História Beautiful Wickedness - Eu não estou enlouquecendo

 Parecia loucura de um homem desesperado. Wilmer não convencia a absolutamente ninguém de que Demi havia reagido do coma. Seus pais e os pais dela agiam como se aquilo fosse apenas um reflexo do cansaço de Wilmer.

_Você pode ter ficado cansado e se confundiu, Wilmer. - Eddie dizia e deixava ele revoltado
_Eu não sou maluco! - ele disse a todos que estava na sala do hospital - Eu sei que ela apertou a minha mão
_Você deve estar assim porque é exatamente isso que você quer, Wilmer - ver que essas palavras saíam da boca de Alicia, fazia com que Wilmer se perguntasse onde estava a fé deles em que ela acordasse?

 Depois de muito ouvir os pensamentos negativos das pessoas que estavam ali, Sobeida resolveu se manifestar. 
_Pelo amor de Deus, escutem o que vocês estão falando - Com seu tom autoritário ela chamou a atenção de todos presentes. - O Wilmer não está louco. Se ele diz que sentiu a Demi apertando a mão dele, isso não pode ter sido fruto do cansaço dele e sim da esperança que ele tem em ver ela acordando. 
_Eu sei o que eu vi e senti ontem...
_O nome disso não é loucura e sim amor. Provem o amor que vocês tem pela Demi e acreditem nela até o ultimo instante.

  Wilmer agradeceu aos ceus por ter apoio em sua mãe. Ele sabia que para Alicia e Eddie a resistência com a situação era ainda mais complicada, mas doía nele em saber que eles estavam praticamente desistindo da filha. 
  Ele iria voltar para casa e ficar com sua filha, mas antes foi se despedir de Demi. Ao entrar no quarto, em passos lentos se aproximou dela e segurou na mesma mão em que sentiu sua esperança renascer na noite anterior. 

_Meu amor...Eu sei que você vai voltar e eu vou poder dizer a todo mundo que eu não estou louco. - Wilmer falava olhando fixamente para o rosto dela e para ele era como se Demi estivesse ouvindo a tudo o que ele dizia. - Eu te amo! Agora eu vou voltar para casa, cuidar da nossa filha e amanhã eu volto. Hoje você fica com sua mãe, mas eu tenho que admitir que vou morrer de saudades de você. 

 Doloroso, triste, angustiante... Tantos outros sentimentos envolviam o coração de Wilmer, mas era só chegar em casa e olhar para Isabella que tudo parecia melhorar. Ele conseguia ver na pequena tudo o que ele sempre admirou em Demi. 
 Wilmer era o pai que fazia questão de dar banho, dar de mamar e mais do que nunca lia livros para pais de primeira viagem. Se Demi pudesse ver o primeiro banho que Wilmer deu em Isabella, provavelmente ela iria rir horrores. Ele não quis que ela perdece esse momento e gravou cada instante nervoso que passou com Isabella.
 

                             ...

 Na empresa de Demi o falatório era que ela não iria voltar e que tudo o que ela construiu iria virar apenas uma empresa falida.
_Do jeito que as coisas andam eu acho que a empresa vai pro buraco. - Anne fofocava baixo e ria
_Você não deveria dizer isso...- Mariah a repreendeu - Mesmo sem a Demi e com algumas dificuldades, o Alan está mantendo a empresa em um bom patamar. 
_E dai? Quando ele pegarbum grande projeto, o que provavelmente está prestes a acontecer com a imobiliária que nos procurou, ele não vai ter o pulso de segurar isso aqui.
_Larga de ser falsa garota. 
_Eu não sou falsa, mas também não sou cega. A Demi deveria deixar uma pessoa mais competente a frente da empresa e não o Alan.
_E essa pessoa por um acaso seria você? - Mariah disse rindo e fez Anne ficar com raiva
_Você é outra incompetente que vai afundar junto com essa empresa. 
 O que Anne não sabia era que Alan se aproximava delas e tratou logo de por ela no seu devido lugar.

_Então eu acho que você deveria sair dessa empresa para não afundar com ela também. - A voz de Alan fez Anne se virar assustada
_Alan...Você entendeu errado...
_Não entendeu não. - Mariah disse 
_Não mesmo, porque ao contrário de você eu não sou idiota. Eu acho que você já pode passar no rh e procurar emprego em uma empresa que não te leve para o fundo do poço. _Vocês vão ver que eu estou certa e vão se arrepender disso. - ela saiu do campo de visão deles.

 Alan jurou para ele mesmo que não se sentaria na cadeira de Demi e permanecia na sua boa e velha cadeira. 

_Por quê você não faz as coisas na sala da presidência? - Mariah indagou 
_Porque aquela sala é da Demi e até ela voltar ninguém mexe nela. - Ele disse convicto e ela sorriu. 
_É tão bonita a forma que você fala dela. É como se para você ela estivesse apenas fazendo uma viagem - Disse e ele fitava as mãos emocionado
_Pois para mim, por mais difícil que seja a situação, eu sinto que ela vai voltar para aquela cadeira e isso vai ser logo. 
_Se Deus quiser, sim. 
_Eu só fico com medo de que a Anne esteja certa...Em relação ao futuro da empresa. E se eu não conseguir segurar tudo até ela voltar?
_Você realmente acha que a Demi iria confiar a empresa a você se ela não soubesse o quão competente você é?
_Você tem razão! Eu não vou dar ouvidos a praga da Anne e vamos tratar de focar na campanha da imobiliária.
_Assim que se fala! 

                         ...

 No hospital, Sobeida e Alicia conversavam sobre os últimos acontecimentos. Para Alícia sempre foi reconfortante cada palavra de Sobeida.

_Nós não podemos achar absurdo o que o Wilmer disse, Alicia. - Sobeida dizia a Alícia, enquanto as duas tomavam café na cantina do hospital.
_Eu sei que não, mas é angustiante o que estamos vivendo. Sobeida, eu não aguentaria perder mais uma filha. 
_Quando eu conheci a Demi eu senti que o passado causava sofrimento nela, mas nem ela e nem o Wilmer nunca tocaram no assunto. 
_A morte da Alice foi uma dor muito grande para mim e para o Eddie, mas o que nós nunca nos demos conta era de que para Demi doeu ainda mais. 
_A culpa que pairava pelos ombros dela era da morte da irmã? - Sobeida passou a entender os sentimentos e males que o passado fazia em Demi.
_O pior de tudo é que fomos nós que jogamos essa culpa nela. Uma culpa que ela não tinha e isso eu nunca vou poder me perdoar. 
_Mais a sua filha já lhe perdoou, Alicia. Você não pode pensar que o pior é sempre a primeira opção a acontecer. 
_Quando eu penso em tudo o que eu já perdi, Sobeida. Eu não vi minha filha se tornar a mulher que é hoje, não pude estar ao lado dela em momento algum e por algo que ela não fez.
_O importante é que nada disso fez o amor que vocês sempre sentiram um pelo outro acabar. 
_Foram muitas brigas Sobeida... Palavras ditas que machucaram demais, principalmente a Demi. 
_Esqueça isso! Alícia, sua filha precisa de você e mais do que nunca agora você tem que ser forte. 
_Você tem razão. Eu sei que minha filha vai voltar desse coma e sem nenhuma sequela. 
_A Demi é forte e eu sinto que esse pesadelo está para acabar. 
_Deus te ouça, Sobeida

  O dia passou rápido e logo a noite caía. Sobeida foi embora e deixou Alicia cuidando de Demi. Eddie ligava de hora em hora para ter noticias e para estar presnete, mesmo que longe. Ele precisava cuidar dos assuntos da empresa e vez ou outra tinha que voltar para o Texas.
 Alicia estava sentada na poltrona e com de costume, a enfermeira vinha aplicar o medicamento em Demi. Feito isso, Alicia pegou uma coberta e se cobriu, deixou o livro que lia sob a cama de Demi ao lado de sua mão direita. 
 Enquanto se ajeitava na poltrona um pequeno baque fez Alicia se assustar. Ela olhou para o chão e viu que o livro havia caído. A surpresa maior foi quando ela olhou para Demi e viu a filha com os olhos abertos e um tanto aérea.
_Demi? - O coração de Alicia desparou e a felicidade foi imensa. 
 Demi ainda estava aparentemente confusa e permanecia calada olhando para a mãe. De repente um medo tomou conta de Alícia. O medo de que alguma seqüela tivesse ficado em Demi.