História History - Almoço entre amigos e Ajuda.

Dakota Johnson

— Vamos, Dakota.

Dean resolveu começar a sua tal vingança hoje, mas eu estou passando mal desde a noite passada, talvez a comida tailandesa não me caiu bem.

— Dean, eu não tô bem. Vamos adiar para outro dia...— Me sentei no sofá, minha cabeça está rodando e estou ardendo de febre.

— Não pense em fazer isso, Dakota. — Me puxou pelo braço. — Vamos até o hospital daquele idiota, você se consulta e aproveite pra chamar ele pra sair.

— Dean, por favor...

— Não, sem desculpas, Dakota. — Me encarou e depois foi até a porta. — Vou esperar no carro, não demore.

Eu não tinha escolha, era ir ou ficar e deixar Dean me bater. Então, acabei indo.

Quando chegamos no hospital, ele parou o carro na frente da porta principal, olhou rapidamente para dentro e depois pra mim.

— Não faça nada errado, se não sobre só pra você.

— Não vai entrar comigo? — Ele riu e negou com a cabeça.

— Está bem grandinha pra ter companhia em hospital, aliás, odeio hospital. — Tocou meu rosto. — Lembre-se meu amor, quando tudo isso acabar iremos ficar juntos.

— Tudo bem. — Suspirei e sair do carro, antes que pudesse falar mais alguma coisa ele foi embora.

Fui devagar para dentro do hospital, eu estava me sentindo fraca, até demais. Assim que me apoie em uma cadeira Enzo apareceu e sorriu.

— Oi. — O encarei meio turvo e pisquei algumas vezes. — Ei, você tá bem?

— Acho que...— Então apaguei.

[...]

Quando acordei me sentia melhor, pisquei algumas vezes e pude ver que estava em um quarto de hospital.

— Droga...— Sussurrei me sentando lentamente, a porta do quarto foi aberta e Enzo entrou.

— Olha só quem acordou. — Sorriu e caminhou até mim. — Como está se sentindo?

— Melhor, mas minha cabeça dói.

— Logo passa, você me assustou.

— Me desculpe, acho que foi a comida que comi na noite passada.

— Foi sim, mas agora está tudo bem, está novinha em folha.

— Não sei como te agradecer.

— Não precisa, é o meu trabalho. — Me ajudou a descer da cama. — Agora você pode voltar pra casa.

— Está no seu horário de almoço?

— Bom...— Ele olhou no relógio.— Sim.

— Almoce comigo, quero agradecer por ter cuidado de mim. — Ele abaixou a cabeça sorrindo e depois me encarou.

— Tudo bem, vamos lá.

[...]

— Esse restaurante é de duas amigas minha. — Passamos pela porta da frente. — Você vai gostar.

— Com certeza eu vou...— Falei olhando em volta. Duas mulheres se aproximaram e sorriram.

— Olha quem apareceu.

Enzo sorriu e abraçou as duas mulheres, fiquei um pouco atrás já que começaram a conversar.

— Como vai Matt? Estamos com saudades dele. — A mulher de cabelo curto perguntou e depois olhou para mim. — E essa deve ser sua namorada?

— Não. — Falei rapidamente e Enzo riu.

— Matt está bem. Selena e Demi essa é Dakota, uma amiga minha.

— Olá, sou a Demi. — A de cabelo curto sorriu e me abraçou.

— Selena, prazer em conhecê-la. — A outra mulher me abraçou e eu sorriu.

— O prazer é todo meu.

— Não acredito que está perdendo uma mulher bonita dessa. — Demi riu.

— Voltei com Camila. — Ele falou e as duas mulheres arregalaram os olhos.

— Você tá falando sério?

— Sim, ela me falou sobre o que Dean havia feito e eu a amo.

Elas sorriram.

— Isso é incrível, estamos felizes por vocês.

— Obrigado, mas e vocês?

— Bom, Demi e eu resolvemos dá um passo maior...— Selena levantou a mão e mostrou a aliança de noivado.

— Céus! Meus parabéns! — Abraçou novamente as duas que riram. — Isso é incrível, estou feliz por vocês.

— Obrigada grandão. — Demi abraçou a mulher para cintura. — Vou pedi pra levarem vocês até a mesa.

Assim que elas saíram um homem nos levou até nossa mesa, ele nos deu o cardápio e fizemos os pedidos.

— Então, Dakota me fale sobre você. — Apoiou os braços na mesa e me encarou.

— Eu sou modelo, na verdade estou sem trabalhar no momento, mas tô atrás. — Ele assentiu. — Sou apenas eu aqui em Nova York, meus pais morreram quando eu tinha quinze anos, morei com meus avós e então depois disso me mudei pra cá. Tenho um irmão, ele já é casado e às vezes nos falamos.

— Meu irmão é presidente de uma uma agência de modelos, posso conversar com ele pra te encaixar lá.

— Você tá falando sério? — Perguntei animada e ele sorriu assentindo.— Não, não posso aceitar.

— Por que não? Você é modelo, meu irmão precisa de mais modelos e você é minha amiga.

Enzo é um homem de bem, por que me ajudar? Quando ele descobrir será o caos!

— Vamos lá, aceite. — Segurou minhas mãos. — Meu irmão e muito menos eu, não iremos aceitar um não como resposta.

Suspirei. Eu precisava daquele emprego, precisava mandar dinheiro para os meus avós.

— Eu serei grata a você pra sempre. — Ele sorriu.

— Sua amizade já é o suficiente.

Nossa conversa seguiu, ele me falou que Camila estava morrendo de ciúmes de mim, falei que ele deveria deixá-la tranquila, eu tinha alguém.

Almoçamos e logo após ficamos conversando alí, por impulso resolvi perguntar o que Dean havia feito para ele.

— Eu escutei quando disse que um rapaz o fez mal no passado, pra você e pra sua namorada. — Ele suspirou. — Desculpe, não queria...

— Não, tudo bem. — Me encarou. — Dean é um cara que me atormentava no colegial por causa de Camila.

Enzo me falou absolutamente tudo que eu precisava saber para ter a certeza de que Dean nunca foi o cara que sonhei. Ele nunca me amou, me fez de boba apenas para chegar em Camila e Enzo. Mas agora não ficará assim.

[...]

— Obrigado pelo o almoço, me divertir muito. — Ele sorriu e beijou minha bochecha.

— Eu quem deve agradecer, você está me ajudando muito.

— Não foi nada. — Me entregou seu cartão pessoal. — Se precisar de alguma coisa, me ligue. Te mandarei o número do meu irmão por mensagem.

— Obrigada, mesmo. — O abracei e ele acenou entrando no carro, acenei de volta e ele foi embora.

Subir para o meu apartamento e assim que entrei Dean estava sentado na poltrona e um copo de Whisky na mão.

— Você é um canalha! — Deixei a bolsa no sofá e ele levantou.

— Ei, ei, ei! Calma aí, do que você tá falando?

— Você é um psicopata mentiroso que só pensa em você! — O empurrei enquanto batia sobre seu peito.

— Já chega! — Gritou e me jogou no sofá. — Você acha que é quem pra fazer isso? Você não tem noção do perigo não?! — Ele respirou fundo. — Como foi com a aberração?

— Ele não é uma aberração.

— Como é?

— Eu não vou fazer mais nada pra você, Dean. Eu cansei de você!

— Vai se arrepender disso.

Enzo Jauregui

Abrir a porta de casa e me abaixei a tempo do salto preto me atingir.

— Camila! — Encarei minha namorada pronta pra tacar o outro salto, logo atrás meus três amigos riram junto com meu filho. — Qual o seu problema?

— O meu problema tem olhos azuis e parece uma modelo, agora sabe o meu problema! — Ela tacou o outro que bateu no meu peito.

— Ai. — Resmunguei. — Amor...

— Vocês três, levem Matt para cima. — Camila virou para os três que assentiram e correram para o andar de cima. — Amor é o caralho! Eu fui no hospital atrás de você e quando eu chego lá, sua secretária me fala que você foi almoço com a senhorita Johnson, te lembra alguém?

— Querida, eu posso explicar. — Ela veio em minha direção e eu fui andando de costa para a sala.

— Então começa, porquê eu tô muito zangada. — Assentir. — Agora!

— Dakota foi ao hospital, ela estava mal e até desmaiou, eu cuidei dela então ela me convidou pra almoçar, como estava no meu horário de almoço eu aceitei, ela disse que foi um agradecimento.

— Ela queria o seu corpo! — Quase eu rir, só não rir porquê eu iria morrer.  — Aquela vaca quer se aproveitar!

— Amor ela já tem alguém! — Camila me encarou.

— Tem? — Assentir. — Ela vai viver por mais um dia.

Agora eu não pude segurar e rir caminhando até ela, a puxei pela cintura.

— Do que está rindo? Não teve graça.

— Você é linda com ciúmes...— Sussurrei a beijando em seguida.

Camila passaria a noite comigo, o que me deixou muito feliz. Matt também ficou, mas ele teria a noite com os tios e iria para a casa nova de Vero e Lucy, Troy ainda estava morando comigo, mas passaria a noite com as meninas e Matt.

Camila não estava muito bem, então apenas assistimos um filme antes de dormir.

Quando a madrugada chegou, meu celular não parava de tocar. Mas não queria atender, então Camila atendeu.

Ela falou por alguns segundos e logo desligou, pulou da cama rapidamente o que me fez levantar rápido.

— Amor, o que foi? — Ela me olhou rapidamente.

— Dakota precisa de ajuda.