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História Because of you (HIATUS) - Preocupações


Escrita por: ars_soul

Notas do Autor


Aqui onde moro ainda é domingo então tá no prazo :D
Mais uma vez agradeço a Deise por me ajudar com a correção dos capítulos <3
E a todos vocês que favoritaram e comentaram, boa leitura.

Capítulo 9 - Preocupações


Fanfic / Fanfiction Because of you (HIATUS) - Preocupações

 

— Ah! Então... — Suspirou. Parecia lutar contra o cansaço — Você é meu Hyung... Eu gosto de você Hyung... Você me odeia não é? — Provavelmente quando o efeito do álcool passasse por completo nem se lembraria de que tinha me chamado assim e do que havia acontecido naquela noite.

— Não, eu não te odeio. — Apertei de leve o ombro dele. — Me desculpe... — Sussurrei.

E mais uma vez me veio aquele sentimento de querer protegê-lo.

 

Capítulo 09 – Preocupações

Ao chegarmos no hospital, Mark informou detalhadamente o que tinha acontecido ao médico de plantão e não demorou muito para que YuGyeom fosse atendido. O médico em questão era o Dr. Choi, pai de YoungJae; um senhor alto, de cabelos tão negros quanto os do filho mas que já davam sinais da idade e preocupações mesclando-se à negritude dos fios, e usava um óculos de armação arredondada como o que o filho costumava usar.

Desde que a enfermeira havia levado o Kim, esperamos exatamente quarenta e cinco minutos e trinta segundos. Sim, eu fiquei cronometrando o tempo, ansiando pela permissão do Dr. Choi para que a nossa entrada no quarto onde YuGyeom estava fosse liberada o quanto antes.

Assim que nos foi dada a permissão para ver o mais novo, não tardamos para entrar no quarto e ver YuGyeom deitado em uma cama. Percebi que ele estava com a mão direita enfaixada e mantinha os olhos fechados, alheio ao procedimento que a enfermeira lhe fazia na outra mão e que se resumia no posicionamento de uma agulha no dorso da mesma para que ele tomasse o soro.

— Vocês realizaram bem os procedimentos de primeiros socorros — disse o médico. — Os exames não mostraram nada fora do normal, apenas constatou a presença de álcool no organismo e como o álcool desidrata, o soro é necessário. Assim que essa bolsa terminar vocês já podem levá-lo de volta pra casa, ele está bem.

Assim que agradecemos pelo atendimento, o Dr. Choi se retirou do quarto sendo seguido por JaeBum que dera a desculpa de que iria nos esperar no corredor. Mas mesmo dentro do quarto pude ouvir o curto diálogo entre o médico e o meu amigo.

“— Youngjae está bem? Ele está se alimentando corretamente?

— Ele está bem, não precisa se preocupar, senhor Choi. Prometi que cuidaria dele e que o faria feliz.

— Assim espero, ainda tenho dúvidas se aceitar isso foi o melhor para o meu filho.”

Aquele curto diálogo me deixou um pouco confuso e como diria a minha mãe “com uma pulga atrás da orelha”.

Quando voltei a minha atenção para o que acontecia no quarto, Mark estava sentado em uma poltrona ao lado da cama de um Kim ainda sonolento, enquanto a enfermeira anotava algo que o Dr. lhe pedira em uma prancheta. Eu permaneci por alguns minutos em pé perto da porta, encostado à parede observando os dois à minha frente e somente depois saí para sentar-me ao lado de JB. Eu não perguntei nada sobre a curta conversa que eu havia escutado, e se fosse o que eu estava imaginando, não iria querer saber dos detalhes nesse exato momento; não estava com cabeça para mais acontecimentos inesperados.

 

oooOoooOoooOooo

 

Eram quase quatro horas da madrugada quando enfim, retornamos. Mark levou YuGyeom até o quarto que fica ao lado do meu e de frente para o dele e JaeBum hyung se direcionou a outro, provavelmente o mesmo em qual estava o YoungJae. Por mais que houvesse muitos quartos na mansão eles sempre dividiam o mesmo quando vinham passar o final de semana aqui, não era algo extraordinário. O Choi sempre foi muito mais grudado no JB do que em mim, já eu era mais apegado no Mark até ele ir embora. Posso dizer que a nossa relação grupal se encaixava perfeitamente, com o sorridente e bochechudo Choi sendo o irmão mais novo que eu nunca tive e tanto JaeBum quanto Mark como irmãos mais velhos aos quais admiro.

Por mais exausto que eu estivesse, não conseguia dormir quando me deitei. Só depois de me mexer muito e por longos minutos de um lado para o outro na cama, foi que enfim minhas pálpebras começaram a pesar e meus pensamentos teimavam em prender-se no garoto de cabelos loiros que dormia no quarto ao lado.

 

JaeBum [On]

Acordei com um chute em minha perna e por pouco não caio no chão, logo tratei de sentar-me na cama. Se dormir com YoungJae lúcido já era difícil, imagina ele estando bêbado. Passei o resto da madrugada tentando não cair da cama, me conformando com o restinho de espaço que me sobrou na mesma. O relógio sob a mesinha ao lado da cama marcava nove e meia e eu não diria que dormi cinco horas, pois como eu disse, estava “lutando” para não cair da cama.

Olhei para YoungJae que dormia esparramado e foquei a minha visão em algo que ele prendia em seus braços, era o meu travesseiro que ele tinha roubado quando fui ao banheiro de madrugada.

Levantei calmamente e me dirigi ao banheiro para tomar um merecido banho. Olhei-me no espelho e por mais que eu não tivesse tomado um gole de álcool, parecia que eu estava de ressaca.

Anotação mental: “Nunca mais deixar Choi YoungJae beber se eu for dormir com ele na mesma cama ou em tal ocasião andar com um colchonete no carro.”

Ao sair do banheiro vi YoungJae sentado na cama com os cabelos mais desalinhados do que já estavam com a bela noite de sono. Ele ainda esfregava o rosto com as mãos quando me encarou com os olhinhos apertados por causa da claridade da luz vinda do banheiro, já que a grossa cortina deixava o quarto escuro. Ele resmungou alguma coisa e depois fez um bico como se estivesse chateado por ter sido acordado. Sentei ao seu lado e afastei a franja de seus olhos.

— Bom dia amor.

— Bom dia nada... Minha cabeça está doendo. — Encostou-se na cabeceira da cama e levou a mão sob a testa.

— É claro que está, quem mandou beber como se não houvesse o amanhã pra ter ressaca? Eu avisei — Me virei para pegar um copo com água e um remédio que eu já tinha deixado ali. — Vamos, tome isso — Entreguei o comprimido a ele.

— Não quero isso, é amargo...

— A água também serve para isso, tirar o gosto amargo.

— Não tem um menorzinho não?

— Sério YoungJae? — Questionei indignado. — Não me venha com drama pra tomar remédio — Cruzei os braços esperando que ele colocasse o comprimido na boca, mas ele não o fez. — Está bem, se não quer tomar problema seu! — Levantei indo até a porta, talvez por não ter dormido bem eu me encontrava um pouco sem paciência. — Continue com dor de cabeça porque eu vou descer e comer alguma coisa... — Quando me voltei para o olhar novamente ele colocou o remédio na boca e bebeu um pouco da água.

— Hyung, por que está gritando comigo? — O tom que ele usara soou choroso ao chegar em meus ouvidos.

— Me desculpe... — Fui até ele e o abracei dando um beijo no topo de sua cabeça — Tome um banho, hum? — Era impossível, ao menos pra mim, ficar bravo com o meu pequeno — Vou te esperar aqui. Ou… Quer que eu vá junto para lhe ajudar a retirar as roupas? — Olhei-o com certa malícia no olhar.

— Não, obrigado. Posso fazer isso sozinho. — Me empurrou de leve e seguiu para banheiro.

Eu ainda precisava contá-lo sobre o que tinha acontecido com o YuGyeom na noite passada e perguntar se ele sabia que o nosso amigo conhecia o Hyun-Joong. Suspirei e me joguei na cama, eu odiava Kim Hyun-Joong e posso dizer que ainda sinto o mesmo.

Na sexta feira, poucos minutos após eu ter levado um dos novos funcionários até sua sala, JinYoung me chamou até a mesma e me perguntou se eu me lembrava do nome daquele rapaz. Confesso que sou péssimo em guardar nomes e memorizar rostos que não vejo com muita frequência, mas quando meu amigo me fez lembrar daquele ser e que o mesmo iria trabalhar comigo no mesmo setor, fiquei sem reação. Em seguida pensei no YoungJae e no quanto o meu pequeno havia sofrido nas mãos daquele infeliz. JinYoung me contou a breve conversa que teve com ele, o que havia ocorrido no estacionamento e como o Yugyeom parecia assustado depois de ter falado com Hyun-Joong.

Quando YoungJae saiu do banho, primeiramente toquei no assunto sobre YuGyeom e Hyun-Joong. Ele ficou surpreso e me disse que não sabia que os dois se conheciam.

— Tenho certeza que aquele diabo deve estar atormentando o Yug, mas há quanto tempo? E por que ele não me contou? — YoungJae suspirou pesadamente.

— Jae tem mais uma coisa...

— Ai senhor, o que é? Não vai me dizer que ele machucou o YuGyeom! — Ele deu um pulo da cama.

“Você quase acertou YoungJae, quase…”

— Não foi isso... Se me prometer que vai ficar calmo, eu falo — Puxei-o delicadamente pelo braço.

— Eu estou calmo! — Sua voz já soava mais alta, quase beirando a histeria.

— Não, não está... — Ele fechou os olhos e respirou fundo, tentando acalmar-se.

— Pronto, estou super calmo, zen, me transformei no Yoda. Agora fala de uma vez.

— Ontem na festa o YuGyeom se afogou, mas... — Não terminei de falar porque o grito que ele deu quase estourou os meus tímpanos.

— SE AFOGOU? AI MEU PAI! — Ele já corria indo rumo a saída do quarto.

— YoungJae-ah! Volte aqui! — O parei a tempo, antes dele abrir a porta e o segurei pelos ombros. — Ele está bem agora.

— Eu preciso vê-lo pra ter certeza. Onde ele está? — Era nítido nos olhos do meu pequeno o quanto ele amava o nosso amigo loiro.

— Em um dos quartos, deve está dormindo ainda.

Fomos até o quarto onde Mark deixou YuGyeom e YoungJae nem bateu na porta, foi logo entrando, mas o local estranhamente estava vazio. Bati na porta do quarto de Mark que não deu sinal de vida, enquanto YoungJae entrava no quarto de JinYoung sem ao menos bater.

— O JinYoung hyung também não está aqui. — Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ou impedí-lo, YoungJae já estava correndo até a escada. A essa altura eu já me conformava de ter o namorado mais afobado da Coréia do Sul.

O título de mais afobado do mundo seria exagero, certo?

 

JaeBum [Of]

 

Estávamos sentados à mesa; eu observava um YuGyeom aéreo à minha frente enquanto que o mesmo encarava a mão enfaixada, vestindo um moletom cinza que eu havia usado apenas uma vez. Expliquei-lhe o que aconteceu, já que ele me disse só se lembrar de estar no hospital. Ficamos um bom tempo em silêncio até ele se pronunciar receoso, ainda sem me olhar nos olhos ao proferir as palavras.

— Me desculpe por causar problemas Hyung... — Me olhou de repente, de soslaio, me parecendo incerto sobre sua fala. — Posso te chamar assim?

— Você já me perguntou isso — Sorri. — Pode, eu não me importo. E... Peço desculpas por ter sido rude com você antes. — Ele apenas meneou a cabeça positivamente.

— Obrigado por... Me salvar. — Suas bochechas me pareceram mais coradas naquele momento. O quanto ele podia ser tímido na minha presença enquanto que perto de Mark, a quem ele também mal conhece, era tão espontâneo? — O que mais eu fiz de errado?

— Além de ter bebido demais? Só dançou muito com o YoungJae na festa, mas não conta como algo errado, não é?

— Aish! YoungJae... — Resmungou, e como se fosse uma invocação YoungJae apareceu na cozinha tão rápido quanto um raio e abraçou o loiro.

— YuGyeomie!! Você está bem? Está sentindo alguma coisa? Machucou-se? O que foi isso na sua mão? Ai meu Deus! — Youngjae falou tudo tão rápido que acho que levou apenas um segundo para ele finalizar todos os questionamentos.

— Hyung, acalme-se. Eu estou bem...

— Você nunca mais vai beber álcool na sua vida, está me ouvindo?

— Isso serve para você também? — JaeBum disse aparecendo na cozinha. YoungJae não deu atenção ao Im e somente puxou uma cadeira para se sentar mais próximo do Kim.

— Você não pode dirigir com a mão machucada assim. — Youngjae segurava a mão machucada do amigo entre a suas, analisando-a.

— Eu consigo, não está doendo... — O mais novo olhou para mim temeroso.

Ele estava com medo de que eu o demitisse?

— Você levou alguns pontos, não deve forçar. Pode ficar em casa essa semana. — Falei e tomei um gole do meu café, mas deixei-o de lado, pois já estava frio.

— Mas mal comecei no trabalho... — Baixou a cabeça.

— Faça o que ele disse Gyeomie. Ele também tem outro motorista que pode te cobrir por essa semana, não é JinYoung hyung?

— Sim, não se preocupe com isso, fim de conversa. E cadê o Mark? Ainda está dormindo?

— Quem me chama? Bom dia pessoas. YuGyeom, como está se sentindo? — Mark aproximou-se segurando o queixo do garoto e erguendo o rosto dele para si.

— Me sinto bem hyung.

E mais uma vez estava Kim YuGyeom sorrindo facilmente para Mark, um sorriso genuíno; a franja lhe caindo sobre os olhos e a pele pálida sem nenhuma imperfeição completavam a obra, era belo de se ver.

“Eu tinha ganhado um obrigado, mas nenhum sorriso daqueles…”

Parei de encará-lo e tentei voltar ao presente, o que eu estava pensando? Balancei a cabeça como que para espantar tais pensamentos bobos, mas ao olhar para o lado pude ver JB hyung me olhando compenetrado com um meio sorriso lhe adornando os lábios, ao mesmo passo que arqueava uma das sobrancelhas.

— O que foi? — Fui petulante mesmo, aquele jeito dele de insinuar algo que eu nem sabia o que era, me incomodou. Ainda bem que somente ele me ouvira.

— Nada, só estou paquerando aquele pãozinho ali, seja um bom anfitrião e me passe um. — Revirei os olhos e o ignorei, acabei pedindo mais um pouco de café ao Sr. Tuan.

O que foi? Eu sou, como ele mesmo disse, o “anfitrião” e não o empregado dele, se ele quisesse que o fosse pegar. Não sou obrigado a nada.


Notas Finais


Não tenho muito a dizer, espero que tenham gostado do POV do JB <3
Até o próximo.


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