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História Because Of You - Capítulo Dezoito - Com o Decorrer dos dias, e Semanas


Escrita por: BlueMoon_3

Notas do Autor


BONJOUR!
AAAAAAAAAAAAEEEEEEEEEE
FINALMENTE ESSE CAPÍTULO SAIU! Vou te falar, eita capítulo dificil pra sair. O MAIOR CAPÍTULO DA FIC!
Gente me perdoem pela demora, eu tive complicações. Eu tbm não sei se estou totalmente satisfeita com esse cap... eu realmente espero que gostem.


Minhas companheiras de comentário, que sempre comentam e me dão tanto suporte, vcs não sabem o quão felizes me deixam com seus comentários! Algumas acompanham desde o primeiro cap, e outras chegaram faz pouco tempo, mas eu amo vcs demais! Serio, obg por ontem, eu estava irritadíssima e decepcionada comigo mesma e vcs foram tão doces, acho que n mereço vcs! Vcs me fizeram sentir tão bem! (Eu tirei print do comentário de vcs e tá salvo comigo pra sempre hskhsj)
Esse capítulo provavelmente está meio chato, mas ele é um cap de transição, o tempo passando... espero que gostem mesmo assim!
Beijos e como sempre (ou quase)
Boa Leitura ~
Ps: a muscia que toca depois do primeiro [...] é Check Yes, Juliet do We the Kings.

Capítulo 19 - Capítulo Dezoito - Com o Decorrer dos dias, e Semanas


Fanfic / Fanfiction Because Of You - Capítulo Dezoito - Com o Decorrer dos dias, e Semanas

Chapter Eighteen -

 

“Eu tive um sonho meio estranho ontem à noite.” Jungkook comentou, assim que sentamos na mesa do centro de acampamento, para tomar café. Desviei meu olhar, pra poder olhar diretamente em seus olhos. “Um ursinho entrava na minha barraca, e dizia alguma coisa sobre um tal de Chung Hee.” Os meninos riram alto, do sonho do mais novo, e eu desviei o olhar rapidamente, sorrindo falsamente.

“Você tomou café antes de dormir?” Tae perguntou  divertido.

“É normal ter sonhos estranhos.” Jin hyung disse, e eu assenti com a cabeça. “Só vamos comer logo, temos algo especial programado."

 

[...]

 

“Aumenta o som!” Hobi hyung gritou, eu gritei logo depois de si, concordando.

“Uhu!” Eu via o mundo passar como uma borrão, da caçamba do carro do Jin. Uma música Alternativa tocava alto, e todos nós estávamos animados, o vento batia fortemente contra nós. Nós gritamos alto extravasando nossa emoção. Jin hyung disse que iríamos a um lugar especial, e todos estavam animados.

“Namjoon hyung tem o álbum desta banda. Eles se chamam, We the Kings.” Taehyung disse com um sorrisão, gritando depois.

“É muito boa!” Exclamei, me apoiando em Jungkook, por estar quase caindo.

“Estamos chegando, seus doidos!” Namjoon gritou pela janela do carro, o respondemos com um grito de animação.

Paramos em um lugar repleto de árvores, e pequenas montanhas. Pegamos nossas coisas, e descemos do carro.

“Pegaram o protetor solar?” Jin hyung pergunta.

“Sim!”

“Água? Toalhas? Roupas extras? Jungkook trouxe seu remédio pra rinite? Primeiro Socorros? Yoongi? Trouxeram a câmera? Carregadores? Óculos de Sol?” Namjoon assentiu com a cabeça cada um dos itens e Yoongi. “Bom, não nos esquecemos de nada esse ano.”

“Vocês já esqueceram o Yoongi hyung?” Perguntei levantando minha sobrancelha.

“Acredite, sim.” Yoongi andou até Hoseok. “Vamos!”

Segui os meninos entre as árvores, rindo baixinho imaginando como eles podiam ter esquecido de Yoongi. Eu estava tomando cuidado para não tropeçar em uma trepadeira, e não escorregar devido o solo úmido da pequena floresta. Andamos por volta de quinze minutos até chegarmos a uma caverna coberta por plantas. Arqueei uma sobrancelha.

“É nosso lugar secreto!” Tae levou o dedo indicador a seus lábios, fazendo um shii.

Adentramos a caverna escura.

“Sabia que estava esquecendo algo.” Jin bateu sua mão na testa. “Trouxeram uma lanterna?” Ele perguntou, e todos os meninos negaram com a cabeça. Levantei minha mão silenciosamente.

“Eu trouxe, só por precaução.” Disse hesitante, Jin hyung me deu um sorriso iluminado, vindo até mim e eu o dei a lanterna.

“Por isso que você é meu preferido, Chim!” Jin hyung disse com um sorriso brilhante, e passou o braço por meus ombros, me trazendo para o fundo da caverna.

“E eu?” Namjoon hyung perguntou, indignado.

“Conversamos depois.” Disse antes de virar, e ligar a lanterna, deixando um Namjoon com cara de taxo, para trás. Andamos por alguns minutos, Jin não saia do meu lado, me guiando. Até que alcançamos um canto, onde a caverna se dividia em dois caminhos cobertos pelo breu, e Jin hyung prontamente tomou o da direita, e iluminou o caminho com minha lanterna. Éramos rodeados por rochas úmidas e a escuridão, até uma pequena luz se fez presente mais adiante de nós. Jin desligou a lanterna, quando a luz se tornou mais forte. Em passos cuidadosos nós deixamos a caverna e chegamos a uma campina bela e ampla, e um riacho mais a diante.

“Aqui é tão lindo!” Eu exclamei admirado com a beleza natural do lugar.

“É meio que nosso lugar secreto, achamos ele a uns dois anos atrás, quando estávamos fazendo uma trilha.” Jin hyung disse, andando até uma árvore. “Agora vão brincar crianças, eu já vou, só vou comer alguma coisa antes.” Todos nós fomos até a árvore, e deixamos nossas mochilas debaixo dela, e quando menos notei estávamos todos nós no riacho, correndo desgovernados e jogando água um no outro, como crianças.

O sol estava quente lá no topo do céu azul, e minha preocupação era quase inexistente.

Depois de horas de baixo do sol, nos reunimos debaixo da árvore, para renovar o protetor solar e comer.

“Caramba, o Jimin tem coxas de mulher!” Taehyung disse apontando para minhas pernas, me fazendo ficar envergonhado. “São tão grandes!” Eu jurava que meu rosto estava tão quente quanto o sol.

“Deixa de ser inconveniente, Taehyung, olha ‘pra cara do menino.” Jin hyung interferiu.

“Poxa, só foi um tipo de elogio, não é?” O mais novo soltou um muxoxo.

“Tá tudo bem, Tae.” O tranquilizei, ainda envergonhado. Virei a cabeça e olhei para Jungkook, e me surpreendi ao vê-lo olhando para… minhas pernas?

“Vamos falar de alguma coisa que não envolva o corpo do Jimin, por favor?” Yoongi reclamou de um jeito rabugento. Hobi, Tae, e Namjoon riram divertidos.

Se tanta coisa boa está acontecendo comigo, eu deveria aproveitar enquanto posso. Alguma coisa me diz que talvez não dure muito.

 

[...]

 

Os dias no acampamento passaram alegres e ensolarados. Eu mal podia acreditar que tantas coisas boas estavam acontecendo, e mesmo que meu medo de que tudo aquilo fosse apenas trazer mais sofrimento no futuro, eu decidi aproveitar o quanto eu podia. Os meninos eram divertidos, e eu adorava a companhia deles.

Tudo estava indo tão bem.

Tivemos que voltar para casa logo, as aulas voltariam segunda. O caminho de volta foi tão barulhento quanto o da ida, amanhã era domingo e eu tiraria o dia para descansar. Todos estavam em suas devidas casas no final do dia, e a primeira coisa que eu fiz, foi me jogar na minha cama com Marshy, e dormir pesado.

Domingo passou como um borrão preguiçoso, meu dia se resumindo em dormir e vegetar na cama. E tão rapidamente, Segunda tinha chegado. Já pronto e uniformizado, eu deixei meu apartamento com Marshmallow ao meu lado, e me dirigi a portaria. Sorri aberto ao ver Vô Severino conversando com, ninguém mais, ninguém menos, que Taehyung e Jungkook. Marshmallow latiu quando os viu, chamando a atenção dos jovens.

“Oh, Jimin! Seus amigos vieram te levar para escola.” Vovô sorriu gentil, como sempre.

“Bom dia, senhor Park.” Taehyung disse engraçado.

“Bom dia, senhor Kim, senhor Jeon.” Entrei na brincadeira, sorrindo.

“O dia apenas se tornou bom agora com a sua presença, senhor Park, não é mesmo Kim Taehyung.” Jungkook disse com uma grossa engraçada.

“Exato, meu bom senhor.” Bobos.

“Nós já vamos vô, te vejo hoje de tarde, tudo bem?”

“Claro, eu vou estar no restaurante. Sexta-feira é a inauguração dele.” Ele disse orgulhoso.

“Mal posso esperar, eu ainda não vi como ele está.” Reprimi minha vontade de pular. Entreguei Marshy para o senhor. “Tchau, vô.”

“Tchau, tenha um bom dia.”

“Seu avô tem um restaurante?” Tae perguntou, assim que nos afastamos do edifício.

“Ele e minha vó. É um restaurante brasileiro!” Disse sorrindo.

“Eu e o Jiminnie-hyung ajudamos a pintar. Ficou muito bonito!” O mais novo disse orgulhoso.

“Oh! Eu queria ir lá…”

“Nós podíamos ir lá mais tarde, para ajudar arrumar tudo para sexta-feira.” Propus.

“Você acha que os outros gostariam de ir?” Kook perguntou.

“Não sei, perguntamos ‘pra eles quando chegarmos na escola.”

Caminhamos tranquilamente pelas calçadas, Jungkook e eu trocamos olhares… estranhos. Jungkook parecia meio estranho esses dias.

“Olha só, nossos maknaes chegaram!” Hobi disse assim que chegamos na entrada da escola.

“Hey! Vocês querem ir ‘pro restaurante dos avós do Jimin hoje de tarde?” Tae não demorou em disparar a pergunta, não segurando sua animação. “É um restaurante brasileiro, ele vai inaugurar nesta sexta.”

Os meninos se entreolharam.

“Por mim tá okay.” Namjoon disse.

“Eu o Seok também.” Yoongi disse tranquilo.

“Eu não vou perder a oportunidade de ir pra um restaurante é nunca.” Jin disse animado.

“Okay. Nós encontramos aqui no final da aula.” Disse animado.

“Uh, podemos passar na minha casa antes? Minha mãe tem reclamado porque eu não passo muito tempo em casa.” Jungkook disse sorrindo sem graça.

“Claro, kook.” Eu falei compreensivo. Somos despertos pelo sinal da escola. Me despedi dos hyungs, e segui com o kookie, hobi, e Tae. Na hora de irmos para nossas classes, nos dividimos do kook, e fomos para a area do terceiro ano.

 

A época de provas estava chegando, e apreensão dos alunos era quase palpável, todos anotavam quase toda palavra que os professores diziam. Eu felizmente, estava tranquilo. Eu tinha uma facilidade incrível de aprender, e me lembro de ter lido sobre alguns dos assuntos que os professores, estavam nos ensinando. Tae e Hoseok se sentavam não muito longe de mim, eles ouviam tudo atentamente, me fazendo rir internamente.

Quando o sinal do lanche tocou, eu sabia que dessa vez seria diferente. Eu não passaria os recreios lendo, ou isolado, eu ia me sentar com meus amigos. Os meninos me puxaram da classe assim que o sinal tocou, e me puxaram para um lugar no jardim da escola. Os meninos estavam sentados debaixo de uma árvore.

Eu teria que me acostumar com essas pequenas mudanças.

 

[...]

 

Era tão estranha a sensação andar lado a lado com aqueles meninos. Eles tinham personalidades tão distintas, mas eram tão parecidos ao mesmo tempo. Acho que ainda era difícil acreditar que eu era realmente amigo deles, eles pareciam tão incríveis. Tudo parecia tão surreal.

Logo, estávamos na frente do restaurante. Tomei a frente e abri a porta de vidro, entrando no local. Abri a boca admirado com a beleza do restaurante. As paredes de cores vibrantes, as mesas lustrosas, o lugar estava incrível.

“Vó, Vô? Vocês estão aqui?" Vasculhei o lugar com os meus olhos, os meninos entravam ficando admirados com a beleza do lugar. Os dois senhores entraram pelos fundos do restaurante me recebendo com sorriso doce.

“Netinho! Você chegou! E quem são esses rapazes bonitos?”A senhora disse com sorriso animado e bondoso dos lábios finos. Eu abri um sorriso indo em sua direção, e apertando em meus braços.

“Esses são meus amigos, Kim Seokjin, Min Yoongi, Jung Hoseok, Kim Namjoon e Kim Taehyung. A senhora se lembra do Jungkookie, certo?” Disse apontando pra cada um dos meninos.

“Mas é claro que sim! Ele foi o primeiro amigo que você me apresentou, e é tão bonito! Sem contar que nunca vou esquecer o susto que me deram quando pintaram essas paredes.” Ela riu contida. “Vocês estavam cobertos de tinta!” Ela riu junto com meu avô, e abraçou Jungkook depois.

A reforma do restaurante demorou mais do que o esperado, já descobriram um problema com os canos do restaurante e meus avós resolveram reformar a cozinha toda. Agora tudo estava quase pronto.

“Jimin, você tem amigos tão bonitos!” Ela exclamou. “Venham cá, deem um abraço em mim!” Ela abriu os braços e abraçou cada um dos meninos. “Quem aqui já comeu comida brasileira?!” Ela perguntou alto. Eu e Jungkook levantamos a mão.

“Bom, preparem-se! Porque hoje é o dia que iram ver que estavam perdendo.” Meu avô disse brincalhão.

Meus avós dividiram tarefas para cada um de nós, enquanto minha avó preparava o jantar com a ajuda de Jin. Nós variamos, esfregavamos e limpamos o restaurante de forma divertida. Yoongi parecia estar de extremo bom humor.

“A comida está pronta!” Minha vó montou uma das mesas do restaurante com a ajuda do Jin. Logo estávamos atacando aquela delícia, que chamam de comida.

“Vó Maria! Como a senhora consegue fazer uma coisa tão boa dessas!?” Tae disse escandaloso.

“A senhora precisa me ensinar os seu truques!” Jin comia avidamente a comida.

“Jesus!” Yoongi exclamou assim que levou uma colherada da comida pra boca.

“Agora imaginem o Jinnie e a vovó Maria cozinhando juntos!” Namjoon disse eufórico, enquanto comia. “Vocês vão fazer a ceia  de Natal desse ano!” Disse brincalhão.

“Desculpa não dizer nada, é estou ocupado demais comendo essa coisa enviada dos deuses!” Hoseok exclamou.

“Você quer dizer uma coxinha?” Vovó Maria perguntou, rindo.

“Coxinha significa “manjar dos deuses” em português?” Perguntou comendo rapidamente.

“Não.” Meus avós riam, se divertindo de tudo.

“Deveria!”

Os meninos adoraram meus avós, e passamos a tarde conversando sobre coisas divertidas com eles. Todos já chamavam eles de vô e vó e talvez, eu tenha ficado com um pouco de ciúmes disso. Mas o dia já estava acabando e tivemos que ir infelizmente, depois de ajudar a lavar a louça com minha vó. Acreditem ou não, ninguém saiu molhado.

Resolvi acompanhar Jungkook, até sua casa, pois fazia tempo que não conversávamos apenas nós dois.

“Kookie, eu já disse obrigado por tudo?”

“Já, hyung, e eu já disse que não precisa me agradecer! Eu não fiz nada demais.” Disse sorrindo torto.

“Você mudou minha vida.” Disse baixinho, sua casa estava ali na frente.

“Não, você mudou a sua vida!” Ele parou a minha frente. “Eu só te dei um empurrãozinho. Foi seu mérito ao final de contas, do que adianta meus esforços se você não estivesse disposto a mudar, não é?” Ele sorriu modesto. Ele ficava tão bonito quando sorria.

“Você é lindo.” Disse baixinho.

“O que?” Perguntou.

“Eu disse que você é lindo.” Falei alto, o oferecendo um sorriso. Ouvi uma voz feminina dentro de sua casa, chamando por seu nome.

“Tchau, te vejo amanhã.” Disse dando um abraço apertado, e um beijinho no ombro. “Obrigado, de novo!” O deixei sozinho, e corri até meu apartamento. Meu coração estava acelerado.

 

[...]

 

A inauguração do restaurante foi um sucesso, e a quantidade de pessoas o frequentando não era brincadeira; minha vó estava radiante. Todos amaram a comida brasileira dela.

Setembro estava logo ali do lado, ou seja, aniversário do Jungkook estava chegando. Eu queria o dar um aniversário incrível, depois de tudo que ele tinha feito por mim. E meu plano era, conversar com sua mãe.

Eu teria que conversar com ela de maneira secreta, para poder prepara uma festa surpresa pra ele. Eu estava determinado e nada me impediria, mesmo que eu tenha que perder um dia de aula.

“Já vai!” A mesma voz feminina que me lembro ter ouvido, quando estava aqui com Jungkook, chegou aos meus ouvidos. “Oh, boa tarde! Posso te ajudar com algo?” Ela era tão parecida com Jungkook! Os cabelos negros, o rosto infantil e branco, os olhos grandes, ela parecia uma versão do Jungkook mais velha e feminina.

“Boa tarde, Senhora Jeon! Eu sou Park Jimin, amigo do seu filho Jungkook, será que eu poderia conversar com a senhora?” Disse educadamente, recebendo um sorriso.

“Você é o famoso, Jiminnie?” Ela disse sorridente.

“Famoso?” Ri sem graça.

“O Kook não para de falar sobe você! Isso é, quando ele está em casa.” Ela disse com um olhar meio desconfortável. “Vamos entre, quer um café, chá ou água?”

“Não, muito obrigado!” Entrei e me sentei a sua frente.

“Então me diga, o Jungkook não está se envolvendo com nada errado, não é mesmo?” Perguntou preocupada.

“O que? Não absolutamente não!” Disse rapidamente, tentando passar confiança a ela.

“Oh, me desculpe então. Eu só tenho estado tão preocupada com ele. Ele mal para em casa, temi que ele estava sob má influencia. Eu tenho estado tão solitária desde o divórcio com meu marido.” Disse levando a mão para o rosto.

“Divórcio?” Jungkook não me disse que seus pais eram separados.

“Jungkook não te contou? Eu e o pai dele nos separamos faz quase seis anos.” Ela disse com pesar.

“Não, creio que ele não comentou comigo sobre isso.” Disse meio pra baixo.

“Me perdoe, querido. Não o culpe, ele odeia conversar sobre o divorcio. Acho que logo te contaria, ele parece gostar bastante de você.” Sorriu doce. “Ele é um menino muito feliz e tranquilo, mas ele ficou mal depois do divórcio. Os amigos dele que o ajudaram muito, os conhece?”

“Conheço sim, são anjos. Bom às vezes.” Sorri simpático. “Me desculpe a intrusão, mas por que se divorciaram?”

Ele suspirou. “Por mais horrível que soe, a verdade é: assim como pessoas se apaixonam, algumas também se desapaixonam. E essa é uma das coisas mais tristes que pode acontecer.” Seu semblante mudou para um melancólico.

“Creio que veio até aqui conversar comigo sobre outra coisa, certo? Deixe esse assunto de divórcio pra lá.” Ela desenhou um sorriso no rosto.

“Bom, eu sei que o aniversário do Jungkook está chegando, e eu queria fazer uma surpresa pra ele. Seu filho tem sido um anjo, na minha vida, e eu queria poder recompensar pelo menos um pouco.” Disse meio envergonhado.

“É um ótima ideia! Eu também estava pensando no que fazer  para ele esse ano.” Ela parecia animada.

“A senhora tem alguma coisa em mente? Alguma coisa que o Jungkook realmente quer?” Eu tinha esperança que ela me responderia de forma positiva.

"Não me chame de senhora." Ela riu. "Pode me chamar de Minseok" Ela tocou meu ombro.

“Bom,” engoliu em seco. “Jungkook não fala com o pai faz anos. Ele adoraria o ver de novo.” Disse meio hesitante.

“Onde o pai dele está?” Perguntei.

“Estados Unidos.” Suspirou. “O kookie já foi o visitar algumas vezes lá, mas faz tempo que eles não conversam e eu sei.”

“Eu posso tentar o convencer de vir o visitar!" Disse animado. "Eu… vou ver o que eu posso fazer.” Disse confiante.

“Você não sabe o quão feliz você iria o fazer Jimin!” Ela mesma parecia imensamente feliz.

“O que me sugere fazer?”

“Tente conversar com ele sobre o assunto. Talvez ele se abra com você!” Assenti com a cabeça.

Será que eu conseguiria trazer o pai do kookie do Estados Unidos?

 

[...]

 

“Kookie?” O mais novo me olhou. “Como são seus pais?” Perguntei olhando para o céu.

“Ann, meus pais são divorciados.” Disse baixinho. “Meu pai mora nos Estados Unidos.”

“Porque nunca me falou sobre isso?” Perguntei tentando soar o mais delicado que podia.

“Eu não gosto de falar sobre isso.” Ele suspirou e encarou o céu. Momentos silenciosos se estenderam. “Posso te contar uma coisa?”

“Claro! Pode me contar qualquer coisa.” O tranquilizei.

“Eu… eu sempre me senti meio culpado pelo divórcio dos meus pais.” Ele inflou suas bochechas. “Eles eram o casal perfeito! Como do nada eles se separaram? Talvez eu tenha sido uma criança muito birrenta, e tenha feito eles se arrependerem de ter se casado e me terem como filho .” Seu olhar era melancólico. Se assemelhava ao olhar de sua mãe.

“Eu fiquei bem abalado na época, se não fosse pelo meninos eu poderia estar bem depressivo agora. Mas esse sentimento de culpa ainda está aqui.” Eu podia ver seus olhos brilhando. Ele iria chorar?

“Kookie, você deveria saber que não é a sua culpa. Eles se divorciaram um do outro, não de você.” O que eu poderia dizer pra fazer aquela doce criança parar de chorar? “Sabe eu ouvi uma coisa hoje, que talvez se encaixe na situação. Assim como pessoas se apaixonam, algumas também se desapaixonam.” Olhei pra o lado. “Como você, o pequeno doce e fofo kookie poderia fazer seus pais se desapaixonarem?” Ele olhou pra mim com os olhinhos marejados. O abracei forte.

"Talvez eu não fui um filho bom." Ele fungou. "Deve ser por isso que meu pai não fala mais comigo."

"Não diga isso! Você é um filho maravilhoso, eu tenho certeza disso! Se seu pai não fala mais com você é porque ele é cego!"

“Mesmo que eu ainda me sinta um pouco culpado, obrigado Jiminnnie hyung, você é um anjo.” Ele me apertou.

“Não diga obrigado, somos amigos.” Sorri perto de seu rosto.

Ele colou sua bochecha na minha.

“Você sente falta do seu pai?” Perguntei.

“Todos os dias.” Ele suspira. “Você sente falta da sua mãe?”

“A todo segundo.” O apertei mais forte contra mim.
 

[...]

 

Eu tinha tempo limitado, precisava trazer o pai do Jungkook pra Coreia do Sul em quatro dias. Depois de muito tempo tentando contatar a empresa em que ele trabalhava, eu finalmente tinha conseguido o contado de seu secretário. Eu tive que colocar o meu inglês pra funcionar, e felizmente ele entendeu minha pronúncia. O americano me disse que o senhor Jeon era muito ocupado, e que provavelmente não conseguiria falar com ele tão cedo, mas ele tentaria me encaixar no seu schedule.

Eu esperei dois dias. Faltavam quatro dias para o aniversário do Jungkook e eu estava prestes a roer minhas unhas do pé, quando meu telefone tocou.

“Hello?” A voz rouca falou, e meu coração quase parou.

“Senhor Jeon?” Perguntei em inglês, esperançoso.

“Ele. E quem seria você?” Seu inglês era carregado de sotaque. O nervosismo me atingiu, era agora.

“Eu sou Park Jimin.” Disse.

“Coreano?” Ele agora falava na língua materna.

“Sim. Eu sou amigo de seu filho, Jungkook.” O silêncio pairou.

“Não me lembro de um Jimin, no grupo de amigos do Jungkook." Ele emitiu um som estranho. "Olha aqui, eu tenho muito trabalho pra fazer. O que você quer?” Ele disse arrogante.

“Uhm, como você deve saber, daqui quatro dias é aniversário do seu filho. Eu queria preparar uma surpresa pra ele, Jungkook sente muito a sua falta. Seria possível o senhor vir pra Coreia, para o aniversário dele?” Disse hesitante.

“Eu estou atolado até o pescoço de trabalho. Eu vou ver o que posso fazer.”

“O senhor tem que prometer que vai realmente fazer alguma coisa! O seu filho se culpa até hoje por aquele divórcio, e acha que você se esqueceu dele. Ele é um garoto incrível, e não merece isso.” Disse indignado.

“Olha garoto, eu também sinto falta do meu filho. Mas eu tenho responsabilidades e muito trabalho ‘pra fazer.” Ele suspirou.

“E desde quando isso é mais importante que seu filho? Ele vai completar dezesseis anos! Eu posso descrever para você a sensação de crescer sem um pai, e é uma merda. Jungkook não deveria passar por isso, já que o pai dele está, na verdade, vivo.” O silêncio pairou mais uma vez.

“Não acredito que vou dizer isso, mas, você está certo.” Ele bufou. “Vou ver o próximo voo para a Coreia.” Sorri.

“Muito obrigado!” Eu estava tão aliviado e feliz. "O Jungkook vai ficar tão feliz."

“Obrigado você, por ter aberto meus olhos.”

 

[...]

 

“P-pai?” Jungkook gaguejou. Seus olhos lacrimejaram e ele correu até o homem para o abraçar. “O que você está fazendo aqui?”

“O seu amigo Jimin me convenceu a vir para o seu aniversário. Feliz aniversario, Jungkook.” Ele apertou o filho nos braços. Todos olharam surpresos para os dois, eu e Minseok sorrimos cúmplices. Jungkook se soltou de seu pai, com um sorriso gigante e andou até mim.

“Você fez isso?” Ele tinha a voz meio trêmula. Eu assenti com a cabeça rapidamente. Seus braços me apertaram fortemente, e eu o abracei de volta. “Obrigado hyung, muito obrigado.” Ele beijou minha testa. “Você é o melhor.” Ele me apertou tão forte. Era bom.

“É mínimo que eu posso fazer. Eu só fiz uma ligação.” Sorri.

“Eu acho que te amo.” Ele riu alto e me apertou de novo, meu coração se apertou também.

“Eu também.” Beijei seu ombro. “Agora vai lá aproveitar seu pai.” Sorri o empurrando. Ele sorriu grande, e foi até o pai animado.

“Eu ouvi isso, senhor Jimin.” Taehyung disse brincalhão, apertando minha cintura.

“O que? Amigos dizem eu te amo, certo?” Cruzei os braços, e observei o quão feliz Jungkook estava.

“Namorados também.” Ele disse rindo, e saiu tão rápido como surgiu.

 

[...]

 

Senhor Jeon passou uma semana na Coreia do Sul, e Jungkook não podia estar mais radiante. Ele disse que pretendia voltar logo, mas antes teria que acertar as coisas com a sua empresa. Ver Jungkook feliz daquele jeito me fazia tão feliz. Logo o segundo aniversariante de Setembro teve a sua vez. A festa de Namjoon foi simples, mas especial. Apenas nosso grupo, os pais dos meninos e o vô e a vó. Foi uma festa bem animada e divertida, com direito a beijo do casal Namjin e tudo, todo mundo se divertiu. Jin hyung e vovó Maria cuidaram do Buffet, e todos saíram de barriga cheia.

E Setembro passou como um borrão feliz. E Outubro chegou, e com ele uma coisa; meu aniversário. Os meninos me perguntaram o que eu gostaria  para minha festa de aniversário e respondi um grande “nada”. Eu estava mais do que feliz, e apenas passar o dia com eles já tornaria o dia mais do que perfeito. Depois de muito debate, eles finalmente se renderam. Passaríamos o dia passeando por Seul e depois voltaríamos para meu apartamento, iríamos ter uma “festa do pijama” e eu não poderia estar mais animado.

Os dias passavam lentos, um mais lento que o outro. Os exames na escola tinham terminado, e agora era época de projetos em grupo. Espero estar no mesmo  grupo que o Tae e Hobi.

E lá estava ele. Treze de Outubro.

Eu não compreendia muito bem aniversários e porque os comemorarem. Embora eu quisesse presentear Jungkook no aniversário dele. Só queria mostrar para ele que o dia de seu nascimento era importante para mim. Mas quando o assunto era meu aniversário, eu não podia ser mais indiferente. A Terra completava uma volta completa em volta de si mesma, pela décima oitava vez, no dia treze de outubro, desde mil novecentos e noventa e cinco. Achava sem importância a comemoração, já que nunca realmente achei importante o meu nascimento nessa Terra. Mas eu acho que finalmente existem pessoas que acham esse dia importante.

Eu acordei naquela manhã, sentindo como se eu ainda tivesse dezessete anos; como se eu ainda tivesse dezesseis anos, como se eu ainda tivesse quinze. Mas ao mesmo tempo eu me sentia tão diferente, pois agora eu tinha amigos, os conhecia a pouco tempo, mas sentia como se os conhecesse a anos. Eu sabia que as coisas estavam diferentes, eu não morava na escuridão mais.

E quando eu encare meus amigos, sentados no meu sofá e no tapete da minha sala, eu sentia que a hora tinha chegado. Eu iria arriscar, pois tomar riscos faz parte de viver. Eu acho que estava na hora, hora de tirar aquele peso que carrego há anos na minhas costas. Eu tinha dezoito anos agora, eu conseguia.

E eu finalmente me senti pronto para falar do meu passado.

 

 

 

 

 

 

 



 

 


Notas Finais


E ai?
AAAAAAAA QUEM ESTÁ SURTANDO?
Me desculpem por estar postando tão tarde, mas sabe quando vc faz planos mas o seu despertador não toca? Eu acordei onze e pouca quase meio dia, e pirei. Ai lá vai eu escrever o cap. Eu tive que sair com a minha mãe... e eu to desde as cinco da tarde escrevendo isso, direto. Eu tendo a me distrair e ai vcs sabem... depois eu tenho que revisar, e o cap ficou tão grande. Espero que não tenha sido muita informação pra um cap só... eu tbm queria compensar vcs pela demora. Okay, são 00:54 aqui e eu vou dormir!
Obrigada pelos 100 favoritos, não sabem o quão feliz eu estou.
EU TENHO DOIS GRUPOS DE PESSOAS PARA AGRADECER, PRIMEIRO: @MonalisaCostaSi, @JelyBoom, @dudapolazzo, @Yoonlisa e @JuliaFierce! OBRIGADA POR FAVORITAREM AMORES! 100 FAVORITOS Eu chorei tanto quando vi, vcs não imaginam ~~ AAAA

SEGUNDO MAIS COM TODA CERTEZA, NÃO MENOS IMPORTANTE: @eolin-sonyeo-tt (Ari<3) @Potatoe_do_Tae (minha batata <3) @JuliaFierce (xará! <3) @Baepsae_W (Becca <3) e minha mona @Dancs <3

Beijos e me desculpem por postar tão tarde, e ainda por cima em dia de semana.
Xauuuu


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