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História Because Of You - Prologue -


Escrita por: BlueMoon_3

Notas do Autor


Hey!
Como vão? Eu ainda estou meio, abalada, principalmente com esse comeback do BTS. Mas, decidi postar meu projeto agora, e vamos ver se da certo, né?
Quem conhece a musica Because of You levanta a mão o/
uma das musicas mais depre que existe! Serio é muito triste. Tenho quase certeza que todo mundo ja ouviu, pelo menos uma vez na vida ela. Mas mesmo assim o link vai estar nas notas finais!
Essa musica me inspirou a escrever essa estória, então ela vai ser um pouco triste no começo mesmo.
Minhas duas melhores amigas realmente gostaram, então espero que gostem também!
A capa eu mesma que criei, só que as imagens não me pertencem.
Realmente espero que gostem, e apreciem a leitura!

Capítulo 1 - Prologue -


Fanfic / Fanfiction Because Of You - Prologue -

Prologue-

Quando eu tinha quatro anos, eu e minha mãe recebemos a notícia de que meu pai havia morrido, durante uma viagem de trabalho em um acidente de carro. Eu era muito novo, não me recordo muito dele, mas ao longo dos anos, eu passei a sentir sua falta, pois tinha certeza que ele não me trataria igual a ele. Minha mãe como esperado, sofreu muito com isso, mas depois de meses de sofrimento, ela se decidiu que não iria me criar sozinha.

Foi quando ele entrou em nossas vidas.

Pouco mais de sete meses depois, minha mãe começou a se encontrar com um cara durante a noite e me deixava dormindo em casa. Depois que eu completei cinco anos, minha mãe o apresentou a mim, e ele me tratava muito bem. Durante os finais de semana iríamos ao parque da cidade, ou para o jardim botânico preferido de minha mãe. Eu gostava dele, e minha mãe parecia gostar dele também. Ela não estava mais chorando escondido, pela morte de meu pai, então eu era realmente grato a ele.

Mal sabia eu, que tudo estava prestes a se tornar um pesadelo que se arrastaria por anos.

Minha mãe e Chung Hee se casaram algumas semanas antes do meu aniversário de seis anos, sem cerimônia, ela queria se casar o mais rápido possível, felizmente eu mantive meu sobrenome. E faltando apenas três semanas para meu aniversário de seis anos, todos nós estávamos morando juntos. Minha mãe dizia, que eu deveria o chamar de appa. Eu  relutava no início, mas ela me dizia que estávamos recomeçando.

Era um novo começo, uma nova vida, e um novo appa.

As três semanas antes do meu aniversário foram as melhores possíveis. Mamãe estava sorrindo e sempre feliz, meu novo appa também. Todos os dias iríamos tomar café juntos, então meu novo appa me levaria para escola, e pelo fim da tarde me buscaria. De noite mamãe nos recebia com um belo jantar, e então iríamos assistir um filme.

Como uma família feliz.

Meu pai tinha um trabalho bom antes de morrer, por isso mamãe decidiu parar de trabalhar quando se casou novamente. Nós vivíamos bem.

Eu sempre vi meu aniversario de seis anos muito marcante, mesmo que nada muito grande tenha realmente acontecido. Não gosto de me lembrar desse dia, pois ele foi o ponto final da minha felicidade, e o lento começo da minha destruição. Como minha ultima memoria de uma vida pacifica.

Mamãe me acordou com café na cama, e ele me deu vários presentes. Passamos o dia em um parque de diversões, e no final da tarde fomos para a praia. Era um dia típico de outono na Coreia do Sul, então minha mãe não permitiu que eu me molhasse, mas eu construí castelos e brinquei muito na areia fofa da praia. Quando voltamos, mamãe pegou meu bolo preferido e o colocou sobre a mesa. Appa apagou as luzes e me colocou em cima da cadeira da mesa, para cantarmos parabéns. As velinhas foram apagadas, as luzes acesas, o bolo cortado. A tevê ligada, e o sono me pegou durante o filme.

Depois disso minha vida foi se deteriorando de maneira lenta e sutil, até eu me tornar tão quebrado, que cheguei a pensar que não teria conserto.

                                                                                                               

Com o passar dos meses, eu me vi muito apegado a Chung Hee. Ele sempre me levava para passear, e brincava comigo, dizendo que eu parecia um dos anões da Branca de Neve. Eu ficava bravo, nada que uma ida a sorveteria não resolvia. Eu o via como pai, e ele me amava como filho.

Era isso que mamãe me dizia, e porque ela mentiria para mim?

Entretanto, aos sete anos eu presenciei aquilo pela primeira vez.

Meu appa já não passava muito tempo conosco,  não me dava muita atenção como antes. Mas, eu não sabia que minha mãe e ele também estavam com problemas. Ela estava sempre sorrindo.

Porém, aquela noite eu ouvi os gritos, eu ouvi a garrafa se chocando contra a parede, sendo destruída em milhões de pequenos pedaços, eu ouvi choro da minha mãe. Eu vi ele andando em sua direção, e empurrando-a. Mas minha mãe, insistia que ela tinha feito uma coisa errada, e que ele estava certo, que ele a amava e nunca mais faria isso.

Eu acreditei. Ele era o meu appa, porque faria uma coisa dessas?

Quando fiz oito, comecei a perceber melhor as coisas ao meu redor, eu era uma criança esperta como minha professora dizia. Eu percebi quando mamãe fez um jantar especial para os dois e o esperou até tarde da noite, só que ele nunca apareceu. Eu via que mesmo que em seu rosto, ela carregasse um sorriso, seus olhos eram tristes e sem brilho.

 

Com dez, eu presenciei mais uma vez, uma briga, mas não deixei que me vissem. Fiquei olhando escondido atrás da porta, por covardismo, enquanto ele gritava e ela chorava, e quando ele desferiu um tapa em seu rosto doce. 

Um sentimento borbulhou forte em meu peito ao ver aquela cena, mas não sabia o identificar. Eu chorei baixinho e encolhido em minha cama aquela noite.

 

Quando completei onze, minha vida já não era a mesma. Eu nunca o via em casa, e ele não me olhava mais como antes, não me chamava de campeão, ou baixinho, não me levava mais para tomar sorvete. Minha mãe estava a cada dia mais desanimada, ela já não cantava mais enquanto arrumava a casa. Não me dava mais aquele sorriso doce, e sim um forçado. E foi acidentalmente, quando ia para meu quarto depois da escola, que eu a vi tomando aqueles comprimidos de uma caixinha laranja, enquanto ela se levantava e fechava a porta. Eu estava estático e em choque. Minha doce mãe estava fazendo isso com ela mesma, tudo por causa dele.

Algumas semanas após o flagra traumático, que ainda rondava e assombrava minha mente, ele brigou com ela novamente.

A razão? Aparentemente nenhuma.

E mais uma vez, lá estava ele com sua mão levantada, ameaçando desferir outro tapa em seu rosto. Mas ele se assustou ao sentir meus dedos ao redor de seu pulso. Quando vi os olhos marejados de minha mãe, a imagem dos compridos veio em minha mente, eu não poderia só assistir aquilo e não me manifestar. Eu era baixinho para onze anos, mas nem isso me parou naquele momento.

Ele puxou seu braço com força, e arremessou a garrafa de Whisky na parede. Seus olhos transbordavam ira, seu rosto estava vermelho, e os lábios puxados em uma careta. Mais uma vez ele levou sua mão no ar, mas agora o alvo, era eu. Minha mãe enlaçou meu antebraço, o segurando fortemente com seus dedos magros e gelados, e tentou me puxar, falhando miseravelmente. Eu não pretendia sair dali.

Doeu. Ardeu como o inferno.

Mas o rosto choroso de minha mãe doeu muito mais.

“Isso é para você aprender a se colocar no seu lugar, moleque enxerido!” Ele gritou com sua voz carregada de ira. Eu não movi um músculo sequer.

“Pare com isso, Chung-Hee! Você está se exaltando, deixe Jimin fora disso!” Minha omma gritou, tentando fazer sua voz soar firme, essa que apenas saiu trêmula e desafinada.

“Calada!” Ele esbravejou, ameaçando desferir mais um tapa nela.

“Não ouse tocar nela!” Gritei fortemente, fazendo minha garganta arranhar.

Suor caia de minha testa, minha respiração estava desregulada, e coração disparado. Sentia a adrenalina correr em minhas veias.

“Você vai aprender a me respeitar, pirralho!” Sua voz grave ecoou pelo quarto de minha mãe.

Meu pai costumava dormir aqui com mamãe, eles eram felizes aqui. Tenho certeza que se meu appa estivesse aqui, meu verdadeiro appa, isso nunca iria acontecer!

Eu ainda podia sentir seus punhos em minha pele, quando ele se deu por satisfeito e parou de me espancar. Eu sentia meu corpo mole, dormente e dolorido como nunca antes. Mas não deixei me abalar, não abaixei a cabeça e gritei para que ele fosse embora. Ele saiu aos tropeços e cheio de revolta, suas mãos vermelhas de tanto me bater.

Minha mãe apenas se levantou, e limpou meus machucados enquanto lágrimas caiam silenciosas de seus olhos. Lábios, bochecha, supercílio, costas e braços, ela passava o algodão e limpava todos meu machucados. E esse mesmo patético momento se repetiu algumas vezes durante meus onze e doze anos. Era quase um ritual, ele beberia, eu seria seu saco de batatas, depois ela viria chorando silenciosamente, e cuidaria dos meu machucados. Seus olhos pareciam cada vez mais, sem vida e vazios.

Até na escola as coisas haviam piorado. Eu já não tinha mais meus amigos, pois havia os afastado. Foi isso que eu aprendi a fazer com os outros, os afastar. Já não confiava em ninguém naquela escola, principalmente depois que meus “amigos” começaram a espalhar rumores sobre mim. Rumores e comentários maldosos sobre minha estatura baixa, bochechas gordas e óculos de armação redonda. Eu me fingia de indiferente, mas chorava baixinho toda noite, perguntando a Deus, o que eu fiz de tão errado em minha curta vida.

Eu nunca era respondido. Mas não O culpava, o único culpado da história era Chung-Hee.

Eu ouvia minha mãe chorar todas as noites por causa dele, e agora eu também chorava no meio da noite, pelo mesmo maldito motivo.

Eu era completamente miserável, mas a vida tinha que dar o xeque mate. Porém, quem morreu não foi meu rei, ele já havia sido tirado de mim, há muito tempo. Dessa vez, me tiraram minha rainha.

Em uma bela manhã de primavera dos meus treze anos, final de março, lá estava ela. Deitada em sua cama, com a cabeça virada para janela. Seus cabelos negros e longos espalhados pela cama, bochechas pálidas, lábios brancos e os olhos abertos e sem vida, fitando o céu azul. Sua beleza congelada para sempre.

Esse foi o golpe final.

Foi como se uma bola de demolição, viesse tentando me quebrar há tempos, eu já tinha rachaduras profundas, só que esse último golpe, me quebrou por inteiro, restando de mim somente o pó.

 

 

 

 


 


Notas Finais


Me desculpem! Eu também não gosto da ideia do chimchim sofrendo, principalmente agora que o aniversario dele esta chegando. Mas é o enredo.
Espero que tenham gostado, me digam o que acharam.
E se a fic tiver um bom retorno, eu posto o proximo ainda essa semana.
Beijos
Link because of you tradução vídeo https://www.youtube.com/shared?ci=PihhFkAJNI8


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