérias e por fim, visitando a casa alheia.

 

Eu não enxergava nada de diferente nele que as pessoas diziam ver, julgando-o por tais. Eram seus cabelos agora tingidos de vermelho? Sua pele alguns tons consideravelmente mais claros? Seria eu tão cego assim que não tinha a capacidade de notar algo estranho?

 

Entretanto, posteriormente há seis meses que meu melhor amigo veio me questionar se eu não me incomodava pela maneira que ele se vestia.

 

Neguei, e ainda sem entender, fui alertado.
 

"Junmyeon veste roupas de garota, Dae."
 

 

Então era aquela a "grande coisa" que todos reparavam e se sentiam constrangidos quando o viam.
 

 

Mas, por que "roupas de garota"? Não poderiam ser apenas roupas? Por que, o que são roupas além de somente aquilo que se cobre o corpo? Eu não conseguia ver nada de anormal em se vestir como bem quisesse. E ele parecia gostar desse meu modo de ver as coisas, porque não demorou muito para que um Kim Junmyeon, o forte e imponente que não se deixava abalar por coisa pouca, aparecesse sábado à noite na porta da minha casa, declarando de maneira envergonhada que possuía sentimentos muito além dos de amizade de por mim.

 

E eu não o neguei, eu já o admirava há muito mais tempo do que sequer poderia imaginar.
 

 

A melhor parte foi, com toda certeza, poder trazê-lo para meu quarto, deitá-lo em minha cama e fazê-lo meu. Tocando cada pedaço da derme pálida e ansiosa para ser marcada por mim. Ouvir seus gemidos era como estar nas alturas, levitando e permanecendo no ar sem prazo de duração. Sentir suas curtas unhas arranhando-me toda a extensão traseira, caracterizando aquela área como sua em aviso do que nós fizemos. O cheiro inebriante que ele emanava, com um biquinho manhoso esperando um beijo, era o suficiente para me enlouquecer.

 

Manter-me mais de cinco minutos em sua presença sem poder fazer nada era como uma tortura, porque eu passei a depender dele.

 

Estava amando-o incondicionamente.

 

Mas a vida não é um mar de rosas, com nuvens de algodão doce e chuva de sorvete.

 

Junmyeon havia sido aprovado em uma universidade alguns dias depois, em um lugar que ficava há numerosas milhas e um oceano de distância. Foi com lágrimas e um aperto doloroso que fui notificado sobre tal coisa; entretanto, não por si, mas por sua mãe.

 

Esta que muito sentia pelo filho, que largaria todas suas raízes para seguir seu sonho, viera me contar pessoalmente por saber da dor que ambos sentiríamos. E ele se foi, confirmando cada palavra dita em uma conversa anterior qual eu me recusava a acreditar. Nossa despedida fora mais rápida do que eu desejava, nos abraçamos e deixamos pertences de valor sentimental um com o outro, como lembrança.

 

Eu esperava que ele seguisse seu sonho, que fosse um designer famoso e que um dia se lembrasse de mim. Seu amor juvenial, sem preconceito e represálias, que o aceitaria da maneira que fosse sem se importar se estivesse vestido ou não, que o amava por cada centímetro de pele.

 

Eu continuaria lá, perdido em meio as tantas saias e vestidos que faziam parte de Kim Junmyeon, o esperando. 
 


Notas Finais


;)


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