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História Because Of You - Capitulo Dez - Verde, Azul e Amarelo


Escrita por: BlueMoon_3

Notas do Autor


CAPÍTULO SURPRESAAAA!
Ola pessoinhas! Como estão? Como vai a semana de vcs?
Eu resolvi fazer uma surpresa para vcs, e parei para pensar se eu não estava demorando demais para atualizar. Me perdoem se vcs acham q sim. Os ensaios na peça estão ficando realmente longos. Eu acordo as seis para ir para escola, e como eu tenhos os ensaios, eu só saio as seis da tarde, e eu fico muito cansada. Geralmente (como ontem) eu saio as três da tarde. Mas amanha de novo eu vou ter ensaio, então n tenho certeza se vou conseguir att de novo sexta, mas tentarei! A peça vai ser durante o aniversario do Yoongi (8 E 9) e depois eu estarei livre para escrever! Eu ia postar ontem, mas minha mãe brigou comigo porque eu estava usando muito o computador e disse que eu precisava dormir. Mesmo a contra gosto eu fiz o que ela disse - não quero ficar de castigo - e fui dormir. Eu estou super cansada hoje também, então só começarei o proximo cap amanha.
APROVEITEM O CAPÍTULO PQ ESTA UMA DELICINHA!
Boa Leitura, amores! Vejo vcs lá em baixo

Capítulo 11 - Capitulo Dez - Verde, Azul e Amarelo


Fanfic / Fanfiction Because Of You - Capitulo Dez - Verde, Azul e Amarelo

Chapter Ten -

 

Admito que eu observei Jungkook retornar pra casa, da sacada do meu apartamento, naquela noite. Ele andava tranquilamente e despreocupado, mas algo me dizia que seu interior não condizia com o seu andar.

Eu suspirei e voltei pra dentro, quando meus olhos já não o avistaram mais. Eu puxei a porta de correr de vidro, entrando na sala. Meus avós conversavam baixinho em português, e sorriram pra mim quando eu entrei.

“Isso não vale, eu não entendo português!” Eu fingi indignação. Eles riram, e me juntei a eles no sofá.

“Isso não é problema, podemos o ensinar a hora que quiser.” Vovó disse acariciando meu cabelo. Eu sorri com a ideia.

“Você fala alguma outra língua?” Meu vô questionou curioso.

“Bom, eu sei inglês, mesmo que falar não seja o meu forte.” Disse rindo de mim mesmo. “E japonês.” Eu disse sorrindo. Não há muitas coisas de que eu me orgulho na minha vida. Eu costumo ter vergonha dela na verdade, mas eu me orgulho de minha vida acadêmica. Eu aprendi inglês e japonês sozinho, e minhas notas são realmente boas.

“Oh! Você aprendeu sozinho, Jiminzinho?” Ela exclamou, e sorriu quando eu assenti com a cabeça. “Você é tão esperto! Vai aprender português fácil então!” Ela parecia muito animada sobre isso, então tudo que pude fazer foi sorrir.

Nós conversamos até eles precisarem ir pra casa, e eu dormir pra ir pra escola amanhã. Eu gostava da energia que eles traziam, e me contagiava também; não me sentia pesado como costumava. Mas eles precisavam ir embora. Vovó Maria beijou minha testa e vovô me abraçou, e mais uma vez, eu os assisti saírem pela porta e entrarem no elevador. Estava prestes a gritar pra não me deixarem sozinho, pra trazerem Jungkook de volta, e ficarmos todos juntos pra sempre. Mas eu não fiz.

Eu estava sozinho agora.

 

[...]

 

Eu rolei mais uma vez na cama. Não conseguia dormir. Não queria dormir. Eu tinha medo de ter pesadelos de novo. Eu tinha medo de Chung-Hee voltar. Eu tinha medo de meus demônios internos. Sentia que a qualquer momento eles voltariam para me perseguirem, e trazer meu passado a tona. Eu não queria me lembrar do meu passado, eu não queria me lembrar da realidade. Eu apenas queria paz, eu queria o abraço de Jungkook.

Encarei meu celular no criado-mudo ao lado, cogitando o chamar.

“O que eu estou pensando?” Pensei alto. “Não posso fazer isso com Jungkook. O usar desse jeito.” Jungkook não estaria a minha disposição sempre que eu me “sentisse mau”. Eu sou tão patetico.

Suspirei alto, e fechei os olhos, tentando me concentrar no calor que vinha do corpo da Marshy. Eu estava esgotado mentalmente, eu preciso de sono.

 

[...]

 

Encarei Jungkook a minha frente. Ele parecia decidido, e confiante no que dizia, o que me transmitiu de algum jeito confiança, também. Minhas sobrancelhas estavam franzidas e meu olhar baixo. “Eu não vou me esquecer, e eu não vou deixar de te ajudar. Eu já te disse que eu sou seu amigo, e não vou te abandonar, principalmente agora.”

Senti uma pontada em meu peito ao ouvir aquelas palavras. Um calorzinho. Senti uma ardência e uma dor aguda em meu nariz e olhos. Eu não podia chorar.

Quando eu menos percebi, meus braços estavam ao seu entorno, e minha cabeça repousada no vão de seu pescoço e ombro.

Eu me sentia tão feliz. Podia parecer tão pouco e simples, mas a sua decisão de não me “deixar” significou muito pra mim. Meu coração se aqueceu.

Ele fez um carinho em minha nuca, que me confortou, e me abraçou mais forte. A presença de Jungkook não me tornava capaz de duvidar sua confiabilidade. Eu não sentia a usual insegurança de que ele me abandonaria, que suas palavras eram falsas — e isso me assustou, eu não podia me machucar. Eu sabia que de um jeito ou de outro eu iria me entregar, eu iria criar laços, eu seria cativado. Bastava eu olhar pra seu lindo sorriso infantil e dentuço que eu sabia. Eu temia isso.

Encarei o livro sobre minhas coxas, me recordando imediatamente de uma frase em especial.

“Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas, Jungkook-ah. Tome cuidado.”

Olhei no fundo de seus olhos negros e profundos. Eles expressavam um sentimento que não soube identificar, mas eu gostei. Ele carregava um brilho bonito nos olhos, um olhar bondoso e alegre. Senti seu olhar cair pra minha boca, e o segui encarando a sua. Ela era bonitinha, pequena, rosada e proporcional a seu rosto delicado. Sua pintinha em baixo dos lábios eram o toque final. Subi meu olhos, encarando os seus grandes de brilho infantil. Ele tinha cílios espessos, que tocavam levemente suas bochechas quando ele piscava. Seu nariz era grande, mas não atrapalhava sua beleza delicada em nada. Desse jeito ele parecia uma criança.

O que eu estou fazendo?

Eu subitamente me afastei e senti minhas bochechas arderem. Sua bochechas também estavam levemente rosadas.

“Não se preocupe, Jimin-hyung, serei cuidadoso.” Ele sorriu, quebrando o clima estranho que pairou sobre nós. Sorri também, feliz por ter um amigo, depois de tanto tempo. Não me sentia tão sozinho como antes.

“Obrigado, Jungkook-ah.” Disse mais uma vez. O vi expressar confusão.

“Pelo que?”

“Por ser meu amigo.”

 

[...]

 

“Acho que aqui deveríamos pintar as paredes aqui, de amarelo.” Disse pensativo segurando o pincel na mão. “É a cor mais brilhante dentre as cores quentes, é acolhedora e feliz. Como vocês! Deve ser essa aura brasileira que vocês carregam.” Eu explanei animado, para meus avós. “Além disso, ela torna as pessoas mais falantes, estimula otimismo e esperança.” A algum tempo atrás eu havia me interessado em cores e seus significados, e isso veio a calhar hoje, ainda bem que minha memória é boa, no final da contas. “Ah, é claro, também é uma das cores da bandeira do Brasil!” Me lembrei.

Estudei suas expressões; eles pareciam pensativos, mas recebi um sorriso de cada um aprovando a escolha.

“Psicologia das cores afeta marketing mais do vocês imaginam.” Eu murmurei envergonhado, vendo o quão eles pareciam surpresos e… orgulhosos.

“O que mais sugere, netinho?” Vovô perguntou.

Depois da escola eu vim direto para a lanchonete da vovó a ajudar com a reforma. Iriamos começar uma nova lanchonete quiçá restaurante, com temática brasileira, e eu os ajudaria.

“Bom, nós poderíamos usar verde naquela ali. Verde traz a sensação de confiança e proteção, equilíbrio.” Disse gesticulando enquanto andava pelo local. O espaço grande e o chão já estava coberto por jornal, e os pincéis preparados.

“Bom, acho que consigo visualizar o que você tem em mente, Jiminzinho, acho que ficara muito bonito!” Ele parecia satisfeito com nosso planejamento, e seus olhos cor de café expressavam felicidade. Isso trouxe um sorriso a meus lábios.

“O que estão esperando então!? Vamos comprar as tintas o mais rápido possível!” Minha avó parecia extremamente animada com a ideia, e não irei mentir dizendo que também não estou.

“Falou bonito, dona Maria!” Disse com um sorrisão.

 

[...]

 

Limpei o suor de minha testa, com meu antebraço, observando a grande parede. Aos poucos a cor amarela vibrante tomava conta dela, e o suor de minha testa. Eu estava ficando satisfeito com o resultado. Meu avô e avó tiveram que sair de última hora, então os disse que terminaria a pintura, sozinho. Nós três estávamos pintando  e planejando o restaurante desde o começo da semana, e talvez, em três semanas ele estaria aberto.

As coisas com Jungkook estavam amenas, não conversamos realmente depois da última sexta-feira, quando o agradeci por ser meu amigo. Eu tinha que ajudar meus avós e ele parecia estudar para um exame. Mas vez ou outra trocamos mensagens bobas, que me traziam sorrisos, também bobos.

Me abaixei pra pegar mais tinta amarela com o pincel, quando ouvi o barulho da porta abrindo.

Olhei imediatamente para a porta de vidro, achando que meus avós finalmente voltaram, mas me surpreendi totalmente.

“Jungkook?” Deixei minha confusão evidente. O que raios ele estaria fazendo aqui?

“Olá, hyung.” Ele parecia despreocupado. Jungkook deixou sua mochila cair no chão coberto por jornais, e olhou ao redor.

“O que você ‘tá fazendo aqui?” Não me importei se pareci grosso, eu só estava confuso.

“Ah, eu passei por aqui e te vi pela janela só isso.” Ele disse rápido demais.

“Jungkook.” Disse o olhando ceticamente.

“Okay, okay.” Ele suspirou. “Eu te segui até aqui.” Ele levantou as mãos como se rendesse.

“Você precisa parar de me seguir.” Disse me referindo também ao aniversário de morte da minha mãe, quando ele me seguiu. Virei de costas escondendo meu sorrisinho, e contin meu trabalho. Ouvi sua risada e passos, o jornal no chão amassando.

“Desculpa, eu queria te ver hyung.” Ouvindo seus passos, e seu cheiro — até então ofuscado pelo cheiro de tinta fresca — ficando mais forte. Ele passou o braço sobre meu ombro, me fazendo virar em sua direção. “O que você está fazendo aqui, afinal?”

“Eu estou ajudando na reforma do restaurante dos meus avós.” Disse, voltando a pintar, sentindo seus olhos sobre mim. “Será um restaurante brasileiro!” Disse animado, vendo que um sorriso surgiu em seu rosto.

“Oh, eu vou ser um dos primeiros clientes! Sério! A comida da sua vó é uma das melhores coisas que eu já coloquei na boca!” Ele disse alto, quase gritando. Eu ri alto junto dele, soltando o pincel sem querer. “Quer ajuda, hyung?” Ele se abaixou segurando o pincel e o entregando pra mim.

“Eu não sei…” Disse incerto. Não é como se eu não quisesse sua ajuda, só tinha medo de me distrair, não queria desapontar meus avós.

“Por favor! Eu não vou atrapalhar, e eu quero te fazer companhia.” Ele insistiu com olhos pidões, e senti meu coração bater mais forte. Ele era tão, fofo.

“Okay.” Me dei por vencido rápido demais, o dando um pincel para começarmos.

 

[...]

 

“Eu só consegui a nota máxima, porque me matei de estudar. Aquele professor parece ocupado demais namorando a professora míope do terceiro ano.” Ele disse fingindo indignação, me fazendo rir. O cheiro de tinta fresca pairava no ar, e o som de nossas risadas e o jornal se amassando ecoava no lugar vazio. “Agora que eu parei pra pensar, como você conseguiu duas semanas de detenção?” Nós dois pintamos a grande parede de amarelo calmamente enquanto conversávamos; eu me sentia leve.

“A Sra.Jung não estava lá de bom humor, e meu lápis quis fugir.” Me abaixei e peguei mais tinta do galão. Ele riu de minha explicação, logo depois se calando. O silêncio pairou sobre nós, o que eu estranhei. Jungkook costuma ser falante — perto de mim —, os minutos passaram e ele não disse nada. Não tomei iniciativa, talvez ele estivesse pensando, logo ele voltaria a falar.

A parede finalmente estava pintada, e só precisávamos a esperar secar.

“Hyung?” Ele parecia hesitante, então olhei diretamente em seus olhos, tentando o passar confiança.

“Sim, Jungkook-ah.” Eu transferi toda minha atenção pra ele.

“O que você acha de conhecer meus amigos?” Meu coração acelerou. Conhecer? Amigos? Abaixei minha cabeça sentindo a insegurança me atacar. E se eles não gostassem de mim? E se eu me machucar? E se eles me tratarem como meus antigos amigos?

Ele percebeu meu nervosismo e se apressou em se aproximar.

“Okay, esquece. Que tal você conhecer, um amigo?” Ele colocou as mãos em meus ombros, se aproximando. “Ele é quase meu irmão. Eu confio muito nele, não há no que se preocupar.” Ele me assegurou. Eu olhei em seus olhos vendo o quão verdadeiro ele estava sendo, e eu não conseguia desconfiar dele no momento. Se ele é amigo do Jungkook, no final de contas, eles devem ser pelo menos um pouco parecidos.

Respirei fundo, assentindo com a cabeça. Ele abriu um sorriso gigantesco e brilhante. Ele me abraçou forte, me deixando meio  aéreo a tudo. Seu sorriso, seu abraço. Como tão pouco me deixava genuinamente feliz?

“Hyung, você vai adorá-lo! Eu estou tão feliz!” Me soltei dele ao risos, caminhando até onde meu pincel estava. Voltei a pintar a parede ouvindo os passos de Jungkook e suas risadinha baixas. Ouvi o barulho de um tampa ser aberta, mas ignorei.

Eu subitamente senti alguma coisa molhada em meus braços, e me assustei. Azul?

“Jungkook!” Meu braço estava coberto por tinta azul brilhante, e uma parte da parede também. Pequeno respingos de tinta se espalharam pela parede já amarela. Sua risada ecoou pelo restaurante, me fazendo rir também. “Olha o que você fez com a parede!” Eu gritei tentando parecer irritado, mas eu não conseguia esconder meu sorriso.

“Foi sem querer, hyung.” Ele falou embolado pelos risos. “Eu queria jogar só um pouco em você!” Ele deu enfase em “você”, e gesticulou com o pincel sujo na mão. “Não queria sujar a parede!” Ele agiu sem pensar e agora a parede estava arruinada.

“Como eu vou explicar para os meus avós agora?” Eu comecei a me preocupar.

“Hyung, assim, na minha opinião até que ficou bonito.” Ele disse olhando diretamente para parede. Andei até seu lado, depois olhando pra sua obra de arte. E por mais que eu odeie admitir, ele tinha razão. Os respingos azuis criaram um efeito bonito na parede amarela quase seca. Alguns pingos escorriam e se misturavam com o amarelo criando verde. Estava lindo.

“Seu… besta!” Eu disse rindo. “E ficou bom mesmo.” Eu admiti baixinho, sentindo seu olhar sobre mim. “Okay, eu já pintei as paredes do outro lado, essa aqui da entrada nós podemos jogar mais um pouco de azul.” Disse pensativo.

Ele foi até onde o galão de tinta azul vibrante e trouxe pra perto de nós.

“Mãos a obra, hyung!” Ele exclamou pegando o pincel e mergulhou na tinta.

“Cuidado pra não jogar muita tinta, se não vai ficar estranho.” Disse enquanto me abaixava pra fazer o mesmo.

Nós dois demos alguns passos pra trás, tomando distância, e com um movimento no pulso, a tinta do pincel voou para a parede. Ele riu bobamente quando viu um pouco de tinta azul em minha bochecha. Eu ri também me sentindo contagiado. Sem pensar eu mergulhei meu pincel no galão de tinta azul, e fiz o mesmo de antes, mas dessa vez em Jungkook. Sua camiseta grande e branca se sujou pela tinta fresca e brilhante azul. Um pouco de tinta caiu em seu rosto, me fazendo rir. Ele me olhou fingindo indignação, e faz o mesmo comigo a tinta se espalhou por minha roupa branca e já suja de tinta amarela. Nós dois rimos e eu corri até outro galão, dessa vez de tinta roxa, e joguei em Jungkook que correu atrás de mim. Eu corria rápido aos risos, fugindo de Jungkook, ouvindo o papeis de jornal se partindo. Ele ria também e me perseguia com um pincel de tinta azul estendido no ar. O sol entrava pelas grandes janelas de vidro do restaurante. O vento forte do inverno lá fora balançando as árvores lá fora. Mas nós não nos importávamos, tudo que me importava naquele momento era fugir de Jungkook, e revidar o mais rápido possível. Eu segurei meu pincel mais forte indo até o galão de tinta mais perto e me preparando. Jungkook se aproximou sorrindo grande, se preparando para me atacar, mas eu sou mais rápido e o acertei no rosto com tinta verde. Seu rosto e parte do cabelo estavam cobertos pela cor verde e eu não me segurei e ri alto, o vendo tentar tirar a quantidade de tinta do rosto.

“Hyung, você vai se arrepender!” Ele disse sério, e eu corri o mais rápido que pude, fugindo dele. Porém, Jungkook foi mais rápido e me segurou pela cintura, me prendendo com seus braços. Eu me debati, tentando fugir, mas ele foi mais rápido, e derramou boa parte da tinta azul sobre minha cabeça, me fazendo soltar um gritinho.

“Jungkook-ah!” Eu exclamei, tentando conter meu sorriso e parecer irritado. Ele apenas riu debochado.

“Jiminnie-hyung, você deveria me agradecer, azul cai bem em você.” Ele deu enfase em “cai bem” e fingiu seriedade, não aguentando ele começou a rir de novo.

Ele é um bobo.

 

[...]

 

“Alguém poderia me explicar o que aconteceu aqui?” Meu avô perguntou com surpresa explícita.

Eu abaixei a cabeça envergonhado. As paredes — todas as paredes  — estavam manchadas de tinta, por culpa da nossa pequena brincadeira. Eu estava sujo dos pés a cabeça, e Jungkook não estava muito diferente. Eu joguei meu cabelo pra trás, o sentido grudento pela tinta azul, amarela e verde. Jungkook tinha os cabelos pra cima como um moicano — obra de arte minha —, o deixando engraçado. Eu me sentia culpado por ter atrapalhado meus avós. Eu os deixei desapontados.

“Me desc-”

“Foi minha culpa, senhor e senhora Santos! O Jimin-hyung estava pintando, e eu me ofereci para ajudar.” Jungkook rápidamente me interrompeu. “Eu acabei agindo por impulso, e joguei tinta nele e nas paredes, ele tentou me impedir, não foi culpa dele foi minha, me perdoem.” Eu estava chocado.

Jungkook estava tentando me safar?  Mas… porque ele faria isso? Eu também tive culpa, porque ele está se auto incriminando por mim? Okay que ele teve culpa, mas eu não era totalmente inocente também.

Vô, vó, me perdoem. A culpa também foi minha. Nós começamos a brincar com as tintas, e isso acabou acontecendo. Mas eu ainda consigo consertar! Quando a tinta sec-”

“Jimin, está incrível!” Vovô disse.

Eu e Jungkook a olhamos pra ele com ceticismo. Os dois riram de nossas expressões, e eu e Jungkook nos encaramos.

“Que?” Nós dissemos em uníssono.

“Ficou muito bonito!” Minha vó exclamou, surpreendendo a mim e a Jungkook.

“Sim, expressa bem a energia que queríamos passar!” Meu vô disse se aproximando e passando o braço sobre o ombro da senhora. “Nós queríamos um lugar com uma boa energia, para adolescentes, adultos e crianças! Um lugar bom para se passar tempo com amigos.” Ele disse sorrindo.

“E a pintura deixou o lugar com uma energia positiva e animada. Eu adorei, garotos!” Minha avó completou, me deixando extremamente feliz. Eu sorri pra Jungkook, recebendo um sorriso também. “Bom, eu e seu avô cuidamos do resto, vão para o banheiro dos fundos, se limpar.”

“Vocês não estão bravos?” Eu perguntei.

“Não, está tudo bem. Só sejam mais cuidadosos da próxima vez. Talvez as coisas não saiam tão bem assim.” Ela disse docemente. “Agora vão logo, antes que a tinta seque!” Ela nos apressou, e eu segurei o pulso de Jungkook, o puxando em direção ao banheiro.

O banheiro dos fundos não era muito grande, mas nós dois entramos. Jungkook se sentou sobre a privada, e sorriu pra mim.

“Você está pior hyung vá em frente!” Eu fui até a pia, e me curvei encaixando a cabeça debaixo da torneira.

“Pode me ajudar, Jungkook-ah?”

O vejo se levantando e vindo até mim, pelo canto do olho. Ele girou o registro da torneira fazendo a água gelada cair sobre meu couro cabeludo. Soltei um gritinho, o fazendo rir.

“Rápido, tá gelada!” Ele apenas riu e se inclinou levando as mãos até meus cabelos, e os esfregou. Eu vi a água colorida sair pelo ralo, e senti os dedos longos de Jungkook soltando a tinta azul deles. Era um carinho gostoso, não me importava tanto para água gelada. A posição estava começando a ficar desconfortável quando ele me pediu pra me levantar.

Eu ri mais uma vez de seu cabelo em um moicano. Seus fios estavam misturados com tinta verde, e parte de sua testa estava pintada também.

“Sua vez punk!” Disse divertido, vendo Jungkook fazer o mesmo que fiz. Ele riu baixinho e eu me aproximei ligando o registro da torneira. A água molhou seus cabelo desmanchando seu moicano. Eu passei meus dedos por seus fios de cabelo, vendo a tinta se soltando. Seu cabelo era macio. A água saia verde de seus cabelos e corria pelo ralo. Suas bochechas estavam levemente avermelhadas, por culpa da água fria. Não querendo o torturar por mais tempo, eu desliguei a torneira e o puxei para longe da pia. Ele jogou os cabelos pra trás com os dedos, e sorriu pra mim.

“Valeu, hyung.”

Nós dois saímos do banheiro, secando nossos cabelos rapidamente com toalhas, e nos despedimos de meus avós.

Eu o segui pra minha casa com uma toalha na cabeça e Jungkook ao meu lado.

“Hyung, o que acha de irmos pra um passeio no sábado que vem? Eu, você e Taehyung.” Ele parecia animado de novo, e tinha um sorriso radiante no rosto. O sol que se punha no horizonte sentiu inveja naquele momento. Me senti hipnotizado.

“P-pode ser, Jungkook-ah.” Gaguejei pelo nervosismo de conhecer Taehyung. Ele se aproximou repentinamente envolvendo meus ombros.

“Quer uma carona até seu apartamento, hyung?”

“Como assim, Jungkook?” Ele riu divertido.

“Pula nas minhas costas.” Ele me olhos no fundo dos olhos.

“O que?” Quando menos percebi, Jungkook tinha me segurado e me colocado em suas costas. “Jungkook você é maluco! Me coloca no chão!” Ele apenas riu e começou a correr em direção meu apartamento, comigo em suas costas. O vento gelado batia forte em meu rosto, e as gargalhadas gostosas de Jungkook me contagiaram.

Dois garotos cobertos de tinta, segurando toalhas passavam rápido pelas calçadas. Se alguém nos visse provavelmente acharia que somos dois loucos. Até eu estou, nesse momento. Mas não me importo. Não me importo se parecia um louco, porque eu tinha Jungkook ao meu lado e suas gargalhadas. Ele me fazia rir, me sentir melhor. E isso é a única coisa que eu me importava, no momento.

 

 

 

 

 


Notas Finais


MAIS UMA VEZ ME DESCULPEM POR DEMORAR TANTO PARA ATUALIZAR. Mas eu realmente só consigo postar uma vez por semana, por enquanto. Mas se vocês quiserem que eu poste dois por semana, eu posso fazer capítulos mais curtos, ou eu posso me esforçar um pouco mais, o que for melhor para vcs. ME DIGAM POR FAVOR!
O que acharam da surpresinha?
Eu pretendo continuar a postar toda sexta, mas não tenho certeza se consigo fazer um capítulo decente e grande até sexta, mas tentarei.
POR HOJE É SÓ EU TENHO QUE IR, XAU SEUS LINDOS.
PS: esse capítulo é dedicado a ~Evil_Princess e a ~Iwabe-Chan por terem curtido recentemente! Obg de coração ❤️


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