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História Beautiful Confusion - What the eyes don't see the heart doesn't feel


Escrita por: mii-riggsdixon

Capítulo 19 - What the eyes don't see the heart doesn't feel


Fanfic / Fanfiction Beautiful Confusion - What the eyes don't see the heart doesn't feel

Pov’s Annelize

Assim que cheguei em casa, retirei minha bolsa e a coloquei em cima da poltrona do meu quarto. Tirei os sapatos de salto e alonguei meus braços que doíam assim como os meus pés por eles terem ficado se equilibrando em saltos agulha o dia todo. Vi o envelope vermelho enfiado no zíper da bolsa e o peguei olhando o papel que havia dentro. Chris daria uma festa amanhã na South Side e eu sabia que não adiantaria pedir para minha mãe me deixar ir, a resposta seria “não” como sempre. Ainda mais por aquela conversa dentro do carro hoje. Minhas esperanças não precisavam nem nascer. Além disso eu não queria mais uma decepção depois de hoje.

Chandler Burro Riggs. Como pode existir uma pessoa tão idiota como ele? Se ele achou que eu iria ficar com ciúmes, achou errado. Ainda mais com a Kayla.

Que nojo.

 Ele devia subir o nível dele logo de uma vez. Ficar com a Kayla novamente foi o fundo do poço ate para ele, e confesso que tive que me concentrar para eu não beijar o Chris. Eu devolveria tudo na mesma moeda, mas não é assim que eu resolvo as coisas. E agora sim, eu queria manter o maior nível de distancia dele.

Cretino.

-Hey... –Jhonny falou aparecendo na porta e eu o olhei depois de ter levado um breve susto. Eu não sabia que ele já havia voltado do basquete. -Podia ter me avisado que iria almoçar com o papai hoje, eu já estava pensando que você pegou suas coisas e fugiu para longe de todo mundo. –ele brincou e eu ri fraco.

-Isso passou pela minha cabeça entre o sexto e o sétimo período. Eu quase fiz isso, mas ai pensei que morreriam sem mim. –eu falei e ele se sentou ao meu lado. -Mas... Se eu for fugir um dia, prometo que será a primeira pessoa a saber.

-E pelo amor de Deus, me leva junto. –ele disse e nós rimos. -O que é isso? –ele pegou o convite e olhou.

-Hmm uma festa que o Chris vai dar amanhã. –eu disse.

-Você vai? –ele perguntou e eu o olhei negando com a cabeça.

-Não... É na South. A mamãe não vai deixar então... –ele me devolveu o convite e eu me levantei para colocar em cima da minha mesa de estudos. Eu voltei para a cama e me sentei ao lado dele novamente.

-Liz. –ele me chamou e eu o olhei. -Sabe que... Irmãos servem para aconselhar não é? –eu assinto não sabendo onde ele queria chegar com esse começo de conversa. -E que conselhos de irmãos são pra valer não sabe? –eu assinto mais uma vez. -Então olha aqui minha filha, que loucura você pretende contar para os seus filhos quando for adulta? Meu deus, você não faz nada, e eu estou começando a surtar por você. Pode fazer o que bem entender, nossos pais não vão te deserdar por isso. –eu o olhei chocada por ele ter jogado isso na minha cara.

-O-ok Jhonny, vamos com calma. –eu disse. -Quando eu fiz o que eu queria, você viu que nossa mãe quase sofreu um infarto, você viu como ela ficou louca. Ela avançou em mim como se fosse me matar. E eu não quero ser acusada de matar a própria mãe do coração por fazer algo que ela não queria...

-A questão não é ela querer ou não. Annelize, ela controla você. Não percebeu isso ate hoje? –ele perguntou franzindo o cenho. -O que ela manda, você obedece. Ela diz para você se afastar do povo da South, você se afasta. Ela diz para você não comer bobeira, você não come. Para de ser pau mandado dela.

-Jhonny! O-oque v-você... –eu comecei.

-Viu, quando você fica nervosa você gagueja. Pegou isso dela. Pare de gaguejar. –ele falou e eu engoli em seco.

-Mamãe tornaria nossa vida um caos se eu começasse a ser quem eu sou. –eu disse calmamente.

-Nunca ouviu o ditado “O que os olhos não vê o coração não sente”? Ela não precisa saber disso, você fingi para todo mundo, fingir para ela não vai ser tão difícil. –eu franzi o cenho.

-Agora eu vi de tudo, o pirralho do meu irmão mandando eu mentir para os nossos pais. –eu falei.

-Eu estou mandando você viver, sua idiota. –ele respondeu.

-Não me chama de idiota Jhonnatan! –eu praticamente gritei.

-Ai cala a boca antes que nossa mãe ouça e nos mate. Presta atenção no meu plano. Eu ando arquitetando isso na minha cabeça já há algumas horas.  –ele disse. -Mamãe não iria saber das coisas que você faz se guardássemos segredos. Todo mundo tem segredos e eu te ajudaria. Hana também, ela é sua melhor amiga, você só tem que fazer. Por uma única vez na vida Liz, faça o que você quiser. E então, quando ela perceber, você já irá ter achado quem você é. As coisas vão continuar iguais, só que com você sendo você. Não sendo ela. –eu abaixei e o olhar pensando no que ele havia falado.

Meu irmão tinha total razão. Era estranho admitir que eu concordava com essa peste, mas eu concordava. Tudo que ele me falou era pura verdade e a frase “o que os olhos não vê, o coração não sente” estava martelando na minha cabeça nesse exato momento. Como eu nunca havia pensado nisso antes. Como essas palavras nunca passaram pela minha cabeça para me fazer acordar? Meu objetivo era descobrir quem eu sou, e soando em voz alta, eu estava determinada a descobrir.

-Tem razão. –eu falei rapidamente e ele franziu o cenho.

-Sério mesmo? Esta falando a verdade? Eu achei que você ia fazer um drama e... Deixaria essa história de lado. –ele se levantou e passou a mão no topete loiro. -Cara, agora não sei o que falar. Nunca pensei que chegaríamos a essa parte da historia. Sempre achei que ficaríamos na estaca zero. –eu taquei a almofada nele e ele riu a segurando.

-Vou precisar de sua ajuda. Para me dar cobertura, porque amanhã... A festa do Chris que me aguarde. –eu disse.

-Ai meu deus, eu estou me sentindo mal agora. Eu acabei de despertei o mal em pessoa. –eu fiz uma cara de tédio para ele. -Brincadeirinha, só estou fazendo graça. Mas prometo que vou te ajudar em tudo. Irmandade sempre e para sempre.

-Sempre e para sempre Jhonny. –eu repeti e sorri sem mostrar os dentes.

-Tem mais uma coisa também. –ele falou e eu o olhei. -Você esta com chulé. –eu arregalei meus olhos e me levantei o empurrando na minha cama. Eu subi em cima dele e agarrei meu travesseiro para bater nele enquanto o mesmo ria. -Estou brincando! –ele gritou na tentativa de eu parar. -Liz, eu estou brincando! –ele me empurrou para o lado e nós começamos a lutar um com o outro. Ele bateu a almofada no meu rosto e eu o olhei chocada.

-Ai Jhonnatan! Seu bruto! –eu falei. -Você bateu com força.

-Você bate com força em mim. –ele falou.

-Mas eu sou menina! –eu disse.

-Tira esse chulé de mim!

-Cala a boca. –eu falei e bati nele de novo. Ele riu e saiu correndo do meu quarto antes que eu arremessasse um sapato. Pensei novamente no que ele havia falado. Fazer o que eu quisesse iria fazer eu me sentir melhor em relação a tudo.

Caminhei ate o banheiro e quando entrei, me olhei no espelho por um tempo.

-Annelize Evans Waldorf. –eu disse em voz alta e sorri verdadeiramente. Olhei os papeis com frases de auto-ajuda coladas no espelho e arranquei todas elas, fazendo bolinhas de papel. Joguei todas no lixo e peguei meu celular mandando uma mensagem para a Hana.

[Está em casa?]

**

-Adoro vestidos com franjas. –ela disse enquanto eu estava deitada em sua cama de bruços abraçada com uma almofada. Hana estava dentro do seu closet escolhendo uma roupa para a festa do Chris amanhã, ela também foi convidada e depois de me fazer contar o porquê eu decidi ir, viemos escolher as roupas.

-Parece bonito. –eu falei e ela pegou um para me mostrar. Eu assenti com a cabeça, concordando. O vestido era maravilhoso. -É, é muito bonito. Eu amei. Onde comprou?

-Minha mãe trouxe para mim de uma viagem que ela fez para Paris. –ela respondeu. -É o meu preferido. Eu só tenho que tomar cuidado porque ele é branco e eu sempre deixo cair maquiagem ou alguma bebida. –ela continuou. -Tenho problema com coisas brancas. –eu ri fraco. -Você deveria ir com ele.

-Não eu... Já tenho uma roupa em mente. –eu disse. -Vou com um vestido vinho, aquele que compramos quando fomos para Londres juntas.

-O rodado? –ela perguntou e eu neguei repetidamente com a cabeça.

-Não, o colado. Vestidos rodados se alguém abaixar vê a sua calcinha e eu não quero isso. –eu disse rolando na cama e ficando a olhando de cabeça para baixo enquanto ela ria continuando a escolher uma roupa.

-Soube que a Brooke e o Sam tiveram uma pequena discussão hoje no almoço? –ela perguntou e eu franzi o cenho. -Foi bem tenso, eu e o Cory não arrumamos palavras para acabar com o clima.

-Não. Eu não estava lá, esqueceu? –eu perguntei e ela fez um barulho com a boca. Ela me mostrou um vestido verde e eu neguei com a cabeça. -Não. Esse é muito chamativo. –eu disse e ela o jogou em cima de uma pilha na poltrona.

-Tchau, tchau. –ela falou e voltou para o closet.

-O que aconteceu?

-Não faço à mínima ideia, quando vi a coisa toda já acontecia. –ela respondeu.

-Mas... Sabe se eles fizeram as pazes novamente? –eu perguntei em seguida.

-Provavelmente. –Hana respondeu e eu comecei a mexer no meu celular vendo que Chris havia criado um grupo da festa no Facebook. A turma dele estava arrecadando dinheiro para uma viagem de formatura no final do ano, por isso sempre faziam sociais e etc. -Como está as coisas entre você e o Chandler? Conversaram hoje?

-Não tem nada entre eu e ele, Hana. –eu disse a olhando. -O Chandler é a pessoa mais antipática que eu já conheci em toda a minha vida. Ele é um babaca.

-Hey, eu estava brincando. –ela disse arregalando os olhos azuis para mim. -Viu que o quarto ano esta arrecadando dinheiro não viu? –eu assenti.

-Acabei de ver. –eu respondi. -É para a viagem.

-Então vai beijar quem para entrar? –ela perguntou e eu fiz uma cara estranha.

-Como assim beijar quem? –eu perguntei.

-É uma “Kiss Party”, Liz. Beijar alguém garante sua entrada. Você beija um menino do quarto ano por dez dólares. –fiz uma careta já pensando na fila de garotas. -É muito louco. Parece que a turma deles quer viajar para Ibiza no final do ano, então por isso tem o lance do dinheiro. –ela se deitou ao meu lado com o seu celular em mãos. -Ficar com os mais populares começou com trinta dólares, mas quando o Chris entrou na competição subiu para cem.

-Isso é quase uma prostituição. Cruz credo, eles estão praticamente se vendendo. –eu falei. -Chris tem muita grana para pagar a viagem dele, ele esta fazendo isso porque quer. Se tornar um fuckboy no ultimo ano não é a coisa mais fácil. E não combina nada com ele.

-É, eu concordo. –ela disse. -Porque eles chamaram o terceiro ano? Nunca chamam a gente para as festas em relação a escola. Só para as privadas.

-Porque se tem essa historia do “beijo comprado” já olhou para as garotas do quarto ano? –eu perguntei. -Elas não são tão bonitas.

-Tem razão. –ela respondeu e nós rimos fraco.

**

“Kiss Party”
10:00 p.m

Quando eram dez da noite, eu comecei a me arrumar para ir na festa. Coloquei o vestido vinho que tinha mencionado para Hana no dia anterior e fiz uma maquiagem marrom com delineador e rímel. Colei os cílios postiços não ficando cega por pouco e passei um batom meio rosado. Abri a porta da sacada do meu quarto jogando o par de saltos pretos lá embaixo junto com a minha bolsa, com identidade, dinheiro, gloss, celular e chaves. Jhonny me ajudou a sair pela janela como da ultima vez, e o mesmo processo de descida foi repetido. Ele ate citou algumas regras para eu tentar voltar antes do café da manhã. Peguei minhas coisas e contornei a casa silenciosa correndo ate o carro de Hana estacionado algumas casas para baixo.

Abri a porta do carro e entrei rindo sentindo meu coração bater fortemente pela corrida ate aqui. Dentro do carro estava frio, e o perfume que ela usava exalava em todo lugar.

-Hey sexy... –ela disse e eu ri fraco tentando recuperar o fôlego. Ela riu e já acelerou com o carro deixando bem claro que não era para os porteiros mencionarem a nossa saída. A mãe de Hana sabia ser bem inconveniente quando ela queria. Eu calcei os saltos e soltei o meu cabelo aguardando pela festa ansiosamente.

Música: Firestone -Kygo

Assim que chegamos, descemos do carro e entramos por um corredor iluminado com luzes azuis. Hana começou a conversar com um garoto que estava liberando as entradas e quando Chris passou pela porta com dois copos na mão eu o olhei. Ele já não parecia muito sóbrio.

-Hey caras! –ele praticamente gritou. -Não é que Annelize Evans aceitou o meu convite?

-É, eu resolvi dar uma chance para a sua obra de caridade não caridosa. –eu falei e ele abriu um sorriso me olhando de cima embaixo. Eu masquei o chiclete e Hana me deu uma olhada quase começando a rir.

-Okay... E vai pagar pelo beijo de quem? –ele perguntou se aproximando de mim e eu ri nervosamente. Eu dei um passo para trás e dei um tapinha no seu ombro.

-Desculpa... Mas não vai ser pelo seu dessa vez, Chris.-eu fiz um biquinho e passei por ele assim que ele abriu um sorriso. Eu e Hana entramos na festa e vimos Cory caminhando na nossa direção.

-Eu já estava me perguntando onde vocês duas estavam... –ele disse segurando um copo e eu o abracei.

-Eu estava aguardando a princesa fugitiva aqui, meu querido. –Hana falou e eu franzi o cenho pela musica estar muita alta. Eu quase não conseguia entender o que eles falavam. As luzes neon dançavam pelo lugar que estava cheio de pessoas da escola incluindo Kayla, Chuck e outros idiotas. Ela usava um vestido branco e passou por mim com um copo na mão. Trocamos um olhar e Cory a acompanhou com o olhar quando a mesma bagunçou um pouco os cabelos loiros.

-Sem confusões hoje? –ele perguntou e eu dei de ombros.

-Só... Vamos dançar. –eu disse os puxando para a pista de dança. Eu e Hana começamos a dançar no meio das pessoas enquanto Cory apenas ficava dançando alguns passinhos ao nosso lado e olhava em volta parecendo estar procurando por alguém. Eu fechei meus olhos continuando a dançar e eu senti Hana me puxando para dançarmos juntas. Eu sorri para ela e eu abaixei um pouco meu vestido por ele estar subindo.

-Hey, olha só... –ela disse apontando para o balcão e eu vi Brooke e Sam lá. -Fizeram as pazes viu? –eu assenti com a cabeça e ela me puxou ate lá. -Oi galeraaa... –ela disse animada e eu revirei os olhos por tanta empolgação dela. Eles sorriram e eu sorri para eles.

-Oi gente. –eu disse e Brooke deu aceno.

-Que bom que veio, Annel... Posso te chamar de Liz? –ela perguntou e eu assenti com a cabeça rindo. -Certo... Você esta...

-É, eu estou bem. Não sei o que tinha me dado. Eu estava meio louca, me desculpa pelo o que disse. Vocês foram mega legais comigo e eu fui uma vadia então... –eu disse e eles riram.

-Tudo bem. –Sam disse. -Hey... Você veio. –ele falou ainda olhando na minha direção e eu franzi o cenho. Ele não estava falando comigo e sim com quem estava atrás de mim. Eu me virei para olhar e meu corpo trombou com o de Chandler. Ele usava uma roupa escura e segurava um copo com alguma bebida dentro. Ele me olhou de cima embaixo e eu revirei os olhos puxando Hana novamente para a pista de dança.

Chandler me irritou não indo na aula hoje. Eu fiquei sozinha no laboratório e tive que terminar o trabalho por conta própria. E ainda por cima, ele ganharia nota por cima de mim. Isso não tinha sido nada justo. Não falar mais com ele, era a coisa mais certa a se fazer.

Já que Cory havia ficado junto com Sam e Chandler, eu e as meninas fomos em direção ao balcão e nos sentamos nos bancos. Em questão de segundos, enquanto eu encarava o trio, Kayla se aproximou dele e eles começaram a conversar.

-Acho que ele esta muito apaixonado por ela. –Brooke disse enquanto eu os encarava. -Dizem que dá para ver pelo jeito que ele olha para ela. Quando ele olha para ela quando ela não esta olhando para ele. Ele sorri para ela de um jeito... Quer dizer, você vê pelos olhos. Acha que estão se pegando? Eu nunca vi. –eu franzi o cenho e olhei para Brooke não entendendo nada. Ela apontou com o dedo para onde Mingus conversava com sua parceira de laboratório. Se eu não me engano, ela se chamava Sierra.

Brooke estava falando dos dois esse tempo todo. E não do Chandler e da Kayla.

-Ela é bonita. –Hana disse bebendo um gole de um energético.

-Hey. –uma garota ruiva disse se aproximando de nós. =Eles vão começar com as vendas do beijo em dez minutos. Peguem suas fichas.

-Eu vou vazar. Tenho namorado. –Brooke saiu andando na direção do Sam e eu e Hana pegamos duas fichas.

-Acho que você não vai precisar disso. –um garoto tirou a ficha da minha mão e eu o olhei. Ele era duas cabeças maior que eu e era uma versão morena do Justin Bieber, o que era ate estranho mas ele continuava sendo muito gato. -E que invés de você pagar para beijar alguém da minha turma, eu que vou precisar pagar para beijar você. –eu abri um sorriso e Hana saiu de perto rindo. Quando eu a olhei, ela fez um joinha e continuou fazendo sinais ate o resto do grupo me olhar. Brooke riu junto com o Sam e Cory fez um joinha em seguida me incentivando a ficar com o cara. Só então percebi que Finch havia chegado e se perguntava algo apontando para nós dois. E só então percebi que Chandler olhava fixamente nessa direção totalmente sério.

-Não vai precisar ter que pagar para me beijar. –eu disse voltando a olhar para o garoto. -Mas talvez eu pague para beijar você. –ele abriu um sorriso e me olhou de cima embaixo assentindo com a cabeça. Ele segurou meu rosto com uma de suas mãos e curvou sua cabeça na minha direção. Eu fechei meus olhos para retribuir o beijo escutando a voz de Sam ecoando no fundo do lugar.

-Chandler! –ele gritou e quando minha boca estava quase se encostando com a do garoto eu sou puxada para trás. -Ah cara...

-O que você esta fazendo?! –eu perguntei o encarando e ele se abaixou. Ele segurou minhas pernas me jogando por cima dos seus ombros e eu fiquei de cabeça para baixo. –Hey seu bruto! Me solta! O que pensa que esta fazendo?!

-Eu preciso falar com ela. Vocês se vêem depois. –ele disse para o garoto e saiu andando comigo. Eu esmurrava suas costas sentindo sua mão tampando minha bunda e gritava Cory que nos olhava assustado assim como os outros.

-Me solta seu cachorro! –eu gritei e ele me colocou no chão perto da porta dos banheiros.

-Se voltar lá e falar com esse cara, eu vou matar você. –ele disse me olhando enquanto eu abaixava meu vestido.

-Se quisesse me matar, eu já estaria morta. –eu disse o encarando com raiva.

-É, você estaria. –ele disse.

-Mas não estou. –respondi.

-Ainda. –eu franzi meu cenho e fiz uma cara estranha com essa resposta dele. Nós ficamos nos encarando e eu engoli em seco negando com a cabeça.

-Você não manda em mim. –eu falei indo passar por ele e ele segurou meu braço me colocando no mesmo lugar que eu estava antes.

-Esse cara é um babaca. –ele falou.

-Vocês dois tem algo em comum então. –eu disse e ele cerrou os olhos. -Não haja como se importasse, deixou bem claro isso na sua mensagem. E parecia estar se importando muito menos quando estava com a Kayla, então não me diga o que eu devo ou não fazer.

-É mais eu me importo. –ele falou e eu arquei a sobrancelha.

-Não. Não se importa. –eu disse. -Se se importasse, não teria feito o que fez.

-Não esta cansada desse jogo? –ele perguntou.

-Que? –eu perguntei.

-De fingirmos que não gostamos um do outro. –ele falou e eu soltei um barulho de um riso.

-Não estou fingindo. Você é um idiota. –eu falei e ele assentiu com a cabeça.

-Certo, então olhe nos meus olhos, e diga que não gosta de mim. E então eu vou embora, e você não precisa falar nunca mais comigo. É uma promessa. –ele falou e eu engoli em seco. Olhei nos olhos dele e depois olhei para todos os lugares menos para ele.

-Essa é a coisa mais estúpida que eu já ouvi. –eu disse.

-Olhe para mim, e fala que não gosta de mim. –ele falou.

O silencio que havia se tornado nesses segundos estavam sendo constrangedores e eu sentia minhas mãos suando. Ele ficou me olhando com um sorrisinho no rosto e eu o encarei sem passar nenhuma expressão. Eu não queria dizer, mas eu tinha que dizer.

-Eu... –eu comecei. -Eu não gosto de você. –o silencio voltou. Nós olhos encaravam um ao outro e meu coração batia rapidamente contra o meu peito. Ele assentiu com a cabeça e passou por mim, indo embora como havia prometido.

Música: Belong –Cary Brothers

Eu me virei o acompanhando com o olhar e encarei o chão por alguns segundos me sentindo péssima. Eu fechei meus olhos e respirei fundo não acreditando que isso havia acontecido. Uma musica alta começou a tocar e eu saí andando passando por um grupo de pessoas.

-Hey gatinha, onde você vai? –o garoto faz fichas me perguntou e eu continuei andando, sem dar atenção para ele. Caminhei pelo mesmo corredor de luzes azuis na entrada e cheguei à rua. Tinha um grupo de três homens sentados em um banco em frente e eles me encararam fazendo eu engolir em seco quando comentaram sobre mim. Comecei a andar pela rua e quando virei à esquina vi o carro do Chandler sendo desalarmado. Ele usava sua blusa de frio com capuz e foi o único jeito para eu reconhecê-lo nessa rua escura.

-Chandler! –eu o chamei e ele se virou na minha direção com as mãos enfiadas no bolso da blusa. -Você não tem o direito de ficar bravo comigo. –eu disse por fim. -Muito menos ao me ver conversando com um garoto.

-Não estou bravo com você Annelize.

-Mas o que você esta fazendo é uma merda. –eu falei o olhando e sentindo o vento frio batendo contra o meu corpo.

-Sabe qual é o seu problema, Annelize? –ele perguntou. -É que você é a garota mais manipulável, egoísta, arrogante e fria que eu conheço. –ele falou e essas palavras me atingiram como um soco. -Esse é o seu problema.

 -E você? –eu perguntei. -Você é um hipócrita. Um egocêntrico impulsivo e ignorante. Você é um canalha completo, por isso... Por isso que eu não gosto de você. –ele riu com deboche e negou com a cabeça. -Eu posso ser tudo isso que você falou, mas você sempre vai ser um babaca idiota que acha que sabe de tudo, mas não sabe de nada. –ele mordeu as bochechas e assentiu com a cabeça.

-Terminou? –ele perguntou me encarando.

-Não! –eu disse. Eu fiquei o olhando e neguei com a cabeça. Eu respirei fundo e comecei a caminhar ate ele assim que criei coragem. Segurei seu rosto com as minhas mãos e colei nossas bocas em um beijo perfeito. Suas mãos desceram para a minha cintura puxando meu corpo contra o seu e logo senti sua língua pedindo passagem. Eu concedi passando meus braços em volta do seu pescoço e não percebi que estávamos andando ate as minhas costas baterem contra o seu carro. Nós nos separamos brevemente com o impacto e sorrimos antes de voltarmos a nos beijar. Chandler pressionava seu corpo contra o meu e suas mãos passeavam pelas minhas costas me causando um arrepio. Estar o beijando era a melhor sensação do mundo e qualquer preocupação que eu estivesse sentindo antes, havia desaparecido nesse exato momento.

Quando o ar nos começou a ser necessário, nós descolamos nossas bocas e sua boca quente começou a traçar um caminho no meu pescoço. Eu fechei meus olhos sentindo em segundos sua boca por cima da minha novamente. Nós nos separamos e eu sorri para ele um pouco ofegante.

-Quer voltar para a festa? –ele perguntou me pressionando contra o carro e voltando a me beijar. Eu sorri e neguei com a cabeça me concentrando na sensação que seus beijos me traziam.

-Não, vamos sair daqui. –eu disse e ele sorriu.

 


Notas Finais


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